Divulgação - Pixabay |
O Dia Mundial do Oceano, comemorado no mês de junho, foi
instituído durante a conferência Rio-92 para lembrar sobre a importância da
conservação dos mares para a vida no planeta. Quase 30 anos depois, as ameaças
ao ecossistema costeiro-marinho aumentaram, mas também cresceu a mobilização de
autoridades, iniciativa privada e da sociedade civil organizada em torno do
tema. Neste ano, a data é comemorada em conjunto com as primeiras ações da
Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), um
esforço mundial coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que os
países unam esforços a favor da saúde do oceano.
Um dos principais objetivos da Década é disseminar
conhecimento a respeito da importância do oceano para um futuro sustentável.
“Precisamos conhecer mais para tomar melhores decisões, seja como indivíduos,
instituições ou governos. Um oceano acessível, conhecido e valorizado por todos
depende do fortalecimento da cultura oceânica, do entendimento da influência do
oceano na nossa vida e da nossa vida no oceano. É essencial que as ações
valorizem o engajamento de todos os setores, incluindo as comunidades
tradicionais, empresas, sociedade civil e o poder público”, afirma Ronaldo
Christofoletti, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza
(RECN) e professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp).
Para o pesquisador, que é assessor de Comunicação para a
Década do Oceano, a sociedade precisa perceber que todos estão conectados de
alguma forma com o ambiente marinho. “Diariamente, todos somos influenciados
pelo oceano, mesmo sem nos darmos conta. Até quem está a quilômetros de
distância do litoral depende diretamente do oceano para viver. Neste instante,
mais de 50% do ar que respiramos vêm dos mares. A conexão passa pela economia,
já que a maior parte do comércio circula pelo mar, mas também está na
alimentação, no turismo, na saúde, no bem-estar, na cultura e na tradição”,
observa o pesquisador.
Para Emerson Oliveira, gerente de Conservação da
Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, tão importante quanto ter
consciência dos problemas é a busca por soluções. “Acreditamos muito no poder
da inovação e na capacidade de mudar o olhar sobre os problemas. Com a Década,
temos a oportunidade de rever a forma como cuidamos do oceano e, também, de
imaginar e colocar em prática formas sustentáveis de usufruir de todos os seus
benefícios. A ciência tem um papel fundamental nessa busca, mas também
precisamos ampliar a cooperação com diferentes atores sociais, compartilhando
diferentes saberes e experiências”, analisa.
A Fundação Grupo Boticário, que ao longo de 30 anos de
história destinou cerca de 25% do total de investimentos em pesquisa científica
para ecossistemas marinhos e regiões costeiras, é reconhecida pela Unesco e
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação como representante da
sociedade civil da Década do Oceano no Brasil. Além de apoiar e promover uma
série de eventos para mobilizar e inspirar a sociedade em torno da questão, a
Fundação tem o oceano como foco na edição deste ano da teia de soluções,
iniciativa que busca soluções inovadoras para a conservação do oceano, de forma
multidisciplinar e colaborativa.
Rede
de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)
www.fundacaogrupoboticario.org.br
Fundação Grupo Boticário
Nenhum comentário:
Postar um comentário