Nutricionista
chama atenção para abordagem integrativa como melhor - e única - opção para
entender o problema e solucioná-lo efetivamente
A síndrome da fadiga adrenal, também conhecida como
fadiga crônica, assim como o burnout, está se tornando mais prevalente devido
ao estilo de vida desequilibrado adotado por muitas pessoas. A rotina
extenuante e a pressão constante por desempenho profissional e pessoal,
combinadas com os impactos do isolamento e medos relacionados à pandemia,
contribuíram para o surgimento ou agravamento de problemas psíquicos e físicos.
Jaciara Petry, especialista em nutrição
integrativa, observa essas situações em seus atendimentos, onde sintomas como
fadiga constante, falta de motivação, e alterações no sono e humor são cada vez
mais comuns. Ela destaca a importância de uma abordagem holística para analisar
as causas subjacentes e oferecer um tratamento eficaz que aborda a raiz do
problema.
A nutricionista ressalta que, embora o tratamento
psicológico seja essencial, outros fatores, como alterações nutricionais,
deficiências vitamínicas e o esgotamento de mecanismos de controle do estresse,
como o cortisol, também desempenham um papel crucial no bem-estar geral e
emocional do indivíduo.
“O ser humano é complexo e precisa ser tratado de forma
única e inteiramente. Nos casos de burnout, principalmente, é comum se falar em
tratamentos psicológicos - que são essenciais -, mas pouco ainda se
debate como outras situações como alterações nutricionais, carência de
vitaminas e a exaustão de mecanismos controladores do estresse, interferem no
bem estar geral do ser humano, inclusive no seu emocional”, comenta.
A fadiga crônica é caracterizada por exaustão
persistente que não melhora com o descanso, também conhecida como fadiga
adrenal, onde as glândulas adrenais não funcionam adequadamente devido ao
estresse crônico. Esse estresse constante pode levar ao esgotamento dessas
glândulas, resultando em diversos sintomas. Se não tratado, isso pode evoluir
para o burnout, um estado de esgotamento físico e emocional reconhecido pela
Organização Mundial da Saúde como uma doença ocupacional. A fadiga adrenal é
diagnosticada através da investigação de hábitos e sintomas, usando o método de
exclusão, enquanto o burnout requer diagnóstico por um profissional de saúde
mental.
“A síndrome de burnout representa o ápice do
estresse e manifesta sintomas como distúrbios do sono, dores musculares, dor de
cabeça, irritabilidade, mudanças de humor, falhas de memória, dificuldade de
concentração e baixa imunidade. Indivíduos afetados tendem a se isolar, podem
experimentar problemas gastrointestinais, pressão alta e alterações nos
batimentos cardíacos. Cerca de 49% das pessoas com esses sintomas desenvolvem
depressão, enquanto 97% relatam exaustão física total, tornando-se incapazes de
realizar qualquer atividade devido a condições físicas e emocionais
comprometidas. Esses impactos têm causado significativos prejuízos na vida de
muitas pessoas”, observa a nutricionista integrativa.
A especialista reforça a importância de buscar orientação profissional ao enfrentar sintomas de fadiga ou estresse crônico. Ela enfatiza a necessidade de uma avaliação abrangente, envolvendo tratamentos psicológicos, especialmente em casos de burnout, e abordagens nutricionais, além de outras intervenções que se mostrem necessárias.
Clínica Colman
www.clinicacolman.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário