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quinta-feira, 31 de março de 2022

O que acontece em nosso cérebro na hora da morte?


A compreensão da atividade cerebral durante uma experiência de quase morte ainda intriga os neurocientistas. A ideia lógica é que o cérebro se encontra num estado de hipoatividade nessas circunstâncias, porém estudos em modelos animais apresentaram dados opostos. Os pesquisadores observaram que após a parada cardíaca ocorre um aumento da atividade cerebral, principalmente das ondas gama, resultado de um aumento na hipercapnia (PaCO2) e da parada do suprimento sanguíneo ao cérebro após a parada do coração.

Estudos anteriores sobre a atividade cerebral já associaram um aumento da atividade talamocortical somado ao aumento das ondas gamas em indivíduos saudáveis relativas à percepção num estado consciente. As ondas alfa, por sua vez, são o tipo mais comum no nosso cérebro, e são importantes para o processamento de informações, principalmente no córtex visual. 

O padrão de ondas delta possui uma função inibitória sobre as vias neuronais que não são essenciais quando executamos tarefas. Já o padrão theta é importante para a evocação de memórias, especialmente em tarefas que recrutam memória verbal e espacial, inclusive durante a meditação.

A atividade cerebral pode ser medida através da eletroencefalografia, e estudos que avaliaram diversos padrões dessas atividades permitiram concluir que todos esses tipos de onda interagem e são responsáveis pela comunicação neuronal, percepção e memória.

É até meio óbvio dizer que estudos com a finalidade de compreender essa atividade cerebral em humanos são bastante limitados. Mas nas últimas semanas um artigo publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience vem movimentando a internet a respeito desse assunto.

Trata-se de um relato de caso de um paciente que morreu durante a eletroencefalografia. Já é bem estabelecido nos livros e artigos da área médica que 6 minutos após a parada cardíaca, e da cessação do suprimento sanguíneo para o cérebro, ele morre. Então, a perda das funções cerebrais chega a um ponto sem retorno e a consciência – nossa capacidade de sentir que estamos aqui e agora, e de reconhecer os pensamentos – se perde.

Mas a pergunta permanece - será que alguma atividade residual permanece, pelo menos por alguns minutos após a morte?

Experimentos foram realizados na tentativa de entender melhor os relatos de pessoas que tiveram uma experiência de quase morte. Esse fato tem sido frequentemente associado a eventos fora do corpo, uma sensação de profunda felicidade, relatos de chamados, a visão de uma luz brilhando acima, mas também de sensações de extrema ansiedade, vazio e silêncio.

Vale salientar que esses estudos possuem inúmeras limitações, talvez a principal delas seja o fato dessas pesquisas focarem mais na natureza dessas experiências do que no contexto que as precede.

Outra limitação importante é a ética do estudo. É muito difícil conseguir permissão para estudar o que realmente acontece no cérebro durante os últimos momentos de vida. O artigo de Raul Vicente e colaboradores, avaliou a atividade elétrica cerebral de um paciente de 87 anos, que devido a uma queda desenvolveu um hematoma no lado esquerdo do cérebro, resultando em diversos episódios convulsivos e parada cardíaca.

 Essa é a primeira publicação da história a coletar esses tipos de dados dessa fase de transição entre vida e morte. Os padrões de onda cerebral percebidos no paciente após a morte foram muito parecidos aos padrões da atividade cerebral quando um indivíduo saudável executa uma tarefa, sobretudo quando a evocação de memórias acontece.

O estudo relata que durante 30 segundos antes e depois da morte, foi possível observar mudanças em diferentes tipos de ondas cerebrais, incluindo ondas cerebrais alfa e gama. É sabido que a conexão entre esses padrões de onda cerebrais está relacionada com a memória e processos cognitivos em indivíduos saudáveis. A visualização desse padrão de ondas no paciente do estudo permitiu aos pesquisadores especular se essa atividade poderia ser justificada como uma última lembrança da vida, que pode ocorrer nesses poucos segundos no estado de quase morte.

Ou seja, de acordo com esse estudo isolado, os filmes de Hollywood podem estar certos: é possível que nossa vida passe diante dos nossos olhos momentos antes da morte.

Contudo, é válido destacar que esses dados são baseados na observação de um único paciente. Por isso a equipe da pesquisa pede cautela com a extrapolação dos resultados, pois outros fatores como as próprias lesões cerebrais traumáticas apresentadas pelo paciente podem afetar o padrão de ondas cerebrais, inclusive a medicação usada no paciente, que incluía um anticonvulsivante, pode apresentar tais mudanças.

O que chamou tanto a atenção a respeito dessa pesquisa é o fato desses dados desafiarem a compreensão de quando exatamente a vida termina, o que acaba gerando diversas outras questões.

Um estudo em animais demonstrou que poucos segundos após a parada cardíaca, a consciência já é perdida, e em até 40s, a maior parte da atividade neuronal já desapareceu. Outros estudos relatam que durante o "desligamento" do cérebro, ocorre liberação de serotonina, um neurotransmissor envolvido com os sentimentos de felicidade e excitabilidade.

Existem algumas teorias tentando explicar o motivo da vida passar diante dos olhos de alguém enquanto o cérebro se prepara para morrer.

I) Efeito artificial associado ao súbito aumento da atividade neural quando o cérebro começa a desligar;

II) Último mecanismo de defesa do organismo tentando superar a morte iminente;

III) Reflexo enraizado, geneticamente programado, para manter a mente "ocupada" enquanto o evento mais angustiante da vida se desenrola.

Afirmar qual é a verdadeira não é possível. Nem se somente uma está correta ou se todas estão corretas, ou ainda, se não é o caso de nenhuma delas. Pesquisas futuras nessa área, com medidas mais prolongadas da atividade cerebral pós-morte, incluindo exames de imagem, talvez possam responder essa questão.

Nesse estudo de Vicente et al. (2022), os pesquisadores conseguiram identificar que mesmo após a supressão da atividade neuronal em ambos os hemisférios, foi possível observar uma redução da atividade das ondas alfa, beta, delta e theta e um aumento da atividade das ondas gama nesse paciente.

Esse estudo fornece a primeira evidência da atividade cerebral de um paciente em processo de morte, e reforça a hipótese de que o cérebro humano pode possuir a capacidade de gerar atividade durante uma experiência de quase morte.

 

Dra. Marissa Schamne - Doutora em Psicofarmacologia e co-fundadora da Escola Rigor Científico. Acesse www.rigorcientifico.com.br para conhecer outros artigos sobre ciência e saúde. 

 

Referências

Vicente, R., Rizzutom N., Sarica, C., et al. Enhanced interplay of neuronal coherence and coupling in the dying human brain. Frontiers in Aging Neuroscience, v. 14, 2022.

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2022.813531/full

 

Como o medo pode impactar nossa saúde mental e física

                                                         

Existem três fatores que são considerados os níveis mais elevados de estresse: perda de um ente querido, perda de um trabalho ou mudança de uma cidade. Estamos enfrentando uma situação em que esses três fatores ocorreram simultaneamente, então dá para se ter uma ideia do patamar de estresse que esse momento está causando. 

 

Em uma guerra, os principais pilares de suas vidas estão sendo destruídos simultaneamente. O limite entre a estabilidade e o pânico é rompido de uma forma abrupta, levando ao que chamamos de transtornos. 

 

O primeiro pode ser considerado um transtorno de pânico, a mente trabalha em um limite máximo buscando sobreviver. Nossas reservas, tanto físicas quanto emocionais, estão sendo drenadas de uma maneira muito rápida.

 

A saúde, como é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o equilíbrio entre as partes do corpo. A ruptura desse equilíbrio é o que se chama doença, ou seja, as pessoas adoecem e podem desenvolver o que chamamos de transtornos - síndrome do pânico, ansiedade generalizada, depressão etc. 

 

Uma situação de guerra atinge o instinto mais forte do ser humano, que é o instinto de sobrevivência. Isso dispara o alarme máximo de uma forma coletiva. Quando esse instinto é ameaçado, isso é tão forte que atinge o que chamamos de inconsciente coletivo, afetando a todos nós. 

 

Lembrando que, quando falamos de inconsciente coletivo, temos registros de um passado onde tivemos guerra - provavelmente tivemos antepassados que foram atingidos por essas situações. Vivemos em um mesmo planeta, com uma história coletiva em comum. 

 

Podemos também considerar que o pensamento, como sendo uma onda, ele se propaga além da distância física. Ainda mais em tempos de redes sociais onde tudo é muito próximo e todos somos impactados de forma imediata. 

 

O medo é um sentimento normal e necessário, tendo a função de nos proteger em várias situações. Cada pessoa tem uma forma de lidar com o medo. Em uma situação atípica como, por exemplo, uma situação de guerra, parece mais sensato não falarmos em dias, e sim na magnitude da situação. 

 

Com certeza, os níveis altíssimos de adrenalina alteram totalmente o nosso equilíbrio, fazendo com que esse equilíbrio entre as partes fique muito comprometido. Quanto maior o tempo de exposição a situações como essas, maior o comprometimento, causando o que chamamos de transtornos ou o desequilíbrio entre as partes, também chamado como doença. 

 

São vários os transtornos, sendo eles o mais comum é o transtorno de ansiedade generalizada - ou seja, qualquer situação, mesmo que seja pequena, pode desencadear um ciclo muito grande de ansiedade na pessoa, podendo comprometer o sono, alimentação e diversas áreas. 

 

O medo atua fazendo com que as pessoas ponderem riscos e ameaças, tanto físicas quanto emocionais, buscando um bem-estar de uma maneira geral e qualidade de vida também. Imagina uma pessoa não ter medo de saltar de um edifício de trinta andares? O fim seria trágico. O medo é um moderador. Quando ele é exagerado e inapropriado, ele impede a pessoa de viver inúmeras situações. 

 

Sabemos hoje que a depressão, por exemplo, pode desencadear problemas cardíacos, potencializando situações ou pré-disposições, e funcionando como verdadeiros gatilhos. As doenças psicossomáticas, onde o indivíduo descarrega no corpo dores de suas emoções que ele não consegue elaborar. 

 

Um exemplo disso é quando uma pessoa passa por um grande choque ou uma grande perda em um espaço de tempo relativamente pequeno, ela desenvolve doenças consideradas graves. O equilíbrio foi rompido e, com isso, as portas para as doenças se abrem. 

 

Quando é possível, um grande aliado é a mudança de foco, forçando a atenção se voltar para algo leve e saudável. Podendo ser coisas simples como, por exemplo, escutar uma música do seu agrado, ler um livro ou fazer uma caminhada.

 

O objetivo é que se tire a energia de uma situação desagradável e, naturalmente, aconteça um relaxamento. Mas isso deve ser um hábito, e não algo pontual. Essas são maneiras mais simples e eficazes de se lidar com o estresse baixo ou até médio-baixo, sem comprometimento físico, ou seja, aquele onde o corpo ainda não está “falando”.

 

Por exemplo, em situações de pânico, as pessoas podem ter taquicardia, insônia, tremores etc. São situações tão reais que ela acredita realmente que algo grave irá lhe acontecer. Quando a pessoa chega a um pronto socorro, os seus sinais estão completamente normais. 

 

É importante saber diferenciar um do outro, pois quando os sintomas já estão em um nível físico, é de essencial importância que um auxílio médico seja feito muito rapidamente para evitar comprometimentos maiores.

 

Um pilar de fundamental importância em momentos de grande stress é um alinhamento espiritual, a sintonia com algo maior que nós mesmos. Comprovadamente a Fé e a espiritualidade trazem imenso benéfico. Concluímos assim os quatro pilares do ser humano: físico, mental, emocional e espiritual. 

 

Mara Leme Martins - PhD em psicologia, medicina do comportamento e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.

 

Por que não devemos nos preocupar com a opinião do outro?

Terapeuta explica que busca por aprovação pode levar à perda da essência e autenticidade


Buscar a aprovação dos outros é uma necessidade natural do ser humano para se sentir aceito em um grupo e para se sentir amado. Mas a terapeuta radiestesista do Instituto Plasma, Erika Thiele, alerta que é preciso ter cuidado para que a preocupação com a opinião dos outros não silencie totalmente seus objetivos, desejos, ações e para que a pessoa não perca a sua essência e autenticidade.

Inconscientemente, diz Erika, buscamos nos adequar ao que acreditamos que vai agradar uma pessoa ou determinado grupo. A busca por aceitação move os homens, que são seres sociais. O medo do julgamento, é bom dizer, causa muita ansiedade. “O julgamento, mesmo que silencioso, é real nas relações humanas, então, escolhemos como agir para corresponder à expectativa que o outro tem sobre a gente”, explica.

A terapeuta afirma que a busca por essa validação do outro começa ainda na infância. “Desde muito cedo começamos a perceber que algumas atitudes fazem com que a nossa mãe, pai ou responsável olhe mais para nós e começamos a balizar aquilo que vai atrair ou distanciar esse olhar”.

Busca por aceitação começa na infância e se estende até a fase adulta
(Foto: Freepik)


E esse comportamento se estende ao longo de todo o processo de desenvolvimento da pessoa até a fase adulta. “Essa busca pelo olhar do outro é transferido para o mundo social e aquele individuo começa a monitorar parentes, amigos e professores procurando sempre a validação do que o outro vai gostar ou não em relação ao que ele está fazendo ou dizendo”, afirma a especialista.

O autoconhecimento, segundo a terapeuta, é primeiro passo para entender até que ponto a opinião alheia deve interferir em nossas vidas. “Conhecer a si mesmo é essencial para estruturar a mente, compreender a realidade em que se está inserido, tomar decisões e aprender a avaliar os próprios comportamentos, falhas e conquistas. Quando nos tornamos capazes de compreender o nosso interior, o verdadeiro eu, a opinião dos outros passa a não ter tanta importância”, completa.

Desenvolver a capacidade de compreender a si mesmo requer dedicação e paciência: é preciso respeitar o próprio tempo. “O autoconhecimento é um processo longo e, em muitos casos, necessita de ajuda profissional para indicar uma terapia, tratamentos integrativos e complementares de acordo com a necessidade de cada pessoa”, recomenda. “Além disso, meditações longas e profundas ajudam a olhar para dentro de si, ter mais consciência e organizar os pensamentos”, completa.

 

Erika Thiele - terapeuta radiestesista do Instituto Plasma

 

São Cristóvão Saúde inicia campanha de vacinação gratuita contra Influenza


Campanha antecipada contra o vírus da Gripe será entre os dias 4 e 6 de abril e contemplará idosos a partir de 60 anos

 

Há muitos anos entre nós, o vírus da Influenza, doença popularmente chamada de Gripe, causa danos à saúde das pessoas, principalmente em grupos de alto risco. Dentre as complicações, estão casos de pneumonia, doença cardíaca e até risco de morte. Desse modo, a vacinação se tornou essencial, recomendada pela Organização Mundial da Saúde -- OMS, como a maneira mais eficaz de prevenção, além de reduzir a circulação do vírus e, consequentemente, o número de hospitalizações. 

O Grupo São Cristóvão Saúde antecipou a Campanha de Vacinação Contra Influenza e, entre os dias 4 e 6 de abril, das 8h às 13h, idosos a partir de 60 anos já podem se vacinar para aumentar sua imunidade e contribuir com diminuição da propagação da doença. 

Aproveite e garanta sua imunização, gratuitamente! As vacinas estarão disponíveis no estacionamento do CAAV I, na Rua Américo Ventura, 25 -- Mooca, junto a profissionais da Instituição. Aos interessados, basta se direcionar ao local, portando identidade e carteira de vacinação. 

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, a cada ano, no mundo, estima-se que haja um bilhão de casos de Gripe, dos quais de três a cinco milhões são casos graves, resultando em 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias relacionadas à Influenza.

Aguardamos você com o melhor cuidado.

 

Serviço:

Campanha gratuita de vacinação antecipada contra o vírus da Influenza (Gripe), pelo São Cristóvão Saúde

Data: Entre os dias 4 e 6 de abril, das 8h às 13h

Quem pode participar: Idosos a partir de 60 anos, munidos de documento pessoal com foto, carteira de vacinação 

Local: Estacionamento do CAAV I - Rua Américo Ventura, 25 -- Mooca -- São Paulo, SP


Campanha busca conscientizar sobre doença rara em meninos

Música e clipe alertam de forma leve e divertida para os sinais e sintomas da distrofia muscular de Duchenne. Iniciativa busca auxiliar no diagnóstico precoce, fundamental para a manutenção da qualidade de vida

 

De repente, o Detetive Gui sobe em seu tapete mágico, com seu gato, protegido pelo seu casaco, e sai, curioso, em busca de aventura sem deixar que nada o atrapalhe. Esse é o cenário da música “Se eu cair vou levantar”, que conta, com muita leveza, a história de um menino que tem distrofia muscular de Duchenne (DMD). O lançamento da campanha, que conta também com um clipe, estreou hoje no canal do YouTube do Palavra Cantada, nesse link.

A música, criada pelo grupo musical em parceria com a biofarmacêutica global, PTC Therapeutics, tem com como objetivo informar a sociedade e os profissionais da saúde sobre a distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença rara, progressiva e que afeta principalmente os meninos. O personagem, Detetive Gui, é portador da doença e conta em forma de música o seu dia a dia como paciente. Seu nome é uma homenagem ao médico Guillaume Duchenne, descobridor da doença.

Para Rogério Silva, vice-presidente e gerente geral da PTC, elaborar esse tipo de campanha de conscientização é fundamental. “As doenças raras precisam ser diagnosticadas rapidamente. Esse tipo de campanha leva a informação de forma divertida diretamente para pais, educadores e profissionais de saúde e ajudam no reconhecimento dos sinais e sintomas, auxiliando nesse processo."

A distrofia muscular de Duchenne tem como principal sintoma a perda de massa muscular de forma progressiva, gerando fraqueza que altera o jeito de andar ou causa quedas frequentes. O diagnóstico precoce, no entanto, é capaz de proporcionar ótima qualidade de vida e de postergar os efeitos da doença.

 


Material destinado ao público em geral: Esse conteúdo não substitui o diagnóstico médico. Em caso de dúvidas, procure um especialista. BR-CORP-0293

 

[1] Araujo APQC, Carvalho AAS, Cavalcanti EBU, Saute JAM, Carvalho E, França MC Junior, Martinez ARM, Navarro MMM, Nucci A, Resende MBD, Gonçalves MVM, Gurgel-Giannetti J, Scola RH, Sobreira CFDR, Reed UC, Zanoteli E. Brazilian consensus on Duchenne muscular dystrophy. Part 1: diagnosis, steroid therapy and perspectives. Arq Neuropsiquiatr 2017;75(8):104-113.


Abril Laranja: Brasil tem cerca de 500 mil pessoas amputadas

 

Waldir Correia, amputado desde 2010, em decorrência de uma acidente de lancha, tem 48 anos e trabalha como mixologista (bartender com especialização) na ilha de Fernando de Noronha (Foto: Divulgação)

 

Campanha Abril Laranja é uma realização da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC) para conscientização e prevenção das causas decorrentes da amputação

 

O Brasil conta com cerca de 500 mil pessoas amputadas e 10% têm algum tipo de deficiência, de acordo com dados estimados pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR). A amputação acontece por diversos motivos, como acidentes domésticos, de trânsito e por doenças como o diabetes. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), apontam que a doença está no ranking como a responsável por 70% das amputações que acontecem no país. Somente no último ano, segundo a SBD, cerca de 46 amputações aconteceram por dia, em consequência da doença. 

Contudo, as formas de prevenção da amputação ainda são desconhecidas por boa parte da população e para o presidente da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC) André Cristiano da Silva, a falta de informação sobre os reais riscos é um fator preocupante, já que falta esclarecimento de boa parte da população. 

“Perder um membro do corpo tem sido mais comum do que se imagina no Brasil. Muitas pessoas, por exemplo, são diabéticas, mas não sabem e acabam buscando ajuda médica somente quando o quadro se agrava. Para a prevenção criamos a campanha Abril Laranja como forma de conscientização na amputação”, analisa André. 

A campanha Abril Laranja, iniciada em 2020, ano que também começou a pandemia, tem por objetivo ressaltar a informação sobre a importância do trabalho da ABOTEC e buscar a conscientização das pessoas sobre a possível perda do membro e todo o processo de reabilitação de pacientes já amputados. De lá para cá, tem somado forças com demais órgãos e instituições a fim de que, por meio da campanha de conscientização as pessoas compreendam mais a respeito da amputação, saibam sobre as maneiras de prevenção da perda de membros e também conheçam as histórias de ressignificação e transformação de vida das pessoas amputadas. 

A campanha de conscientização da amputação está na sua terceira edição e será realizada durante todo o mês de abril, com a divulgação de ações nas redes sociais trazendo informações, vídeos com depoimentos e lives semanais para levar a informação ao máximo de pessoas a respeito do assunto. Além disso, serão realizadas doações de próteses pelas clínicas e demais empresas ligadas ao ramo da ortopedia e participantes da campanha Abril Laranja. 

A ABOTEC, por meio de cursos e congressos, tem como objetivo proporcionar aos profissionais a oportunidade de melhorar seus conhecimentos técnicos para que pessoas com algum tipo de deficiência ou que utilizam órtese ou prótese tenham o grande benefício de serem atendidas por profissionais capacitados. 

“Nosso intuito é também prezar pelo cuidado não somente com a saúde física, mas também com a saúde mental das pessoas amputadas, para que possam se desenvolver e ter uma qualidade de vida, buscando sua autonomia e inclusão social”, pontua o presidente da associação.

 

Sobre a ABOTEC

A Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC) é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como principal objetivo o desenvolvimento técnico - científico da ortopedia técnica do Brasil. 

Fundada desde 1988, vem consolidando ao longo de sua trajetória sua posição de entidade representativa, fiscalizadora e regulamentadora da área de ortopedia técnica. 

Através do aprimoramento profissional, técnico e humanístico e da disseminação do conhecimento de novas técnicas, materiais e dos últimos avanços tecnológicos, a ABOTEC busca a cada dia uma maior representatividade junto ao governo e a sociedade, sempre sob a visão de uma atitude ética e engajada em prol do melhor atendimento das pessoas portadoras de deficiência. 

Sua estrutura, baseada nos moldes das demais entidades internacionais (Ispo, Interbor, etc), compõe-se de empresas e de profissionais da área que, juntos, buscam a excelência na integração de uma equipe multidisciplinar na reabilitação física. A ABOTEC acredita que o segredo desse sucesso está na seriedade daqueles que se dedicam à sua causa e também a participação.


31/03 - Dia da Nutrição: saúde mental afeta relação com a comida e imagem corporal

Dismorfia corporal e compulsão alimentar impactam também a saúde física das pessoas 

 

O Dia Nacional da Saúde e da Nutrição, celebrado em 31 de março, visa conscientizar as pessoas sobre a relação da alimentação saudável com a saúde. Questões relacionadas à saúde mental como dismorfia corporal e compulsão alimentar afetam a relação com a comida, impactando também na saúde física das pessoas. Para ambas as situações, o acompanhamento multiprofissional é importante para entender as causas dos problemas e controlar os distúrbios.

Transtornos alimentares envolvem uma perturbação persistente no ato de comer ou do comportamento relacionado à alimentação, o que altera o consumo e absorção dos alimentos e prejudica a saúde física e psicossocial, sendo o transtorno alimentar compulsivo o mais comum deles, incluindo anorexia e bulimia. É o que explica Gabriela Cavalcante, nutricionista do Grupo Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina.

O termo compulsão alimentar é empregado para designar qualquer conduta sentida pela pessoa (e julgada por ela) como uma obrigação de comer, reflexo de uma excessiva falta de controle. Esse comportamento se repete com uma frequência variável, seguido de sentimentos depreciativos como culpa e vergonha. “A compulsão pode estar ligada à dismorfia corporal uma vez que o indivíduo tem uma percepção distorcida de sua imagem e tenta chegar a um resultado de aparência que dificilmente será satisfatório ou não percebe que está ganhando peso”, conta Gabriela e completa: “Esse distúrbio pode levar a alteração em exames clínicos e laboratoriais como colesterol alto, hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares, obesidade, gastrite e úlcera.”

Algumas características podem ser identificadas por pessoas próximas, como: comer mais rápido que o normal; alimentar-se quando não está com fome ou continuar comendo mesmo saciado; comer escondido; tristeza ou culpa por estar comendo; e, até mesmo, vida social prejudicada, já que tem medo ou vergonha de se alimentar na frente de familiares e amigos. Depois de identificado, para obter resultados definitivos, o ideal é que o tratamento seja multidisciplinar. O paciente pode receber acompanhamento de psicólogo, nutricionista e médico.

O tratamento psicológico é importante para que o paciente entenda melhor sobre si e todos os gatilhos que podem estar associados ao transtorno. Depois disso, é possível estabelecer estratégias de controle. Com a parte mental sendo trabalhada, é fundamental buscar um plano alimentar. O nutricionista com uma escuta ativa e de maneira colaborativa e empática com o paciente, pode ajustar e elaborar o planejamento para uma alimentação conforme as suas necessidades. Uma dieta rica em todos os nutrientes é essencial para elevar a qualidade de vida e bem-estar.

 

  

Grupo Conexa

 https://www.conexasaude.com.br/ 


Sinais de alerta para identificar o autismo e iniciar intervenção precoce

Apesar do preconceito, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta crianças e adultos e pode ser identificada com atenção a alguns sinais

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma doença. É uma condição de indivíduos, seja criança ou adulto, com comprometimento em seu neurodesenvolvimento, na linguagem e no comportamento adaptativo, social e de repetições. “O diagnóstico é clínico e ainda não temos exames de laboratório para detectar o TEA. Geralmente, quem sinaliza as dificuldades que podem identificar o quadro são professores ou pais que reparam que a criança chegou aos dois anos e não está falando nada ou está falando de uma forma não funcional”, explica a fonoaudióloga e diretora do BabyKids Centro de Especialidades, Daniella Sales Brom. 

Por causa desse atraso de linguagem, o primeiro profissional buscado é justamente o fonoaudiólogo. Mas, é importante que essa pessoa tenha formação e conhecimento para indicar o encaminhamento para outros profissionais. “O ideal é criarmos uma equipe multiprofissional, com fonoaudiólogo, médico, psicólogo e terapeuta ocupacional para unir avaliações e terapias com a finalidade de ajudar essa criança”, diz a fonoaudióloga. 

Infelizmente, o capacitismo (discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência) ainda é muito presente na sociedade em relação aos autistas. Alguns exemplos são dizer que o autista não é emotivo, que a criança com autismo não olha nos olhos, ou que a criança com TEA é antissocial. Por isso, o dia 2 de abril é um dia de conscientização luta para que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sejam mais valorizadas. 

“Sempre peço para as famílias que ensinem os filhos a conviver com as diferenças. O que difere uma criança com TEA de uma criança sem o TEA é a cor do cabelo, dos olhos, seu jeito, ou seja, é a mesma diferença que todos nós temos e é nas nossas diferenças que somos iguais”, pontua Brom.

 

Mas toda criança que não fala é autista? 

Não. Principalmente nos dias de hoje, muitas crianças não se desenvolvem pela falta de estímulo e pela quantidade excessiva de tempo de tela. “Em alguns casos, é comum que a criança comece a receber uma estimulação com intervenção adequada e que os sinais de dificuldade social e de linguagem vão se atenuando e a criança passa a se enquadrar nos marcos do desenvolvimento. Dessa forma, conseguimos estimular uma criança precocemente e caso ela seja diagnosticada, já está sendo estimulada com as ciências que temos para ajudar”, afirma a fonoaudióloga.


Sinais de atenção para buscar ajuda profissional 

- Pouco contato visual: desde a amamentação é importante incentivar a interação e o olhar entre a mãe e o bebê;

- Bebês que não imitam: por volta de seis a oito meses, os bebês já começam a imitar nossas ações e comportamentos e é preciso estar atento;

- Não atender pelo nome: a criança não responde quando é chamada pelo nome e não interage com outras pessoas;

- Dificuldade de atenção e imaginação para brincadeiras coletivas: não se interessa ou não entende e não cria histórias com personagens;

- Dificuldade com a comunicação não-verbal: não aponta para o que quer;

- Atraso na fala: crianças com mais de dois anos que não formulam palavras ou frases;

- Incômodo sensorial: barulhos e toque de outras pessoas podem incomodar e irritar a criança;

- Movimentos repetitivos: balançar o corpo, sacudir as mãos ou correr de um lado para outro quando estão felizes, tristes ou ansiosos.


Doutor Tontura lista de 10 mitos sobre “labirintite”

Tontura não é frescura e está longe de ser apenas um problema apenas dos idosos, pois os sintomas estão por trás de 40 outras doenças sérias que podem ocorrer no labirinto, no nervo do labirinto e até mesmo no cérebro.  Dessa forma, o neurologista Dr. Saulo Nader (apelidado carinhosamente pelos pacientes de” Doutor Tontura”) responde os 10 mitos desse tema:


  • É mito ou verdade que toda tontura é labirintite?

Dr. Saulo: É um grande mito. A tontura é uma palavra geral e nós temos mais de 40 doenças que geram a doença, a labirintite é um termo que esconde diversos problemas. Trata-se de um termo que pegou, sendo muitas vezes utilizado até pelos próprios médicos. A principal questão é: Qual a real causa da sua labirintite? Uma vez que faz muita diferença saber a causa exata, pois para cada uma há abordagem de tratamento totalmente diferente.

Porém, existe sim uma doença chamada labirintite (a “real” labirintite), a qual diz respeito à uma infecção do labirinto, podendo ser ocasionada por uma meningite ou uma infecção de ouvido muito complicada, por exemplo, mas é uma das tonturas que menos acontece, por incrível que pareça.

 

  • É mito ou verdade que o estresse e o emocional podem ser gatilhos para labirintite?

Dr. Saulo: Verdade, o emocional da gente acaba influenciando em toda nossa saúde, sendo um eixo bastante importante. Muitas doenças que geram a tontura podem ser diretamente influenciadas pelo emocional, ou seja, uma pessoa que geralmente vive tranquila, ao passar por um período de estresse, conturbação, tristeza, alguma coisa emocional, pode desencadear a tontura. Uma das doenças que pode ter uma relação muito estreita com o emocional é a Vertigem Fóbica ou TPPP, caracterizada por uma tontura estranha, a qual a pessoa tem dificuldade de contar para o médico, de encontrar palavras para explicar o que estão sentindo. Tem também uma dificuldade para caminhar, piora dos sintomas em ambientes com muitas informações visuais como frequentar shoppings e mercados e acaba tendo um link muito forte com o emocional, gerando muita ansiedade, medo, receio, insegurança e tristeza nas pessoas, as quais acabam virando refém da tontura delas. Então embora aconteça muito, é uma doença pouco reconhecida.


  • É mito ou verdade que o nosso labirinto não tem função no corpo?

Dr. Saulo: Mito! O labirinto serve para captar aceleração (e logo, movimento) e por meio dele o cérebro sabe quais os movimentos que o corpo está reproduzindo, como o exemplo de saber se o elevador está subindo ou descendo, se o carro está virando ou andando em linha reta.


  • É mito ou verdade que existem alimentos que podem piorar as crises de tontura?

Dr. Saulo: Mito, salvo exceções! Vou explicar. Uma coisa não pode ocorre:  que a qualquer tontura seja totalmente proibido o café, chocolate e doce, bem como outros alimentos. Isso não tem muito sentido, uma vez que são mais de 40 doenças que geram tontura, então, seria muito irracional achar que todas piorariam com esses alimentos. Assim, além do super incômodo da tontura, estaríamos muitas vezes gerando outro incômodo na vida da pessoa, que é proibir ela de comer coisas que ela gosta. Dessa forma,  o mais indicado é avaliarmos qual a causa da tontura, com o que de fato estamos lidando. Algumas doenças sim vão ser necessárias evitar alguns alimentos, mas varia muito de cada caso. No geral, na maior parte das doenças, não há uma limitação tão grande na parte alimentar.


  • É mito ou verdade que os hormônios femininos podem influenciar o funcionamento do labirinto?

Dr. Saulo: Verdade! Embora a gente não entenda muito bem como. Porém, é comprovado estatisticamente que é mais fácil as mulheres terem tonturas do que os homens e em especial mulheres na idade fértil, ou seja, antes da menopausa, mostrando que sim, tanto no labirinto quanto no próprio cérebro os hormônios femininos teriam alguma influência. Muitas mulheres também relatam que apresentam uma piora nos quadros de tontura no período pré-menstrual e menstrual, mostrando que existe uma relação entre o ciclo menstrual com seus picos hormonais conturbados, dependendo da fase do ciclo que a mulher está. Outras também comentam sobre uma piora no climatério, que é a fase da transição entre a idade fértil e a menopausa em que a mulher para de menstruar, então nesse período de transição pode ser visto como turbulento no ponto de vista hormonal, e muitas mulheres acabam piorando a tontura nesse período.

 

  • A labirintite tem relação com a pressão alta?

Dr. Saulo: Pode sim, pois a tontura funciona como um sinal de alarme para o seu corpo, mostrando que algo não está bem e essa coisa que não está bem pode ser no sistema circulatório, na pressão, chamada e tontura de origem cardiológica, caracterizada por um mal estar, um peso, uma pressão na cabeça e sensação de corpo ruim. Isso pode ocorrer na pressão alta, bem como a queda de pressão também pode ocasionar um tipo de tontura, chamada de lipotimia, que é caracterizada pela sensação de quase desmaio – essa por exemplo muita gente sente ao se levantar muito rápido, por exemplo.

 

  • Crianças podem ter labirintite?

Dr. Saulo: Muitas vezes, a gente associa a tontura como um problema de idosos, mas isso está errado, pois o pico de incidência das doenças que causam tontura é entre 40 e 60 anos, mas pode acontecer em qualquer idade, inclusive sim, em adolescentes e crianças. Por sorte, em crianças é bem mais raro que no adulto.

 

  • Qual atividade física é recomendada para quem tem tontura?

Dr. Saulo: Todas podem ser feitas, desde que dentro da zona de conforto e segurança das pessoas. Existem casos em que a vertigem é desencadeada por esforço físico ou por algum movimento específico da cabeça. De forma a dificultar e restringir muito a atividade física. Mas até mesmo essas pessoas, quando bem tratadas e controladas da doença por trás da tontura, costumam conseguir retomar os exercícios físicos sem grandes restrições.

 

  • Quem tem sofre de ansiedade e vertigem fóbica (TPPP) tem o mesmo tratamento?

Dr. Saulo: O tratamento não é exatamente o mesmo. Para a Vertigem Fóbica, o tratamento engloba medicamentos, fisioterapia vestibular e terapia cognitiva comportamental. Embora alguns medicamentos usados pra TPPP também sejam pra ansiedade, o tratamento para TPP tem suas particularidades em relação ao manejo do medicamento, doses e outros fatores.

 

  • Os problemas de estômago podem causar tontura? Isso tem alguma relação?

Dr. Saulo:  Em algumas pessoas, problemas gastrointestinais podem ser o gerador de tontura. Por exemplo, em pessoas que sofrem com gastrite ou refluxo e não sabem, elas podem sentir tontura. Claro que outras causas devem que ser descartadas para afirmar que a origem é um problema no estômago, mas sim, isso poderia ocorrer.


Março é o mês da conscientização de um tipo raro de câncer no sangue – O MIELOMA MÚLTIPLO

A data foi instituído pela International Myeloma Foundation (IMF) para conscientização sobre a doença que ainda é pouca conhecida.

 

A boa noticia para os portadores do Mieloma Múltiplo é que a empresa DERMA & DERMO COMÉRCIO DE PRODUTOS DERMATOLÓGICOS E FARMACÊUTICOS LTDA, conseguiu liminar para garantir o desenvolvimento de REMÉDIO GENÉRICO para o tratamento do Câncer de Medula Óssea. 

A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 trouxe para o Brasil a possibilidade de desenvolvimento e venda de medicamentos genéricos, visando baratear os seus custos e torná-los acessíveis à população. No entanto, algumas indústrias farmacêuticas detentoras da patente mundial dos medicamentos podem criar embaraços ao estudo de desenvolvimento dos genéricos, negando-se a fornecer o próprio medicamento para o início de estudos para a formulação de medicamento bioequivalente. Esse seria o caso do processo movido por DERMA & DERMO COMÉRCIO DE PRODUTOS DERMATOLÓGICOS E FARMACÊUTICOS LTDA, que pretende iniciar estudos para desenvolver o genérico do medicamento REvmilid patenteado por CELGENE BRASIL PRODUTOS FARMACÊUTICOS.

 

A doença

O medicamento que a empresa Dermo e Derma pretende intermediar a produção se dirige ao tratamento do mieloma múltiplo que é um tipo raro de câncer no sangue que tem início na medula óssea. Os plasmócitos defeituosos acumulam-se na medula óssea, formando os plamocitomas, que é considerado um “tumor maligno”, por se tratar de um aglomerado de células defeituosas a atrapalhar o bom funcionamento das células saudáveis.

 

O remédio

A aprovação da combinação Revilimid para o tratamento do mieloma múltiplo recém diagnosticado foi concedida com base no estudo SWOG S0777, que é um estudo clínico de fase III, randomizado, aberto, multicêntrico que contou com a participação de 525 pacientes. Os resultados do SWOG demonstraram que a sobrevida livre de progressão mediana significativamente melhor nos pacientes que receberam RVd em comparação aos que receberam Revlimid® (lenalidomida) e dexametasona (Rd) isoladamente (41,7 meses versus 29,7 meses). A sobrevida global mediana também foi significativamente melhorada em pacientes que receberam Revlimid em comparação com aqueles que receberam Rd (89,1 meses versus 67,2 meses), proporcionando uma sobrevida global (OS) sem precedentes de mais de 7 anos.

No entanto, os altos preços dos medicamentos são um problema clássico da indústria farmacêutica, que vive no topo das empresas mais lucrativas do mundo– só nos EUA, o setor faturou impressionantes US$ 535 bilhões em 2020 e no caso, o valor do Revlimid é de R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais), para cada caixa contendo 21 cápsulas, sendo que o medicamento é de uso sequenciado.

Deste modo, o desenvolvimento de medicamento genérico é uma ameaça ao lucro bilionário das farmacêuticas. Isso é especialmente absurdo porque, na maioria das vezes, quem custeia o remédio é o próprio governo, por meio do SUS, que tem sido obrigado na Justiça a adquirir esses medicamentos de alto custo.

 

Decisão Judicial

Neste cenário de injustificado embaraço para o desenvolvimento do medicamento genérico do Revlimid, responsável pelo tratamento de MIELOMA MULTIPLO- CANCER DE MEDULA ÓSSEA, foi proposta ação pela empresa Dermo e Derma, que já detinha autorização da ANVISA, visando o recebimento de amostras medicamento Revlimid para desenvolvimento do medicamento genérico bioequivalente. 

A resistência da detentora da patente-CELGENE BRASIL PRODUTOS FARMACÊUTICOS, que alegou riscos envolvidos na manipulação do medicamento, foi afastada por ordem da 2ª Vara empresarial de conflitos e arbitragem da Capital, que determinou o fornecimento do medicamento Revlimid para pesquisa de bioequivalência, além de fixar multa diária de R$2.000,00, caso não haja o cumprimento da liminar. 

A advogada da empresa Dermo e Derma, Dra. Alexssandra Franco de Campos, do escritório Campos Bosque Sociedade de Advogados afirma, “ A resistência da empresa detentora da patente é injustificada, e que a obtenção da decisão é mais uma esperança para aqueles que sofrem com essa doença e não conseguem o tratamento adequado.” 

Coincidentemente, este mês de março é o mês da conscientização sobre o mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer, A data foi instituída pela International Myeloma Foundation (IMF) para conscientizar sobre a doença e alertar sobre os sinais que levam a um diagnóstico precoce, e o início dos estudos de viabilização da produção do medicamento genérico, certamente é um motivo para comemorar. 

Infelizmente os portadores do MIELOMA MÚLTIPLICA, ainda não podem comemorar por questões burocráticas que tem dificultado o inicio dos estudos e retardar a produção do medicamento.

Abaixo link para acesso à cópia integral do processo:

 

https://we.tl/t-O4wTqNl6L0


Dia Nacional da Saúde e Nutrição: Livros para começar uma rotina com mais qualidade de vida

Do primeiro e decisivo passo para mudança de hábitos aos cuidados do dia a dia com criatividade, seleção de títulos guia o leitor na busca por equilíbrio e saúde 

 

Por que é tão difícil deixar de consumir alguns alimentos que são comprovadamente um malefício para a saúde? Vários fatores se encaixam em possíveis respostas, como a correria do dia a dia que impede qualquer tipo de planejamento e a variedade e praticidade de pratos industrializados. O Dia Nacional da Saúde e Nutrição, celebrado em 31 de março, é uma boa oportunidade de reflexão, mas como a decisão de mudança de hábitos é um pouco complicada, a Disal convidou uma nutricionista para alguns alertas e separou uma seleção de livros que podem ajudar na jornada por mais qualidade de vida.

Para se ter uma ideia, a OMS (Organização Mundial de Saúde) alerta que o correto é consumir apenas 25 gramas de açúcar por dia, não ultrapassando 50 gramas. Contudo, o brasileiro consome, em média, 80 gramas por dia, o que equivale a 18 colheres de chá, enquanto outros nutrientes importantes nem sempre são ingeridos em quantidade suficiente.

“Precisamos nos alimentar bem todos os dias, pois o corpo humano se renova, isto é, regenera músculos, matéria óssea, pele e sangue. As substâncias e alimentos ingeridos são a base para a formação destes novos tecidos. Se a dieta contiver poucos nutrientes essenciais ao corpo, a pessoa estará muito mais vulnerável para doenças, seja de forma aguda ou crônica. Por isso, o cuidado deve ser diário e constante. ”, explica a nutricionista e parceira da Disal, Bianca Giacomini.

O nutricionista é um profissional de saúde responsável pela segurança alimentar, destinadas tanto a um indivíduo como a um grupo populacional. Apesar de muitas pessoas terem receio, o acompanhamento constante gera bons resultados para uma boa qualidade de vida. “Muitos desistem pois acham que fazer dieta é restrição e comer pouco. Além disso, acham que a mesma tem começo, meio e fim, quando na verdade devemos incluir mais coisas no dia a dia, retirar o que pode fazer mal e equilibrar a ingestão de calorias e nutrientes. E também, avaliar nossa relação com a comida e entender pontos importantes, como fome e saciedade. Mantendo a constância, começamos a mudar o nosso estilo de vida e hábitos para longo prazo. ”, esclarece Bianca.

Ser saudável, não tem que ser difícil. A alimentação deve ser adaptada à rotina, equilibrando necessidades, gosto e questões financeiras. “A dieta ideal é aquela feita de forma específica para cada indivíduo. A recomendação é começar pelo que a pessoa acha que é mais difícil de mudar na rotina. Para aqueles que sentem mais fome ao longo do dia é possível criar refeições para consumo em intervalos, por exemplo. Outro ponto importante é analisar os produtos, ler os rótulos, buscar informações sobre os componentes e ingredientes, principalmente se existe o hábito de compra de ultraprocessados”, finaliza a nutricionista.

Para ajudar na mudança, confira a seleção de títulos preparados pela Disal:

 

  • Uma questão de Equilíbrio – Sergio Klepacz

Livro inovador que revela uma visão mais abrangente da medicina. Mostra a importância do equilíbrio da rede hormonal como pilar da saúde física, emocional e psíquica. Dietas adequadas e reposição hormonal são os instrumentos do autor para garantir a boa qualidade de vida de sua vasta clientela.

Saiba mais:  https://cutt.ly/dSWxWra

 

 

  • Nutrição e fitoterapia - Tratamento alternativo através das plantas – Eronita De Aquino Costa

 O livro traz todas as informações sobre cuidados, dosagens e uso correto das plantas medicinais, enfatizando suas propriedades curativas no tratamento e prevenção de doenças, tendo como objetivo levar informações sobre o uso de nossas tão conhecidas ervas medicinais, que oferecem excelentes resultados. Usadas corretamente, não causam nenhum problema. Só benefícios.

Saiba mais:  https://cutt.ly/QSWvpMC

 

 

  • O paradoxo dos vegetais - Steven R. Gundry

Talvez você conheça pessoas que gastam um dinheirão por ano com comida diet, fit ou light para se livrar de algumas dessas substâncias. Mas o que aconteceria se descobríssemos que essas não são as raízes da obesidade e de vários problemas de saúde? Em O paradoxo dos vegetais, o renomado cardiologista e cirurgião dr. Steven Gundry nos apresenta a lectina, uma proteína encontrada nas plantas que, uma vez ingerida, pode levar nosso corpo a entrar em guerra interna, causando mal-estar, ganho de peso, reações alérgicas e até doenças.

Saiba mais: https://cutt.ly/TSWbkoI

 

 

  • A linguagem da saúde – Haroldo Jacques

  Este não é um simples livro sobre saúde, mas um verdadeiro guia primordial no estressante mundo moderno. De modo claro e objetivo, os autores oferecem um programa que qualquer pessoa pode desenvolver, desde que haja uma firme decisão de cuidar de sua saúde. Entre os assuntos aqui abordados, estão: alimentação sadia, colesterol, os danos do tabagismo, obesidade, sedentarismo, benefícios da caminhada e dos exercícios físicos, radicais livres, diabetes e muito mais.

Saiba mais em: https://cutt.ly/3SWmqb2

 

 

Disal Distribuidora

 www.disal.com.br


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