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terça-feira, 5 de março de 2024

Deepfakes nas Urnas: a tecnologia ameaça as eleições 2024 tanto nos Estados Unidos como no Brasil

 

Imagem ilustrativa - Crédito: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 

O uso de deepfakes para criar vídeos ou áudios é simples e acessível, sendo possível obter um vídeo por apenas US 2 na Darknet; e cibercriminosos podem ainda se aproveitar do tema “eleições” e de deepfakes para realizarem ataques de ransomware

 

Enquanto os Estados Unidos se preparam para o seu pleito presidencial, e o Brasil para a realização de suas eleições municipais, neste ano, um novo risco cibernético coloca em jogo a integridade desses processos democráticos. Os avanços tecnológicos trazem métodos sofisticados de engano e falsidade, como a tecnologia deepfake, uma ferramenta que facilita a fraude eleitoral. 

Tal fenômeno não é obra de indivíduos agindo isoladamente, mas sim de um esforço coordenado por um grande número de fraudadores e cibercriminosos que não deixam rastros digitais. Suas ações tecem uma complexa rede de desinformação e manipulação, dificultando a proteção da integridade eleitoral. 

A Check Point Software analisou o funcionamento da tecnologia deepfake e as extensas camadas deste submundo digital, e alerta sobre o aumento da disponibilidade desses serviços na Darknet e no Telegram. A tecnologia deepfake permite criar conteúdo audiovisual “hiper-realista” falso e manipulado para confundir a opinião pública ou desacreditar políticos. 

Em plataformas como o GitHub existem mais de 3 mil repositórios relacionados à tecnologia deepfake, o que indica seu amplo desenvolvimento e o potencial para sua distribuição. O Telegram hospeda mais de 400 canais e grupos que oferecem serviços deepfake, desde bots automatizados que orientam os usuários durante o processo, até alguns customizados. 

Os preços são bem acessíveis, já que você pode criar um vídeo de US 2 a US 100, dependendo da complexidade. A facilidade de acesso e utilização desses serviços evidencia uma ameaça crescente não só à transparência das eleições, mas também à confiança fundamental sobre a qual as instituições democráticas devem ser construídas.

GitHub

Telegram bot

Uma das técnicas mais utilizadas com a tecnologia deepfake é a clonagem de voz, que permite replicá-la com grande precisão. Esta é uma técnica mais fácil de produzir e compartilhar que deepfakes de vídeo e é realmente eficaz na disseminação de desinformação. 

Em janeiro deste ano foi distribuída uma chamada automática na qual se ouvia a voz falsa de Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos e novamente candidato às eleições, incitando os moradores de New Hampshire a não votarem. Os Estados Unidos proibiram as chamadas automáticas geradas por IA, refletindo as preocupações crescentes sobre a manipulação digital e o seu impacto nas eleições. 

Para combater a tecnologia deepfake e conseguir preservar a confiança da população nos processos democráticos, é essencial que sejam promovidas medidas legislativas, soluções tecnológicas e a sensibilização pública. Os cidadãos devem estar atentos aos conteúdos com os quais interagem e confiar exclusivamente em informações provenientes de fontes fidedignas e oficiais, bem como procurar não compartilhar notícias desatualizadas ou pouco confiáveis. 

“O desenvolvimento da Inteligência Artificial e de tecnologias como o deepfake nos tornou mais céticos que nunca, e é lógico quando até a democracia, pilar fundamental sobre a qual se estrutura a nossa sociedade, faz parte desta realidade”, afirma Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Software Brasil.

 

Impacto da IA nas eleições no Brasil 

A IA deve interferir muito nas eleições municipais de 2024 no Brasil, mesmo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tendo aprovado no último dia 27 de fevereiro a regra que proíbe uso de IA para criar e propagar deepfakes e conteúdos falsos. 

Fernando de Falchi explica que essa interferência nas eleições pelo cibercrime e por atacantes movimentará também a oferta e procura dos serviços que estão disponíveis na Deep Web, que conseguem oferecer, entre outros recursos, vídeos falsos que utilizam imagens de pessoas e em diferentes locais. “Há ainda mensagens de voz disponíveis que são, praticamente, uma clonagem da voz. Um dos usos em deepfake, por exemplo, seria imitar uma pessoa alvo de um áudio falso reagindo a uma pergunta sobre algum tema polêmico.” 

Como comentado anteriormente em relação ao pleito nos Estados Unidos, Falchi acredita que uma forma que será bem utilizada por aqui é a maneira de distribuição de vídeos, áudios, de mensagens falsas e deepfakes encaminhados essencialmente por e-mail, por mensagens, por WhatsApp, SMS, de modo a atingir o maior número de pessoas. 

“Além disto, tanto voz como vídeo poderão ser disseminados por trás das técnicas de phishing e engenharia social para poder atingir o maior número de pessoas. Nas redes sociais também será preciso prestar atenção com posts que aparecem em seu perfil”, alerta ele. 

Outro problema apontado pelo gerente é que as pessoas já postam o que recebem sem antes fazer uma avaliação do que está vendo, lendo ou ouvindo. É sabido que, depois de algo ser publicado, é praticamente impossível apagar esses vídeos e outras mensagens na Internet. “Esse prejuízo à imagem de uma pessoa pode ser muito danoso e bem complexo para a pessoa alvo se desvencilhar”, diz Falchi. 

Por isso, o especialista da Check Point Software reforça as dicas básicas, mas importantes, de ficarmos atentos principalmente de onde vem o conteúdo, de onde a pessoa recebe suas mensagens, quem está enviando as mensagens. É preciso também verificar se um vídeo existe realmente, pois podem ser vídeos novos que utilizarão pessoas como figurantes e mudanças nas imagens ou vídeos existentes nos quais podem ser alteradas as falas. 

