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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Marcas compostas por alguns nomes exigem autorização prévia

Segundo a Lei da Propriedade Industrial, é preciso o consentimento do titular, seus herdeiros ou sucessores para obter o registro


O uso de nomes próprios ou artísticos, como marcas, é muito frequente, principalmente, entre produtos femininos, como cosméticos, vestuário e calçados. Algumas marcas como ANA HICKMANNLALÁ RUDGE e BOCA ROSA tem forte poder de atração do consumidor, pela qualidade dos produtos que assinalam e, também, porque passam credibilidade em relação ao nome.

Mas a adoção desses nomes, como marcas, pode ser feita de forma indiscriminada?

Segundo a advogada Roberta Minuzzo, especialista em Propriedade Intelectual e sócia fundadora da DMK, empresa atuante no registro de marcas e patentes, de acordo com o inciso XV, do artigo 124, da Lei nº 9.279/1996 (Lei da Propriedade Industrial), não estão sujeitos ao registro de marca os nomes civis ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros. “Além desse dispositivo, a legislação ainda veda o registro de marca de pseudônimos ou apelidos notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, previsto no inciso XVI do mesmo artigo”, complementa.

Entretanto, ainda de acordo com a advogada, a regra comporta a exceção, ou seja, tais marcas poderão ser objeto de registro, se houver o consentimento do titular, seus herdeiros ou sucessores. Dra. Roberta cita o exemplo do nome Juliette, em referência à vencedora da última edição do reality show Big Brother Brasil, que já é objeto de diversos pedidos de registros de marcas, para diferentes produtos e serviços. “Se uma empresa quisesse levar à registro uma marca contendo nome civil ou artístico de famosos, por exemplo, estaria obrigada, por lei, a buscar a autorização da devida titular, sob pena de infringir direitos alheios”, destaca.

Por outro lado, ela afirma que, não raras vezes, artistas e pessoas famosas “emprestam” seus nomes para estampar marcas e redes de franquias, sob diferentes condições, dentre elas, o recebimento de royalties.

E se alguém decidir registrar o próprio nome como marca? A advogada esclarece que, na análise do examinador do INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, ele observará a possibilidade daquela marca ser alvo de confusão ou associação com qualquer outro nome anteriormente registrado ou em processo de registro e, seguramente, se isso fosse possível, ele fundamentaria a sua decisão, com base nos incisos XV e XVI, do artigo 124, da Lei nº 9.279/1996.

Para finalizar, a advogada esclarece que não se pode falar em diferença de marcas de produto e de nome, mas, sim, marca de produto e de serviço. Isso porque, independentemente de uma marca composta por nome civil ou artístico, ela irá distinguir um produto ou serviço, de acordo com a classificação internacional de marcas.

 


Roberta Minuzzo - advogada, especialista em Propriedade Intelectual, associada à ABAPI – Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial, sócia fundadora da DMARK MONTEIRO, LLC e DMK GESTÃO DE MARCAS E PATENTES. Para mais informações, acesse – https://dmk.group/ ou mande e-mail para roberta@dmk.group. Acompanhe as postagens pelo instagram @dmk.group

 

Comércio conversacional: a revolução no atendimento ao cliente

A democratização da tecnologia e a inserção das empresas no mundo digital é uma forte tendência mundial. Impulsionado pela pandemia e, principalmente pelo novo comportamento do consumidor – altamente exigente por uma maior velocidade e personalização no atendimento aliado à sua experiência de compra – este cenário vem se transformando ainda mais graças aos investimentos no comércio conversacional, que permite uma aliança perfeita entre o contato automatizado e personalizado na relação com o cliente.

Com o crescimento e popularização das plataformas e aplicativos de conversação, como WhatsApp, Messenger, Viber eTelegram, muitas empresas começaram a enxergar nelas estratégias eficientes para manter e abranger a comunicação com seus clientes. Em um momento crítico de isolamento social, onde nos vimos confinados em nossos lares, este movimento se tornou algo não apenas importante, mas fundamental para a continuidade dos negócios. Agora mais do que nunca, é necessário estar onde os usuários estão: no universo online.

De acordo com o relatório CX Trends 2021, 84% dos consumidores experimentaram essas interações conversacionais por meio de novos canais de comunicação com as marcas no último ano. Somente o WhatsApp, por exemplo, apresentou um crescimento de 118%. Por mais que esse seja o meio mais utilizado, existem novos canais sendo implementados que prometem chacoalhar esse mercado.

Dentre eles, o Rich Communication Service (RCS) é uma das mais promissoras evoluções do mercado de mensageria. Seu sistema de envio de textos é muito mais completo, trazendo novas features para o SMS, que irão enriquecer a experiência do usuário, tornando-a muito mais interativa e personalizada.

Contudo, seja qual for o canal escolhido, a comunicação entre as partes, hoje, deve ser mais rápida, fluida e quase que instantânea. Esse é um fator determinante, que torna uma marca mais conhecida e acessível em detrimento de seus concorrentes. O comércio conversacional cria uma ponte entre a empresa e o cliente, possibilitando que eles sejam atendidos com a mesma qualidade e proximidade se compararmos ao presencial.

Para as empresas que estão iniciando sua jornada digital, os chatbots são excelentes opções para alcançar um atendimento massivo quando aliados à inteligência artificial. Mas lembre-se: não se trata de uma inserção rápida. O robô é praticamente uma criança e, exige tempo para que seja treinado e capacitado adequadamente. Através do aprendizado prático e das interações constantes, a ferramenta entenderá seu modo de atuação com base nas soluções ofertadas durante o histórico de atendimento.

Uma outra solução mais aderente aos negócios de pequeno porte é possibilitar que este atendimento digital seja feito através de pessoas nas duas pontas da interação. Algumas marcas do varejo, por exemplo, estão levando seus vendedores para o online com muito sucesso. Promover a integração entre homem e máquina parece o melhor caminho para promover uma boa experiência no relacionamento com o cliente.

De forma geral, o mais importante é estar sempre atento às demandas e necessidades do seu consumidor e, em conjunto, buscar parceiros especializados nesse tipo de serviço para ajudá-lo na criação do seu comércio conversacional. Com ou sem pandemia, a comunicação com o seu cliente jamais voltará a ser como antes.

 


Bernardo Borzone - diretor de receitas responsável pelas áreas de Customer Success, Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Emprego privado em saúde promove crescimento do setor

 Avanço não foi mais alto em função da queda de 10% do no emprego público federal em 3 meses


O total de pessoas empregadas na saúde brasileira cresceu 2,9% em três meses. É o que aponta o "Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde", produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com isso, o segmento atinge a marca de 4,5 milhões de pessoas empregadas, considerando setor público e privado com empregos diretos e indiretos. No mesmo período, o emprego na economia como um todo subiu em 1,8%.

Os números ressaltam o impacto positivo que a cadeia da saúde tem sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a pandemia do novo Coronavírus reforçou essa importância e a tendência deve se manter nos próximos anos. "No mesmo intervalo de tempo, entre janeiro e abril, o emprego total no país aumentou 1,8%. Os números reforçam a participação intensa do segmento no mercado nacional. Vale lembrar, por exemplo, que abril registrou o menor saldo positivo mensal em 2021, com 120 mil vagas de empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)", reflete o especialista.

Do total de 4,5 milhões de empregados na cadeia da saúde em abril desse ano, 3,6 milhões estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 78%, e 990 mil, ou 22%, eram empregos do setor público, considerando todas suas modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros).

Novamente, a saúde suplementar puxa a alta do segmento. As regiões onde a cadeia da saúde mais cresceu foram Norte e Sul, com taxas de 6,1% e 3,1% em 3 meses, respectivamente. Na região Norte, o crescimento foi alavancado pelo setor público e, na região Sul, pelo setor privado. "Em três meses, o segmento privado teve alta de 3,7%. O resultado geral só não foi melhor porque o emprego público avançou apenas 0,3%", reforça Cechin.

No acumulado do ano, a saúde privada teve saldo positivo de aproximadamente 148 mil vagas, o que demonstra a resiliência mesmo com o avanço da crise econômica e sanitária nos primeiros meses do ano. O resultado do setor privado foi puxado pelo bom desempenho do subsetor de Prestadores, que avançaram em 113,6 mil novos postos, Fornecedores, com saldo de 30,2 mil vagas, enquanto as Operadoras registraram alta de 4 mil empregos formais.



Emprego Público


Nos entes da Federação, o baixo crescimento foi puxado pela forte queda no emprego Federal, que caiu 10,1% em três meses. O número total do setor público não foi negativo em função da criação de empregos na esfera estadual, com avanço de 2,2%, e municipal, que registrou alta de 0,8% no mesmo período.

"Mesmo com a lenta e gradual retomada do mercado de trabalho formal brasileiro, o avanço da cadeia de saúde repercute na economia como um todo, influencia a renda das famílias, sua capacidade de consumo e segurança", aponta José Cechin.

Não existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. Por isso, o IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.

O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/Emprego_IESS


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS


Década do Oceano lembra importância do engajamento da sociedade para reverter ciclo de degradação

 

Divulgação - Pixabay
Fortalecer a cultura oceânica e promover inovações para o desenvolvimento sustentável são alguns dos objetivos da Década do Oceano (2021-2030)


O Dia Mundial do Oceano, comemorado no mês de junho, foi instituído durante a conferência Rio-92 para lembrar sobre a importância da conservação dos mares para a vida no planeta. Quase 30 anos depois, as ameaças ao ecossistema costeiro-marinho aumentaram, mas também cresceu a mobilização de autoridades, iniciativa privada e da sociedade civil organizada em torno do tema. Neste ano, a data é comemorada em conjunto com as primeiras ações da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), um esforço mundial coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que os países unam esforços a favor da saúde do oceano.

