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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Será que eu disse “SIM” para uma dívida?


Débitos contraídos pelo companheiro antes do casamento podem impactar o patrimônio do casal. Especialista explica que o regime de bens escolhido na hora de oficializar a união é a chave para proteger os seus bens. 


 

Oficializar a união é um passo importante na vida de um casal e alinhar os objetivos antes do “sim” pode evitar problemas no futuro, inclusive na vida financeira das duas pessoas.  

O advogado especialista e membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Lucas Costa (@escritoparamaes no Instagram) explica que, além de organizar como a renda do casal vai ser dividida nas despesas, as pendências financeiras de cada um também precisam ser avaliadas, pois podem impactar de forma direta na vida do outro. Ou seja, você pode estar dizendo “sim” também para as dívidas!  

“Entender como funciona cada modalidade do regime de bens e escolher uma opção que faça mais sentido para o objetivo do casal é fundamental. É esse “modelo de contrato” que vai definir até que ponto as finanças dos dois estarão atreladas”, explica Lucas.  

 

Confira as principais dúvidas sobre o assunto: 

 

1) Vou casar com uma pessoa que está com o CPF negativado. Corro o risco de também ficar com o nome sujo? 

R.: Não. A negativação do CPF só pode atingir quem fez a dívida. O cônjuge/companheiro não é atingido, salvo se a dívida for feita por ambos (se os dois assinarem o contrato, por 

exemplo). 

 

2) O meu companheiro tem dívidas feitas antes do casamento. Posso ser cobrada por esses valores? 

R. Depende. O que vai definir isso é o regime de bens.  

No caso da comunhão universal, tudo é de todos, então tanto os bens, quanto os débitos das duas pessoas são de responsabilidade de ambos.  

Já no regime parcial de bens, só o que foi adquirido depois do casamento se torna do casal, mas Lucas Costa ressalta que, em casos que a justiça determine a penhora de bens para pagamento de uma dívida, um imóvel comprado depois do casamento, por exemplo, vai ser considerado patrimônio do devedor podendo pegar 50% do valor do bem.  

 

3) Minha namorada tem bens e investimentos e eu estou inadimplente, se nos casarmos eu 

sujo o nome dela? 

Não, pois a inscrição do CPF do devedor no cadastro de inadimplentes não pode alcançar terceiros. 

 

4) Vou casar em breve e ainda não decidi o regime de bens. Meu companheiro, que já possui dívidas, tem tendência a descontrole financeiro. Qual orientação para proteger meu patrimônio? 

Nesse caso, a recomendação é que o casamento seja celebrado pelo regime da separação convencional de bens. A principal característica desse regime é que os patrimônios dos cônjuges não se comunicam: cada um tem seus bens e seu dinheiro, não havendo responsabilização por dívidas do outro. 

 

5) Casei há muitos anos e sinto que meu patrimônio corre riscos. Posso fazer alguma coisa? Dá tempo de mudar o regime de bens? 

Sim. A alteração do regime de bens é permitida por lei, desde que seja de comum acordo entre os cônjuges. Porém, essa alteração vai ter validade apenas do momento em que for feita em diante. 

 

 

Lucas Costa - membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Tem nove anos de experiência na defesa de mulheres em ações envolvendo violência doméstica e nas áreas de família e sucessões. Possui escritório físico há seis anos na cidade de Curitiba/PR, atendendo em todo o Brasil. 

BARULHO DE ESTALO NO JOELHO É NORMAL? SAIBA QUANDO SE PREOCUPAR E CONHEÇA AS PRINCIPAIS LESÕE

O som de estalos nos joelhos é um fenômeno relativamente comum, mas em alguns casos, pode representar lesões. Especialista explica as causas

 

Quando movimentamos o joelho, a pressão nas articulações diminui, permitindo que pequenas bolhas de gás dissolvidas no líquido sinovial se formem e se dissipem, resultando no som característico de estalo, devido a liberação dos gases sinoviais e a menos que estes estalos estejam acompanhados de dor intensa ou instabilidade, não há motivo para se preocupar.
 

Mas quando é necessário procurar por um médico? 

Se o estalo no joelho estiver acompanhado de dor intensa, inchaço significativo, sensação de instabilidade, restrição de movimento ou piora dos sintomas ao longo do tempo, é recomendado procurar atendimento especializado. 

De acordo com a fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata de Guarulhos, Raquel Silvério, as causas que precisam de atenção, incluem movimento dos tendões sobre estruturas ósseas, desgaste da cartilagem ou até mesmo condições específicas como síndrome da banda iliotibial ou condromalácia patelar e, claro, traumas agudos. 

“A síndrome da banda iliotibial, por exemplo, está associada à dor lateral na perna e no joelho durante a flexão ou extensão, enquanto a condromalácia patelar envolve dor na parte frontal do joelho, que pode ser acompanhada de estalos e piorar ao subir ou descer escadas”, aponta.
 

Quais são os tipos de lesões mais comuns no joelho e como identificar? 

Com relação a lesões, os tópicos mais comuns podem ser lesões da cartilagem da patela que geralmente acontecem por uso excessivo ou g andes alterações da biomecânica. “Os principais sintomas dessa lesão são dor na parte da frente do joelho acompanhada de estalo, que se torna mais intensa com a realização de movimentos simples e que agravam com movimentos bruscos, como saltar, subir escadas e ajoelhar”, alerta a fisioterapeuta. 