“Ou seja, deve-se verificar origem, quem está enviando, verificar data do que foi dito, se há veículos de comunicação comentando ou noticiando o assunto abordado no vídeo, na mensagem e no áudio. Às vezes você pode receber um vídeo que aparenta ser real, mas ninguém está comentando o assunto ou notícia abordada nele. Precisa checar, não confiar e, principalmente, não passar para frente, não contribuir para a disseminação de fake news, deepfakes e golpes”, alerta Falchi. 

Ele ainda chama a atenção para a possibilidade de cibercriminosos se aproveitarem de deepfakes e do evento do momento, as eleições municipais, para realizar ataques de ransomware. “Tudo isso é similar ao cenário dos golpes, que se utilizam de phishing e engenharia social ao enviarem esses vídeos e áudios. É preciso muita atenção, como disse antes, para não cair em golpes. Os cibercriminosos se utilizarão do momento de um grande evento como as eleições para distribuir deepfakes, desinformação e conteúdo falso para roubar credenciais, identidade e outros dados, bem como obter lucro financeiro e realizar ataques de ransomware com esse conteúdo. Pois, o ransomware é outro ponto a ser explorado pelo cibercrime com mensagens de voz e vídeo de deepfake.”

INFOGRÁFICO - ANÁLISE IMPACTO ELEIÇÕES 2024 NOS ESTADOS UNIDOS


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Viajar com milhas oferece mais vantagens quando comparado aos meios de pagamentos tradicionais

 

De acordo com André Brito, especialista em técnicas para maximizar o ganho de milhas, a economia está ao alcance de todos que compreendem o funcionamento dos programas de fidelidade e adotam estratégias inteligentes


Viajar é um sonho para muitos, mas os custos associados a essa experiência muitas vezes podem ser um obstáculo. No entanto, há um universo fascinante que se esconde por trás das milhas aéreas, e compreender esse conceito pode ser a chave para transformar a realização de um desejo em algo mais acessível.

De acordo com André Brito, fundador do Milhas ao Vivo, curso que ensina as melhores técnicas para maximizar o ganho de milhas, essa ferramenta se tornou uma moeda valiosa para os viajantes frequentes. “Com origem nos programas de fidelidade das companhias aéreas, as milhas podem ser acumuladas de diversas formas, desde voos e cartões de crédito até parcerias com estabelecimentos comerciais”, revela.

 

Acumulando milhas de forma estratégica

Uma das principais vantagens das milhas é a possibilidade de converter esses pontos em passagens aéreas. “Muitas vezes, o resultado disso é uma economia significativa em comparação com a compra tradicional não só de bilhetes, mas de outros artifícios, como diárias em hotéis e acesso a salas VIPs nos aeroportos”, pontua.

Segundo o especialista, não basta apenas acumular milhas, é preciso fazê-lo de maneira estratégica. “Explorar os programas de fidelidade, aproveitar promoções especiais e entender os pontos de conversão são técnicas que podem potencializar o acúmulo de milhas, tornando possível viajar mais vezes e por um custo mais baixo”, declara.

 

Desafios e cuidados: navegando no mar de milhas

Ao entender o funcionamento dos programas de milhagem, torna-se possível resgatar passagens aéreas para destinos desejados com uma fração do custo. “Isso significa que aquele destino internacional dos sonhos pode estar mais próximo do que se imagina, apenas com o uso inteligente das milhas acumuladas”, alerta.

Vale lembrar que, embora as milhas ofereçam inúmeras vantagens, é importante estar ciente dos desafios e cuidados associados. Desde a validade das milhas até as taxas de conversão, compreender os detalhes é crucial para garantir que a economia não se transforme em frustração.

André Brito acredita que viajar com milhas pode ser a chave para desbravar o mundo de maneira mais econômica. “Ao compreender o funcionamento dos programas de fidelidade e adotar estratégias inteligentes, é possível transformar o sonho de viajar em uma realidade. A economia, mesmo nas alturas, está ao alcance de todos”, finaliza. 



André Brito Veloso - engenheiro civil, pós-graduado em gestão com ênfase em negócios pela Fundação Dom Cabral, casado e pai de dois filhos. Eleito em 2023 o maior influenciador de milhas, pontos e viagens do Brasil pelo prêmio mais importante do mercado, do site passageiro de primeira. Criou o curso “MILHAS AO VIVO” em setembro de 2020, com o intuito de ensinar sobre milhas de forma direta e sem enrolações, apresentando estratégias de mercado para acumular mais pontos e milhas com o custo mais baixo possível ou, até mesmo, de graça, mostrando todos benefícios que os cartões de crédito possuem.
Para mais informações, acesse o site ou o Instagram.

 

Educação Financeira é ferramenta que dá mais liberdade às mulheres

Planejador financeiro explica que saber lidar bem com o próprio dinheiro é fundamental para ampliar consciência sobre as próprias escolhas


A educação financeira é algo fundamental para capacitar qualquer cidadão a fazer escolhas melhores, e, em março, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres, dar voz ao tema é ainda mais essencial, já que as estatísticas mostram que a dependência financeira faz com que muitas mulheres permaneçam, inclusive, em relacionamentos abusivos.

Segundo Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, é bastante comum que muitas mulheres, especialmente as de gerações mais antigas, acreditem que não são capazes de gerir bem as finanças. “Felizmente essa realidade está mudando, mas é comum atender casais onde as mulheres têm muito pouco conhecimento sobre dinheiro e sequer sabem o que acontece com as contas da família”, explica. 

