Com menos impostos
sobre materiais escolares, Brasil poderia investir mais no aluno,
melhorando posição em ranking da OCDE
ABFIAE solicita apoio dos candidatos
à Presidência da República para o fim da carga tributária sobre
materiais escolares como forma de incentivo à educação
Segundo matéria
publicada ontem (10) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o gasto por
aluno no Brasil corresponde a um terço do investimento feito pelos países
desenvolvidos, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado no dia 09 de setembro.
Segundo o
levantamento, o gasto público com cada estudante brasileiro em 2011 foi de US$
2,98 mil, o que corresponde a R$ 6,78 mil. Nos países desenvolvidos, o valor de
verbas por aluno, foi cerca de três vezes maior, naquele ano, chegando a US$
8,95 mil, o que corresponde a R$ 20,36 mil. A OCDE calculou os investimentos
públicos de 34 países signatários da entidade, além de dez parceiros, dentre
eles o Brasil.
Para a ABFIAE
(Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), a
União tem plenas condições de contribuir para o avanço da qualidade do ensino
público, embora a responsabilidade constitucional pela Educação Infantil,
Ensino Fundamental e o Médio seja de prefeituras e estados. Uma das soluções
seria a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que
estabelece o fim dos impostos sobre os materiais escolares. Trata-se da
PEC 24/2014, apresentada pelo senador Alfredo Nascimento.
“Em um país onde os
governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, torna-se no mínimo
contraditório, se não um absurdo, convivermos com a elevada carga tributária
que incide sobre cadernos, borrachas, agendas, lápis, estojos, canetas e, até
mesmo, tinta guache e folhas para fichário. A renúncia fiscal da imunidade
tributária desses itens seria ínfima perante o orçamento da União. A aprovação
da PEC 24/2014 seria uma solução imediata para a redução da elevadíssima carga
tributária sobre material escolar existente no País e uma forma de demonstrar
que nossos parlamentares e governantes realmente levam a sério o tema da
educação”, pondera Rubens Passos, presidente da ABFIAE.
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