Ela também destaca que existe também a possibilidade de uma lesão no menisco, que são as mais comuns entre os atletas e jovens ativos, essas podem ser traumáticas e agudas, geralmente advém de entorses, mas também podem ser comuns em idosos já com a idade avançada. “É o que chamamos de lesão degenerativa do menisco, que com o envelhecimento, associado ao desgaste progressivo que os meniscos e demais estruturas do joelho sofrem, diz a especialista. Os sintomas mais comuns são dores localizadas e intensas, na parte de dentro ou de fora do joelho, dependendo de onde aconteceu a lesão. 

Outra lesão comum são as ligamentares, quando o ligamento se rompe, e o que antes servia para estabilizar uma região entre dois ossos, agora causa dor ao agachar e ao cruzar as pernas. 

Para identificar se os estalos estão relacionados a essas condições específicas, é importante prestar atenção a outros sintomas e buscar a avaliação de um especialista, lembra a fisioterapeuta.
 

Qual a melhor opção de tratamento, caso seja algo grave? 

“O tratamento para aliviar a dor e melhorar a função do joelho depende da causa específica, mas pode envolver além da fisioterapia, fortalecimento muscular com o auxílio da academia, alongamentos periódicos, medicamentos e, em casos graves, cirurgia”, explica Raquel. 

Para quem tem pré-disposição à problemas no joelho, é fundamental buscar maneiras de fortalecer os músculos ao redor da região, como:

  • Manter a flexibilidade;
  • Fazer exercícios regularmente e da maneira correta;
  • Se manter no peso ideal.

“Além dessas orientações, a fisioterapia preventiva também pode ser benéfica para evitar lesões no joelho, por isso é fundamental fazer um check up com o médico de sua confiança”, finaliza.
 

Raquel Silvério - Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.


Vulnerabilidade com resiliência: Mulheres buscam bem-estar na menopausa

Os hormônios femininos desempenham um papel crucial na saúde e no bem-estar das mulheres, influenciando uma variedade de processos fisiológicos e psicológicos. Para se ter uma ideia, os hormônios atuam na saúde sexual, óssea, cardiovascular, na saúde da pele, na função cognitiva e saúde mental, dentre outras. Isso mostra como é necessário manter o equilíbrio hormonal para evitar impactos negativos no bem-estar e vulnerabilidade na rotina. Com a queda progressiva dos hormônios, começam a surgir sintomas mais vagos, que confundem-se com outras condições médicas, mas é muito importante falar neles, em especial sobre a menopausa, nome que se dá à última menstruação. O corpo da mulher começa a se preparar para a menopausa entre os 45 e 55 anos. O climatério, conhecido como o período que antecede a menopausa, também chamado de transição menopausal, e pós-menopausa é o primeiro “sinal” desta nova etapa de desafios na vida das mulheres, que pode e deve ser enfrentado com bastante resiliência. Passar por esse momento traz uma série de mudanças e adaptações ao corpo feminino. Porém, como identificar os primeiros sinais e sintomas se eles são tão diversos e podem se confundir com outras condições de saúde?

Mais de 80 sintomas associam-se ao climatério. Um sintoma comum e clássico é o fogacho, também conhecido como onda de calor. Por um desequilíbrio do centro de controle da temperatura, a mulher começa a sentir um calorão repentino, geralmente no tórax e pescoço, fica vermelha, e com suor excessivo. Outro sintoma comum é a mudança do padrão menstrual, geralmente mais precoce, onde os cliclos tornam-se irregulares. Fisicamente, são frequentes a sensação física de cansaço, a falta de energia e disposição, os problemas do sono, como a dificuldade de dormir e insônia, o ressecamento da pele e a flacidez. A saúde psicológica e cognitiva também sofre impacto. As pessoas do convívio diário começam a notar uma piora da concentração e da memória, e alterações do humor e irritabilidade. Em alguns casos, pode ser notado um padrão mais depressivo. Dentre todos estes aspectos apontados, talvez o mais desafiador para a mulher, por constituir um conjunto de alterações físicas e emocionais, e ainda por ser um tabu para muitas mulheres, é a diminuição da qualidade de vida sexual. A queda dos hormônios provoca o ressecamento e afinamento da parede vaginal, e a diminuição da lubrificação. Como resultado, o ato sexual pode se tornar doloroso. O saldo então é a diminuição do desejo sexual, falta de excitação, baixa autoestima e até depressão.      

Os sinais clínicos observados devem ser confrontados com os exames laboratoriais para diagnosticar o climatério e definir a melhor estratégia terapêutica. Os principais exames que mostram a aproximação da menopausa é a dosagem do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e do Estradiol. Conforme esta fase se aproxima os ovários se tornam menos responsivos ao FSH, e seus níveis aumentam na tentativa de promover o equilíbrio hormonal. Por isso, é fundamental que a mulher tenha o acompanhamento adequado de profissional médico nesta fase para identificar esse período e tratar os sintomas adequadamente.  