O planejador financeiro acredita que, ao receberem educação financeira, as mulheres podem se tornar mais independentes para tomar decisões mais certeiras. “Elas ganham autonomia para controlar seu próprio dinheiro, alcançar independência financeira e também  contribuir significativamente para o bem-estar financeiro de suas famílias”. 

Martello afirma que, ao atender um casal em mentoria financeira, é fundamental colocar homens e mulheres na mesma página com relação ao conhecimento mínimo necessário. “Também tomo muito cuidado para dar voz a ambos, pois é um momento em que o aprendizado precisa ser mútuo para a família crescer como um todo”, diz. “Se cada um estiver remando para um lado, o barco nunca conseguirá navegar”. 

De acordo com o fundador da Martello EF, a educação financeira ensina habilidades essenciais, como orçamento,  economia, investimento e planejamento de aposentadoria, temas que, anos atrás, eram muito pertencentes apenas ao universo masculino. “Historicamente, o tema dinheiro, em sua maior parte, foi associado aos homens, por isso ainda existe uma disparidade que está sendo resolvida ao longo do tempo”, analisa. 

Para ele, um dos pontos mais importantes relacionados à educação financeira para mulheres é que ela permite liberdade de escolha. “Uma mulher que sabe lidar bem com as próprias finanças não precisa permanecer em relações que não quer por medo de não ter como se sustentar ou, ainda, pode ganhar habilidade para conseguir receita extra ou se tornar mais resiliente em crises que envolvam dinheiro na vida”, finaliza.  



Thiago Martello - Planejador Financeiro, fundador da Martello Educação Financeira, Administrador de Empresa com Pós em Finanças pela FGV, Assessor de Investimentos pela CVM, Especialista em Investimentos ANBIMA, Corretor de Vida e Previdência pela Susep. Embaixador da APOEF (Associação de Profissionais, Orientadores e Educadores em Finanças). Ele se tornou bacharel em Administração e pós-graduado em Gestão Financeira pela FGV, passou a empreender através da Martello Educação Financeira, atendeu mais de 1.000 pessoas com base na metodologia DESPLANILHE-SE de sua própria autoria, e se tornou autor do livro que leva o mesmo nome. Thiago Martello também participou da versão brasileira do Shark Tank Brasil, o maior programa de empreendedorismo do mundo. Atualmente, ele fala semanalmente, como especialista, para vários veículos da imprensa, entre eles: O Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Jovem PAN, CNN e outros.
www.martelloef.com.br


Volta às Aulas: **Crianças Neurodivergentes** - A Urgente Necessidade de Atendimento Especializado nas Escolas !

A Volta às Aulas e O Desafio de Atender à Individualidade e as Neurodivergencias na Infância.


Em um mundo que avança rumo à inclusão e ao reconhecimento das diferenças, às escolas se deparam com um grande desafio: Oferecer um ambiente de aprendizado adequado para crianças neurodivergentes.

Mas, o que é de fato uma criança neurodivergente? 


Uma criança neurodivergente é aquela que possui um desenvolvimento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade. Isso significa que ela pode ter diferenças na forma como aprende, se comunica, se comporta e interage com o mundo ao seu redor. Falando muito superficialmente, vamos citar alguns exemplos:

  • Uma criança que não gosta de contato visual e prefere brincar sozinha pode ser autista.
  • Uma criança que é muito agitada, impulsiva e tem dificuldade em se concentrar na escola pode ter TDAH.
  • Uma criança que tem dificuldade em aprender a ler e escrever pode ter dislexia.
  • Uma criança que tem dificuldade em coordenar seus movimentos e realizar tarefas motoras finas pode ter dispraxia.
  • No geral, escolas e professores sem preparação alguma, podem somente interpretar a resposta ao ensino tradicional dado a estes alunos como dispersão, rebeldia, maus tratos, dificuldade de aprendizado ao excesso e isso tudo traumatiza a criança em diversos níveis, inclusive ao desenvolvimento de outras comorbidades,  explica a Dra. Gladys Arnez, neurologista infantil, com grande experiência e especialista no assunto, que ilumina este caminho, discutindo a importância de um atendimento especializado nas escolas para crianças com TEA, TDAH, paralisia cerebral e outras particularidades do desenvolvimento infantil.

O Problema: Diante de um cenário educacional projetado para a massa, crianças neurodivergentes muitas vezes se veem em uma luta constante por compreensão e adequação. A falta de profissionais capacitados, métodos de ensino rigidamente uniformes e a escassez de recursos voltados para atender suas necessidades específicas são barreiras que demandam atenção imediata, culminando ao pensamento tanto dos pais, quanto destas crianças de que nada adianta , pois estão fadados à derrota em todas as áreas da vida e isso não é verdade! - Insiste a Dra. Gladys


Dados e Fatos:

• Estatísticas recentes indicam que 1 a cada 36 crianças tem autismo e um Estudo na Universidade de Glasgow, aponta que 3 entre 4 crianças com autismo possuem outro tipo de neurodivergência como TDAH, dificuldades motoras e de aprendizagem. Todos diagnosticados em idade escolar.

• Pesquisas demonstram que a intervenção especializada precoce pode resultar em melhorias significativas no desenvolvimento acadêmico e social dessas crianças.

• No entanto, segundo o Portal MEC, apenas 30% das escolas oferecem atendimento educacional especializado. Além disso, somente 26% contam com salas de recursos multifuncionais e apenas 4% dos professores que atuam nessas escolas, que possuem formação específica ou estão capacitados em educação especial. E muitas deixam a desejar o quesito: "recursos",  para oferecer este tipo de suporte.

