ATENÇÃO À PREVENÇÃO DOS CÂNCERES
GINECOLÓGICOS
Eles
são responsáveis por 19% dos diagnósticos de câncer no mundo
É cada vez mais necessário mobilizar a população em
torno da conscientização sobre os cânceres ginecológicos. De acordo com a
IARC - Agency for Research on
Cancer (Agência Internacional
de Pesquisa em Câncer), eles já são responsáveis por 19% dos diagnósticos de
câncer no mundo a cada ano.
Mas, quais são os tipos de
cânceres ginecológicos? Ao todo, são seis: câncer de colo de útero, ovário, vagina,
vulva e endométrio.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina,
atrás do câncer de mama e do colorretal. De acordo com o Instituto Nacional do
Câncer (INCA), já é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
São estimados 15.590 novos casos da doença para 2014.
“Em 99% dos
casos, a doença está relacionada ao vírus HPV, vírus sexualmente transmissível.
Por isso, a maneira que temos para prevenir e diminuir o número de casos é reduzir
consideravelmente o número de parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e
fazer os exames ginecológicos periodicamente. É importante que a mulher faça
esses exames a partir da primeira menstruação periodicamente. O uso da vacina é
um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações sexuais, pois
tem maior possibilidade de desenvolver anticorpos de proteção ao HPV.
Atualmente, a ela já está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”,
explica o médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Alexandre Fonseca.
O câncer de ovário, por sua
vez, é pouco frequente e mais difícil de ser diagnosticado. A maioria dos
tumores malignos do ovário só se manifesta em estágio avançado (75% dos casos).
Na fase inicial, não causa sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico
precoce. À medida que o tumor cresce, pode comprimir outros órgãos e estruturas
e produzir sintomas, como aumento do volume abdominal, constipação intestinal
ou diarréia, dores difusas, massa abdominal palpável. “O exame ginecológico de
rotina associado à ultrassonografia podem mostrar achados suspeitos, motivando
a investigação com novos exames complementares (Tomografias / marcador tumoral
CA125). A partir destes resultados, é indicado um procedimento invasivo
(cirurgia) para diagnóstico, estadiamento (estágio da doença) e tratamento”,
explica Dr. Alexandre.
Já o câncer
de endométrio é o tumor de corpo uterino mais frequente e, nas últimas
décadas, apresenta crescimento preocupante. Como os outros tipos, a falta de
exames preventivos aumenta significativamente a porcentagem de ocorrência e a
possível mortalidade por esse tipo de câncer. “O principal sintoma desse tipo
de câncer é o sangramento uterino anormal, sobretudo após a menopausa. Para
comprovar o diagnóstico, deve ser realizada uma biópsia do endométrio,
especialmente se ele estiver alterado. Após a menopausa, é importante
investigar qualquer sangramento uterino, mesmo que a suspeita do câncer seja
descartada”, destaca o oncologista.
O câncer
de vagina é raro e representa aproximadamente 1% dos tumores ginecológicos.
Os tipos que ocorrem são tumores escamosos, adenocarcinoma, melanoma, sarcoma.
Entretanto, tumores secundários ou metástases de outros tumores (de colo de
útero, de endométrio, de ovário, de intestino grosso) são encontrados mais
comumente na vagina do que os tumores primários de vagina. “O tratamento varia
de acordo com cada paciente. Pode ser cirúrgico ou radioterápico”, diz o médico.Por fim, o câncer de vulva (órgão genital externo da mulher, a entrada que abriga o canal da urina e da vagina) é mais freqüente nas mulheres após a menopausa, mas esporadicamente, pode acontecer em mulheres mais jovens. É um câncer que surge como uma mancha ou ferida que não cicatriza e vai aumentando. “Toda ferida que não cicatriza depois de um mês,e continua aumentando, deve ser investigada por um profissional médico”, finaliza Dr. Alexandre.
Oncomed
- clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas,
foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que
envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes.
São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição,
clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma
equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção,
diagnóstico e tratamento das doenças.
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