 

Atualmente é reconhecido que a principal estratégia para aliviar os sintomas do climatério consiste na adoção de hábitos saudáveis aliados com a terapia de reposição hormonal. Uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular, principalmente exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular, ajudam no controle de peso, diminuem as dores musculares e articulares, e melhoram o humor, a libido e as alterações vaginais. Estimular o cérebro em atividades de raciocínio ajuda a reduzir o risco de perda de memória durante a pós-menopausa.

"A reposição hormonal visa equilibrar os níveis de hormônios diminuídos nesse período, sendo o Estradiol e a Progesterona os principais hormônios utilizados. No Brasil, a utilização dessas substâncias já está consolidada nas formas de pílulas, géis, adesivos e injetáveis. Recentemente, muito se tem discutido sobre a terapia hormonal com implantes subcutâneos que são aplicados sob a pele da paciente. A forma de reposição via implantes subcutâneos tem se demonstrado eficaz e segura, sendo utilizada há mais de 50 anos nos Estados Unidos e Europa", reforça Izabelle Gindri, doutora em Engenharia Biomédica, cientista, farmacêutica, cofundadora e CEO da bio meds Brasil, empresa especializada em tratamentos de reposição hormonal. 

Por meio da via de aplicação característica dos implantes subcutâneos, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea de forma gradual e controlada desde o momento da implantação, podendo manter a terapia de reposição continuamente de 3 e 6 meses sem nenhuma intervenção médica adicional. Dessa forma, os níveis hormonais podem ser mantidos dentro dos limites fisiológicos, sem a variação da dose que ocorre quando se tem que aplicar ou ingerir a substância de forma recorrente todos os dias. O principal benefício desse efeito é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a utilização dos hormônios, os quais ocorrem quando a dose passa do limite costumeiramente reconhecido pelo organismo da mulher.  A aplicação dos implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial feito por profissionais médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação, não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente absorvidos pelo organismo.


Dez direitos do consumidor que talvez você desconheça

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Na semana do Cliente, professores do UniCuritiba dão dicas para melhorar a segurança nas compras e o relacionamento entre compradores e empresa 

 

Criado nos anos 2000 para homenagear e reconhecer a importância dos clientes, estreitar as relações de consumo e, obviamente, estimular as vendas, o Dia do Cliente, comemorado em 15 de setembro, é também uma excelente oportunidade para discutir os direitos do consumidor.

 

De acordo com o Instituto de Defesa de Consumidores (IDEC), os planos de saúde lideram o ranking de reclamações, com 29,3% do total. A lista segue com serviços financeiros (19,4%), demais serviços (13,7%), problemas com produtos (9,5%) e telecomunicações (8,2%).

 

Mestre em Direito com atuação nas áreas de Defesa do Consumidor e Direito Civil (contratual), o advogado Eros Belin de Moura Cordeiro diz que é fundamental que os clientes conheçam e exijam seus direitos. “O problema é que muita gente ainda desconhece as leis e, por isso, pode ser mais facilmente lesada”, avalia o professor do curso de Direito do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação.

 

Para o professor Sérgio Czajkowski Júnior, pesquisador e consultor nas áreas de Marketing de Serviços e de Varejo, Comportamento do Consumidor, Negociação e Vendas, as relações de consumo tornaram-se significativamente mais complexas devido à ascensão do ambiente digital, o que exige atenção redobrada dos consumidores, mesmo daqueles com experiência em compras online e outras modalidades de e-commerce.


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“Por não termos mecanismos de controle realmente efetivos no ciberespaço, o número de fraudes, golpes e outras práticas lesivas aos consumidores tem crescido de forma significativa no Brasil e em outros mercados mundiais. Como ainda não dispomos de um arcabouço legal-normativo capaz de resolver todas as possíveis práticas fraudulentas, a melhor maneira de evitar prejuízos é através da informação”, ensina o professor.

 

Segundo Sérgio, sempre que o consumidor se deparar com uma oferta excessivamente atraente, deve desconfiar. “Grande parte das ações criminosas ocorre em situações nas quais os consumidores são atraídos por condições excessivamente vantajosas.”

 

O problema é confirmado em pesquisas da Serasa Experian e E-commerce Brasil. Em 2023, 80 mil brasileiros foram vítimas de golpe online. A situação desperta o medo de cair em “armadilhas”. Em datas comerciais, como a Black Friday, o percentual de clientes receosos gira em torno de 70%. “Além das questões envolvendo as compras online, os consumidores brasileiros têm inúmeros direitos que muitas vezes desconhecem”, comenta Eros.

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10 direitos do consumidor que você provavelmente não sabia

 

1.     Devolução de produtos online: você tem até sete dias para se arrepender de uma compra realizada pela internet e solicitar o reembolso, sem precisar justificar. O custo do frete de retorno é por conta da empresa.


2.     Responsabilidade dos estacionamentos: mesmo que haja placas indicando que o estacionamento não se responsabiliza por danos aos veículos, essa cláusula é considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor.


3.     Ilegalidade da multa por perda de comanda: restaurantes e bares não podem cobrar multa por perda de comanda. A responsabilidade pela gestão do consumo é do estabelecimento.


4.     Ofertas de pacotes gratuitos nos bancos: os bancos são obrigados a oferecer um pacote de serviços básicos gratuitos, incluindo cartão de débito, saques, transferências e extratos.


