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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Mensagens fora do expediente podem gerar pagamento de hora extra

Funcionário não é obrigado a responder
mensagens fora do seu expediente
Freepik


Mesmo em home office, funcionários não devem exceder o limite de horas trabalhadas


Você já desligou o computador e encerrou o expediente, mas o WhatsApp não para de notificar mensagens do trabalho. Nos últimos anos, milhões de brasileiros vivenciaram essa rotina. Com medo de perder o emprego, muitos profissionais acabam respondendo e atendendo demandas fora de hora. E isso se tornou ainda mais comum com a prevalência do teletrabalho. Mas o advogado especialista em Direito do Trabalho Empresarial, Fernando Kede, explica que, salvo exceções previstas no contrato de trabalho, o funcionário não é obrigado a exceder seu horário e responder mensagens fora do seu expediente.

O advogado explica que o envio de mensagens tanto nos perfis pessoais, quanto nos grupos de corporativos, configuram horas extras de trabalho e permitem a empregado pleitear o recebimento desses valores na Justiça. “As mensagens podem ser utilizadas como comprovação, inclusive as enviadas em grupos corporativos”, afirma.

Kede reforça que o funcionário não é obrigado a trabalhar fora de seu horário estabelecido, mesmo que utilize um celular fornecido pela empresa. “Se o celular for fornecido pelo empregador ele se torna uma evidência ainda maior de que o empregado necessita trabalhar fora de seu expediente”, completa.

Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o home office não tem controle de horário, mas o Ministério Público do Trabalho divulgou uma nota técnica indicando diretrizes para garantir a proteção dos trabalhadores nesse esquema. Nela, o MPT afirma que o empregador deve limitar sim o horário de expediente. “Se ele optar por controlar o horário, deverá pagar hora extra, mesmo em casos de emergências”, pontua o advogado.

Segundo o especialista em Direito do Trabalho Empresarial, por outro lado, optar por não controlar o horário permite que os funcionários decidam a hora que pretendem exercer suas funções, desde que atenda a demanda do empregador. “O trabalhador pode até exercer suas funções durante a madrugada, desde que não haja prejuízo à empresa. Se o empregador determinar um horário, o trabalhador tem que estar disponível durante todo o período estabelecido”, conclui.


Adequação à LGPD


Kede alerta, ainda, para os cuidados que empresas e funcionários devem adotar na troca de informações via celular de forma a não violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “A orientação é para que as empresas não compartilhem documentos e outros dados por aplicativos de mensagem. Em casos de mudança para o regime de teletrabalho, é preciso reformular o regulamento interno e o código de conduta, fiscalizando para que os que dados não vazem. A LGPD reforça a necessidade de proteger essas informações e ferir a lei pode gerar punições graves às empresas”, explica o advogado.

 


Fernando Kede - advogado especializado em Direto do Trabalho Empresarial

 

Black Friday: o que fazer para não se afogar nesse mar

De que adianta conseguir chegar a ser o primeiro do ranking do Google  e a sua página cair por falta de link ou de servidor?



Você já está um pouco à frente dos concorrentes por já ter preparado a sua loja para receber mais visitas e gerar mais vendas na Black Friday. O Google já a indexou há algum tempo, pois você já usa termos como “Black Friday antecipada”, “setembro Black” e outras variações para o mesmo tema. Ou seja, crescem as chances de a sua página entrar em primeiro lugar no auge da temporada da Black Friday. Desde já o seu site vem sendo considerado pelo site de buscas como relevante para o consumidor de Black Friday.

 

O problema é que, se a meta é garantir um tráfego pesado durante a Black Friday, é preciso ir muito além dessa providência. O que ocorre no e-commerce na temporada de liquidações on-line é um fenômeno que exige de cada varejista todas – TODAS - as suas armas à mão. Afinal ninguém quer perder o equivalente a um mês de vendas, concentradas em apenas seis dias.


Vale lembrar que os mais de 13 milhões de brasileiros que estrearam nos caminhos do e-commerce no ano passado, forçados pela pandemia, estão hoje mais confiantes. Em 2020, compraram R$ 6 bilhões, de acordo com dados da Ebit/Nielsen, e ultrapassaram a barreira dos primeiros cadastros on-line. Também experimentaram novos meios de pagamento. Portanto, hoje, um ano mais tarde, é certo que se arriscarão a comprar um maior número de itens e produtos de valores mais expressivos.

 

É nesse contexto, a um clique do concorrente mais próximo, que garantir a performance da retaguarda faz toda a diferença. Tenha em mente que se o seu site bombar – e tenho a certeza de que você fará tudo ao seu alcance para que isso aconteça – você poderá se ver diante de um problema inusitado: a sua página fora do ar. Isso é mais comum do que se pode imaginar. Lembre-se que até mesmo o serviço do Google sofreu algumas instabilidades por excesso de buscas ao longo dos últimos anos.

 

Em dias de Black Friday é possível estarmos diante de variações como um salto de 100 mil visitas em um dia para 90 mil visitas em apenas uma hora. Moral da história? Procure saber, desde já, quais são os horários de maior procura do seu site para se preparar para o pior/melhor cenário do que virá a ser a demanda durante a principal semana do varejo on-line. Contrate, a priori, servidores na nuvem pensando sempre no pico do tráfego que poderá receber. Estamos falando da loucura que ocorrerá dia 25 de novembro, quinta-feira à noite, véspera da Black Friday, e na própria sexta, dia 26, pela manhã. De que adianta conseguir, com muito esforço, chegar a ser o primeiro do ranking do Google e a sua página cair por falta de link ou de servidor?

 

Evite, ainda, fazer grandes mudanças ou alterações estruturais no seu site durante a Black Friday, assim a página terá mais estabilidade e poderá aproveitar de forma mais eficiente os serviços de cache. Isso não significa que o seu conteúdo não possa ser mudado ao longo do tempo, à medida que a Black Friday se aproxima. Informações como preço, disponibilidade de produto e de frete podem ser alteradas, sem que o Google considere essas mudanças como uma página totalmente nova.

 

O seguro morreu de velho, já dizia a minha avó. Quando suas páginas saírem do ar ou seu servidor sofrer lentidão, como uma estratégia de salva-vidas, sugiro que você já tenha à mão algumas mensagens para substituí-la. Elas podem ser do tipo: “Aguarde por favor! Estamos com muitos acessos nesse momento”. Vale, ainda, criar um textinho simpático, como “Atendê-lo hoje, com todo esse tráfego de Black Friday, é o nosso melhor desafio! Aguarde só mais um pouquinho.” O que não pode aparecer na tela do seu cliente é “Erro”. Esse seria, de fato, um equívoco capital.

 

 

João Lee - sócio fundador da startup Simplex, especializada em aumento de tráfego e conversão de vendas on-line.


Como o público interno e parceiros podem se tornar embaixadores da sua empresa

Hoje em dia, muito se fala em engajamento. A métrica, que é muito usada por influenciadores e criadores de conteúdo, também é importante para a área de negócios. Na prática, engajar significa criar relacionamento e envolver um determinado público. No mundo corporativo, é a maneira de manter outras companhias como clientes fiéis. 

Antes da era digital, o engajamento tradicional era feito por um vendedor que procurava os possíveis consumidores para oferecer os produtos e que, após o primeiro contato, criava relacionamentos mais próximos, por meio de visitas semanais, brindes e outras formas que encontrava para conquistar o cliente. Hoje, tudo mudou!

 E quando falamos especificamente do cliente B2B, é preciso ainda mais atenção. Neste caso, é fundamental estar atento a fatores como tipo de negócio, mercado em que atua, região e perfil que atende. É importante ter esse entendimento, avaliar cases prévios, saber o que aplicar, testar e validar hipóteses para, de fato, implementar uma estratégia de engajamento ou um programa de ação que traga resultados. Com isso definido, é possível entender o perfil dos embaixadores e como eles vão ajudar na criação e construção da marca.  

Outro aspecto relevante é que os embaixadores, tanto internos quanto externos, estão ali para ajudar a promover a marca, e não necessariamente precisam ser famosos. O importante é que eles tragam resultados para o seu nicho e estejam conectados com o seu negócio. Além disso, precisam estar alinhados com os valores e objetivos da marca, uma vez que passam a ser a identidade e porta-voz da companhia. 

 

Os próprios parceiros e o público interno podem ser embaixadores de uma empresa. E isso pode acontecer de forma natural e orgânica. Basta alguém gostar muito do seu negócio, da marca, e promovê-la por pura vontade e paixão. Outra vantagem é que eles podem ser usados como parte da estratégia de marketing. Neste caso, podem se envolver com o público de fora e com os parceiros, alavancando o seu negócio. Um programa de relacionamento B2B, com uma estratégia bem conectada e boas campanhas, permite que a empresa mostre quem ela é, quais os seus caminhos e onde deseja chegar.

 

No final, engajar significa, de fato, entender o que o seu cliente precisa, de uma forma inteligente e otimizada. Existem diversos formatos para isso, como redes sociais, follow up, e-mail, ligações, questionário ou formulário. Os programas ou ações de fidelização também são uma excelente opção. O essencial é entender a dor, a demanda do cliente e buscar melhorias.

 

Com o avanço da digitalização e a competição acirrada, as empresas precisam gerar novos negócios e os embaixadores e público interno podem contribuir com essa estratégia. Eles ajudam a não perder o cliente, uma vez que a busca das companhias é sempre por se aproximar cada vez mais de seus consumidores, proporcionando um bom atendimento, para que ele esteja satisfeito e seja fidelizado.

 

 

Edgar Scherer - cofundador da Getmore, principal plataforma de tecnologia e serviços de fidelização e engajamento do País  .

 

Mercado, Estado e desenvolvimento

A crise econômica de 2008, que obrigou os Estados a intervir no mercado para evitar um problema sistêmico, abalou a crença na auto regulação do mercado. Nos dois últimos anos, a pandemia causada pela Covid19 provou que a ação do Estado continua sendo indispensável no enfrentamento de uma crise, apesar da escola econômica dominante nos últimos quarenta anos pregar exatamente o contrário, obrigando a maioria dos países a repensar sua gestão econômica.

Boa parte dos países ocidentais desenvolvidos passou a reavaliar o papel do Estado na formulação de políticas públicas de desenvolvimento, na coordenação dos esforços do setor privado e no direcionamento  do desenvolvimento no sentido de uma economia mais sustentável e mais autossuficiente, tanto em produção, como em capacitação tecnológica. A carência de produtos essenciais para enfrentar a pandemia e a excessiva dependência de importações assustou os governantes e mudou o pensamento dos governos. 

A Alemanha, através de seu ministro da economia, Peter Altmaier, foi a primeira, entre as potências ocidentais, a reconhecer, explicitamente, que uma indústria forte, diversificada e complexa é condição essencial à manutenção do bem estar de sua sociedade e que a manutenção de uma indústria forte e competitiva passava pelo apoio do Estado alemão, inclusive para enfrentar o desafio do programa “Made in China 2025”, adotado pelo governo chinês. Os americanos ainda acreditavam, na época, que seria possível limitar o crescimento da China através de sanções econômicas. 

A falta de resultados da tentativa do Trump de conter o desenvolvimento chinês, e a  eleição do Biden à presidência dos Estados Unidos, alteraram a relação de forças entre os defensores do mercado e os de um papel mais ativo do Estado. A declaração de Biden, de que foram os trabalhadores que construíram os EUA e não o pessoal de Wall Street, é sintomática da nova relação de forças. O resultado, no mundo todo, foi uma mudança mais ou menos explicita a favor de políticas públicas de desenvolvimento para apoiar e direcionar o crescimento para uma economia mais verde e menos desigual.

Não se trata de voltar ao centralismo econômico mesmo porque todos continuam reconhecendo os méritos do mercado. Trata se de reconhecer que o Estado tem um papel importante a cumprir no desenvolvimento dos países. Assim, após 70 anos nos quais se acreditou que o Estado podia resolver tudo, e mais 40 anos em que a crença no mercado autossuficiente foi hegemónica, parece que o meio termo passa a ser o modelo vencedor.

Este difícil equilíbrio entre Estado e mercado é um desafio considerável, visto que não há um modelo consensual que defina os limites da atuação de um ou de outro. É nesta difícil arte de administrar as virtudes e os defeitos de ambos os atores, e de tirar o melhor de cada um, que parece residir a chave do sucesso do desenvolvimento econômico. De qualquer modo, parece indiscutível que o papel do Estado como regulador, indutor e direcionador do crescimento econômico e, simultaneamente, provedor do apoio necessário à capacitação tecnológica, ao P&D e inovação é insubstituível. 

Neste cenário de mudanças econômicas e geopolíticas, o Brasil não está participando como ator, ainda que coadjuvante, e está se limitando ao papel de mero espectador.

Isto num país com mais de um terço de sua mão de obra desempregada ou sub ocupada, que não cresce e não gera empregos suficientes, onde os investimentos em infraestrutura não são suficientes sequer para repor a depreciação dos ativos e onde a fome e a miséria absoluta crescem acentuadamente. Os setores, extrativo mineral e  agropecuário vão bem, puxados pelo mercado externo, mas, sozinhos, não são capazes de garantir nem o crescimento nem muito menos os empregos necessários para melhorar as condições sociais e reduzir as desigualdades.

Se como dizem os alemães, hoje secundados por outros países, que a continuidade do bem estar de sua sociedade depende da existência de uma indústria competitiva, diversificada e sofisticada, então o Brasil tem sérios problemas pela frente. A indústria de transformação brasileira que já foi a locomotiva do crescimento brasileiro com seus 25% do PIB, no fim dos anos 70, está reduzida a pouco mais de 10% do PIB com uma estrutura produtiva muito menos sofisticada do que na década de 70, tendo concentrado suas perdas, principalmente, nos setores de média e alta tecnologia. No entanto, os números do desempenho do primeiro semestre do ano indicam uma franca recuperação, o  que nos coloca em posição de expectativas positivas.

Fortalecer nossa indústria através de maior capacitação tecnológica, na direção de uma economia mais verde não é papel que possa ser desempenhado pelo mercado isoladamente. O apoio do Estado, através de políticas públicas de desenvolvimento e do suporte continuado à formação de recursos humanos e à pesquisa básica e aplicada é indispensável para que esta nova indústria possa cumprir seu papel de gerar empregos de qualidade, de melhorar a produtividade sua e dos demais setores e de levar o país de volta ao crescimento sustentado.

 


João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ


EUA planejam acelerar vistos de imigrantes para afegãos

Medida visa retirar aliados no Afeganistão o mais breve possível


A crise no Afeganistão já fez com que mais de 18 mil afegãos dessem entrada no SIV (Special Immigrant Visa), visto que concede o direito a residência permanente nos Estados Unidos. Em comum, todos eles colaboraram ou trabalharam diretamente com os EUA durante o período de ocupação das tropas americanas na região, iniciado em 2001, e agora, temendo represálias do Talibã, buscam desesperadamente sair do país.

 

Em julho, centenas de afegãos que já estão em fase final do processo de SIV conseguiram embarcar em um avião militar para os EUA. Entretanto, os que permaneceram no Afeganistão esbarram na burocracia das autoridades americanas, que normalmente levam 13 meses para processar um pedido de SIV. Este longo tempo é necessário para que seja feita uma apuração completa no histórico do pretendente ao benefício imigratório, a fim de evitar que o mesmo possa representar alguma futura ameaça terrorista em solo americano, caso seja um espião infiltrado.

 

Segundo informação levantada pela AG Immigration, escritório americano de advocacia imigratória, junto a fontes governamentais dos EUA, já existe uma movimentação para reduzir o tempo de processamento do SIV, que poderia cair para 6 meses, como forma de agilizar a retirada dos cidadãos afegãos elegíveis da região.

 

“Dada a gravidade da situação atual no Afeganistão, é louvável que o governo americano esteja cogitando a hipóteses de antecipar o prazo do SIV. Porém, creio ser muito difícil cumprir esta promessa, uma vez que as agências americanas que cuidam destes vistos, USCIS (United States Citizenship and Immigration Services e NVC (National Visa Center) já encontram-se tendo que lidar com um gigantesco backlog provocado pela pandemia da covid-19, além de não haver funcionários suficiente para processar estes pedidos tão rápido assim. Para emitir os vistos SIV em 6 meses seria necessário aumentar consideravelmente o efetivo destas agências ou criar uma Força Tarefa específica para estes casos” – comentou o Dr. Felipe Alexandre, advogado principal da AG.

 

É importante não confundir o SIV com o programa de asilo oferecido pelos EUA. O SIV é voltado somente para ex-funcionários ou colaboradores afegãos. Desde 2008, o Departamento de Estado dos EUA já emitiu cerca de 13 mil vistos SIV para afegãos nestas condições.

 

“Como trabalhar para o governo dos EUA é considerado um ato de traição para os grupos extremistas do Oriente Médio, poucos afegãos se arriscavam a colaborar com as forças americanas na região, mesmo quando recebiam propostas com altos salários. Isso mudou depois que o governo passou a oferecer a possibilidade dessas pessoas receberem O SIV e se mudarem para os EUA após trabalharem somente 12 meses para os americanos. Normalmente, o SIV é um visto concedido para funcionários que já tenham mais de 20 anos trabalhando para o governo em Embaixadas e Consulados americanos no exterior” – enfatizou Felipe Alexandre.

 

Outra medida que vem sendo estudada pelas autoridades americanas é retirar imediatamente os solicitantes ao SIV do Afeganistão e leva-los para a Ilha de Guam, território americano situado no Pacífico, aonde permaneceriam até a conclusão de seus pleitos imigratórios. Algo que teria de acontecer nos próximos dias, uma vez que o prazo para retirada total das Forças Armadas americanas encerra-se no dia 31 de agosto. 

 

“juridicamente falando estas pessoas precisariam de vistos para entrarem e permanecerem em Guam, mas devido a gravidade e a urgência da situação, é possível que o governo conceda a elas um status de proteção temporária. Afinal, trata-se de uma situação humanitária e que ameaça a vida de milhares de pessoas que ajudaram os Estados Unidos.” – concluiu Felipe Alexandre.

 

 



Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo "American Institute of Legal Counsel" como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

 

 

AG Immigration

https://agimmigration.law/


Por que as empresas devem contratar jovens aprendizes

O programa Jovem Aprendiz é uma política pública que foi criada em 2.000 para inserir jovens no mercado de trabalho, proporcionando sua primeira experiência de emprego. Através da lei 10.097/2000, ampliada pelo Decreto Federal nº 5.598/2005, todas as empresas de médio e grande porte devem contratar um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários, sendo os mesmos de idade entre 14 e 24 anos.

O principal objetivo do programa, além de gerar empregos para os jovens, é diminuir a evasão escolar. Por isso, a jornada de trabalho não deve ser superior a 6 horas diárias e deve ser ajustada com o horário da escola. Além da prática, existem cursos teóricos obrigatórios que devem ser feitos pelos aprendizes. E conforme a Instrução Normativa 146/2018, não é permitido que os aprendizes trabalhem aos domingos e feriados, nem tenham prorrogação e compensação da jornada de trabalho.

Segundo dados do IBGE, quase 25% da população do Brasil tem entre 15 e 29 anos e a taxa de desemprego entre os jovens de 14 a 17 anos foi de 42% em 2020. Para as empresas contratantes ainda existem incentivos fiscais e tributários na contratação de aprendizes como: isenção de multa rescisória, dispensa de aviso prévio remunerado, apenas 2% de FGTS, entre outras.

Para contratar aprendizes, as empresas devem procurar entidades qualificadoras que estão cadastradas no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) para verificar o procedimento. A Vivenda da Criança é uma dessas entidades. Assim, ao contratar um de nossos aprendizes, a empresa também estará contribuindo para reduzir a desigualdade social na região de Parelheiros, extremo sul de São Paulo.

Entre em contato conosco para saber mais informações de como colaborar. Seu amor somado ao nosso pode transformar o mundo.

 


Sobre a Vivenda da Criança

A Associação Beneficente Vivenda da Criança é uma entidade sem fins lucrativos que atende mensalmente mais de 4 mil pessoas carentes da área mais pobre da periferia de São Paulo, na região da subprefeitura de Parelheiros, extremo sul do município.

Em 1989, a instituição iniciou suas atividades como um abrigo para meninos em situação de risco social. Com o tempo, ela cresceu e hoje oferece oportunidades para crianças, jovens e adultos se desenvolverem como pessoas, cidadãos e futuros profissionais.

Para conhecer mais sobre o trabalho e projetos desenvolvidos pela Vivenda, além das redes sociais, você pode acessar o site: vivendadacrianca.org.br

 

Simone Rezende - graduada em Psicologia com extensão em Dependência Química pela Unifesp e pós-graduada em Psicologia Organizacional. Além da administração geral da instituição, atua no gerenciamento dos colaboradores, participa da elaboração de projetos para captação de recursos / sustentabilidade. É a responsável pela política de Proteção Social na Vivenda, desenvolvimento do planejamento estratégico, gestão, implantação de processos e políticas de excelência.

 

Conheça os aspectos que determinam a identidade empresarial

Você já sentiu admiração ou repulsa por uma determinada empresa? Com certeza sim! A maioria das pessoas admiram e odeiam determinadas marcas ou organizações.

Lembro de quando comprei meu primeiro tablet, foi uma experiência de compra que me marcou positivamente. Para além do produto, os bastidores da organização me cativaram, sua cultura de inovação, a experiência de abrir a embalagem e o encantamento com a missão da empresa.Isso acontece, pois negócios funcionam praticamente como organismos vivos, possuem, ou deveriam possuir, uma identidade própria.

A identidade organizacional, ou como chamam alguns gurus de negócios, ideologia, mais do que tudo, promove a direção da organização. Mas antes de explicar os principais elementos que compõem a identidade, vou mostrar o que falam os maiores especialistas sobre o assunto. 

Dois grandes gurus abordam isso de maneira intensa. Eles são o Henry Mintzberg e o Tom Petters, ambos renomados no mundo dos negócios. Tom Petters lançou, na década de 80, o modelo 7S, onde pra primeira vez considerou aspectos intangíveis como essenciais ao avaliar uma empresa. Esses aspectos envolvem: pessoas, habilidades, estilo de gestão e no centro de tudo isso, Valores. Valores, como você pode imaginar, fazem parte do que chamamos de identidade organizacional.

 Já o Henry Mintzberg ficou famoso por avaliar os papéis dos recursos humanos de uma empresa. Alguns dos elementos que ele identificou foram: ápice estratégico (diretoria), linha do meio (gerência), núcleo operacional (execução), tecnoestrutura (informações), funcionários de suporte.

Em adição aos elementos acima, o mais interessante é que envolvendo todo o modelo está o que chamamos de Ideologia, ou Identidade Empresarial.

Seria por acaso que grandes gurus colocaram praticamente o mesmo tema em posições de tanto destaque em suas teorias? Eu acredito que não, na verdade, a ideologia tem um papel crucial na perpetuidade de organizações.

Indo direto ao assunto, fica a pergunta: quais são os elementos da identidade organizacional, ou ideologia? Basicamente, a identidade da empresa envolve três aspectos:


Missão:

É a razão de existência da empresa, em outras palavras, para que foi criada? Que valor gera ao mundo externo?


Visão:

É o ponto de chegada, o farol, a visão de futuro da empresa. Onde quer chegar? O que quer se tornar?


Valores:

O que é realmente importante na empresa? Quais são os princípios norteadores?

 

Quando esses elementos estão difundidos na empresa, incluindo as pessoas que fazem parte dela, se observam os seguintes benefícios: 

* Colaboradores engajados

* Clientes conectados e leais

* Senso de propósito em toda empresa

 E a sua organização? Já tem ideologia própria?

 Vários donos de pequenas e médias empresas pensam que esses elementos só se aplicam a grandes organizações. Eles não podiam estar mais errados! Em pequenos negócios, os elementos da identidade empresarial são o reflexo direto da identidade do dono.

Falando de outra forma, a Missão, Visão e Valores da empresa podem refletir os elementos do empresário por trás da empresa. Neste sentido e pensando na sobrevivência de organizações, mais do que nunca é crucial criar e desenvolver uma identidade e cultura própria.

Ao se conectar com os fatores intangíveis de uma determinada organização, clientes se envolvem de maneira muito mais intensa, promovendo o desejo de compra. Colaboradores se conectam com a missão, promovendo engajamento e lealdade.

Por isso, reflita novamente. Qual a identidade da sua empresa?

 


Valdez Monterazo - associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. Saiba mais em: https://valdezmonterazo.com.br


Brasil atinge mais de 190 milhões de doses de vacinas Covid-19 aplicadas

Números somam as primeiras, segundas e doses únicas já no braço da população brasileira

 

Em ritmo acelerado, a campanha de vacinação contra a Covid-19 chegou a mais de 190 milhões de doses aplicadas nesta segunda-feira (30). São 129,8 milhões de pessoas vacinadas com ao menos uma dose, o que representa 81,1% da população vacinável de 160 milhões, e 61 milhões de brasileiros com o esquema vacinal completo, isto é, duas doses ou dose única já recebidas.

Com a chegada de cada vez mais doses e a ampla adesão aos brasileiros ao programa de imunizações, a média móvel de casos e de óbitos vem caindo e já está em patamar próximo a janeiro deste ano. Só nos últimos dois meses, essas médias caíram 61% para casos e 60% para óbitos.

A chegada regular de vacinas, que são cruciais para a conter o avanço da doença é resultado de uma estratégia diversificada do Governo Federal para a aquisição desses imunizantes. "A principal dessas estratégias foi o investimento feito pelo governo do presidente Jair Bolsonaro na encomenda tecnológica de transferência de tecnologia entre o laboratório AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ", detalha o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ministro ainda destacou que o Governo Federal também fez acordos diretamente com as farmacêuticas Pfizer, Janssen e com o Instituto Butantan. Além disso, houve a adesão para a cobertura de 10% da nossa população junto ao mecanismo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Covax Facility

Até o momento, 233 milhões de doses já foram distribuídas aos estados. A Fiocruz é a instituição que mais entregou doses ao Plano Nacional de Operacionalização Contra a Covid-19 (PNO), com 99,8 milhões de vacinas entregues. O Butantan já entregou 78,8 milhões de unidades da Coronavac; Pfizer contribuiu com 49,8 milhões; e a Janssen com 4,7 milhões.


Vacinação de adolescentes

Com o avanço da campanha para além das pessoas maiores de idade, 1,1 milhão de adolescentes entre 12 e 17 anos receberam a proteção contra o vírus.


Ministério da Saúde


Pelo menos um quarto das estrelas semelhantes ao Sol canibaliza planetas que as orbitam, indica estudo


 
Equipe internacional de astrônomos investigou a composição química de mais de cem sistemas estelares binários e detectou evidências de engolfamento de planetas pela estrela central. Descoberta tem implicação na busca de sistemas solares parecidos com o nosso (imagem artística de engolfamento planetário; fonte: Vanderbilt University)

  

Em sistemas planetários formados por estrelas semelhantes ao Sol, mas que apresentam processos dinâmicos severos que causam reconfigurações em sua arquitetura, alguns planetas podem ter sido “devorados” pela estrela hospedeira.

Uma equipe internacional de astrônomos – liderada por Lorenzo Spina, do Istituto Nazionale di Astrofisica (INAF), de Pádua, Itália, e incluindo Jorge Meléndez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) – estudou a composição química de estrelas de tipo solar em mais de cem sistemas binários, a fim de identificar assinaturas de planetas eventualmente “engolidos”. Artigo a respeito foi publicado hoje (30/08) na revista Nature Astronomy.

“Em um sistema binário, as duas estrelas são formadas a partir do mesmo material e, portanto, deveriam ser quimicamente idênticas. No entanto, quando um planeta cai em uma estrela, ele é dissolvido na região mais externa do interior estelar, chamada de zona convectiva, e pode modificar a composição dessa região, aumentando o conteúdo de elementos químicos, ditos ‘refratários’, que são abundantes em planetas rochosos. Nas estrelas cujas assinaturas indicam o engolfamento de planetas são observadas quantidades maiores de lítio e de ferro em relação à sua estrela companheira gêmea do sistema binário”, diz Meléndez à Agência FAPESP.

Segundo o pesquisador, o lítio é destruído no interior das estrelas, mas preservado no material que compõe os planetas. Portanto, uma abundância anormalmente alta desse elemento químico em uma estrela pode indicar que o material planetário foi engolido por ela.

O estudo baseou-se em observações de 31 pares binários, portanto, de 62 estrelas, obtidas com o espectrógrafo HARPS no telescópio de 3,6 metros do Observatório de La Silla, operado pelo European Southern Observatory (ESO). Os dados levantados no local foram complementados com resultados anteriores, já consignados na literatura especializada.

O Observatório de La Silla localiza-se no deserto do Atacama, nos Andes chilenos, em uma região extremamente seca, solitária e distante da poluição luminosa, que apresenta um dos céus noturnos mais escuros da Terra.

“Esta foi a maior amostra já estudada de estrelas similares em sistemas binários e os resultados mostraram que pelo menos um quarto das estrelas de tipo solar ‘devora’ seus próprios planetas. A descoberta sugere que uma fração significativa dos sistemas planetários teve um passado muito dinâmico – ao contrário do nosso Sistema Solar, que preservou uma arquitetura ordenada”, afirma Meléndez.

De acordo com o coordenador do estudo, Lorenzo Spina, “a busca por planetas semelhantes à Terra é como procurar uma ‘agulha no palheiro’. Contudo, esse resultado abre a possibilidade de usar abundâncias de certos elementos químicos para identificar estrelas com composição similar à do Sol”. Estrelas deficientes em elementos ditos refratários apresentam maior probabilidade de hospedar estruturas análogas à de nosso Sistema Solar.

Um sistema binário bastante estudado é 16 Cygni, situado a uma distância de aproximadamente 69 anos-luz da Terra. O sistema é formado por duas estrelas anãs amarelas parecidas com o Sol, 16 Cygni A e 16 Cygni B. E talvez englobe também uma estrela anã vermelha. Estima-se que 16 Cygni A e 16 Cygni B estejam separadas por uma distância de 860 UA [sendo UA, a unidade astronômica, definida pela distância entre a Terra e o Sol]. Para efeito de comparação, a distância entre o Sol e a chamada Heliopausa, que constitui a fronteira mais distante do Sistema Solar, é estimada entre 110 e 160 UA. Apesar da enorme distância que separa as duas estrelas gêmeas, a órbita fortemente excêntrica de um planeta maior do que Júpiter que orbita a estrela 16 Cygni B talvez se deva à perturbação gravitacional produzida pela estrela 16 Cygni A.

“É interessante notar que a componente 16 Cygni A, que não tem nenhum planeta detectado, é sobreabundante em elementos refratários, o que sugere que talvez essa estrela já tenha engolido planetas”, comenta Meléndez.

A pesquisa teve apoio da FAPESP, por meio de projeto Temático “Espectroscopia de alta precisão: das primeiras estrelas aos planetas”, coordenado por Meléndez.

O artigo Chemical evidence for planetary ingestion in a quarter of Sun-like stars pode ser acessado em: www.nature.com/articles/s41550-021-01451-8.

 

 

 

José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/pelo-menos-um-quarto-das-estrelas-semelhantes-ao-sol-canibaliza-planetas-que-as-orbitam-indica-estudo/36711/

Embora legal, a demissão pelo whatsapp é recomendável?

Essa prática pode não ser a ideal. Entenda:


O século XXI trouxe muitas mudanças tecnológicas. Celulares, computadores em geral, internet… todas essas facilidades mudaram o nosso meio social. Com a pandemia do coronavírus, então, essas transformações se intensificaram ainda mais, de modo que, com o isolamento social, todas as áreas sofreram algum impacto, bem como o mercado de trabalho.

Visto que milhares de pessoas pelo mundo todo estão empregadas na modalidade remota, as relações entre funcionário e chefe foram bastante afetadas. “A tecnologia já ocupava um lugar bastante grande no mercado de trabalho; mas, com a pandemia, isso ficou ainda mais forte, a ponto de chegar nos momentos de demissão”, afirma a gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano.

Atualmente, foi divulgado pelas mídias em geral, a notícia de que agora, a partir de meados de 2021, as demissões feitas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp, serão aceitas legalmente. Isso porque, com a difusão desse meio de comunicação e os trabalhadores em formato remoto, as empresas passaram a utilizar mais essa ferramenta e, assim, os relacionamentos e questões firmadas por lá também são utilizadas em processos e outros cenários jurídicos.


O desligamento pode ser feito pelo Whatsapp?

Apesar de legal, entretanto, essa prática pode não ser muito indicada, “O processo de desligamento da empresa é sempre muito delicado”, afirma a profissional. Por isso, é importante levar em conta, além dos negócios, a humanidade de cada funcionário.

“Demitir pelo Whatsapp, embora legal, pode não ser recomendável. Afinal, é dispensado, nesse modo, uma conversa franca e sincera que deve ocorrer nesses casos”, explica Madalena. 


Qual a diferença com o modelo tradicional?

Ao passo que no modelo presencial haveria uma conversa reservada e explicativa sobre o motivo da decisão de desligamento da empresa, pelo Whatsapp são desconsiderados qualquer desejo e vontade do empregado. “Isso promove a ideia de desvalorização do funcionário”, alerta. 


Na pandemia

Isolados e ainda preocupados com os avanços do coronavírus, a saúde de todos deve estar em primeiro lugar. Por isso, ao invés de uma conversa presencial ou ainda pelo Whatsapp, “é recomendável uma demissão por videoconferência”, soluciona, Madalena. Uma reunião online, embora menos pessoal do que uma presencial, pode ser bastante resolutiva para ambas as partes. 

 


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No Brasil, 1,3 milhão sofre por erro médico; especialista alerta para urgência do tema

Estudo recente mostra que dos 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no Brasil, 1,3 milhão passa por negligência ou imprudência durante o tratamento médico, todos os anos. São quase 55 mil mortes por ano no país, o equivalente a seis por hora por conta de erros médicos. Especialista em erro médico alerta para a necessidade de ampliar o debate sobre o tema.


Segundo um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), todo ano, dos 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no Brasil, 1,3 milhão sofre pelo menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência durante o tratamento médico. O médico perito especialista em erro médico Hugo Castro, Diretor da AC Peritos, que tem mais de 15 anos de experiência, pondera o agravamento da situação devido à pandemia.

"Vivenciamos um momento único no sistema de saúde do Brasil e do mundo. É preciso averiguar detalhadamente cada caso para, de fato, configurar o erro médico. A situação jurídica dos profissionais da saúde agravou-se ao longo dos últimos meses devido à sobrecarga de trabalho e novas rotinas impostas pela pandemia. Se dúvida precisamos debater mais amplamente a questão do erro médico no Brasil", afirma Hugo Castro.

O médico perito especialista em erro médico, acredita que embora exista um grande número de processos judiciais por erro médico, é importante observar que nem todo resultado adverso ou indesejado pode ser verdadeiramente caracterizado como má prática profissional. "Para que seja confirmada a existência de um Erro Médico, é necessário a comprovação de três fatores: o dano sofrido pelo paciente, o erro de conduta por parte do profissional médico e o nexo, que consiste na relação entre dano e erro", explica Hugo Castro.

O especialista alerta que o sistema de saúde brasileiro tem mostrado que não estava totalmente preparado para enfrentar uma pandemia. Com cada vez mais casos de pacientes infectados, a estrutura colapsou em determinados períodos e locais do País. Para agravar ainda mais o cenário, segundo Hugo Castro, o assunto erro médico ainda é pouco tratado na formação de novos médicos no Brasil.

"O surgimento do dano nem sempre é ocasionado por má conduta profissional. Diversos fatores podem contribuir para esse desfecho, como por exemplo, má estrutura hospitalar, escassez de insumos médicos, e, até mesmo, colaboração inadequada por parte dos pacientes", pondera o especialista em erro médico que auxilia pessoas em busca de informações sobre seus casos.

O especialista defende que o maior conhecimento, por grande parte da população, sobre o que é verdadeiramente erro médico poderia ajudar a diminuir o grande volume de judicializações de casos que não configuram erro médico. É essencial a discussão sobre os avanços na legislação brasileira para maior abrangência do tema erro médico", pondera Hugo Castro.

"Um erro médico, quando adequadamente identificado, pode ser caracterizado de três formas: como imprudência, consistindo na tomada de condutas de forma precipitada, sem que haja justificativa nos protocolos científicos existentes; como negligência, na qual o profissional não realiza certas medidas exigíveis para o caso em questão; ou como imperícia, que consiste na prática de determinada atividade médica sem capacitação necessária para tal", afirma o especialista.


 

Hugo Castro - médico, mestre em Poder Legislativo pelo CEFOR - Câmara dos Deputados e doutorando em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal. É pós-graduado em Direito Médico, em Medicina do Trabalho e em Perícia Médico-Legal. Atualmente, é Responsável Técnico pela AC Peritos, empresa brasiliense especializada na realização de perícia médica e assistência técnica judicial em demandas sobre erro médico.

 

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