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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Proibição da exportação marítima de gado na Nova Zelândia tem de ser exemplo para o Brasil


Fórum Animal espera que autoridades brasileiras repensem o transporte de animais para abate no exterior 

 

 

O naufrágio de uma embarcação com quase 6 mil bovinos a bordo foi o estopim para a Nova Zelândia proibir a exportação marítima de gado este mês. A completa interrupção da operação deverá ocorrer em um prazo estabelecido de dois anos.  

 

E apesar da decisão não incluir animais transportados por via aérea, a medida tomada pelo governo neozelandês é vista com bons olhos por grupos que lutam pelo fim desse tipo cruel de comércio. O Fórum Animal, organização brasileira sem fins lucrativos que atua há mais de 20 anos na proteção animal, espera que a decisão sirva de exemplo para o Brasil, um dos principais países exportadores de animais vivos. 

 

 

Exportação de animais vivos no Brasil 

 

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina processada do mundo. Entretanto, há 20 anos o país também passou a comercializar animais vivos por via marítima, sendo os principais destinos os países de origem muçulmana, como Turquia, Iraque, Líbano e Egito, onde estes animais são abatidos conforme preceitos da religião (método Halal). 

 

Dados de 2018 do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apontam que nesse ano foram mais de 700 mil animais exportados para o abate.  

 

Já em 2019, houve uma queda na exportação (473 mil animais), e esse tipo de comércio ficou na 67ª colocação como produto exportado pelo Brasil, correspondendo a apenas 0,2% das exportações e com queda de mais de 20% se comparado com 2018.  

 

No ano de 2020, até abril, foram exportados US$ 92,1 milhões, queda de 35% se comparada ao mesmo período de 2018. 

 

O Brasil possui mais de 100 frigoríficos credenciados para realizar o abate pela técnica Halal e mais de 25% dos produtos exportados são absorvidos pelo Oriente Médio e Norte da África.  

 

O Fórum Animal alerta que, do ponto de vista econômico, a exportação marítima não beneficia o país e pode comprometer nossa imagem exterior, uma vez que esta prática submete os animais a condições deploráveis e inaceitáveis pela comunidade internacional.  

 

Para a organização, devemos seguir o exemplo de países como a Nova Zelândia, que, após um incidente que causou a morte de animais e pessoas, repensou suas práticas comerciais, abolindo as piores. A indústria brasileira é especializada e apta a atender a esse mercado de produtos Halal, sendo o transporte marítimo obsoleto, desnecessário e que acarreta sofrimento adicional aos animais e enormes riscos operacionais. 


 

O transporte marítimo de animais  

 

Primeiro de tudo, bovinos de diferentes origens são enviados a uma fazenda para realizar a quarentena que antecede a viagem marítima.  

 

Após isso, os animais são transportados até o porto e embarcados em navios que podem transportar até mais de 25 mil animais. O processo de embarque pode durar até uma semana e, nesse período, a embarcação não é higienizada e nem é ventilada.  

 

Os animais embarcados primeiro ficam mais tempo em situação precária. As viagens são longas e podem durar de dias até mais de 3 semanas.  

 

As condições durante o trajeto são terríveis. Os ambientes têm alta densidade de animais, são mal ventilados, com altas temperaturas e umidade. O excesso de sujeira existente predispõe a lesões e doenças.  

 

Como as embarcações são velhas (mais de 40 anos de uso, geralmente) e adaptadas de outros usos, os riscos de naufrágios e incidentes durante a viagem são grandes. O destino desses animais é o abate por métodos não humanitários. 


 

Luta pelo fim da exportação de gado vivo 

 

No fim de 2017, o Fórum Animal ingressou com ação judicial requerendo a suspensão da exportação marítima de gado vivo até que fossem adotadas medidas para garantir o bem-estar animal durante a viagem e que o abate no país de destino ocorresse de maneira humanitária. 

 

Em janeiro de 2018, o navio Nada que embarcava mais de 25 mil bovinos no porto de Santos-SP foi inspecionado por médica veterinária nomeada perita judicial que constatou a precariedade das instalações e a condição inadequada dos animais.  