5.     Garantia estendida não é obrigatória: a garantia estendida é um serviço opcional e não é obrigatória na compra de um produto.


6.     Produto com preços diferentes: sempre que houver dois valores diferentes para uma mesma mercadoria, o menor prevalece. No entanto, na ausência de preços, o consumidor não tem o direito de levar o item de graça. 

 

7.                 Comida no cinema: o cinema não pode impedir o cliente de entrar com comida tampouco exigir que a compra seja feita nas lojas da bilheteria. Isso é considerado venda casada e viola a liberdade de escolha do consumidor. 

 

8.                 Serviços nas férias: quando você viaja, não precisa pagar pelos serviços que mantêm em casa, como internet e TV a cabo. Basta solicitar à operadora a suspensão temporária dos serviços e a interrupção na cobrança de mensalidade. 

 

9.                 Crianças em restaurantes: restaurantes não podem proibir a entrada de crianças. Restringir a entrada de determinado grupo a um ambiente é uma violação à dignidade da pessoa humana, de acordo com a Constituição Federal. 

 

10.             Produto de mostruário: as peças de mostruário também têm garantia, pois a venda de produtos já expostos não exime o fornecedor de realizar possíveis reparos de defeitos que impeçam seu bom funcionamento.

 

 

UniCuritiba


Doenças raras poderiam ser tratadas melhor quando diagnosticas na infância

Mais de 13 milhões de brasileiros que sofrem de doenças raras podem procurar atendimento facilitado através do SUS, estima advogado especialista

 

Conforme o Ministério da Saúde, uma doença rara é quando ocorre quando há condição de saúde que afeta um pequeno número de pessoas em comparação com outras doenças prevalentes na população geral. Em quase todos os casos, a dificuldade de diagnóstico e tratamento ou ainda o custo para o cuidado necessário é um problema nos quais esses pacientes precisam desafiar.

Na Constituição brasileira existe, inclusive, uma consideração que classifica essas comorbidades. São consideradas doenças raras aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas a cada 2 mil indivíduos. Mesmo reconhecido na lei, o acesso ao tratamento não é facilitado.

Todavia, uma pesquisa brasileira conduzia pelo Grupo Fleury em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) percebeu que metade das doenças raras têm tratamento e, ainda, há mais esperança quando o diagnóstico é feito precocemente, preferencialmente na infância. O objeto de estudo ainda destaca que em boa parte dos casos, não impedirá a pessoa de levar uma vida normal, quando tratado adequadamente.

O problema, porém, é o acesso das pessoas ao tratamento. Para o advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista em direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, a procura por esses recursos deveria ser facilitada já que a lei assegura o tratamento.

“A Lei é clara quanto esse assunto. O poder público deve assegurar que os pacientes com doenças raras tenham acesso a medicamentos e tratamentos especializados, inclusive aqueles considerados de alto custo, através do SUS. Não há porquê discutir contra isso”, deduz o advogado.

Thayan ainda defende as normas que beneficiam esses pacientes e confirma que, caso não sejam respeitadas, é necessário acionar a justiça. “Essas proteções legais são essenciais para garantir que pessoas com doenças raras tenham acesso ao tratamento adequado e a uma vida digna. Em alguns casos, se o medicamento ou o acompanhamento necessário não estiver disponível no SUS, o paciente pode buscar na justiça o direito ao tratamento específico. Neste caso é necessário um estudo aprofundado para a formulação de uma petição e, normalmente, a justiça tenta ser ágil pela resolução”, explica.

Além de assegurar a medicação, a justiça também resguarda o paciente com alguns benefícios. “De acordo com cada caso, o paciente que sofre com alguma doença rara ainda pode recorrer a aposentadoria por invalidez e benefícios previdenciários, também cabe uma ação por educação inclusiva, transporte público facilitado e gratuito, isenção de impostos e até prioridade em unidades de saúde. Claro, o acompanhamento de um profissional capacitado, como um advogado, é fundamental para o desenvolvimento dos casos”, acrescenta Thayan.

Esses recursos podem auxiliar mais de 13 milhões de brasileiros que sofrem de doenças raras, segundo o ministério da saúde. O número exato de pessoas afetadas pode variar dependendo das fontes e dos critérios usados para definir uma doença rara, mas o impacto social e econômico dessas condições é considerável, exigindo políticas públicas voltadas para o diagnóstico precoce, tratamento adequado e suporte contínuo para os pacientes e suas famílias.


Causa das doenças raras

Essas doenças geralmente são crônicas, progressivas, e muitas vezes ameaçam a vida dos pacientes, tornando o diagnóstico e o tratamento desafiadores. Todavia, a maioria das doenças raras tem origem genética, enquanto outras podem ser causadas por infecções, alergias, ou fatores ambientais.

As estatísticas globais sobre a prevalência e características das doenças raras vêm de estudos epidemiológicos e bases de dados, como o Orphanet internacionais, como o Orphanet, uma rede europeia de referência para informações sobre doenças raras e medicamentos órfãos.


