Data celebrada globalmente conta com o apoio do Projeto Albatroz na América do Sul. Duas espécies estão no foco das ações deste ano: Albatroz-de-Tristão e Albatroz-de-Galápagos
O
Dia Mundial do Albatroz foi criado por representantes do Acordo para a
Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP) em 2019 com o objetivo de chamar a
atenção para a crise da conservação desse grupo de aves. O Acordo, que conta
com a participação da coordenadora geral do Projeto Albatroz, patrocinado pela
Petrobras, elegeu “Garantindo pescarias compatíveis com a conservação dos
albatrozes” como tema da campanha deste ano, a fim de sensibilizar o público
sobre as melhores práticas para conservar albatrozes ao redor do mundo.
O
grande número de albatrozes e petréis mortos incidentalmente pela pesca, que
gira em torno de 40 mil todos os anos, foi a principal força motriz para a
criação do ACAP há duas décadas e abordar este problema de conservação continua
a ser uma parte importante do trabalho do Acordo. Por isso, todos os anos, a
campanha do Dia Mundial do Albatroz dá destaque a espécies ameaçadas de
extinção. Na edição de 2021, são homenageadas duas espécies criticamente
ameaçadas, de acordo com a classificação da Lista Vermelha da IUCN: o
Albatroz-de-Tristão (Diomedea dabbenena) e o Albatroz-de-Galápagos (Phoebastria
irrorata).
Espécies
em perigo
As
duas espécies são consideradas endêmicas, ou seja, se reproduzem em uma única
região no planeta. O Albatroz-de-Tristão faz seus ninhos na Ilha Gough,
território britânico isolado em meio ao Oceano Atlântico e se alimenta nas
águas brasileiras, uruguaias e argentinas. Já o Albatroz-de-Galápagos é a única
das 22 espécies a se reproduzir em uma região de clima tropical, que é a Ilha
Espanhola, no Arquipélago de Galápagos.
Além
dos perigos da interação com várias modalidades de pesca, os albatrozes e
petréis também são ameaçados pela poluição dos oceanos com plásticos e outros
resíduos, mudanças climáticas, redução de disponibilidade de alimento,
intervenção humana nos locais de reprodução e invasão de roedores nas ilhas
onde cuidam de seus filhotes.
Para
a coordenadora geral do Projeto Albatroz e vice-presidente do comitê assessor
do ACAP, Tatiana Neves, essas duas espécies representam a urgência da
conservação dos albatrozes ao redor do mundo. “Os desafios que encontramos na
proteção dessas duas espécies endêmicas são apenas um exemplo. Conservar mais
de 20 espécies com particularidades, localidades e ameaças diferentes requer um
enorme esforço global, que é possível somente por meio da colaboração de todos
os países membros do ACAP”.
Mais
de uma dezena de espécies de albatroz se alimentam nas águas brasileiras e,
para protegê-las, o Projeto Albatroz realiza um trabalho de educação ambiental
com os pescadores, para que conheçam o albatroz e aprendam a utilizar medidas
práticas para mitigar a captura desses animais, atuando como parceiros da
instituição em alto-mar.
O
ACAP e o Projeto Albatroz estão trabalhando conteúdos exclusivos em suas redes
sociais para ajudar a aumentar a consciência do público sobre a crise de
conservação enfrentada pelos albatrozes e petréis ao redor do mundo, além de
ressaltar o esforço global de cientistas e instituições para aproximar espécie
das pessoas e sensibilizá-las sobre sobre sua importância. Acompanhe no @projetoalbatroz.
Saiba mais
sobre o ACAP no site: https://acap.aq/
Projeto
Albatroz
Reduzir
a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto
Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo
Instituto Albatroz - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e
pescadores.
A
principal linha de ação do Projeto, nascido no ano de 1990, em Santos (SP), é o
desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de
ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O
resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem
as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos
albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos
pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Atualmente,
o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC),
Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Cabo Frio (RJ).
Acordo
para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário