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terça-feira, 9 de maio de 2023

Câncer de pulmão: entenda a doença que vitimou Rita Lee

A cantora foi diagnosticada em 2021 e desde então vinha fazendo tratamentos contra a doença

 

Nesta segunda-feira, 8 de maio, Rita Lee morreu aos 75 anos. Em 2021, a cantora, considerada uma das maiores da história da música brasileira, foi diagnosticada com câncer de pulmão. Desde então, ela estava realizando tratamentos contra a doença. 

Pelas redes sociais, a família de Rita Lee comunicou sobre o falecimento: "Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou".

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da condição. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados para o triênio 2023-2025 32.560 novos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão. E, apesar destes dados não serem novidade, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A oncologista Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas, explica que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito.Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz.

A médica comenta ainda que existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes”, destaca.


Imunoterapia é avanço relevante no combate ao câncer de pulmão

A ciência tem transformado a maneira de tratar diferentes tipos de câncer. E, no caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas avançam a passos largos, permitindo ao paciente um arsenal poderoso de condutas que podem ser indicadas para o enfrentamento da doença.

Diante deste cenário, estratégias que combinam modalidades de tratamento sistêmico (baseados na adoção de medicações via oral ou intravenosa, como a quimioterapia) e local (radioterapia) podem ser adotadas no início do tratamento para reduzir o tumor antes de uma cirurgia para retirada da parte do pulmão acometido, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada também é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.  “A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente”, diz Laloni.

Para a especialista, é válido destacar o papel que a imunoterapia exerce no panorama de enfrentamento do câncer de pulmão. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se “disfarçar” para não ser reconhecido pelo sistema imunológico e então crescer, a terapia biológica funciona como uma espécie de chave, capaz de religar a resposta imunológica contra este agente agressor.

“Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade  de combater a doença de maneira efetiva”, explica a especialista.

Não à toa, as medicações imunoterápicas vêm conquistando protagonismo no tratamento de tumores de pulmão e de outros tipos de câncer. A abordagem terapêutica tem trazido resultados importantes também para cânceres de bexiga, melanoma, estômago e rim. Estudos atestam ainda a eficácia no tratamento de Linfoma de Hodgkin e de um subtipo do câncer de mama, chamado triplo negativo. “Na última década, a imunoterapia passou rapidamente de uma descoberta promissora para um padrão de cuidados que está contribuindo para respostas positivas para diversos casos de pacientes oncológicos”, pontua Mariana Laloni.


Tabagismo ainda é a principal causa de câncer

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o INCA, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.

E apesar do Brasil ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro - o país tem um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA - os desafios não param de chegar. Um deles, é a chegada dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de vape, que têm conquistado principalmente os jovens.

“Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como o cigarro eletrônico, por exemplo, que tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo deles. Então, estamos vendo uma geração que tinha largado o cigarro, voltar para versões digamos, mais modernas, do mesmo mal”, alerta Laloni.

Parar de fumar, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela covid-19.

 

Grupo Oncoclínicas


Conheças as vacinas especialmente recomendadas para a pessoa com diabetes

Diabetes favorece risco de infecções e suas complicações

 

“Muitas pessoas com diabetes desconhecem que a doença traz mais riscos de infecções, o que aumenta as chances de complicações e mortalidade. E essas pessoas sequer sabem que existem vacinas, especialmente, para muitas das infecções bacterianas e virais”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Escola Paulista de Medicina, Unifesp.

 

Entre as infecções que mais acometem pessoas com diabetes está a respiratória: pneumonia, influenza e Sars-CoV-2. E quanto mais idade tem a pessoa com diabetes, menor o grau de imunidade e de resposta imunológica. “Esses indivíduos devem seguir o calendário e idades indicadas para vacinação. Nos adultos, ressalto, especialmente, a vacina contra a herpes-zoster, a hepatite B e a pneumonia, já que o diabetes os coloca num grupo de maior risco para tais doenças”, explica a médica que também é diretora da Clínica Croce, centro de infusão e de vacinação para todas as idades.

 

A endocrinologista conta que antes de indicar uma vacina para esse tipo de paciente, é necessário observar: qual estágio ele está no diabetes e qual o tipo de vacina indicar, para que seja possível entender se não há nenhuma contraindicação (no caso de vírus vivo) e como será a resposta imunológica à vacina (para vacinas com vírus inativado).

 

As vacinas especialmente recomendadas para a pessoa com diabetes são:

- Influenza (preferencialmente a quadrivalente)

- Pneumocócicas conjugadas (VPC10 ou VPC13)

- Pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23)

- Hepatite B

- Herpes-zoster

 

Um paciente com diabetes não vacinado e infectado pelo pneumococo tem mais risco de apresentar complicações como: otite, sinusite, meningite e bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea).

 

“É importante lembrar que vacinas salvam vidas. Crianças, adultos e idosos devem sempre estar com a carteira de vacinação em dia para proteção individual contra doenças muito graves, mas, também, proteção coletiva. Crianças levam para casa doenças como pneumonia, influenza...elas carregam vários microorganismos. É fundamental a imunização em massa nas crianças para proteção indireta do adulto”, finaliza a endocrinologista.