 

À época, um inquérito policial solicitou perícia para esclarecer se as condições de embarque e transporte dos animais atendiam às exigências legais e se seria possível constatar a ocorrência de abusos ou maus-tratos na embarcação. 

 

“O caso do navio Nada não é um problema circunstancial, mas estrutural do transporte marítimo de longa distância. E esse problema não é específico do Brasil. Trata-se de um problema global. E as nações desenvolvidas não estão livres dele, incluindo o maior exportador de animais vivo do mundo: a Austrália”, afirmou a perita. "Esse laudo considera o transporte de animais por longa distância por via marítima atividade obsoleta e perigosa ao bem-estar animal.” 

 

Além da crueldade com os animais, as más condições dos navios e a superlotação provocam alta disseminação de doenças. Hoje, cientistas alertam que novas pandemias, como a do novo coronavírus, podem ser provocadas pela forma como a sociedade tem tratado os animais. 

 

Incidentes como o naufrágio da embarcação da Nova Zelândia escancaram que não há maneira segura e humanitária de transportar animais vivos para abate em percursos tão longos e por vias marítimas.  


Ritmo de internações cai, mas hospitais continuam em colapso com falta de medicamentos e estrutura para atendimento Covid-19

A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes Covid-19 segue alta, mas o ritmo de internações diminuiu consideravelmente. Segundo pesquisa do SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo 79% dos hospitais estão com ocupação de suas UTIs acima de 80%. No entanto, apenas 17% dos hospitais informam que houve aumento de internações de pacientes Covid-19 nos últimos 10 dias. Na pesquisa anterior, 65% dos hospitais afirmavam que houve aumento de internações (10 de abril) enquanto na pesquisa de 26 de março, 99% dos hospitais relatavam crescimento das internações.

33% dos hospitais afirmam que a taxa de ocupação dos leitos de UTI está entre 91% e 100%. 4% estão com mais de 100% de ocupação. Em relação à pesquisa anterior (10 de abril), 65% dos hospitais afirmavam que a taxa de ocupação dos leitos de UTI estava entre 91% e 100%.

Para o presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin, houve uma descompressão no ritmo de internações dos hospitais  por conta da diminuição de circulação das pessoas nas últimas semanas, mas a falta de vacinas preocupa. “Com menos vacinas, haverá mais demora para vacinarmos toda a população. E nossos hospitais continuam no limite e sem condições de receber mais pacientes. Precisamos de tempo para reorganizar o sistema de saúde, repor estoques e organizar a mão de obra”, destaca.

 

A pesquisa

A pesquisa ouviu 98 hospitais, com 9.338 leitos clínicos e 4.242 leitos de UTI de 13 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde do Estado, sendo que 38% dos hospitais são da capital.

 

Estoque de kit intubação

  • 5% dos hospitais afirmam possuir estoque para menos de uma semana;
  • 32% informam ter estoque para uma semana
  • 7% para 10 dias;
  • 28% para 15 dias;
  • 26% para até um mês;
  • 2% para mais de 1 mês

 

Estoque de oxigênio

  • 22% dos hospitais afirmam ter estoque de oxigênio para menos de uma semana;
  •  5% têm estoque para uma semana;
  • 30% para até 10 dias; 4% para até 15 dias;
  • 28% para até um mês;
  • 11% para até mais de 1 mês

 

Problemas no combate à pandemia

  • 64% citam o cancelamento de cirurgias;
  • 54% falta de profissionais da saúde;
  • 53% falta de médicos;
  • 49% dizem que o número de pacientes com Covid-19 é superior à capacidade de atendimento (fila de espera);
  • 57% o afastamento de profissionais por problemas de saúde;

 

Receita cai

69% dos respondentes constataram cancelamento de 80% das cirurgias eletivas e 79% dos participantes observaram queda na receita na ordem de até 20%. No entanto, 86% posicionaram não ter queda nos atendimentos de emergência/PS nos casos não relacionados à Covid-19 nos últimos 10 dias.