Casos de transtornos mentais disparam e as empresas precisam estar preparadas para entender e acolher

O número de afastamentos devido aos transtornos mentais aumentou em 2023. Seguimos uma tendência de alta e o acolhimento nas empresas pode ser a primeira saída para evitarmos a perda de vidas tão importantes

 

A quantidade de pessoas afastadas do trabalho por causa de transtornos mentais aumentou 20% em 2023 ante o ano anterior, segundo pesquisa da It’sSeg Company - foram concedidos 288.041 benefícios por incapacidade devido a esse conjunto de doenças.


De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental, como ansiedade e depressão, o que influencia na saúde mental dos trabalhadores.


Essa é uma realidade, e equilibrar a saúde mental com o trabalho tem se tornado cada vez mais relevante para os brasileiros, segundo pesquisa do Infojobs, que apurou que 86% dos funcionários mudariam de emprego para preservar a saúde mental. O mesmo estudo indicou que 61% deles não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho, e a maioria (76%) já conheceu alguém que precisou se afastar das atividades de trabalho por razões.

 psicológicas. Somado a esses resultados, 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos funcionários. 


Esse assunto é muito sério, pessoas sem o tratamento adequado podem se ver sem saída e tomarem decisões que podem causar ainda mais sofrimento e dor.


Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. 


De acordo com a última pesquisa realizada pela OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.


O médico, gestor em saúde, diretor da Oncare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho), Dr. Ricardo Pacheco, ressalta, há algum tempo, que os distúrbios mentais estão muito presentes na vida corporativa, e que ainda há um estigma a ser superado. “Demorou, mas uma Portaria do Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho, incluindo o burnout, ansiedade e depressão. O trabalhador pode adquirir estabilidade de 12 meses no emprego, após a alta médica, se a causa da doença estiver relacionada ao trabalho. Mas o grande desafio permanece o mesmo: quebrar o paradigma de que saúde mental é algo superficial, ainda mais no ambiente de trabalho”.


 

Ações que podem ser adotadas pelas empresas para detectar, prevenir acolher os trabalhadores


         Para o gestor, as empresas têm um papel de protagonismo com relação ao cenário psicossocial intramuros, mas é preciso entender que essa é uma nova realidade. “São nas organizações que os trabalhadores permanecem a maior parte de seu tempo, assim, é possível adotar ações planejadas para detectar, prevenir e acolher os trabalhadores em questões relacionadas à saúde mental e ao bem-estar no ambiente de trabalho. Contudo, só é possível chegar nessa fase de resolver, se a gestão entender que esse já é um problema organizacional”.

Cinthia Bueno Espadafora, Engenheira de Segurança do Trabalho e Diretora Técnica da Oncare Saúde, destaca estratégias que visam identificar os trabalhadores que estejam doentes. “É possível aplicar pesquisas e avaliações regulares de clima para identificar problemas de estresse, sobrecarga ou insatisfação entre os trabalhadores. Treinar líderes e equipes de recursos humanos para identificar sinais de esgotamento, queda na produtividade, faltas recorrentes ou comportamentos que indiquem desgaste emocional, também é uma estratégia eficiente; bem como disponibilizar ferramentas ou apps que ajudem os trabalhadores a monitorarem seu próprio bem-estar mental”.

O médico destaca a importância de investir, sempre, na prevenção. “Implementar programas que incentivem a prática de atividades físicas, alimentação saudável e equilíbrio entre vida pessoal e profissional é uma forma eficiente de prevenir; bem como criar espaços de relaxamento e promover pausas regulares para reduzir o estresse. Outra estratégia que dá resultados é oferecer treinamentos para gerenciar a ansiedade, melhorar a comunicação e desenvolver resiliência emocional; além, claro, de disponibilizar apoio psicológico e fomentar uma cultura organizacional onde todos se sintam à vontade para discutir suas dificuldades sem medo de estigmatização”, destaca Dr. Ricardo Pacheco.


Uma rede de apoio pode prevenir a adoecimento e oferecer suporte adequado

Muitas empresas, entendendo a urgência que a questão demanda, montaram (com ajuda de especialistas em gestão de saúde e segurança no trabalho), redes de apoio, grupos onde os trabalhadores possam compartilhar suas experiências e buscar ajuda mútua.

Para o diretor da Oncare, esses grupos funcionam como um espaço seguro, onde todos podem compartilhar suas experiências e emoções, recebendo acolhimento e escuta ativa. “Nossa experiência nos mostra que ao proporcionar esse tipo de suporte, a empresa contribui para a diminuição do estresse e da ansiedade, fatores que estão frequentemente relacionados ao adoecimento mental. Além disso, esses grupos ajudam a promover uma cultura de bem-estar e apoio mútuo. Quando os trabalhadores percebem que a empresa valoriza sua saúde mental e oferece um ambiente onde eles se sentem cuidados, isso gera maior engajamento, motivação e senso de pertencimento. Uma cultura de bem-estar é essencial para a produtividade e para a criação de um clima organizacional saudável”, enfatiza Dr. Ricardo Pacheco.


A executiva Cinthia Bueno Espadafora concorda, e complementa afirmando que a implementação de grupos de apoio também oferece suporte adequado em momentos de crise ou dificuldade pessoal. “Por meio de profissionais especializados ou facilitadores treinados, esses grupos podem orientar os trabalhadores na busca de soluções e tratamentos, prevenindo o agravamento de distúrbios mentais. Essa iniciativa, além de melhorar a qualidade de vida no trabalho, demonstra que a empresa se preocupa com o ser humano de forma integral”, completa a Engenheira de Segurança do Trabalho e Diretora Técnica da Oncare Saúde. 

 


Oncare Saúde


Existe relação entre a exposição solar e o aumento de varizes?

 

Enfermeira explica os cuidados essenciais com a saúde venosa em dias quentes

 

As varizes são uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente mulheres. Caracterizadas por veias dilatadas e tortuosas, as varizes ocorrem quando as válvulas venosas, responsáveis por regular o fluxo sanguíneo, falham, permitindo que o sangue se acumule nas veias. 

Esse acúmulo provoca o aumento de pressão, resultando em inchaço, dor e, em casos mais graves, complicações como úlceras venosas. Embora a exposição solar não seja diretamente responsável pela formação de varizes, ela pode piorar os sintomas em pessoas que já sofrem com essa condição. 

Andrezza Silvano Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma, explica que o calor do sol provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode agravar o inchaço e a sensação de desconforto nas pernas. 

“A exposição solar prolongada pode levar à desidratação, o que reduz o volume sanguíneo e aumenta a viscosidade do sangue, sobrecarregando ainda mais as veias afetadas”, alerta ela. 

As úlceras venosas são feridas crônicas que surgem como uma complicação das varizes, especialmente quando a condição não é adequadamente tratada. Elas geralmente aparecem na parte inferior das pernas, perto dos tornozelos, onde a pressão venosa é mais alta. 

A má circulação sanguínea impede que as feridas cicatrizem, levando à formação de úlceras que podem causar dor intensa, infecção e, em alguns casos, complicações graves, como a necessidade de intervenções cirúrgicas.

O tratamento das úlceras venosas envolve uma abordagem multidisciplinar, focada em melhorar a circulação sanguínea e promover a cicatrização da ferida. O uso de compressão elástica, através de meias ou bandagens compressivas, é fundamental para reduzir o edema e melhorar o retorno venoso. 

O uso da Membracel, produto desenvolvido pela Vuelo Pharma, acelera o processo de cicatrização. “A membrana reúne as características médicas de ‘curativo ideal’, que são: manter a lesão úmida, proteger terminações nervosas, permitir trocas gasosas e não deixar resíduo na ferida”, explica a enfermeira. 

Procedimentos médicos, como a escleroterapia (aplicação de medicamento injetável direto na veia), podem ser indicados para tratar as varizes subjacentes e prevenir a recorrência das úlceras. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para remover ou fechar as veias afetadas.

Andrezza finaliza com três cuidados essenciais com a saúde venosa em dias de sol: 

1 - Evite a exposição prolongada ao sol, especialmente durante as horas mais quentes do dia.

2 - Mantenha-se bem hidratado. O consumo de líquidos é importante para evitar o aumento da viscosidade do sangue.

3 - Use meias de compressão, prescritas pelo médico, pois elas auxiliam no retorno venoso e minimizam o inchaço.


Cerclagem uterina: entenda a cirurgia feita por Eliana, Nadja Haddad e outras grávidas

Especialista do Pilar Hospital destaca os quadros em que o procedimento é indicado e o funcionamento do método para evitar partos prematuros e abortos

 

Nos últimos meses, diversas celebridades como Eliana, Nadja Haddad e Ary Mirelle se pronunciaram sobre um tema relevante para muitas gestantes: a cerclagem uterina. Com o objetivo principal de prevenir o parto prematuro e o aborto em mulheres que têm uma condição conhecida como incompetência istmocervical, o procedimento, embora recomendado para algumas pacientes, ainda é pouco conhecido pela maioria. A visibilidade dada ao tema ajuda a trazer à tona a importância do tratamento, que pode ser vital para evitar complicações graves durante a gestação.

No Brasil, uma média de 3 em cada 10 gestações terminam em aborto, de acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Vicente Letti Junior, ginecologista do Pilar Hospital, explica que, na maioria dos casos, a causa é genética. No entanto, quando o cenário é repetitivo, o quadro passa a ser chamado de abortamento habitual, que é quando, segundo o médico, se inicia o processo de investigação de casos de incompetência istmocervical.

O nome do quadro se origina no conjunto da região do istmo, que pode sofrer um enfraquecimento durante a gestação, e do colo uterino, também chamado de cérvice, que pode apresentar encurtamento. “Quando a mulher engravida, o volume uterino aumenta por causa do bebê, da placenta, do líquido amniótico e das membranas. Assim, o útero fica mais ‘pesado’ e a musculatura que deveria manter a gestação, acaba cedendo por conta da gravidade”, explica. A condição, que pode ser uma característica natural da mulher, também pode ser oriunda de procedimentos feitos ao longo da vida, como uma curetagem, um parto normal, uma cesariana e, até mesmo, por infecções.

O diagnóstico pode ser feito por meio de ultrassonografias realizadas durante o pré-natal e, por ser uma condição que pode ocorrer sem sintomas evidentes, é fundamental que as gestantes realizem exames regulares para monitorar a saúde do colo uterino. Assim que verificado o quadro, o tratamento – chamado de cerclagem uterina – consiste em pontos cirúrgicos que são feitos, na maioria das vezes, via vaginal para estreitar o colo do útero e prolongar a gestação até as semanas finais para o desenvolvimento completo do bebê.