Um dos principais objetivos da Década é disseminar conhecimento a respeito da importância do oceano para um futuro sustentável. “Precisamos conhecer mais para tomar melhores decisões, seja como indivíduos, instituições ou governos. Um oceano acessível, conhecido e valorizado por todos depende do fortalecimento da cultura oceânica, do entendimento da influência do oceano na nossa vida e da nossa vida no oceano. É essencial que as ações valorizem o engajamento de todos os setores, incluindo as comunidades tradicionais, empresas, sociedade civil e o poder público”, afirma Ronaldo Christofoletti, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para o pesquisador, que é assessor de Comunicação para a Década do Oceano, a sociedade precisa perceber que todos estão conectados de alguma forma com o ambiente marinho. “Diariamente, todos somos influenciados pelo oceano, mesmo sem nos darmos conta. Até quem está a quilômetros de distância do litoral depende diretamente do oceano para viver. Neste instante, mais de 50% do ar que respiramos vêm dos mares. A conexão passa pela economia, já que a maior parte do comércio circula pelo mar, mas também está na alimentação, no turismo, na saúde, no bem-estar, na cultura e na tradição”, observa o pesquisador.

Para Emerson Oliveira, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, tão importante quanto ter consciência dos problemas é a busca por soluções. “Acreditamos muito no poder da inovação e na capacidade de mudar o olhar sobre os problemas. Com a Década, temos a oportunidade de rever a forma como cuidamos do oceano e, também, de imaginar e colocar em prática formas sustentáveis de usufruir de todos os seus benefícios. A ciência tem um papel fundamental nessa busca, mas também precisamos ampliar a cooperação com diferentes atores sociais, compartilhando diferentes saberes e experiências”, analisa.

A Fundação Grupo Boticário, que ao longo de 30 anos de história destinou cerca de 25% do total de investimentos em pesquisa científica para ecossistemas marinhos e regiões costeiras, é reconhecida pela Unesco e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação como representante da sociedade civil da Década do Oceano no Brasil. Além de apoiar e promover uma série de eventos para mobilizar e inspirar a sociedade em torno da questão, a Fundação tem o oceano como foco na edição deste ano da teia de soluções, iniciativa que busca soluções inovadoras para a conservação do oceano, de forma multidisciplinar e colaborativa.

 



 

Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)

www.fundacaogrupoboticario.org.br

 


Fundação Grupo Boticário

 

Setores econômicos afetados pela pandemia. Há saída?


A crise em função da Covid-19 tem penalizado o mundo todo, e, no Brasil, muitos setores estão amargando baixas significativas e necessitam encontrar meios urgentes para que as empresas possam seguir operando

 

 

Um ano e três meses depois do início da pandemia do coronavírus, milhões de pessoas ao redor do mundo vêm sentindo na pele – e no bolso – os impactos da Covid-19. Eventos e viagens cancelados, estabelecimentos e atividades de lazer fechando as portas, trabalho em regime de home office...um cenário de incertezas há muito não experimentado. A necessidade do isolamento e do distanciamento social para conter o avanço da doença potencializou a situação já caótica. No Brasil, a demora no enfrentamento adequado da pandemia engrossou a lista de atividades econômicas prejudicadas. 

Diante do contexto, qual a saída? Para Paulo Calheiros, advogado da Mandel Advocacia, especializado em Direito Falimentar e Recuperação e Reestruturação Empresarial, felizmente a legislação brasileira, especialmente após as alterações recentes da Lei 11.101/2.005, disponibiliza aos empresários uma gama de ferramentas para superação deste difícil momento. Para cada um dos setores mais prejudicados, e também para cada tipo e porte de empresa, passando ainda pelo nível de gravidade da crise enfrentada, diversas são as soluções a serem consideradas.

 

Setores duramente afetados

Na indústria automotiva, as notícias não têm sido das mais animadoras. Grandes montadoras instaladas no país anunciaram a suspensão de operações em suas linhas de montagem, como forma de minimizar os riscos sanitários e econômicos decorrentes do momento atual. Uma realidade que afetou duramente a cadeia de produção. Não raramente, muitos fornecedores de peças e serviços se dedicam exclusivamente a atender as plantas que estiveram paralisadas.

O fato é que a pausa na produção de veículos resulta invariavelmente em menor abastecimento de estoques futuros. Menores estoques, havendo procura, significarão aumento de preços. Algo que afeta também o mercado como um todo. Para os pequenos, o efeito é ainda mais intenso. Pausa na produção agora poderá representar desabastecimento de componentes quando as situações econômica e sanitária alcançarem a tão desejada normalidade.
 

Duramente afetadas pelas restrições de circulação, empresas de movimentação de passageiros, hotelaria e agências de turismo vivem um momento igualmente difícil. No setor hoteleiro, já há, inclusive, pedidos de recuperação judicial ajuizados, onde o desafio é elaborar um plano perante a incerteza de quando haverá segurança para retomar o volume habitual de ocupação. No caso de grandes empresas voltadas ao deslocamento de pessoas, alguns auxílios governamentais (como a renegociação de contratos de Finame) vêm possibilitando um mínimo equilíbrio de contas. 

Porém, boa parte dessa tão importante atividade para o Brasil, de dimensões continentais e atrativos turísticos em quantidade inesgotável, é operada por empresas grandes em representatividade, mas pequenas em estrutura, por vezes formadas tão somente por seus sócios e poucos funcionários. Resta, nestes casos, a renegociação com os principais parceiros comerciais, para a qual é sempre recomendável a presença de assessorias especializadas. 

Dentre os setores mais afetados pelo cenário pandêmico, a indústria de eventos, que engloba diversas atividades econômicas, como logística, gastronomia, locação, audiovisual, entre outras, merece destaque. Afinal, todos os outros tiveram alguma espécie de "respiro" com os novos protocolos e com o relaxamento das restrições. Mas a realização de eventos, que prescindem da aglomeração de pessoas, permanece proibida. 

Segundo dados da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), em levantamento feito com 700 empresas de Belo Horizonte (MG) e região, uma média de 16% delas foram à falência, o que custou 5.500 empregos. Por isso, a recomendação de Calheiros é que empresas deste e de outros ramos que estejam em dificuldades ajam rápido, negociando com seus principais credores antes que a situação se torne insustentável. 

Outro segmento bastante afetado pela pandemia, o de alimentação fora do lar (AFL), vem enfrentando queda média de 48% no faturamento, segundo o advogado. Embora possuam a alternativa do atendimento por delivery ou retirada, e a possibilidade de reabertura parcial nos momentos de menor contágio, o fato é que a pandemia mudou o comportamento de parte do público destes estabelecimentos, que tem optado por alternativas como a refeição preparada em casa. Para este núcleo, a renegociação de contratos importantes, como aluguéis e fornecedores exclusivos, é uma alternativa viável. 

Na área calçadista as vendas caíram drasticamente, dada a diminuição dos deslocamentos e a restrição aos eventos sociais. Com a reabertura gradual do comércio, analistas projetam que o setor terá crescimento, devido à demanda represada e à melhoria da economia como um todo.

Um importante termômetro para a economia, a indústria de embalagens, também vem sendo afetada, principalmente pelas paradas resultantes das restrições sanitárias e falta de matérias-primas. A exemplo das fábricas de calçados, as de embalagens enfrentam o mesmo desafio: atender a demanda represada. Aumento de preços dos insumos utilizados pelo segmento, como papel, madeira e plástico, somado à falta de investimentos na cadeia preocupa os empresários do setor quanto à capacidade da indústria de atender ao mercado quando as demais atividades normalizarem. 

De acordo com Paulo Calheiros, esta nova equação do mercado de embalagens coloca os empresários em um cenário diferente. Antes, os custos de produção eram baixos, e o valor agregado do produto final, menor. Agora, ao mesmo passo, custos e valor final cresceram, mudando a perspectiva financeira das empresas. 

“Todos os ramos empresariais abordados sofreram de forma mais aguda os efeitos da pandemia. Com isso, empresas viram seu fluxo financeiro ser drasticamente alterado, foram obrigadas a rever seus quadros de colaboradores, e podem estar em atraso com obrigações diversas, seja com fornecedores, seja com o próprio governo”, observa Calheiros: “Para empresas de maior porte, a recuperação judicial pode se mostrar uma ferramenta interessante, ao garantir a estes empresários seis meses, no mínimo, de proteção contra medidas ajuizadas por seus credores, para que possam apresentar um plano de recuperação e obter a aprovação junto aos credores, visando sanar dívidas e reestruturar operações”.

 

Sim, há solução

Na opinião de Paulo Calheiros, a recuperação extrajudicial, após as recentes alterações legais, é também uma ferramenta interessante, pois é menos onerosa, mais rápida e com menor custo se comparada à recuperação judicial. Porém, para que seja viável, ele alerta, a empresa precisa contar, logo de partida, com o apoio de ao menos um terço de seus credores à sua proposta de reestruturação. 

“Para pequenas empresas, ou para dívidas mais concentradas em credores específicos, a tutela de urgência introduzida recentemente na Lei 11.101/2.005 pode se mostrar suficiente para viabilizar a renegociação de débitos e assim prover maior estabilidade às operações empresariais. E, por fim, a negociação individual com os credores, por meio das ferramentas como a mediação e a conciliação, pode ser utilizada para contornar situações específicas e transitórias, tudo de forma a propiciar um ambiente favorável à superação deste momento tão crítico”, finaliza o advogado.

 



Paulo Calheiros - Formado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2005) e pós-graduado em Direito Empresarial pela mesma instituição de ensino (2010), Paulo Calheiros é especialista em Direito Falimentar e Recuperação e Reestruturação Empresarial. Desde 2007, atua na Mandel Advocacia, localizada no bairro paulistano de Higienópolis, referência nas áreas falimentar e de atividades contenciosas e consultivas. Em 2009, se tornou sócio do escritório e, além das atividades jurídicas e forenses cotidianas, passou a coordenar uma equipe de advogados. Calheiros também possui MBA em Gestão Legal pela Escola Paulista de Direito (2015) e importantes cursos de extensão dentro de sua especialidade, como Contratos e Operações Bancárias pela Fundação Getúlio Vargas (2012) e Fundamentos da Economia pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas-FIPE (2017). Em 2021, entregou defesa de tese de seu mestrado em Direito Empresarial pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales-UCES, de Buenos Aires, Argentina, referente ao curso concluído em 2019.
A atuação em mais de uma centena de processos de falência e recuperação judicial de empresas dos mais diversos ramos agregou ao advogado conhecimento bastante abrangente da área. A vasta experiência trouxe, também, importante compreensão sobre o funcionamento de muitos mercados, com destaque para metalurgia, química, agrário, varejo, automotivo e laticínios.  Estar à frente da Mandel Advocacia como CEO e sócio, cuidando da coordenação de equipe, contribuiu ainda mais para o entendimento da área que se tornou a grande especialidade de Paulo Calheiros.

www.linkedin.com/in/paulo-calheiros-adv
p.calheiros.pc@gmail.com

 

Busca de bens no Cartório de Registro de Imóveis

A busca de bens é um tipo de certidão fornecida pelo Cartório de Registro de Imóveis. Nos estados brasileiros, o nome desta certidão pode ter variações como, por exemplo, pesquisa de bens, certidão de propriedade positiva e negativa, certidão negativa de bens, negativa de propriedade, entre outros.

Apesar da variação na nomenclatura, o objetivo da certidão é o mesmo para todos os Cartórios de Registro de Imóveis brasileiros. A busca de bens baseia-se em uma pesquisa de bens imóveis registrados nos livros do Cartório de Registro de Imóveis, que a pessoa deseja e pode ser feita por CPF ou CNPJ.

O Cartório de Registro de Imóveis recebe a solicitação para iniciar o processo de procura de bens imóveis em seu arquivo. Após finalizarem as buscas, é expedido um documento à parte interessada formalizando a existência ou não de imóveis registrados em nome do pesquisado.

Este documento chama-se de certidão de busca de bens, e na inexistência dos imóveis, a certidão formaliza que nada consta naquela serventia registral.


O que ocorre quando o cartório localiza imóveis?

Em princípio, se a busca localizar imóveis registrados em nome do pesquisado, pode ser emitida a matrícula do imóvel atualizada. Da mesma forma, pode ser emitido um informativo contendo os dados da pesquisa.

Apresentação de inexistência de bens ou demais situações que seja solicitada comprovação de existência ou não de imóveis.

Vale lembrar que a busca de bens é feita em apenas um Cartório de Registro de Imóveis. Isto é, se há interesse que mais cartórios processem a busca de bens, deve também ser solicitado para cada um deles.

Só para exemplificar, na cidade Curitiba (PR) existem ao todo nove Cartórios de Registro de Imóveis. Assim sendo, uma busca de bens completa nesta cidade demanda das solicitações em todos esses nove cartórios.


Como solicitar a certidão de busca de bens no Central das certidões?

Por meio do Central das certidões é possível solicitar certidão de busca de bens para todos os Cartórios de Registro de Imóveis do Brasil. Primeiramente, basta entrar em nosso site e preencher as etapas solicitadas. Dentro do prazo estipulado é feita a entrega pelos Correios no endereço que desejar.

Por fim, se a necessidade for de certidão de nascimento, certidão de casamento, certidão de óbito, matrícula de imóvel atualizada ou certidão de protesto, os pedidos podem também ser feitos pelo Central das certidões .

 



Guilherme Cortez - atua com investigação patrimonial. É graduando em Direito e possui, além da certificação “Decipher” (Método Decipher – Investigações Corporativas), especialização em investigação patrimonial, principalmente com ênfase em blindagem e análise de registros imobiliários. Atualmente, é coordenador de investigações da Leme Forense e responsável pelo setor de Análise de Direitos Creditórios, que assessora em aquisições realizadas por investidores, desde a situação do processo judicial que discute a dívida até o levantamento de ativos e passivos dos devedores, com o fim de apurar o potencial de

 

Central das certidões

https://centraldascertidoes.com.br/

 

Preço do etanol avança e ultrapassa R$ 5, aponta Ticket Log

 Aumento de 3,77% no início de junho fez o combustível ser comercializado a R$ 5,004 nos postos


De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio do etanol ultrapassou a marca de R$ 5,00 neste início de junho, após aumento de 3,77% na comparação com o fechamento de maio. O combustível foi comercializado a R$ 5,004, enquanto a gasolina tem preço médio de R$ 5,853 nos postos brasileiros, alta de 0,95%. 

“O aumento de preços do etanol é significativo. Em janeiro, nenhum combustível no Brasil era encontrado com média de preços acima de R$ 5,00. Agora, etanol e gasolina são comercializados nesta faixa”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Duas regiões brasileiras ainda registram médias abaixo de R$ 5,00 para o etanol. O valor por litro no Centro-Oeste é o mais baixo do País, a R$ 4,546. A região também apresentou o menor aumento, de 0,35% em relação ao fechamento de maio. No Sudeste, o combustível foi encontrado a R$ 4,861.

O etanol mais caro foi comercializado na Região Nordeste, a R$ 5,133. Também nos postos nordestinos foi registrado o maior aumento de preços, de 4,93%. Em relação à gasolina, a maior alta também esteve na região, de 1,68%.

