Bactéria
responsável pela doença é mais comum em felinos; problema pode ser evitado com
prevenção de pulgas nos pets
Se você tem um gatinho em
casa, com certeza já levou um arranhão do bichano. Esse comportamento, comum
nos animais, principalmente quando estão estressados, não costuma causar
nenhuma complicação além de um ferimento leve. Mas, em alguns casos, os felinos
podem transmitir por meio do arranhão ou da mordida (menos frequentemente) a
bactéria Bartonella henselae, responsável pela doença da arranhadura do
gato.
Além de causar infeção no
local afetado, a bactéria pode acometer outras partes do organismo. Ela pode
ser transmitida inclusive por animais saudáveis, que, muitas vezes, estão
infestados por pulgas, as quais são responsáveis pela eliminação das bactérias
em suas fezes propiciando a infecção do ser humano e contaminando outros pets.
Quando em contato com
humanos, esses animais que tiveram contato com a bactéria e que estão
infestados por pulgas a transmitem por meio de lesões na pele – principalmente
arranhaduras. Geralmente, essa infecção desaparece sem tratamento. Entretanto,
em casos mais raros, pode se tornar uma condição séria que requer cuidados
médicos.
Quais são os sintomas?
Entre os principais sintomas
da doença estão vermelhidão no local da lesão, inchaço de linfonodos (íngua) e
pústulas na região afetada. Em casos mais raros, pode haver fadiga, mal-estar,
febre e até dor de cabeça. Ao notar a manifestação de qualquer sintoma, procure
um médico.
Como prevenir?
Pode
parecer óbvio, mas a forma mais eficaz de prevenir a doença da arranhadura do
gato é evitar arranhões ou mordidas dos bichanos – principalmente de animais
desconhecidos. Em casos de mordida ou arranhadura, lave a área imediatamente
com água e sabão. Outro fator que contribui para manter sua família longe da
doença é a prevenção de pulgas nos gatos, pois, como comentado anteriormente,
são elas que eliminam as bactérias em suas fezes e tornam possível a infecção
do ser humano.
“A doença da arranhadura do
gato é mais um exemplo da importância da adoção de cuidados preventivos com os
pets”, diz Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD
Saúde Animal, que orienta: “a melhor forma de prevenir a doença é manter o seu
pet longe de pulgas; o uso de soluções de longa duração é essencial, já que
deixam não somente o animal protegido como também o ambiente em que ele
vive”.
Ainda de acordo com o
médico-veterinário, apenas 5% das pulgas adultas ficam nos pets – o restante do
ciclo do ectoparasita acontece no ambiente. Sendo assim, produtos ou medidas
que eliminam pontualmente as pulgas do animal não as excluem por completo,
podendo acontecer novamente uma infestação e facilitando que elas levem doenças
de um pet para outro.
Tratamento
Ao identificar vermelhidão,
reações leves na região afetada ou outros sintomas, um médico deverá ser
procurado, já que pode ser necessária a administração de antibióticos e outros
medicamentos.
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