"É importante que o diagnóstico e a intervenção sejam realizados o mais cedo possível para uma gestação segura. O tratamento pode ser feito antes da gravidez, mas normalmente é realizado logo no início da gestação. O ideal é que seja feito entre 8 e 12 semanas", afirma Letti Junior. No caso da apresentadora Eliana, a cirurgia foi feita na 11ª semana de gravidez da sua filha caçula, Manuela. Nadja Haddad, também apresentadora, fez a cerclagem em sua gestação gemelar. Já Ary Mirelle, influenciadora digital, realizou a intervenção de forma emergencial, com 27 semanas de gestação, para evitar o rompimento da bolsa.

Por ser um procedimento de rápida recuperação, a cerclagem uterina permite que as gestantes retomem as atividades do dia a dia cerca de um mês após a alta. “Cada caso é um caso, mas desde que seja feito na época correta, com a técnica correta e que não tenha outras intercorrências, a recuperação é tranquila. Se dentro de um mês correr tudo bem, é uma vida praticamente normal”, conta o ginecologista.

No entanto, a cerclagem uterina não é indicada para todas as mulheres. A decisão de realizar a cirurgia deve ser baseada em uma avaliação médica detalhada e considerar fatores como o histórico de gravidez da paciente e outros riscos. Letti Junior destaca que o procedimento não deve ser imposto, mas sim realizado a partir de uma decisão da mulher, embasada em orientações corretas e com o acompanhamento de um especialista. Com informações e diagnóstico adequados, muitas mulheres podem garantir uma gestação saudável e bem-sucedida.

 

Chineses detectam novo vírus capaz de afetar o cérebro humano

Um novo vírus descoberto na China, denominado vírus de áreas úmidas (WELV), tem despertado atenção global. Transmitido por carrapatos, o WELV foi identificado pela primeira vez em um homem de 61 anos, na região da Mongólia Interior, em 2019. Ele apresentou febre, dores de cabeça e múltiplas falhas orgânicas após uma picada de carrapato. Desde então, a comunidade científica tem buscado entender os mecanismos e os perigos que esse vírus representa, especialmente para o sistema nervoso central (SNC).


Como o WELV Afeta o Sistema Nervoso Central?

Segundo o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-doutor em Neurociências e membro da The Royal Society of Medicine, o WELV tem um potencial neurotrópico significativo, ou seja, pode invadir e afetar o cérebro de forma direta. “O vírus pode danificar os neurônios, levando à sua morte através de processos como apoptose, "suicídio celular", além de causar inflamação cerebral severa”, explica ele. O impacto principal ocorre em neurônios e células gliais, importantes para a manutenção e proteção do SNC. “A micróglia, por exemplo, pode ser hiperativada, gerando uma inflamação tóxica que agrava os danos neurais”, comenta o especialista.

Outro efeito devastador envolve a excitotoxicidade. O WELV pode aumentar a liberação de glutamato, um neurotransmissor excitatório, em níveis tão altos que acabam matando as células nervosas. “Isso pode explicar os sintomas graves como convulsões e coma em alguns pacientes infectados”, esclarece o Dr. Fabiano.


Sintomas e Casos Documentados

Até o momento, 20 pessoas foram identificadas com a infecção pelo WELV na China. Todos os pacientes apresentaram febre, dores de cabeça, tontura, mal-estar, dores musculares e nas costas. Em alguns casos, houve complicações neurológicas, como coma. Felizmente, todos os pacientes hospitalizados se recuperaram, com alta hospitalar entre 4 e 15 dias.

Contudo, testes laboratoriais em ratos mostraram que o WELV pode causar infecções letais, atingindo diversos órgãos, incluindo o cérebro, o que reforça o potencial de letalidade do vírus em certos contextos. “Apesar da recuperação dos humanos até agora, em modelos animais observamos que o WELV pode ser fatal, principalmente quando afeta regiões do cérebro responsáveis pela regulação de funções vitais, como o tronco encefálico”, alerta o Dr. Fabiano.


Letalidade e Riscos Globais

A letalidade do WELV ainda não está totalmente clara, mas a gravidade das infecções em ratos sugere que o vírus pode ser perigoso, principalmente para populações vulneráveis. O fato de o vírus ser transmitido por carrapatos limita a transmissão direta entre humanos, mas não exclui a possibilidade de surtos localizados em áreas de risco. “O que sabemos até agora é que a transmissão ocorre por meio de picadas de carrapatos infectados. Isso reduz o risco de propagação rápida, mas, ao mesmo tempo, precisamos estar atentos à disseminação dos vetores”, afirma o neurocientista.


Riscos de Chegada ao Brasil

Com a globalização e o intenso fluxo de mercadorias e pessoas entre continentes, há sempre um risco potencial de o WELV alcançar outras regiões, como o Brasil. O país tem características ambientais que poderiam abrigar os carrapatos hospedeiros do vírus, como o Pantanal e a Amazônia. “Embora ainda não haja registros do vírus no Brasil, as áreas úmidas e as espécies de carrapatos presentes no país poderiam atuar como vetores, se o WELV chegasse aqui por meio de animais infectados ou mesmo de pessoas que visitaram regiões afetadas”, comenta o Dr. Fabiano. Segundo ele, é importante que haja uma vigilância constante para monitorar possíveis novos vetores no país.