 

Tendências

A pandemia trouxe a incorporação de novas tecnologias como a telemedicina/teleconsulta. A pesquisa levantou que 69% dos serviços de saúde consultados dispõem desses serviços.

Outra modalidade de atendimento estimulada na pandemia é o serviço de homecare e de hospitais de transição. 81% dos hospitais afirmam estimular a desospitalização de pacientes com Covid-19 para homecare ou hospitais de transição.

Para Balestrin, os hospitais de transição e o serviço de homecare vêm contribuindo para a continuidade dos atendimentos de pacientes Covid-19 e também para a liberação de leitos dos hospitais, sendo importantes serviços inclusive para o tratamento de sequelas pós-Covid-19.


Dia das Mães têm expectativa de aumento nas vendas

Segundo FCDLESP, o crescimento está relacionado à reclassificação do estado no Plano São Paulo

 

Segunda data sazonal mais importante para o varejo no ano, o Dia das Mães, deve alavancar as vendas. De acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), com a participação das principais CDLs do estado, os lojistas estão otimistas e esperam crescer o volume de vendas no período comemorativo. 

Após a saída do estado da Fase Emergencial do Plano São Paulo, os comerciantes relatam que a expectativa de um bom desempenho das vendas está ligada à flexibilização. Segundo a entidade, durante o período de maior restrição, o comércio perdeu cerca de 30% do faturamento. 

“Com os estabelecimentos abertos e uma maior flexibilidade do horário de funcionamento, em comparação com o ano passado, as vendas devem crescer entre 20% e 25%. Apesar de ser um aumento expressivo, em 2020, as lojas físicas venderam 25% a menos que em 2019”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.


Varejo físico e digital 

O levantamento realizado pela FCDLESP aponta que, neste ano, o consumidor está em busca de variedade. Isso deve proporcionar um cenário positivo para os shoppings centers e comércios de rua. Os segmentos mais procurados devem ser os de uso pessoal, como calçados, roupas e acessórios.

Dentro do atual momento do varejo, os lojistas afirmam que  boas  promoções e descontos são aliados das vendas. Além disso, alimentar e investir nas estratégias do ambiente digital colabora para o crescimento da demanda virtual. 

“As vendas on-line têm ficado com a maior parte da demanda nas últimas datas sazonais, porém, com a possibilidade de compra na loja física, acreditamos que parte dos  consumidores devem  ir presencialmente - como lojas de rua e shoppings,  o que gera um equilíbrio entre o físico e o virtual”, comenta Stainoff.


Cautela 

Apesar da perspectiva de crescimento, que leva em consideração o bom desempenho da data nos últimos anos, diante do atual cenário econômico do país, o presidente da FCDLESP alerta que, no balanço trimestral, o varejo deve apresentar declínio. Para a entidade, a recuperação e fôlego do setor só é possível com medidas reais de manutenção de emprego, concessão de crédito para os empresários e maior ritmo de vacinação no país. 

“O desempenho do varejo está diretamente ligado à reclassificação e mudanças do Plano SP - que é impactado pela imunização e controle da pandemia de COVID-19. Estimamos uma melhoria no caixa das lojas e  que a retomada econômica para o varejo venha no quarto trimestre - com o maior número de vacinados e com maior confiança do consumidor”, finaliza Maurício. 


Poupatempo retoma horário de funcionamento habitual a partir desta segunda-feira (3/5)

Atendimento presencial são para serviços que não podem ser feitos de forma online; agendamento é obrigatório

 

A partir desta segunda-feira, dia 3 de maio, as 82 unidades do Poupatempo em todo o Estado voltam a funcionar com expediente normal, de acordo com cada localidade. A medida segue as diretrizes do Plano São Paulo, que prorrogou a Fase de Transição até o dia 9 de maio (domingo). 

Neste momento, para evitar aglomerações, por conta da pandemia, os serviços oferecidos são aqueles que não podem ser feitos nas plataformas digitais, como emissão de RG, transferência interestadual e a mudança na característica de veículos, por exemplo. Para ser atendido é obrigatório agendamento prévio pelo portal – www.poupatempo.sp.gov.br ou app Poupatempo Digital. 

Para a segurança de todos, o Poupatempo adota medidas sanitárias de prevenção à Covid-19, como a obrigatoriedade do uso de máscaras, medição de temperatura, higienização das mãos com álcool em gel e dos calçados com tapete sanitizante, além da redução na capacidade de atendimento, com apenas a oferta de serviços que necessitem da presença do cidadão para serem concluídos. 

Atualmente, o cidadão tem à disposição mais de 130 tipos de atendimentos digitais que podem ser feitos com a mesma qualidade, agilidade e eficiência do presencial, com a vantagem de ser realizado no conforto de casa, no computador ou na palma da mão, pelo celular, como renovação e a segunda via de CNH, licenciamento e transferência de veículos, consulta de IPVA, Atestado de Antecedentes Criminais, Carteira de Trabalho e seguro-desemprego, entre outros. 

Com o objetivo de ajudar aqueles que ainda tem dúvidas sobre como realizar os serviços online, incluindo o agendamento de data e horário, o portal do Poupatempo disponibiliza vídeos tutoriais e cartilhas orientativas, com o passo a passo das principais solicitações. 

Para outras informações, inclusive do horário de funcionamento das unidades, basta acessar www.poupatempo.sp.gov.br.

 

Ser um líder bondoso não é sinônimo de fraqueza

Você deseja ser um líder completo e ter um perfil de liderança que costumo denominar como o líder de A a Z ? Se sua resposta for sim, eu sei como te ajudar!

Pesquisas mostram que o maior desejo dos profissionais está em ser reconhecido e valorizado pelas pessoas que as rodeiam e para receber tal validação e atingir este objetivo, o líder precisará verdadeiramente estar acima na média.

O fato é que, todo indivíduo deseja ser reconhecido e valorizado por quem é e pelo que faz, tanto na vida pessoal como principalmente em sua carreira.

Os autores Allan e Barbara Pease em seu livro “Como conquistar as pessoas” disseram: as maiores necessidades da natureza humana estão em (1) sentir-se importante, (2) ser reconhecido e (3) ser valorizado, os três princípios da natureza humana.

Se você deseja ser um grande líder, reconhecido e admirado por todos, então fique atento às dicas a seguir:


B de bondade


Uma das perguntas que diversas organizações me fazem durante minhas palestras/treinamentos é: “Vale a pena ser um líder bondoso”? “Se eu for fraco a equipe poderá tripudiar, não acha”?

O jornal do empreendedor certa vez publicou algo muito interessante e que pode nos ajudar a responder a tais questionamentos: “Em Filosofia Treva é ausência de Luz, Maldade é ausência de Bondade, Ódio é ausência de Amor”. Desta forma ser um líder bondoso não é sinônimo de fraqueza e muito menos de ausência de poder.

Logo, a resposta para as perguntas é sim, vale a pena ser um líder bondoso. A bondade só poderá ser manifesta por líderes que são fortes, que conhecem sua identidade, que estão capacitados a transformar o meio. Líderes fortes são naturalmente inclinados a fazer o bem, por isso a equipe sempre será alvo de sua nobreza, gentileza e benfeitoria.

Em suma ser um líder bondoso é qualidade “sem igual” de quem é forte. O jornal do empreendedor ainda afirma: líderes competentes são o que são em qualquer situação (eles mesmos, o tempo todo). Em coaching, a prova da superioridade é o grau de Bondade manifestada no cotidiano com a equipe. E ao contrário do que muitos pensam, ser bom, não é ser bobo. 


B de busca


Uma característica do líder de A a Z é que ele é aquele que busca conhecimento, busca atingir as metas estipuladas, busca motivar a equipe, busca melhorias, busca aprimoramento, desenvolvimento e evolução.

Muito se fala da importância do autoconhecimento para os líderes bem-sucedidos, e “buscar” é uma das formas de melhorar a autoestima, de elevar o patamar de consciência da pessoa e que resulta numa melhor performance. Ampliando nossa visão para os líderes das organizações atuais, podemos dizer que, para ser líder e liderar, é preciso buscar além do conhecimento técnico na área de atuação, também buscar conhecer a si mesmo, para depois conhecer os outros, e assim ser capaz de liderar pessoas.

Ou seja, não há como ser um líder bom e verdadeiro, sem buscar antes o funcionamento e qual o impacto do seu modelo nas pessoas. Como se pode falar em exemplo a ser seguido, se o líder não buscar conhecer as suas próprias reações perante uma determinada situação, ou como se fazem as escolhas mais conscientes, ou, ainda, como alavancar o seu potencial e de sua equipe.

Portanto o líder completo de A a Z, busca conhecimento, ser exemplo e aumentar o seu potencial diariamente. Ele jamais se contenta com os aprendizados já adquiridos, mas busca sempre mais, ou seja, ir além do esperado.

Ram Charam, em sua obra intitulada “A arte de cultivar lideres” disse: até que ponto conhecemos a nossa essência? Os líderes devem buscar conhecer o que aciona suas reações e os deixam ansiosos, irritados ou nervosos. O bom líder busca conhecimento infinito. Ou seja, ele está em uma constante busca.

Se você deseja ser um líder reconhecido, validado por sua competência (que é uma necessidade natural do ser humano, como já vimos) e valorizado pela maneira que gerencia sua equipe, aplique essas dicas em sua vida. O sucesso não é uma questão de sorte, mas de busca. Pense nisso!

 


Marcelo Simonato – Executivo, Escritor, Palestrante e especialista em Liderança e Desenvolvimento Profissional.


A importância da matemática no processo de alfabetização

A disciplina é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças e para a construção de sua capacidade de pensar 



Podemos aproveitar a proximidade com o Dia Nacional da Matemática, comemorado em maio, para destacar a importância da disciplina no processo de alfabetização. De acordo com Bruna Duarte Vitorino, pedagoga com mais de 15 anos de experiência e atualmente coordenadora pedagógica do Kumon, a comunicação se efetua não somente com palavras, mas também com números.


“Conceituando a alfabetização como sendo o processo de aprendizagem em que se desenvolvem as habilidades de ler e de escrever, de modo adequado, e a utilizá-las habilmente como um código de comunicação com o meio, a matemática também é parte muito importante do processo”, ressalta Bruna.


O processo de alfabetização consiste em familiarização com os números, assimilar noções de quantidade, conceitos de seriação, classificação e conservação, relacionar símbolo com significado etc.


Segundo Bruna, quanto mais cedo as crianças tiverem contato com a disciplina, mais ferramentas terão para compor sua personalidade e entender o ambiente em que vivem. “Estudar matemática faz com que elas exercitem o levantamento de hipóteses, a resolução de desafios, a organização, a criatividade, a concentração, o equilíbrio emocional, a tomada de decisões e a autoconfiança”, ressalta.


Bruna destaca algumas atividades que poderão ser feitas em casa para ajudar no desenvolvimento das habilidades com a matemática:


1. Converse sobre o uso dos números no nosso dia a dia

Quando estiver preparando o lanche, mostre a quantidade de ingredientes na mesa, deixe que a criança aprenda a contar quantos biscoitos comerá ou com quantas laranjas se faz um copo de suco.



2. O uso do dinheiro

Ensine ao seu filho quanto custa os pães do café da manhã, como lidar com trocos ou como economizar na mesada para comprar brinquedos educativos.



3. Medidas de tempo

Ensine a criança a olhar no relógio e contar os minutos, horas, segundos. Faça brincadeiras: Quanto tempo falta para o almoço que será servido às 12h? Qual o horário que será exibido o próximo desenho na TV?



No Kumon, maior rede educacional do país, as atividades de matemática foram feitas para desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade básica de cálculo, competências muito importantes na escola, nos vestibulares e na vida profissional. Logo, quanto mais cedo os pequenos adquirirem essas habilidades, mais oportunidades terão no futuro.





