Avanço não foi mais alto em função da queda de 10% do no emprego público federal em 3 meses
O total de pessoas
empregadas na saúde brasileira cresceu 2,9% em três meses. É o que aponta o
"Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde", produzido pelo
Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com isso, o segmento atinge a
marca de 4,5 milhões de pessoas empregadas, considerando setor público e
privado com empregos diretos e indiretos. No mesmo período, o emprego na
economia como um todo subiu em 1,8%.
Os números ressaltam
o impacto positivo que a cadeia da saúde tem sobre o mercado de trabalho
brasileiro. Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a pandemia do
novo Coronavírus reforçou essa importância e a tendência deve se manter nos
próximos anos. "No mesmo intervalo de tempo, entre janeiro e abril, o emprego
total no país aumentou 1,8%. Os números reforçam a participação intensa do
segmento no mercado nacional. Vale lembrar, por exemplo, que abril registrou o
menor saldo positivo mensal em 2021, com 120 mil vagas de empregos com carteira
assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged)", reflete o especialista.
Do total de 4,5
milhões de empregados na cadeia da saúde em abril desse ano, 3,6 milhões
estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 78%, e 990
mil, ou 22%, eram empregos do setor público, considerando todas suas
modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros).
Novamente, a saúde
suplementar puxa a alta do segmento. As regiões onde a cadeia da saúde mais
cresceu foram Norte e Sul, com taxas de 6,1% e 3,1% em 3 meses,
respectivamente. Na região Norte, o crescimento foi alavancado pelo setor
público e, na região Sul, pelo setor privado. "Em três meses, o segmento
privado teve alta de 3,7%. O resultado geral só não foi melhor porque o emprego
público avançou apenas 0,3%", reforça Cechin.
No acumulado do ano,
a saúde privada teve saldo positivo de aproximadamente 148 mil vagas, o que
demonstra a resiliência mesmo com o avanço da crise econômica e sanitária nos
primeiros meses do ano. O resultado do setor privado foi puxado pelo bom
desempenho do subsetor de Prestadores, que avançaram em 113,6 mil novos postos,
Fornecedores, com saldo de 30,2 mil vagas, enquanto as Operadoras registraram
alta de 4 mil empregos formais.
Emprego Público
Nos entes da
Federação, o baixo crescimento foi puxado pela forte queda no emprego Federal,
que caiu 10,1% em três meses. O número total do setor público não foi negativo
em função da criação de empregos na esfera estadual, com avanço de 2,2%, e
municipal, que registrou alta de 0,8% no mesmo período.
"Mesmo com a
lenta e gradual retomada do mercado de trabalho formal brasileiro, o avanço da
cadeia de saúde repercute na economia como um todo, influencia a renda das
famílias, sua capacidade de consumo e segurança", aponta José Cechin.
Não existe no Brasil
uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço
público municipal na área de saúde. Por isso, o IESS está levantando
informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o
Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da
população nacional.
O boletim pode ser
acessado na íntegra em https://bit.ly/Emprego_IESS
Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS
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