Biologia do WELV

O WELV pertence ao gênero Orthonairovirus, um grupo de vírus de RNA negativo, que inclui outros patógenos perigosos, como o vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo. O material genético do WELV foi encontrado em cinco espécies diferentes de carrapatos, sendo a Haemaphysalis concinna a mais afetada. “O vírus se dissemina pelo sangue e pode atingir diversos órgãos, incluindo o cérebro. Sua estrutura genética e a maneira como infecta o organismo indicam que ele é altamente adaptável e pode, em condições propícias, causar surtos significativos”, alerta o especialista.

Embora o WELV tenha sido identificado apenas na China até agora, o Brasil deve estar preparado para lidar com a possível introdução desse vírus devido à globalização. A vigilância epidemiológica e o monitoramento das populações de carrapatos serão cruciais para evitar um surto. "Precisamos melhorar a detecção de novos vírus emergentes, como o WELV, para compreender melhor seu impacto na saúde humana", conclui o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela também é biólogo pela Royal Society of Biology no Reino Unido, docente da PUCRS no curso de Neurociências Cognitiva e estuda novos e potenciais vírus para alertar a população. 


A importância vital da fisioterapia esportiva na carreira dos atletas

Dr. Javier Crupnik, SDCA da EMS, destaca como a fisioterapia esportiva previne lesões, melhora o desempenho e acelera a recuperação, com foco nas inovações terapêuticas para a saúde musculoesquelética

 

A fisioterapia esportiva desempenha um papel crucial na vida dos atletas, não só prevenindo lesões, mas também otimizando o desempenho e acelerando a recuperação. A presença de um fisioterapeuta especializado é fundamental para reduzir o risco de lesões e melhorar a performance atlética. A abordagem preventiva e corretiva da fisioterapia ajuda a identificar e corrigir desequilíbrios biomecânicos, além de déficits de força e mobilidade que poderiam predispor os atletas a lesões. 

“A fisioterapia é essencial para que o atleta alcance suas metas esportivas, atuando na prevenção, reabilitação e otimização do desempenho”, explica o Dr. Javier Crupnik, especialista em fisioterapia esportiva e SDCA da EMS. “Mais do que tratar lesões, a fisioterapia ajuda a identificar e corrigir desequilíbrios biomecânicos e déficits de força ou mobilidade que poderiam predispor o atleta a lesões”. 

Prevenir lesões é uma das principais funções da fisioterapia no esporte. “A fisioterapia visa identificar fatores que poderiam levar a lesões e limitá-los, como mudanças bruscas nas cargas de treino”, comenta o Dr. Crupnik. “Ao propor exercícios de fortalecimento e flexibilidade, o fisioterapeuta ajusta o treino para evitar sobrecargas, garantindo que o atleta esteja sempre preparado para as demandas físicas do esporte”. 

Durante a preparação para competições, o estresse físico e psicológico é significativo. “O fisioterapeuta oferece o suporte necessário para a preparação adequada do atleta, utilizando estratégias de prevenção, reabilitação e monitoramento das cargas de treinamento”, destaca Crupnik, apontando que esse acompanhamento contínuo é fundamental para reduzir o risco de lesões e melhorar o desempenho nas competições. 

Lesões musculoesqueléticas são um desafio constante para os atletas. “Os atletas sabem que enfrentarão lesões e buscam estratégias para limitá-las. Cuidar da saúde geral, manter um nível adequado de força muscular e mobilidade articular é essencial”, afirma o Dr. Crupnik. A abordagem multidisciplinar da fisioterapia contribui para a prevenção de lesões e promove uma recuperação mais rápida e eficaz​​. 

Terapias avançadas, como a terapia por ondas de choque, têm se mostrado eficazes no tratamento de patologias musculoesqueléticas. “Estudos indicam que essa terapia não apenas trata, mas também previne lesões, mantendo o tecido musculoesquelético apto para as demandas do esporte”, explica o Dr. Crupnik. Método® DolorClast EMS é outra opção segura e rápida, permitindo que os atletas retornem mais rapidamente aos treinos e competições.
 

Método® DolorClast EMS 

O Método® DolorClast é uma alternativa não invasiva ao tratamento não cirúrgico, usada para reduzir a dor, diminuir o tecido fibroso e estimular a cicatrização tecidual em pacientes que não respondem ao tratamento conservador. Atletas estão expostos a vários tipos de lesões, tanto em competições quanto nos treinos. Esses riscos aumentam significativamente na ausência de um acompanhamento adequado por médicos esportivos ou outros profissionais de saúde. O Método® DolorClast é direcionado ao tratamento dessas lesões, utilizando ondas de choque nas áreas musculoesqueléticas do corpo para reduzir a inflamação e promover a cicatrização dos tecidos moles danificados. 

“Com 20 anos de experiência na aplicação do Método® DolorClast em diferentes lesões esportivas, observamos uma excelente aceitação pelo atleta, que relata uma grande redução da dor durante o processo de reabilitação e uma diminuição no tempo de retorno ao esporte”, diz o Dr. Javier Crupnik, SDCA da EMS.
 

EMS - Electro Medical System


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