 


Clínica Croce
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Hábitos saudáveis são grandes aliados da saúde digestiva

Cuidados específicos trazem benefícios a longo prazo, explica especialista


Formado por vários órgãos, mas especialmente pelo estômago, fígado e intestino, o sistema digestivo é fundamental para o corpo humano, uma vez que estes órgãos são responsáveis pela digestão de alimentos, absorção de água e glicose, vitaminas, proteínas e minerais, neutralização e eliminação de toxinas e, ainda, a promoção da manutenção do sistema imunológico. 1-4

 

Para o Dr. Márcio de Queiroz Elias (CRM 82558 SP), gerente médico da divisão de Consumer Health da Hypera Pharma, os cuidados com a saúde digestiva devem ser diferentes quanto a pacientes do sexo feminino e masculino. Isso acontece por conta de diversos fatores.

 

“Muitas vezes, fatores hormonais como, ciclo menstrual, gravidez, ou até mesmo estresse, podem alterar a saúde do sistema digestivo. ”, explica “Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis, que colaboram com o funcionamento esperado do sistema. Ingerir líquidos, manter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios físicos são grandes aliados, além de, claro, consultas periódicas ao médico de confiança. ”5,9

 

De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, a constipação intestinal acomete mais pacientes do sexo feminino, enquanto doenças do aparelho digestivo ocupam o 2º lugar no ranking de mortalidade masculina.

 

“Por isso, é importante atentar-se a alguns sinais do corpo como: azia, má digestão, dores de cabeça constantes e distensão abdominal pois eles podem ser alertas do corpo de que alguma coisa não vai bem nesta região, nesses casos, é muito importante procurar por ajuda médica especializada”6-8, finaliza.


 

DIA MUNDIAL DA SAÚDE DIGESTIVA 

No próximo dia 29 de maio é celebrado o Dia Mundial da Saúde Digestiva. Criado pela Organização Mundial de Gastroenterologia, a data é usada para mobilizar e orientar o público sobre a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo.

Para manter-se sempre saudável, procure um médico.

 

 



Hypera Pharma

Referências Consultadas. 1. Freire AC, et al. Liberação específica de fármacos para administração no cólon por via oral. I - O cólon como local de liberação de fármacos. Rev. Bras. Cienc. Farm., 2006; 42(3): 319–335. 2. Kiela PR, Ghishan FK. Physiology of Intestinal Absorption and Secretion. Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2016 Apr;30(2):145-59.

3. D'Amelio P, Sassi F. Gut Microbiota, Immune System, and Bone. Calcif Tissue Int. 2018 Apr;102(4):415-425. 4. Cheng L.K., et al. Gastrointestinal system. Wiley Interdiscip Rev Syst Biol Med. 2010 Jan-Feb;2(1):65-79. 5. Kiela PR, Ghishan FK. Physiology of Intestinal Absorption and Secretion. Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2016;30(2):145-159. 6. Tack J, Talley NJ. Transtornos gastroduodenais. Arq. Gastroenterol., 2012; 49 (suppl 1): 21–27. 7. Luciana Brazil. Secretaria de Estado de Saúde. Doença silenciosa, hepatite pode evoluir para cirrose e até câncer se não houver tratamento. Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul. https://www.saude.ms.gov.br/doenca-silenciosa-hepatite-pode-evoluir-para-cirrose-e-ate-cancer-se-nao-houver-tratamento.

8. Spiller RC, Thompson WG. Transtornos intestinais. Arq Gastroenterol. 2012; 49 (suppl 1): 39–50.; 9- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, . – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 210 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

Estomazil. bicarbonato de sódio, carbonato de sódio e ácido cítrico. Indicações: alívio da azia, má-digestão e mal-estar, medicação antiácida. MS 1.7817.0039. Gastrol. hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio e hidróxido de alumínio. Indicação: como antiácido no tratamento sintomático da hiperacidez gástrica e suas complicações. Na úlcera péptica. MS 1.5584.0396. PEPSAMAR®. hidróxido de alumínio. Indicações: tratamento da azia, queimação decorrente de excesso de acidez no estômago. MS 1.5584.0639. Epocler. citrato de colina, betaína monoidratada e racemetionina. Indicações: tratamento de distúrbios metabólicos hepáticos. MS 1.7817.0079. Eparema. Boldo, Peumus boldus Molina (Monimiaceae), Cáscara Sagrada, Frangula purshiana (DC.) A. Gray (Rhamnaceae), Ruibarbo, Rheum palmatum L. (Polygonaceae). Indicações: auxilia no alivio à má digestão e auxilia nos distúrbios do fígado, das vias biliares e nos casos de prisão de ventre leve. MS 1.7817.0911. Lacto Purga. bisacodil. Indicações: tratamento da prisão de ventre; no preparo do paciente para exames diagnósticos, e antes ou após procedimentos cirúrgicos. E também em casos para facilitar a evacuação. MS 1.7817.0015. NATURETTI® Senna alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.5584.0644. Tamarine. Senna alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.7817.0023. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Maio/2023


Alergia à lactose? Intolerância ao leite?

                 Vamos resolver essa confusão?

·         Conheça os principais alimentos que causam alergia

·         Alergia alimentar pode causar anafilaxia e até levar ao óbito

·         Alergia alimentar tem cura?

                                        #semanaalergiaalimentar 



De 15 a 22 de maio acontece a Semana de Conscientização em Alergia Alimentar e o Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) preparou um Question and Answers para esclarecer algumas das principais dúvidas sobre o tema.

No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.



- O que é alergia alimentar?

Alergia alimentar é uma resposta anômala do sistema imunológico contra uma proteína de determinado alimento. Existe uma predisposição genética para isso e nos últimos anos se reconhece a influência do meio ambiente neste processo – mudança de estilo de vida e alimentação são alguns dos fatores mais associados. Ao reconhecer a proteína como algo prejudicial, o sistema imunológico deflagra algumas respostas que acabam por se manifestar em forma de sintomas desagradáveis e potencialmente graves.



- Existe alergia à lactose?

Não! Esse é um erro comum. Mas vamos explicar:

Alergia ao Leite – quando o paciente apresenta uma reação à proteína, seja a do leite ou de um outro alimento, como o ovo, que também é muito comum. Reações alérgicas podem ser graves e até fatais. Quem cuida da alergia à proteína é o especialista em Alergia e Imunologia.

Intolerância à Lactose – quando o paciente apresenta um desconforto no aparelho digestivo devido a uma reação ao açúcar do leite. Neste caso, não há risco grave para a saúde. Quem cuida da intolerância é o especialista em Gastroenterologia.



- Quais os sintomas da alergia alimentar?

Os sintomas são bastante variados e podem se manifestar de vermelhidões locais isoladas a um colapso cardiovascular. Entre as manifestações possíveis, destacam-se:

- Cutâneas: placas vermelhas localizadas ou difusas por todo corpo (urticária), inchaço de olhos, bocas e orelhas (angioedema), coceira. A dermatite atópica, lesão de pele extremamente pruriginosa (muita coceira), está associada a alimentos apenas nas formas mais graves (dermatite ou eczema disseminados pelo corpo e não apenas em dobras de cotovelos e joelhos).

- Gastrointestinais: diarreia e vômitos imediatos; um mecanismo imunológico conhecido por “não mediado por IgE” pode acarretar sintomas gastrintestinais mais tardios, horas ou dias após a ingestão (leite e soja são os alimentos mais comumente relacionados) e incluem um ou mais dos sintomas: diarreia com ou sem sangue, refluxo exacerbado, perda de peso, vômitos prolongados.

- Respiratório: falta de ar e chiado no peito (broncoespasmo) pode ocorrer de forma imediata após a ingestão do alimento. Pacientes com asma não controlada são mais predispostos a este sintoma. Mas é importante ressaltar que sintomas crônicos do sistema respiratório, como asma e rinite, dificilmente são manifestações de alergia alimentar quando não houver alterações cutâneas e/ou gastrintestinais.

- Cardiovasculares: a queda da pressão arterial, levando a desmaio, tontura, arroxeamento dos lábios (hipóxia) caracteriza o choque anafilático e representa a forma mais grave da doença.

Muito importante: a definição de anafilaxia não é apenas quando o paciente apresenta sintomas respiratórios e/ou cardiovasculares. O acometimento de dois ou mais sistemas (ex: cutâneo e gastrintestinal) caracterizam uma anafilaxia e devem ser tratados como tal (adrenalina intramuscular). Um exemplo: paciente com urticária (sistema cutâneo) e vômitos (gastrintestinal) já deve ser classificado como anafilático.



- Quais são alimentos mais comumente alergênicos?

Existe uma lista de 8 alimentos principais: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. No entanto, vários outros alimentos vêm paulatinamente ocupando espaço na lista dos alérgenos, caso das sementes (destaque para o gergelim) e algumas frutas. A frequência de alergia a amendoim e castanhas aumentou entre a população pediátrica nos últimos anos.



- Na primeira exposição ao alimento a pessoa já pode ter uma reação alérgica?

Para apresentar uma reação alérgica, o indivíduo deverá ter tido algum contato com o alimento previamente, o que leva à sensibilização (formação de anticorpos sem reação clínica). Algumas vezes, esse contato não ocorre de maneira óbvia, por meio da ingestão. A sensibilização pode ocorrer por meio de contato com a pele (exemplos: cremes, hidratantes e pomadas que contenham proteínas de alimentos em sua composição, como leite e algumas castanhas) ou até mesmo via leite materno. Alguns alimentos são ingeridos várias vezes antes do paciente apresentar reações, como os frutos do mar. Outros, como o leite e ovo, geralmente não necessitam de um tempo prolongado de exposição antes de desencadear sintomas.



- Alergia alimentar pode ser fatal?

Sim. A maior parte das anafilaxias em crianças de até 5 anos de idade ocorre por alimentos, com chance de óbito se não prontamente atendidas. Ainda que a adrenalina intramuscular (medicamentos de emergência) tenha sido administrada adequadamente no momento da reação, o paciente deverá ser observado por algumas horas, uma vez que há chance de apresentar a mesma reação horas depois (reação bifásica, registrada em cerca de 25% dos pacientes). No caso de ser a primeira reação, ainda que não anafilática, e o paciente/família não estiverem cientes do tratamento, a procura por atendimento médico também é recomendada.



- Alergia alimentar tem cura?

Alimentos como leite, ovo, trigo e soja, tipicamente iniciados na infância, causam alergias mais efêmeras e grande maioria perde a alergia até a segunda década de vida. Amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar, passíveis de iniciar em qualquer idade, são tipicamente persistentes por toda a vida do indivíduo. As características das respectivas proteínas parecem estar relacionadas com a história natural da doença.



ASBAI Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Paulistas usaram mais a internet para busca por informações em saúde


Índice é 5% maior que a média nacional


É fato que a pandemia da Covid-19 afetou os padrões de uso da internet, e não foi diferente entre os moradores de municípios do Estado de São Paulo. A busca por informações relacionadas à saúde (55%) e transações financeiras (53%) estiveram entre as principais atividades na internet, ambas com intensificação em relação a 2019. 

Os dados são originários da Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros – TIC Domicílios, edições 2019 e 2021, realizadas pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O universo da pesquisa é composto por domicílios particulares permanentes e pela população com dez anos de idade ou mais. 

Entre as possíveis razões do interesse em temáticas de saúde, está o interesse aumentado em informações sobre prevenção e tratamento da Covid-19. A busca por esse tipo de informação aparece de forma mais significativa entre pessoas das classes A e B, com maior acesso a planos privados que oferecem acesso remoto ao cuidado em saúde, o que pode potencializar o interesse por buscas específicas nesta área. Essa taxa de uso no Estado de São Paulo está cinco pontos percentuais acima da média nacional, que é de 50%. 

Atividades de comunicação foram as principais entre os usuários de internet do Estado de São Paulo, em 2021, destacando-se o envio de mensagens instantâneas efetuado por 94% dos usuários, seguido por chamadas de voz ou vídeo (87%) e uso de redes sociais (83%).


SEADE
Sistema Estadual de Análise de Dados
https://sptic.seade.gov.br/


Pesquisa Mulheres na Liderança: elas ressaltam a habilidade em resolver problemas; eles acham que elas se destacam mais pela boa comunicação

Estudo também aponta que a dificuldade de dividir o tempo entre a vida pessoal e o trabalho é o problema mais recorrente, enquanto o descrédito é o maior obstáculo no ambiente de trabalho  



Uma pesquisa da Agência Virta em parceria com o Instituto QualiBest apontou que homens e mulheres diferem de opinião quando perguntados sobre as características que estão mais presentes quando a líder é uma mulher. Enquanto as mulheres destacam as habilidades de resolver problemas (48%), os homens indicam a boa comunicação que elas possuem (46%). Outras características pontuadas tanto por homens quanto por mulheres foram: empatia (39%), inteligência emocional (27%) e firmeza na tomada das decisões (25%).

Os dados fazem parte do estudo Mulheres na Liderança, realizado entre 28 de fevereiro e 3 de março de 2023, e que contou com a participação de 882 respondentes, sendo 52% homens e 48% mulheres, de todas as regiões do país e pertencentes as classes A, B e C. Entre os respondentes, 22% são gerentes, diretoras ou empresários/empreendedores, não apresentando diferenças entre homens e mulheres.

Quando questionados se os entrevistados acreditam que as mulheres são mais operacionais ou estratégicas no ambiente de trabalho, 22% das mulheres responderam que nenhuma das duas coisas, que essa característica não tem a ver com sexo e sim com personalidade. Já entre os homens esse percentual é maior, chegando a 30%.

Já sobre a principal dificuldade da mulher no mercado de trabalho, as mulheres destacam o descrédito (21%) e a diferença salarial com pessoas com o mesmo cargo (20%). Já os homens reconhecem mais que as mulheres o preconceito sofrido por elas (26%) no mercado de trabalho. Eles pontuam ainda, a dificuldade de divisão de tempo entre família e trabalho (20%) e assédio (13%).

Segundo Rafaela Frankenthal, CEO da SafeSpace, plataforma de compliance que auxilia empresas a identificar, apurar e resolver problemas de conduta no ambiente de trabalho, o assédio e a discriminação são grandes barreiras na carreira das mulheres. “Além de todos os desafios que fazem parte de uma jornada de crescimento profissional, as mulheres precisam desconstruir estereótipos e vieses conscientes e inconscientes todos os dias. Por isso, é importante construir uma cultura de comunicação ativa e um programa de integridade sólido que permite identificar esses problemas e agir para combatê-los.”, complementa.

Quando perguntados se a pessoa já viveu ou ainda vive alguma dessas dificuldades, as mulheres pontuaram que ainda vivem ou viveram ao menos alguma vez: dificuldade de dividir o tempo entre a vida pessoal e o trabalho (84%), descrédito (77%), diferença salarial com pessoas do mesmo cargo que eu (70%) e assédio (59%). Já entre os homens as principais dificuldades que eles vivem ou viveram foram: divisão de tempo entre a vida pessoal e o trabalho (72%), descrédito (67%), diferença salarial com pessoas do mesmo cargo que eu (59%) e assédio (31%).

Além disso, a pesquisa também pontuou que 56% das entrevistadas mulheres acreditam que as oportunidades para homens e mulheres na empresa onde trabalha são iguais, esse percentual maior entre os homens, chegando a 67%. Nessa questão vale destacar a diferença nas classes sociais.

A percepção de programas de Diversidade e Inclusão nas empresas também é diferente entre homens e mulheres. Enquanto 45% delas afirmam que a empresa onde trabalham não possui um programa de D&I, entre os homens esse percentual cai para 37%. Além disso, 41% das entrevistadas acreditam que nesse ano as empresas não estão nem mais, nem menos preocupadas com a diversidade de gêneros no ambiente de trabalho. Entre os homens esse percentual é menor, chegando a 32%.


Preparando-se para a tempestade perfeita


Quando começamos a trabalhar no setor de gerenciamento de riscos e seguros, uma das primeiras coisas que aprendemos é que, de tempos em tempos, o mundo será fortemente impactado com algum evento de escala global, como uma catástrofe natural ou uma grave recessão econômica. 

 

No passado, isso não era algo tão frequente, tanto que essas ocorrências eram chamadas de “Eventos de 100 anos”, impactando o mundo em intervalos de um século. 

 

Só que, atualmente, essa tendência mudou e suas sazonalidades também. Os eventos, que antes ocorriam a cada século estão mais frequentes. Podemos até dizer que, daqui para frente, vamos lidar com “Eventos de 50 anos” ou, até mesmo, “Eventos da década”. 

 

Basta fazermos uma retrospectiva para vermos como as duas primeiras décadas do século XXI já mudaram completamente essa perspectiva. 

 

Em 1918, tivemos a Gripe Espanhola e, um século depois, a COVID-19. A Guerra na Ucrânia levou a Europa novamente a um estado de beligerância depois de um intervalo de quase 80 anos. A última grande crise econômica global que tivemos foi em 2008, resultado da bolha imobiliária norte-americana, há cerca de 15 anos.  

 

Quando avaliamos do ponto de vista das mudanças climáticas, os intervalos são ainda menores. Se considerarmos apenas os ciclones que atingiram a Flórida, nos Estados Unidos, na categoria 5 (a pior), foram dois em um intervalo de 13 anos: Katrina, em 2005, com danos de US$ 125 bilhões, e Michael, em 2018, com danos de US$ 25 bilhões.  

 

Nesse sentido, analisando 2022, que terminou agora, e 2023, que está começando, podemos dizer que uma “Tempestade Perfeita”, que é quando uma situação, normalmente não favorável, é drasticamente agravada pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, está se formando. 

 

Na Europa, estamos vendo a continuidade da Guerra da Ucrânia, que não dá sinais de que vai encerrar tão cedo. No Brasil e em alguns países da América Latina, estamos vendo uma forte polarização política, que está trazendo desdobramentos imprevisíveis. A pandemia da COVID-19 ainda não acabou, impactando fortemente a China. O mundo, em si, também está testemunhando uma inflação global nunca vista por países com economias avançadas. 

 

E, circundando tudo isso, temos as mudanças climáticas, que frequentemente dão às caras, trazendo consequências imprevisíveis. 

 

Mas, apesar desse quadro preocupante, não devemos nos entregar ao desespero. É verdade que precisamos encarar a situação com atenção, cautela e prudência, mas também é importante vê-la como uma oportunidade e de forma otimista, principalmente para nós, brasileiros, que já estamos acostumados a lidar com “tempestades” desse tipo. 

 

Para citar apenas dois exemplos, na Alemanha, desde a década de 50 não se via uma inflação acima dos 10%, algo que, infelizmente, o Brasil já viu. Diversos países da Europa precisaram racionar o uso do gás natural, por conta de problemas de abastecimento energético como resultado da Guerra na Ucrânia, algo que os brasileiros já tiveram que fazer mais de uma vez, principalmente nos períodos de estiagem. 

 

Os nossos executivos, de todos os setores e áreas de atuação, independente do porte, pela nossa própria vivência, são extremamente capacitados e preparados para lidar com essas adversidades. Ou seja, temos muito a ensinar ao resto do mundo, basta que não fiquemos parados.  

 

Não podemos abraçar a inércia, mas adotar posturas mais ativas e combativas. Precisamos nos preparar e nos organizar, reagindo às adversidades conforme elas surjam, administrando-as e resolvendo-as. 

 

Adotar as práticas ESG será cada vez mais relevante para subscrição de riscos, principalmente quando falamos no quesito governança e conselhos de administração e no aprimoramento da reputação. Olhar para seus colaboradores, promovendo a diversidade e oferecendo benefícios que garantam a retenção de talentos será fundamental. Avaliar riscos e oportunidades garantirá a continuidade das operações. 

 

A “Tempestade Perfeita” chegou, mas enquanto alguns ficam tomando chuva, sem saber para onde correr, nós temos a oportunidade de mostrar o que sabemos e sair na frente, iniciando um lucrativo mercado de venda de guarda-chuvas. 

 


Alvaro Trilho - Diretor de Risk & Analytics da WTW Brasil

 

ABP divulga alerta urgente à sociedade brasileira

Faltam 7 dias para, 5.800* criminosos (matadores em série, assassinos, pedófilos, latrocidas, dentre outros) sentenciados que cumprem penas em Hospitais Psiquiátricos de Custódia comecem a soltos se valendo do disposto na Resolução nº487 do Conselho Nacional de Justiça. Esse documento é um perigo para a população brasileira, pois determina o fechamento desses Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e diz que todas essas pessoas (criminosos) voltariam para a sociedade e fariam tratamento junto com a comunidade, se assim, essas pessoas quiserem. 

Art. 16. No prazo de até 6 (seis) meses, contados a partir da entrada em vigor desta Resolução, a autoridade judicial competente revisará os processos a fim de avaliar a possibilidade de extinção da medida em curso, progressão para tratamento ambulatorial em meio aberto ou transferência para estabelecimento de saúde adequado, nos casos relativos: 

I – à execução de medida de segurança que estejam sendo cumpridas em HCTPs, em instituições congêneres ou unidades prisionais; 

II – a pessoas que permaneçam nesses estabelecimentos, apesar da extinção da medida ou da existência de ordem de desinternação condicional; e 

III – a pessoas com transtorno mental ou deficiência psicossocial que estejam em prisão processual ou cumprimento de pena em unidades prisionais, delegacias de polícia ou estabelecimentos congêneres. 

Nós, médicos, não fomos consultados sobre essa medida que trará mudanças profundas para a saúde mental pública brasileira e também para a segurança pública, mas nos reunimos e viemos publicamente, mais uma vez, nos manifestar contra a Resolução nº487. 

São muitos alertas! O sistema público de saúde e o sistema prisional comum não estão preparados para receber todas essas pessoas, por isso haverá abandono do tratamento médico, aumento da violência, aumento de criminosos com doenças mentais em prisões comuns, recidiva criminal, dentre outros prejuízos sociais. 

Estamos diante de uma situação calamitosa e urgente, pois a partir de 15 de maio de 2023 a Resolução começará a valer e mais nada poderá ser feito, por isso precisamos que essa decisão seja revogada.

 

Fonte: Relatório Sistema Prisional em Números, do Conselho Nacional do Ministério Público, de 2021.

 

Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP

Conselho Federal de Medicina - CFM

Associação Médica Brasileira - AMB

Federação Nacional dos Médicos - FENAM

Federação Médica Brasileira - FMB


Capacitação é o principal gargalo da Web3 no Brasil

Apesar do Metaverso e dos NFTs terem ganhado bastante espaço na mídia tradicional nos últimos tempos, os termos ainda não fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas. Afinal, é natural que essas buzzwords como Blockchain, NFTs, IAs, levem parte da população - em especial no Brasil - a pensar que os assuntos envolvendo inovação pareçam ser restritos ao mundo das startups, sendo algo muito fora de suas alçadas. O que definitivamente não é verdade.

No entanto, existem poucos cursos brasileiros quando se trata da formação de profissionais para entender a nova geração de tecnologias e o mindset da Web3. As tecnologias não se resolvem sozinhas, sendo necessário desenvolver uma cultura baseada na identificação de problemas para então observar quais tecnologias - e suas respectivas combinações - nos ajudam a resolvê-los. A própria Web3 nasce a partir dos desafios da Web2: comunidades, propriedade, soberania de identidade, descentralização, entre outros.

O problema da capacitação no Brasil passa por um histórico do mercado, não sendo apenas uma questão relevante para a Web3. Estamos falando da escassez de desenvolvedores nas mais diversas áreas e também do movimento do quite quitting. Soma-se a isso a relutância das pessoas em pensarem sobre "tecnologia" para além de alguns setores. Os cursos atuais que abordam a temática da Web3 possuem o desafio da atualização, já que de forma geral, tecnologias estão sempre em expansão e a Web3 segue se desenvolvendo.

Por isso que quando falamos sobre capacitação tecnológica e, em especial, inovação a partir de ferramentas Web3, os Estados Unidos continuam sendo uma boa referência. O que não significa que o Brasil não seja um dos países mais avançados com suas bases tecnológicas e pautas sobre regulação e sandboxes como, por exemplo, o pioneirismo do nosso Banco Central nestas pautas. Ainda como referência nos Estados Unidos, por lá, as comunidades de Web3 já estão mais maduras, bem como os próprios cases de aplicação de Web3 por parte das grandes empresas nas áreas de Blockchain, Inteligência Artificial e até mesmo as propostas de regulamentação de ativos digitais por parte da SEC (CVM americana). 

De um lado, tem o Congresso Americano discutindo pautas de regulamentação e, do outro, o mercado financeiro com ventures capitals dedicando boa parte dos seus investimentos para startups que trabalhem com tecnologias disruptivas. Este casamento movimenta o espaço de capacitação, aliados às universidades americanas que estão sempre tentando buscar alinhamento mercadológico com as tendências ditadas pelo Vale do Silício. 

Por ser uma revolução de mindset que impacta a maneira com que vivemos e trabalhamos, acredito que os cursos universitários no geral deverão se adequar para incorporar conceitos da descentralização. Afinal, a temática Web3 é transversal, não se trata de especialização única. Assim, por se tratar de um ambiente propício ao conhecimento e à inovação, as universidades devem ser o lugar para o debate saudável da construção da Web3. 

Mas como a Web3 é um desejo que nasce da descentralização e da soberania dos dados do usuário, também existem movimentos independentes de comunidades dedicadas a expandir esse conhecimento. Como por exemplo, a Bankless, que é uma DAO dedicada à discussão das finanças descentralizadas e que possui o objetivo de empoderar sua comunidade a partir de conteúdos e encontros sobre o assunto.

Nesse sentido, o Brasil não está tão atrás, com várias comunidades que se dedicam a capacitar pessoas, seja por meio de talks no Discord, encontros no Twitter Spaces e eventos. Fora da bolha, centros de educação mais tradicionais também estão cada vez mais atentos à disrupção da Web3. A tendência no curto prazo é que cada vez mais universidades e demais instituições de ensino promovam esses encontros, tanto para atualizar seus alunos, quanto para testar a temática em suas ementas acadêmicas.

É por isso que grandes empresas já estão impulsionando experiências com Web3 e criando novos produtos. Algumas já até criaram produtos dedicados a projetos em Web3. Assim, essas mesmas empresas buscam profissionais que tenham conhecimento em determinados campos da Web3, para assim gerar uma capacitação interna. Até agora, a capacitação para Web3 fora da bolha tem sido uma ação top-down: empresas promovem o conhecimento entre seus funcionários. 

A boa notícia é que a própria comunidade da Web3 está se esforçando para atrair mais pessoas para este universo. A meu ver, não entender a Web3 seria como chegar em qualquer empresa e não saber utilizar a internet para enviar e-mails, por exemplo. Por isso, destaco o papel da literacia digital como o modo de sobrevivência no mercado de trabalho. Para não soar tão apocalíptica, friso que a Web3 é um espaço democrático de conhecimento e está mais ligada aos princípios de comunidade e desejos dos consumidores do que a um mundo de programação com zeros e uns. 

Por outro lado, o assunto Web3 ainda é bastante recente e precisamos entender que todas as revoluções tecnológicas possuem seu próprio ciclo. Além de estarmos conscientes de que as tecnologias avançam mais rápido do que nossa capacidade de absorvê-las e aplicá-las. É nesse momento que surge a responsabilidade para promovermos capacitação e tornar o acesso à internet e às informações um bem para todos. 

 

Adriana Molha - fundadora da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar pessoas sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias. Empreendedora serial e consultora de negócios, possui 4 empresas é host do Podcast Amanhã Já Foi | Web3 for Business. Adriana é graduada em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em negócios, com MBA em Gestão Empresarial pela Business School São Paulo e MBA em Inovação e Capacidades Tecnológicas pela Fundação Getúlio Vargas. 


Etecs e Fatec da Capital oferecem consultoria para declaração do IRPF 202

 

Foto: Drazen Zigic

Atendimentos são realizados por professores e estudantes tanto de forma remota como presencialmente

Serviço é prestado por estudantes e professores, presencialmente, na sede das unidades, até 29 de maio; confira a relação de documentos necessários para receber o atendimento gratuito  

 

Estudantes e professores de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdade de Tecnologia (Fatec) estaduais localizadas na Capital continuam prestando consultoria gratuita para quem encontra dificuldades no preenchimento do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O prazo para a entrega da declaração termina no dia 31 de maio.

Os atendimentos são realizados tanto de forma remota como presencialmente. Algumas unidades solicitam contrapartidas, como doação de alimentos, que serão distribuídas a instituições beneficentes. Em outras, é necessário agendar previamente o serviço em razão do número limitado de vagas – confira abaixo a relação de unidades, datas e horários.


Documentos

Os interessados na consultoria devem apresentar comprovantes de rendimentos do ano-calendário 2022, declaração anterior com recibo de entrega (se houver), número do RG, CPF e título de eleitor, endereço residencial, dados da conta bancária para restituição e comprovantes de despesas que possam ser abatidas (consultas médicas, exames clínicos, mensalidades escolares, contribuição para previdência privada, entre outros). Mais informações sobre a declaração podem ser obtidas no site da Receita Federal.

Confira
abaixo as unidades que oferecem o serviço:

 

Unidade

Consultoria

Data

Etec São Mateus

O atendimento será oferecido presencialmente, na sede da escola, por ordem de chegada – o horário limite para entrar na unidade é 21 horas. Alunos do curso técnico de Administração, sob a supervisão dos professores, ficarão encarregados da consultoria. É sugerida a doação de alimentos não perecíveis.

9 de maio, das 19h30 às 22 horas

Etec Zona Leste

Estudantes do curso técnico de Administração ficarão encarregados do atendimento presencial, que será oferecido na sede da Etec, sem necessidade de agendamento. A escola sugere a doação de um quilo de alimentos não perecíveis.

18 e 19 de maio, das 19 às 21 horas

Fatec Ipiranga

O atendimento presencial é feito por ordem de chegada, por um professor do curso superior de tecnologia em Gestão Comercial

De 8 a 29 de maio, às segundas-feiras, de 17h30 às 18h30

 

Centro Paula Souza


Efeitos da guerra da Ucrânia devem persistir ao longo de 2023 sobre setor agroalimentar, prevê Coface

Eventos climáticos e medidas protecionistas também são riscos globais apontados por economista do Grupo


 

O setor agroalimentar seguirá ao longo de 2023 impactado pelas tensões de abastecimento que surgiram com o início da guerra na Ucrânia. Essa é a avaliação de economistas da Coface, líder global em seguro de crédito comercial e em serviços especializados, que analisaram as perspectivas para o setor durante o webinar “Setor Alimentar Global: Oportunidades e Riscos”.

 

Simon Lacoume, Economista do Grupo Coface especializado em Agroalimentar, afirmou que as incertezas sobre as rotas comerciais na área do mar Negro restringem o comércio global de cereais, cuja produção global deve cair 1,0% em 2022/23. Além disso, a destruição de área de cultivo da Ucrânia pode reduzir disponibilidade de volume de grãos no mercado global.

 

“A produção de agricultura está severamente impactada ainda pelos efeitos da guerra da Ucrânia. A tendência é que os preços ainda vão continuar em patamares elevados para 2023 e 2024”, afirmou o economista.

Outro risco apontado por Lacoume para setor é a renovação de medidas protecionistas por alguns países (como Egito, Índia) para lidar com pressões inflacionárias ou escassez de alimentos. Ele falou ainda sobre os impactos de eventos climáticos esperados a partir do segundo semestre.

 

“A maioria dos modelos indica que o La Niña está terminando e ocorrerá a transição para ENSO-neutro durante março/abril de 2023. Depois disso, há uma grande chance de o ENSO-neutro persistir até julho de 2023, seguido de uma transição para o El Niño. As probabilidades de El Niño são cada vez mais fortes, acima de 80%, a partir de setembro”, reforçou em sua apresentação.

O economista avalia que o alto nível de preços das rações (milho, soja) impactam significativamente os custos da pecuária podem impulsionar preços crescentes de produtos de origem animal (laticínios, carne, ovos) e indústrias de alimentos processados.


 

América Latina


Patricia Krause, Economista da América Latina na Coface, também destacou que as condições meteorológicas continuam a ser uma grande fonte de incerteza, com a transição de La Niña para um possível El Niño, ao traçar os cenários para o setor agroalimentar para a região.

 

A economista chamou atenção para os patamares ainda elevados da inflação de alimentos na região, embora os índices tenham apresentado uma moderação na margem. “Isso acaba afetando o poder de compra das famílias, especialmente de baixa renda. O setor de alimentos é o mais resiliente, a alimentação é a última coisa a ser cortada, mas ao mesmo tempo você acaba tendo substituições. Então há oportunidade para empresas para alguns segmentos, enquanto outros terão um cenário mais difícil”, afirmou.

 

Patricia avalia ainda que a forte alta dos juros promovia pelos bancos centrais deve afetar as empresas altamente alavancadas do setor na região. “É importante monitorar de perto o andamento das empresas e sua capacidade de renovação de crédito”, completou.


 

Argentina e Brasil


Na Argentina, forte seca afetará a safra 2022/2023, no terceiro ano de La Niña, resultando no pior desempenho para o setor em mais de 20 anos. São espetadas fortes quedas na produção de trigo estimada em 11,5 milhões de toneladas (-50% a/a), milho em 32 milhões (-37%) e soja em 23 milhões (-45%), o que também está se tornando um grande problema para o setor de carne.

“Ao contrário de 2022, desta vez os preços das commodities agrícolas não serão suficientes para compensar o menor volume de produção. Haverá efeitos sobre as exportações, com cenários previstos de queda de US$ 20 bilhões neste ano. E isso é muito importante para o governo, em um momento de escassez de reservas cambiais, uma vez que o setor agro é a principal fonte de dólares”, disse.

 

Já para o Brasil, a perspectiva bastante favorável para a safra neste ano, que deve ser recorde com uma alta de quase 15% em comparação com o último ano. “As principais culturas, soja e milho, devem apresentar crescimento bastante expressivo. O ponto de atenção neste momento é a questão dos preços internacionais, que apresentam alguma moderação. A questão é se essa redução irá se sustentar adiante”, afirmou Patricia, acrescentando que o um maior crescimento na China poderia favorecer as exportações agrícolas brasileiras.



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