A gasolina mais cara foi encontrada no Sudeste, a R$ 5,953, e a mais barata no Sul, a R$ 5,678. O menor aumento foi registrado na Região Norte, de 0,03% na comparação com o fechamento do mês anterior.

No recorte entre estados, o etanol mais caro foi encontrado no Rio Grande do Sul, a R$ 5,675. O combustível com menor preço médio esteve em São Paulo, a R$ 4,204. Já o Rio Grande do Norte apresentou o maior aumento, de 13,39%, e nenhum estado mostrou redução.

Também nos postos potiguares foi identificado o maior aumento da gasolina, de 3,23%. Já a gasolina com maior preço médio por litro foi registrada no Acre, a R$ 6,390. Em outro estado do Norte, o Amazonas, o combustível mais barato foi encontrado, a R$ 5,261. Os postos amazonenses também apresentaram a maior redução no preço médio da gasolina, de 2,39%.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 



Ticket Log

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Edenred

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19 de junho: Dia Mundial do Albatroz chama atenção para o desenvolvimento de pescarias compatíveis com a conservação das aves oceânicas

 Data celebrada globalmente conta com o apoio do Projeto Albatroz na América do Sul. Duas espécies estão no foco das ações deste ano: Albatroz-de-Tristão e Albatroz-de-Galápagos

 

O Dia Mundial do Albatroz foi criado por representantes do Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP) em 2019 com o objetivo de chamar a atenção para a crise da conservação desse grupo de aves. O Acordo, que conta com a participação da coordenadora geral do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, elegeu “Garantindo pescarias compatíveis com a conservação dos albatrozes” como tema da campanha deste ano, a fim de sensibilizar o público sobre as melhores práticas para conservar albatrozes ao redor do mundo.

 

O grande número de albatrozes e petréis mortos incidentalmente pela pesca, que gira em torno de 40 mil todos os anos, foi a principal força motriz para a criação do ACAP há duas décadas e abordar este problema de conservação continua a ser uma parte importante do trabalho do Acordo. Por isso, todos os anos, a campanha do Dia Mundial do Albatroz dá destaque a espécies ameaçadas de extinção. Na edição de 2021, são homenageadas duas espécies criticamente ameaçadas, de acordo com a classificação da Lista Vermelha da IUCN: o Albatroz-de-Tristão (Diomedea dabbenena) e o Albatroz-de-Galápagos (Phoebastria irrorata).

 

Espécies em perigo

As duas espécies são consideradas endêmicas, ou seja, se reproduzem em uma única região no planeta. O Albatroz-de-Tristão faz seus ninhos na Ilha Gough, território britânico isolado em meio ao Oceano Atlântico e se alimenta nas águas brasileiras, uruguaias e argentinas. Já o Albatroz-de-Galápagos é a única das 22 espécies a se reproduzir em uma região de clima tropical, que é a Ilha Espanhola, no Arquipélago de Galápagos.

 

Além dos perigos da interação com várias modalidades de pesca, os albatrozes e petréis também são ameaçados pela poluição dos oceanos com plásticos e outros resíduos, mudanças climáticas, redução de disponibilidade de alimento, intervenção humana nos locais de reprodução e invasão de roedores nas ilhas onde cuidam de seus filhotes.

 

Para a coordenadora geral do Projeto Albatroz e vice-presidente do comitê assessor do ACAP, Tatiana Neves, essas duas espécies representam a urgência da conservação dos albatrozes ao redor do mundo. “Os desafios que encontramos na proteção dessas duas espécies endêmicas são apenas um exemplo. Conservar mais de 20 espécies com particularidades, localidades e ameaças diferentes requer um enorme esforço global, que é possível somente por meio da colaboração de todos os países membros do ACAP”.

 

Mais de uma dezena de espécies de albatroz se alimentam nas águas brasileiras e, para protegê-las, o Projeto Albatroz realiza um trabalho de educação ambiental com os pescadores, para que conheçam o albatroz e aprendam a utilizar medidas práticas para mitigar a captura desses animais, atuando como parceiros da instituição em alto-mar.

 

O ACAP e o Projeto Albatroz estão trabalhando conteúdos exclusivos em suas redes sociais para ajudar a aumentar a consciência do público sobre a crise de conservação enfrentada pelos albatrozes e petréis ao redor do mundo, além de ressaltar o esforço global de cientistas e instituições para aproximar espécie das pessoas e sensibilizá-las sobre sobre sua importância. Acompanhe no @projetoalbatroz.

 

Saiba mais sobre o ACAP no site: https://acap.aq/

 

 

Projeto Albatroz

Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.

 

A principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.

 

Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Cabo Frio (RJ).

 

www.projetoalbatroz.org.br

 

Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP)

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Entenda a nova lei que auxilia empresas que recorrem a recuperação judicial

 Em meio à pandemia os pedidos de recuperação judicial aumentaram. Com a nova legislação, empresas poderão escapar da falência.


Apesar da esperança de que 2021 seria um bom ano para a economia. Dados divulgados pela Serasa Experian apontam que de janeiro para fevereiro houve uma ascensão de 83,7% nas solicitações de recuperação judicial. Devido à pandemia, até o fim do ano, projeta-se um aumento de 53% nessas solicitações.


O que é recuperação judicial?

Entende-se por recuperação judicial um acordo entre empresas e seus credores. Segundo João Esposito, CEO da Express CTB – accountech de contabilidade, “A recuperação judicial é como uma versão moderna da antiga Concordata. A empresa que precisa de ajuda faz um pedido e ganha um tempo de suspensão das suas cobranças, retardando o pagamento dos seus débitos, negociando dívidas e mantendo sua operação. No entanto, esse pedido só será atendido caso a empresa possua um plano estratégico para sua recuperação, que será avaliado pelos seus credores”, explica.

Bruna Estima, advogada e assessora jurídica parceira da Express CTB, complementa: “Essa recuperação é capaz de ajudar não apenas os donos de empresas, mas toda a equipe que faz parte dela. Se uma empresa quebra, funcionários ficam desempregados, fornecedores perdem um cliente e a população fica sem determinado produto. Ao evitarmos a falência de uma empresa, toda uma sociedade é amparada”.


Quem pode pedir essa recuperação?

A recuperação judicial é um instrumento voltado para sociedades empresariais ou empresários individuais registrados há mais de dois anos. Com a nova lei, agora produtores rurais também possuem permissão para recorrer a recuperação judicial, mesmo que estes atuem como pessoa física.

No entanto, não são todas as organizações que possuem CNPJ que tem direito à recuperação judicial. ONGs, empresas públicas, instituições financeiras, cooperativas ou sociedades de economia mista não têm acesso a esse benefício.

“Vale ressaltar que empresas que possuem administrador ou sócio majoritário que já tenha sido condenado por crimes previstos na Lei de Recuperação de Empresas, como por exemplo fraude contra credores, não podem pedir recuperação”, diz a advogada.


Quais foram as principais mudanças propostas pela nova Lei?

Especialistas da Express CTB selecionaram algumas das principais mudanças propostas na legislação:


1 – Financiamento do devedor

Com a implementação da Lei nº 14.112/2020, agora os juízes poderão autorizar a celebração de contratos de financiamento com o devedor. Também existe a possibilidade de o devedor conseguir empréstimos cujo objetivo seja favorecer a continuidade do processo.


2 – Parcelamento de dívidas

A partir das mudanças propostas pela legislação, as empresas que fizerem o pedido de recuperação judicial poderão liquidar seus débitos com a Fazenda Nacional, parcelando as dívidas em até 120 parcelas mensais.

No caso dos débitos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal, os parcelamentos podem ser feitos em até 84 vezes.


3 – Plano de recuperação

Agora, os credores possuem o direito de apresentar um plano de recuperação alternativo para seu devedor. No entanto, esse plano deverá seguir determinados critérios.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br


Como identificar e mitigar um ataque cibernético rapidamente em um mundo volátil

Vivemos uma revolução digital e com ela novos riscos surgem a cada dia. À medida que a tecnologia avança os invasores também encontram novos alvos. Os incidentes de segurança sempre acontecerão, por isso temos que estar prontos para investigar, identificar e responder rapidamente um ataque cibernético, corrigindo as vulnerabilidades do sistema o quanto antes.


Com uma boa estratégia de segurança é possível bloquear conexões indesejadas, minimizar os impactos de ataques sorrateiros e eliminar ameaças críticas. Uma empresa que planeja crescer e alcançar novos mercados precisa refletir sobre o gerenciamento desse processo que envolve pessoas e ferramentas.

Considerando que todos os meses surgem novos patches para corrigir algo que, por algum motivo, não está funcionando do jeito planejado, dentro de um determinado software, é necessário agilidade para manter a operação rodando, de modo a limitar os riscos e danos à organização.

Para oferecer aos analistas de segurança recursos mais eficientes, visando a otimização do fluxo de trabalho, algumas empresas em cibersegurança criaram uma plataforma de defesa exclusivamente para detecção e resposta rápida a ameaças. Com análise automatizada e maior visibilidade dos potenciais riscos à segurança, os recursos XDR - o D significa Detecção, o R Resposta e o grande diferencial está no X, que significa qualquer fonte de dados, e não somente o endpoint - permitem detectar mais e responder ainda mais rápido.

Pesquisa recente do Gartner (líder mundial em pesquisa e consultoria corporativa), sobre “as dez principais tendências de tecnologia para Governos em 2021”, aponta que 50% das empresas de tecnologia que fornecem produtos e serviços para as administrações públicas oferecerão recursos de negócios em pacotes para dar suporte a aplicações combináveis
​​até 2023; e 75% dos CIOs do setor de Governo serão diretamente responsáveis ​​pela segurança fora da TI até 2025, incluindo ambientes operacionais e de tecnologia em missão crítica, com recursos que têm o potencial de acelerar a digitalização e otimizar a oferta de serviços públicos.

É mandatório ter visibilidade para poder mapear os ataques quando eles ainda estão no início e não deixar que se transformem em um grande incidente, para então agir. As ameaças precisam ser detectadas e os analistas de segurança precisam descobrir como melhor a investigação e o tempo de resposta a um ataque.

