Primavera
traz doenças virais e alérgicas típicas da estação
Doenças contagiosas, como catapora, sarampo e rubéola,
são prevenidas com vacinas e as respiratórias mais comuns são rinites,
bronquites e asma
Embora de maior incidência na infância os problemas
de saúde sazonais podem aparecer em adolescentes e adultos
A primavera, que chega em 23 de setembro e segue até 21 de
dezembro, tem como características mudanças bruscas de temperatura, com dias
mais quentes e noites frescas, e a incidência de algumas doenças típicas desta
época do ano. Embora esses problemas de saúde sejam mais comuns na infância,
podem aparecer em adolescentes e adultos
Historicamente, doenças altamente contagiosas como sarampo,
caxumba, rubéola e catapora aumentavam nos meses de setembro a dezembro. A
adoção das imunizações fez com que a incidência dessas enfermidades tenha
diminuído substancialmente. A varicela (catapora), por ter sido a sua vacinação
introduzida mais recentemente, ainda é vigente embora em menor número,
principalmente nas crianças que não chegaram a tomar a segunda dose de reforço.
O Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior (CRM/SP 21.769), do
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês,
explica que “os sintomas iniciais da catapora são inespecíficos, como dor de
cabeça, febre, cansaço e perda de apetite. A doença, cuja origem é viral, é
caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas (ou feridas) na pele,
principalmente no rosto, tronco que rapidamente evoluem para bolhas com líquido
que, ao se romperem, transformam-se em crostas, e esse ciclo dura cerca de 5 a
7 dias”.
O pediatra afirma que há doenças que podem, à primeira
vista, ser confundidas com rubéola ou sarampo, por apresentarem erupção
cutânea. A roséola, na faixa etária de 3 meses a 3 anos, é um exemplo de doença
dentre as chamadas exantemáticas, cujo quadro é de 3 ou 4 dias de muita febre,
que além de alta é muito resistente aos antitérmicos, seguida por uma erupção
de manchas por todo o corpo, que duram 24 horas, ao mesmo tempo em que a febre
desaparece.
A escarlatina é mais uma doença infectocontagiosa
exantemática, mais comum em crianças na idade escolar. A grande diferença
reside em sua origem que, ao contrário das outras citadas, é bacteriana e deve,
portanto, ser tratada com antibiótico. Sua erupção é mais difusa e escura, e
lembra queimadura solar, além de deixar a pele áspera. Se não tratada
adequadamente a escarlatina pode ter complicações que, embora raras, causam
sequelas, e são representadas pela febre reumática e pela nefrite.
O médico lembra que os problemas respiratórios também se
exacerbam, em vista da liberação do pólen no ar durante a estação das flores e
também pelo tempo seco, ocasionado pela baixa umidade do ar. As doenças mais
comuns são rinites, bronquites e asma.
“A rinite alérgica
provoca coceira no nariz, ouvidos, olhos e céu da boca, além de espirros,
coriza e narinas obstruídas. No caso da asma, a criança poderá ter tosse seca,
falta de ar, chiado e dor no peito”, ressalta o Dr. Paulo Maluf.
O pediatra afirma ainda que o aumento de substâncias
irritantes no ar provoca outro problema: a conjuntivite, inflamação na membrana
que reveste o globo ocular, e causa coceira nos olhos, vermelhidão e
sensibilidade à luz.
Atualmente, cerca de 20% da população sofre com alergias que
atingem principalmente as crianças.
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