Histórias Reais: Incorporamos depoimentos de pais, educadores e alunos, destacando os desafios diários enfrentados por falta de uma estrutura de apoio adequada nas escolas. Essas narrativas pessoais reforçam a urgência de uma mudança.E acredite: Não faltam!

Soluções Propostas:  A Dra. Gladys Arnez sugere um conjunto de ações práticas para transformar o ambiente escolar em um espaço verdadeiramente inclusivo:

• Implementação de programas de formação continuada para professores em neurodiversidade.

• Integração de profissionais especializados, como psicopedagogos e terapeutas ocupacionais, nas equipes escolares.

• Desenvolvimento de currículos adaptativos que respeitem e promovam o potencial de cada criança.

-Sabemos que isso não acontece de um minuto para o outro, completa, mas, é urgente que tomemos providências!

Conclusão

A inclusão efetiva de crianças neurodivergentes no sistema educacional não é apenas uma questão de direitos; mas, um caminho para desbloquear um potencial inexplorado que pode enriquecer nossa sociedade. 

Com a orientação de especialistas como a Dra. Gladys Arnez e a implementação de políticas públicas coerentes, podemos assegurar que cada criança receba a educação que merece e necessita.

OBS: O Que Fazer Se Você Suspeitar que Seu Filho é Neurodivergente:

Dra Gladys Arnez aconselha o seguinte: Se você suspeitar que seu filho é neurodivergente, é importante conversar com um neurologista ou outro profissional apto a atende-lo da área de saúde. Eles poderão avaliar seu filho e determinar se ele tem alguma condição neurodivergente.

Se for confirmado que seu filho é neurodivergente, existem  recursos disponíveis para ajudá-lo a ter sucesso na vida. Existem clínicas, serviços e, dentro do possível, escolas que trabalham com crianças neurodivergentes, especializadas, e como falamos, algumas com programas de terapia e grupos de apoio que podem fornecer o suporte que seu filho precisa. Pense Positivo! Tudo é possível. Basta querer!

Dra Gladys enfatiza que é importante lembrar que todas as crianças são diferentes, e que não há uma única maneira "certa" de ser. As Crianças Neurodivergentes são tão capazes quanto as outras crianças, e podem ter uma vida plena e feliz.

Aqui estão alguns recursos que podem ser úteis:

  • Associação Brasileira de Autismo (ABA)
  • Associação Brasileira de Déficit de Atenção/Hiperatividade (ABDA): https://www.abda.org.br/
  • Federação Brasileira de Dislexia e outras Dificuldades de Aprendizagem (FEBRAID)
  • Sociedade Brasileira de Dispraxia (SBD)

ATENÇÃO: Por isso, convidamos educadores, pais, profissionais da saúde e tomadores de decisão, a se unirem nesta causa, promovendo e apoiando iniciativas que visam a inclusão e o reconhecimento das necessidades especiais no ambiente escolar, pois desde a pandemia de 2020, isso tornou-se cada vez mais claro, urgente e infelizmente esta necessidade, só cresce. 

 

Dra. Gladys Arnez - Médica Neurologista infantil, Especialista em doenças do Neurodesenvolvimento, incluindo TEA e em Toxina Botulínica para Tratamentos Neurológicos. Pioneira na abordagem integrada da Paralisia Cerebral. Fundadora da Clínica Neurocenterkids, um centro de excelência com duas unidades em São Paulo. Descubra mais em: https://clinicaneurocenterkids.com.br
INSTA: @clinica_neurocenterkids


Jovens e segurança no ambiente online: como abordar o assunto em casa e acolher as dúvidas dos filhos

 freepik 
Conscientizar sobre os riscos é importante para ter uma navegação mais segura nas redes; especialista aponta quatro dicas essenciais

 

Participando ativamente das redes sociais, jogando e consumindo uma ampla variedade de conteúdos digitais, crianças e adolescentes estão começando a ficar atentos aos riscos que envolvem a internet. Segundo dados divulgados pela Microsoft, em sua Pesquisa Anual Global de Segurança Online, 87% dos jovens estão discutindo com seus familiares sobre os perigos online. No entanto, alguns pais ainda não participam desse diálogo ativamente, e o acesso sem restrições e consciência também traz uma série de desafios, que vão desde o cyberbullying e ataques hackers até a exposição a conteúdos inapropriados.

 

"Ensinar crianças e adolescentes sobre segurança online é importante para capacitá-los a navegar de forma responsável e prudente na internet. Ao fornecer-lhes as habilidades e os conhecimentos necessários para proteger sua privacidade, identificar riscos e comportar-se de maneira ética, estamos ajudando a construir uma geração de usuários digitais conscientes”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para jovens de 7 a 17 anos.

 

Pensando nisso, o especialista aponta orientações para os pais ajudarem seus filhos a navegarem seguros na web. Confira:

 

Conscientizar sobre os riscos

É preciso começar a educação sobre segurança com uma conversa aberta sobre os vários perigos que eles podem enfrentar na internet, como cyberbullying, fraudes, divulgação de informações pessoais e exposição a conteúdos inadequados. Essa conscientização é o ponto de partida para que os jovens entendam os perigos e saibam identificá-los para agir e se protegerem durante a navegação.

 

Falar de privacidade

Preservar a privacidade é essencial para uma navegação prudente. Isso envolve instruí-los sobre como ajustar adequadamente as configurações de privacidade nas redes sociais, evitar divulgar dados pessoais sensíveis, evitar divulgação de fotos para desconhecidos e identificar tentativas de phishing, entre outras fraudes. Explicar as consequências, como a utilização indevida dessas informações, facilita entender os motivos do cuidado. 

 

Gerenciar senhas e segurança de contas

Os adolescentes e as crianças precisam receber orientação e acompanhamento na hora de criar senhas robustas e exclusivas para suas contas online. Isso implica também em adotar a autenticação em duas etapas sempre que viável, e ensinar sobre como identificar e denunciar atividades suspeitas.

 

Não existe uma idade "certa" para deixar as crianças terem contas nos sites e plataformas que desejam, mas o ideal é que um responsável tenha acesso e controle. A melhor solução não é proibir, e sim monitorar.

 

Ter um diálogo aberto e contínuo

Por último, é crucial manter uma comunicação franca e regular com os jovens sobre segurança na internet. Vale criar um espaço de acolhimento, se mostrar disponível para oferecer orientação e incentivá-los a compartilhar com os responsáveis as suas experiências, dúvidas e preocupações.

 

“Pais, educadores e outros adultos de confiança desempenham um papel vital ao fornecer orientação e suporte aos jovens durante sua jornada no mundo digital, que tem muitos lados positivos a oferecer”, finaliza o diretor da Ctrl+Play.

 

Ctrl+Play


Mês da Mulher: Como se proteger do vazamento de imagens e vídeos?


O Mês da Mulher chegou e é importante usarmos esse período para tocarmos em temas sensíveis, mas que precisam de atenção. Um dos assuntos que precisamos falar é sobre o vazamento de imagens e vídeos íntimos que, na maioria das vezes, acontece por alguém próximo e de confiança.


Para termos ideia, o G1 obteve e divulgou dados que mostram que, de acordo com boletins de ocorrência feitos em São Paulo e Rio de Janeiro, entre 2019 e 2022, os responsáveis por crimes de registro e vazamento de fotos íntimas são maridos, irmãos, patrões e pais das vítimas.


Além disso, as mulheres eram 85% das vítimas, sendo que 288 delas eram adolescentes ou crianças. Entre 2019 e 2023, cerca de 7,5 mil pessoas foram vítimas de vazamento de nudes apenas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. 


Muitas vezes, o que acontece é o que chamamos de revenge porn, ou pornografia de vingança - uma prática de expor fotos e vídeos intímos de terceiros na internet, sem consentimento dos envolvidos. Um levantamento realizado pela Iniciativa para Direitos Civis Cibernéticos, também aponta que 90% das vítimas dessa prática são mulheres que têm suas imagens divulgadas após o término de um relacionamento.


É comum que, em um relacionamento, exista confiança suficiente entre as duas partes a ponto de trocarem fotos íntimas. O problema surge quando, ao fim do relacionamento, uma das partes se sente à vontade para usar tais mídias para ameaçar ou simplesmente expõe a foto íntima da outra pessoa, causando grave dano à honra, à imagem e ao emocional de quem foi exposto. 



É possível lutar contra isso?


É necessário saber que expor e registrar imagens íntimas sem autorização se tornou crime previsto no Código Penal, em 2018, com a Lei 13.772/2018. Conhecida por lei Rose Leonel, ela pune o registro não autorizado, incluindo montagens.


Existe também a lei nº 13.718, de 2018, que prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos para quem divulgar os conteúdos, além de indenização por danos morais e materiais à vítima. 


Precisamos entender que existem três tipos penais que podem regulamentar o tema. O primeiro caso é quando somente a foto de uma pessoa nua é registrada, sem consentimento, o que responderia podendo ser condenado a reclusão de seis a 12 meses, com pagamento de multa.


Além disso, se essa imagem é divulgada, a pena pode ser de um a cinco anos, além da indenização por danos morais e materiais, previstos no artigo 218-C. 

Um dos casos mais graves é quando utilizam da imagem para ameaçar a vítima, querendo que ela entregue mais fotos. Isso pode se enquadrar na conduta de estupro virtual, cuja pena é bem mais alta e se equipara à pena do estupro, com seis a 10 anos de reclusão.


Geralmente, quando uma pessoa divulga um nude da outra, é com o intuito de se vingar. Acredito que outros motivos estão ligados à cultura patriarcal em que vivemos e à objetificação dos corpos, como aqueles grupos de masculinidade tóxica, em que compartilham fotos para se gabar e trazer uma falsa sensação de virilidade.


Precisamos ressaltar que toda essa questão é fruto de uma sociedade que nasceu aprendendo a objetificar o corpo feminino. Isso justifica o maior número das vítimas serem mulheres, mas também não impede que aconteça com homens.

O principal ponto de alerta nesse assunto é que, muitas vezes, as vítimas sequer tem conhecimento de que essas imagens foram veiculadas. É comum que as postagens ocorram em sites clandestinos e de difícil acesso.


Pensando nisso, também é preciso reiterar a necessidade de políticas públicas mais efetivas para que exista um maior controle das imagens e para que as pessoas tenham ciência de que suas imagens estão sendo divulgadas. 

 


Mayra Cardozo - mentora de Mulheres e Advogada, especialista em gênero. Idealizadora do método alma livre criado para auxiliar mulheres a saírem de relacionamentos tóxicos e abusivos.