Cada vez mais as empresas terão que implementar soluções multicamadas, para rápida detecção além do endpoint, coletando e analisando também dados de e-mails, servidores, workloads na nuvem e redes. As companhias que empregam técnicas automatizadas de agregação de dados, habilitadas com soluções de XDR, desfrutam dos melhores resultados de segurança porque compreendem e respondem aos incidentes de forma rápida e efetiva. Então, vamos ficar de olho no que o mercado oferece para minimizar os problemas futuros.

 


Sérgio Neves - Regional Account Manager da Trend Micro, empresa especializada em cibersegurança.


Visto de trabalho americano dá direito ao Green Card

Modalidade denominada de EB-3 permite mudança sem grandes exigências, desde que o aplicante já tenha uma proposta de emprego vinda do país


Muitas pessoas acreditam que imigrar para os Estados Unidos legalmente é difícil. Entretanto, existe uma modalidade de visto que basta ao aplicante ter uma proposta de trabalho de uma empresa local para poder realizar o sonho americano. O visto EB-3 concede autorização de trabalho nos Estados Unidos baseado numa oferta de emprego e concede o Green Card para o proponente e sua família.

Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, fundador da Toledo e Advogados Associados e sócio da LeeToledo LLC, escritório de advocacia especializado em Direito Internacional com unidades no Brasil e Estados Unidos, relembra que essa categoria foi criada pelo governo americano há muitos anos para suprir a necessidade de contratação de funcionários não qualificados ou sem uma qualificação específica para várias áreas de trabalho em que os americanos muitas vezes não se interessam em trabalhar, ou que não têm demanda suficiente para contratação desses empregados. “O objetivo é evitar que certos setores não fiquem desabastecidos de profissionais ou esses trabalhos acabem extintos, fazendo com que empresas fechem por falta de mão de obra”,  justifica.

Segundo Toledo, o visto EB-3 é concedido em duas situações. Para profissionais qualificados, chamados nos Estados Unidos de skilled, e para trabalhadores que atuam em funções que não exijam formação ou experiência específica, denominados unskilled.

Na categoria skilled, o aplicante precisa ter nível superior ou equivalente dentro dos Estados Unidos e precisa demonstrar que a formação está dentro da área em que ele vai trabalhar no país. Toledo ressalta que, neste caso, o proponente precisa solicitar a convalidação de grade curricular do Brasil com os Estados Unidos. Ele também precisa demonstrar ter pelo menos dois anos de experiência ou de treinamento na vaga que vai preencher.

O advogado adverte que esta modalidade de visto não pode ser aplicada para uma vaga sazonal ou temporária. Nesse caso, seria outro tipo de visto, de modo que é necessário ter proposta de emprego definitivo nos Estados Unidos.

Já para os trabalhadores unskilled, não é exigido que o proponente tenha dois anos de treinamento nem a necessidade de formação superior. “Na verdade, a pessoa não precisa ter qualquer tipo de experiência na área em que vai atuar”, declara.

Outro ponto levantado pelo advogado é a não exigência de fluência no idioma inglês para a entrevista no consulado nem para ser contratado nessa modalidade de visto.

Por outro lado, Toledo adverte que há outras exigências feitas pelo governo americano para poder aplicar para o visto EB-3. “Embora essa categoria não exija uma série de outros requisitos de outros vistos, não é um processo rápido como muitas pessoas imaginam”, alerta. Entre os pré-requisitos necessários para solicitar esse visto de trabalho, estão não ter registro criminal e gozar de boa saúde porque quando o proponente vai fazer um processo de imigrante para aquisição do Green Card, terá que fazer um exame médico.

Por outro lado, as despesas financeiras para obtenção do visto EB-3 são bem menores que as do EB-5, por exemplo. Não é necessário comprovar nenhum tipo de investimento, comprar ou adquirir algum tipo de propriedade ou algo do gênero.

Entretanto, Toledo recomenda a contratação de um advogado especializado em imigração para poder fazer todos os trâmites com segurança, pois para poder entrar com um processo de EB-3 é necessário o Labor Certificate, ou seja, uma autorização junto ao Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. De posse desse certificado, o advogado deve preencher um formulário, fazer a petição, juntar a documentação e encaminhar tudo para processamento.

Na sequência, o Departamento de Trabalho envia uma carta de protocolo. A partir deste momento, o processo passa para o NVC – National Visa Center, o Centro Nacional de Vistos dos Estados Unidos, que envia uma notificação ao advogado junto com uma taxa a ser paga pelo proponente. Após o pagamento, o representante deve encaminhar o comprovante junto com um formulário chamado DS-260, para iniciar o processo de visto propriamente dito e encaminhar toda a documentação para o consulado do país de origem, onde será agendada a entrevista.

Caso o proponente seja aprovado na entrevista, ele está liberado para mudar para os Estados Unidos, legalmente, junto com a sua família — seu cônjuge e filhos menores de 21, solteiros e não emancipados — e tem a liberação para trabalhar legalmente no país.



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com quase 110 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 


Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


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