Xô, Dengue! Telhanorte Tumelero dá 9 dicas de pequenos reparos no lar para evitar a proliferação do mosquito

O número de casos prováveis de Dengue no país se aproxima de 800 mil somente em 2024, por isso pequenos reparos no lar podem fazer a diferença


O Brasil enfrenta graves problemas com uma nova proliferação de mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, O Brasil registrou na última sexta-feira (23), o total de 762.545 casos prováveis de dengue em 2024. Por isso, são necessárias medidas que visem eliminar possíveis criadouros. A Telhanorte Tumelero, uma das principais redes de materiais de construção do Brasil, destaca 9 dicas de pequenos reparos no lar para reduzir o risco de mosquitos da dengue ser o vilão da família.

Manutenção de Ralos:

Uma medida preventiva é instalar telas nos ralos para impedir que os mosquitos depositem ovos. Além disso, é importante manter os ralos limpos, removendo detritos que possam acumular água.

Plantas e Vasos:

A dica é evitar pratos nos vasos de plantas, pois podem acumular água e manter os pratos dos vasos secos ou utilizar areia para evitar a acumulação de água.

Iluminação:

Os mosquitos são atraídos pela luz, por isso a melhor opção são lâmpadas que não atraem insetos, como as de tonalidade amarela.

Manutenção do Jardim:

É importante manter o jardim limpo, removendo folhas e detritos que possam acumular água. É necessário ainda evitar o acúmulo de água em pratinhos de vasos de plantas.

Piscinas:

A melhor alternativa é manter a piscina sempre limpa, mesmo sem uso. Usar cloro para tratar a água e filtrar periodicamente será essencial.

Falhas nos rebocos:

Caso seja possível identificar falhas nos rebocos, a dica é consertar e nivelar toda a imperfeição em pisos e locais que possam acumular água.

Calhas limpas:

Calhas entupidas podem acumular água parada, tornando-se um criadouro ideal para os mosquitos. Logo, a limpeza da calha deve ser realizada regularmente para evitar esse problema.

Umidade do ar nos ambientes:

Além de evitar os focos de água parada, é importante evitar umidificar o ambiente. Um quarto muito úmido favorece o crescimento de fungos, ácaros e a reprodução do Aedes aegypti.

Aposte nas plantas:

Há algumas plantas que praticamente funcionam como repelentes contra mosquitos e tornam os ambientes menos propícios para os insetos menos desejados deste momento. As espécies lavanda, citronela, hortelã e alecrim são alguns exemplos e que podem ser encontradas no mercado. 



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Emprego na rede estadual: SP abre mais de 14 mil vagas para agentes de organização escolar

Profissionais serão selecionados via processo seletivo simplificado; há oportunidades em todas as 91 Diretorias Regionais de Ensino



A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) está com o processo de contratação aberto para 14.159 vagas para o cargo de agente de organização escolar (AOE). A seleção é via processo seletivo simplificado. A lista das vagas por Diretoria Regional de Ensino foi publicada no Diário Oficial do Estado e está disponível para consulta neste link.

 

Na rede estadual de São Paulo, os agentes de organização escolar têm, entre as funções, o papel de controlar a movimentação dos estudantes nas dependências da escola, auxiliar na manutenção da disciplina geral e contribuir com a gestão escolar na organização de atividades.

 

As vagas estão distribuídas entre as 91 Diretorias de Ensino que irão publicar, nos próximos dias, os editais do processo seletivo e serão responsáveis pela formulação e aplicação das provas, publicação do gabarito, período de recurso, resultado do recurso e classificação final.O salário inicial para o cargo de AOE é de R$ 1.550,00 e a carga horária é de 40 horas semanais. 





Conheça os erros mais comuns de empreendedores de primeira viagem e como fugir deles

Empresário e mentor no franchising aponta as armadilhas que os empreendedores iniciantes costumam cair, principalmente no segmento de alimentação



Para quem é marinheiro de primeira viagem nos negócios alguns cuidados devem ser redobrados ao abrir uma empresa. Conhecimento e técnica em gestão, além de muita dedicação é mais do que necessário e pode se tornar um grande desafio e interferir diretamente no sucesso do seu próprio negócio.

 

Hermes Bernardo, fundador e CEO da franquia FiChips Food (primeira rede de franquia brasileira de fast-food de prato especializado na culinária do Reino Unido) e também mentor, já que hoje auxilia outros empreendedores a encontrarem estratégias de gestão, conta que a falta de padronização é um dos maiores erros cometidos no franchising.

 

“Uso como exemplo a própria FiChips, na qual hoje caminhamos para a ‘reciclagem’ de treinamentos e a comunicação efetiva para com as unidades, reiterando a importância das boas práticas de manipulação e as padronizações da marca. Como dificuldade neste processo, enxergamos que a troca de colaboradores dentro das unidades impacta efetivamente nessa despadronização, por isso, a busca por melhorias na capacitação do time e dos processos manuais já estabelecidos”, reflete o empresário.

 

Fuja deles!

 

Hermes lista os sete erros mais comuns de empreendedores de primeira viagem e mostra como é possível superá-los, caso você caia em algum deles. Veja:

 

1. Priorizar o cliente – esse é o principal erro das empresas no Brasil e no mundo sobre não colocar o cliente em primeiro lugar. Para não cometer esse erro o gestor precisa estar ciente de que o cliente é o motivo de todo o nosso trabalho/propósito. Ele é o passo número um, o centro das atenções. Sem clientes não há venda, não há emprego e não há estabelecimento.  

 

2. Seguir o planejamento de ações - essa prática se faz como prioritária para o sucesso da unidade. Uma das prioridades de um gestor de restaurante é entender a importância desse planejamento e execução, principalmente o alinhamento de qual escopo de cada parte para estas tarefas com prazo de entrega. Isso não se trata de um diferencial, grandes empresas utilizam essas ferramentas/ métodos para melhorar os resultados.

 

3. Gestão de pessoas - essa parte é fundamental em qualquer negócio para garantir um ambiente adequado aos colaboradores e relações mais saudáveis, impactando diretamente na produtividade e consequentemente, nos resultados da empresa. Sem uma boa gestão, seu negócio corre o risco de perder excelentes profissionais e talentos valiosos, além de ter uma alta rotatividade de profissionais (o temido turnover), ou seja, profissionais saindo e entrando com frequência, algo que pode impactar negativamente os resultados da companhia.

 

4. Gestão do negócio/ financeiro (números e controle de estoque) - esta prática do food-service talvez seja um dos pilares que definirão a boa conduta da operação. Lembre-se, sem controle no caixa e no estoque não é possível saber o que está faltando ou não. Daí a importância da organização, até mesmo como parte do controle financeiro. A dica é automatizar processos de gestão com softwares que possibilitam a inserção de custos de insumos, além de todos os gastos da unidade. A partir disso é possível fazer as correções necessárias.

 

5. Mídias sociais - abrir um negócio e não o divulgar nas redes sociais é o maior erro! Não basta apenas fazer panfletagem local e network com comércios vizinhos, é como existir e ninguém conhecer. Também é válido dizer que não basta investir apenas nas divulgações online, criar materiais offline para divulgação local também é de suma importância. A divulgação vai além de posts e panfletos: aposte, contudo, no bom visual da fachada para atrair clientes.

 

6. Processos e qualidade - é preciso encontrar o equilíbrio entre a eficiência da sua equipe e a primazia da qualidade da unidade. Algo com uma qualidade extrema, mas que demora muito para ficar pronto e chegar à mesa do cliente não é o ideal. Assim como, por exemplo, entregar um pedido em cinco minutos que esteja com uma apresentação deplorável. Outro ponto é a estética da empresa, como cuidados com limpeza, manutenção do local, inclusive em locais que o cliente não tem acesso, mas que não deve ser esquecido, como a cozinha de um restaurante, por exemplo.

 

7. Planejamento antecipado - não menos importante, o prévio planejamento de ações ou estimativas para com o negócio é o elo de "comunicação" entre a expectativa e a realidade, assim entrando a previsão de custos / investimentos e a capacidade de retorno desses investimentos, respeitando a demanda operacional e o conceito de estrutura para com o capital de giro. 

 

“Acredito que hoje é possível começar qualquer negócio já evitando algumas falhas básicas, o que irá poupar dinheiro e tempo. Não basta apenas estudar o mercado, é necessário também conhecer os erros de outros empresários e analisar. Aprender com eles é mais um passo em busca do sucesso”, finaliza Hermes.

 

FiChips Food
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Congresso e sociedade civil podem reerguer o Brasil

Com muita frequência, a grande imprensa tem noticiado os desmandos de um número significativo de pessoas detentoras do poder no Brasil. Entretanto, o comportamento da grande mídia desperta no cidadão comum dois sentimentos opostos. Um é a satisfação de ver a imprensa cumprindo seu papel democrático de divulgar os fatos mais relevantes do País. O outro, oposto, é o gosto amargo da tristeza por não haver cobrança das insubstituíveis investigações, conclusão das apurações e punições àqueles que cometerem desmandos, em desobediência às leis do país.

É nítido que falta à parte da grande imprensa e dos membros do Congresso Nacional manifestações de indignação com os desmandos. Não cabe mais à sociedade civil simplesmente tomar conhecimento dos desmandos e adotar a postura do desapontamento silencioso. Martin Luther King (1929-1968), líder do movimento em defesa dos direitos civis nos Estados, certa vez deixou claro que a omissão é mais próxima da conivência e da cumplicidade do que do simples silêncio.

O Brasil assiste, há tempos, a absurdos caracterizados por comportamentos antiéticos, imorais e ilegais, causadores de prejuízos bilionários ao país, inclusive com indícios de crimes contra a administração pública. Na mesma proporção, é preocupante vermos os jovens brasileiros receberem essa informação pelos meios de comunicação e concluírem que, no Brasil, a honestidade não é valorizada e que o crime compensa.

É o marco inicial da degradação de uma sociedade e o comprometimento do futuro. 

Diante desse quadro, a juventude se questiona: Corrupção é meio de vida? Corrupção é permitida? Vale a pena ser honesto se isso pode representar vergonha e representar uma vida cheia de dificuldades? Estamos revivendo o que o grande advogado, político e diplomata Rui Barbosa (1849-1923) afirmou no século passado: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”  O mesmo Rui Barbosa deixou um conselho, infelizmente ignorado: "Quem quiser ficar rico que fique longe da vida pública".

A decadência moral veio acompanhada do agigantamento da máquina pública, a ponto de o setor não caber mais no PIB. Para efeito de comparação, em 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, os gastos públicos (gastos primários) corresponderam a 14,7% do PIB. Agora, em 2023, alcançaram 19,3% do PIB. Ou seja, em 21 anos houve crescimento de 31,3%, enquanto a população brasileira, no mesmo período, aumentou 13%.

O número de servidores federais cresceu 35% em apenas 15 anos, no intervalo de 2001 a 2015. Era 530.662 e subiu para 716.521. Percentualmente, foi quase o dobro do que cresceu a população brasileira no mesmo período (18,82%).

Consequentemente, isso contribuiu para os gastos do setor público que, nessa mesma década e meia, passaram de R$ 205 bilhões/ano para R$ 1,154 bilhão/ano, em valores nominais. Se corrigido pelo IPCA, o primeiro valor chegaria a R$ 547 bilhões/ano. O excesso representa um aumento sem justificativa de nada menos que R$ 607 bilhões/ano, acima da inflação no período.

A torneira nunca é fechada. De 2001 a 2015, os gastos tributários da União, referentes às renúncias fiscais feitas através do Sistema Tributário, aumentaram 2,94 vezes, passando de 1,47% do PIB para 4,33%. E não parou nisso. Em 2023, já representava 4,80% do PIB. O aumento total, portanto, foi de 3,36% do PIB, o correspondente a R$ 350 bilhões/ano. Ou seja, mais que triplicou.

Além disso, ao longo do tempo, a máquina pública foi sendo alimentada pela concessão de seguidos privilégios e remunerações cada vez maiores. Um funcionário público federal custa, em média, R$ 242,4 mil por ano, enquanto a renda média nacional, segundo o IBGE, é de apenas R$ 42,2 mil por ano. A discrepância é absurda.

Somem-se a isso poderes quase vitalícios concedidos a poucos e foro privilegiado concedido a muitos e temos o retrato de um país cada vez mais desigual, no qual os políticos gozam de qualidade de vida muito superior à daqueles que os elegeram. 

A prescrição beneficia, amiúde, detentores de cargos públicos processados por malfeitos no trato da coisa pública. É preciso invocar os ensinamentos do filósofo e teórico político italiano Nicolau Maquiavel (1469/1527), que sempre foi profético em relação aos regimes políticos, aos ditadores de todos os gêneros e aos desmandos dos políticos: “Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos não tem vocação para liberdade. Seu povo é escravo por natureza”. E mais. “Uma pátria onde receber dinheiro mal havido a qualquer título é algo normal, não é uma pátria, pois neste lugar não há patriotismo, apenas interesse e aparências”, escreveu também Maquiavel, que tanto tempo depois de sua morte ainda contribui para melhor entendimento do estágio atual do comportamento de alguns mandatórios dos últimos 30 anos e do povo brasileiro.

Há exemplos recentes de abusos em diferentes esferas. Um deles é o Poder Judiciário que, para cumprir seu importante dever constitucional consome 1,61% do PIB, 3,6 vezes mais que o Reino Unido (0,44%), 4,2 vezes mais que a Espanha (0,38%) e a Alemanha (0,38%), e 6,4 vezes mais que a França (0,25%), todos países de maior expressão econômica. O custo do Judiciário para o Brasil é 4,3 vezes mais alto que a média dos 37 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que consomem apenas 0,37% do PIB com essa despesa. Essa diferença significa, para o Brasil, o extraordinário desperdício anual de R$ 131 bilhões.

Aliás, todo o sistema de Justiça brasileiro é caro. Recentes matérias na imprensa (jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo) mostram que por arranjos corporativos e penduricalhos, juízes e promotores comprometem adicionalmente gastos de R$ 9,30 bilhões/ano. Para muitos deles, o teto constitucional de R$ 41,6 mil/mês é apenas uma referência porque recebem vencimentos que chegam até a R$ 200 mil/mês, praticamente 57 vezes a renda média mensal do trabalhador brasileiro (R$ 3.517,00).

É natural que esse quadro cause indignação, assim como inconformismo com o fato de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão monocrática, suspender a aplicação de multas relativas a acordos de leniência firmados pelas empresas J&F e Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato, com valores de R$ 10 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente, face a atos de corrupção confessados por seus controladores, que foram condenados, tiveram suas penas reduzidas graças a esses acordos, e posteriormente foram libertados.

O Brasil pode melhorar muito apenas fazendo a lição de casa. Estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo (05/02/2024) indica que a economia brasileira poderia crescer 6 pontos percentuais a mais se os índices de criminalidade fossem reduzidos a níveis próximos da média mundial. A nação também poderia poupar perto de 2,0% do PIB se houvesse redução da corrupção, segundo estudos da Fiesp, da CNI e de organismos internacionais. Não é só. Caso fossem reduzidos os privilégios e os custos do gigantismo da máquina pública (3%),  das renúncias fiscais (4,8%), e da corrupção (2%), seria possível ao país poupar quase 10% do PIB. Reduzindo em apenas 50% esses excessos injustificáveis, o país teria à disposição para investimentos montante superior a R$ 520 bilhões/ano (5% do PIB)

 É perfeitamente factível ao Brasil promover o crescimento sustentável do PIB e mantê-lo em nível superior a 4% por ano. Isso significaria condições de geração de mais empregos e renda, maiores investimentos e o estancamento do aumento anual do endividamento público. 

Ainda há tempo de os jovens brasileiros serem salvos. Mas para isso são fundamentais vontade política e comportamento ético, porque o Brasil já possui todas as demais qualificações.

Um bom começo seria realizar forte investimento em educação, com obrigatoriedade do ensino fundamental em tempo integral, e mudanças legislativas para endurecer as leis de combate à corrupção, à violência urbana e aos acidentes fatais no trânsito, tornando também as punições mais efetivas.

Nada disso se concretizará, entretanto, sem a mobilização da sociedade civil e sem o comprometimento dos membros do Congresso Nacional. Tarefa difícil, reconheça-se, porque a redução de privilégios sempre encontra forte e organizada resistência. Como disse o economista e cientista político norte-americano John Kenneth Galbraith (1908/2006), “as pessoas com privilégios preferem arriscar a sua própria destruição, a perderem um pouco de sua vantagem material”.

É preciso, portanto, muito esforço. E, principalmente, jamais deixar de acreditar que é possível. 

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: h ps://samuelhanan.com.br



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