Kumon http://www.kumon.com.br


Saiba mais sobre a flexibilização de entrada de estudantes e jornalistas nos Estados Unidos

Como relatado em algumas notícias publicadas Brasil afora, o governo dos Estados Unidos decidiu flexibilizar a entrada de pessoas de outras nações no país. Segundo algumas reportagens, passam a ser aceitos estudantes e jornalistas neste novo cenário. No entanto, antes de confiar em todos os portais, é importante se atentar para os fatos e considerar os detalhes.

De fato, o governo americano flexibilizou o ingresso de determinados grupos de pessoas no país, mas é fundamental que esses indivíduos se enquadrem nas exceções de interesse nacional. Nesse caso, é necessária a aplicação de um tipo de visto específico. Alguns estudantes, pesquisadores e jornalistas poderão ter sua entrada permitida nos EUA. Vale lembrar que essas autorizações passam a ter efeito a partir do início do outono, em meados de setembro de 2021.

Algumas notícias trazem essa novidade de outra forma, fazendo parecer que qualquer estudante pode solicitar o visto e garantir a entrada no país. Por esse e outros motivos, recomendo cautela ao ler esse tipo de material. Existem diferenças entre o que é publicado e o que a Embaixada Americana aprovou e repassou para a imprensa.

Mesmo com o novo cenário, esse anúncio não significa mudanças significativas no que se refere à imigração ou turismo nos Estados Unidos, mas a boa notícia é que alguns consulados já apresentam alguma movimentação de processos e aceitação de vistos.

Pelo que podemos ver, existe a possibilidade de que, a partir do mês de maio surjam novidades, isso porque as relações comerciais do país também apontam um reflexo nessa situação.

Atualmente, o país está realizando a campanha de vacinação com ótimo efeito na população, resultando na abertura de negócios e pessoas circulando nas cidades. Com a evolução desse cenário, é possível que comecem a liberar alguns setores gradualmente, como consulados para trabalhar com alguns vistos de forma progressiva e até mesmo a abertura de fronteiras. Mas para que isso seja uma realidade, é necessário que países como Brasil façam a lição de casa e procurem por essas melhorias.

 

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito Internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.  Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 100 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


SVB relança campanha “Se você ama um, por que come o outro?” em painéis nos metrôs de São Paulo

Iniciativa será veiculada inicialmente por 28 dias com 120 inserções diárias e tem o ator Emiliano d’Avila como embaixador

 

 A partir de hoje, 3 de maio, painéis eletrônicos e estáticos das estações Pinheiros, Paulista e República, da linha amarela do metrô da capital paulista, ganham imagens da campanha "Se você ama um, por que come o outro?", da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). A iniciativa, que foi lançada pela primeira vez em 2013, retorna em 2021 com mais força, considerando o contexto conturbado e de urgência que vivemos, de profundas reflexões sobre hábitos cotidianos e seus impactos no mundo.

O ator e roteirista Emiliano d'Avila, que é o embaixador da campanha, comenta: "Levar ao metrô de São Paulo esse questionamento, que guarda um importante princípio ético, é um passo gigante na massificação dessa ideia. A compaixão pelos animais (não só os de estimação) é algo que todos devemos cultivar. E todos nós temos esse potencial de empatia, basta ser despertado."

Por meio da pergunta "se você ama um", fazendo alusão aos animais que temos em casa, como o cachorro ou gato, "por que come o outro?", referindo-se aos criados para o abate, como o porco, galinha ou vaca, a SVB pretende provocar os passageiros do metrô de São Paulo para uma reflexão ainda mais profunda.

“A nossa relação com os animais e aquilo que colocamos no prato são temas que dificilmente nos questionamos a respeito. São hábitos cotidianos que, muitas vezes, somos levados a acreditar que não têm relevância ou impacto no mundo. Mas tem. No fundo, todos queremos ser compassivos e justos com os animais, precisamos apenas de coragem e estímulo para rompermos com heranças culturais que nos cegam", explica Ricardo Laurino, presidente da SVB.

A campanha também conta com ações online e offline que envolvem filtro no Instagram, camisetas para venda no site da SVB e ainda um vídeo bastante reflexivo. Os painéis espalhados pelas estações e em prédios comerciais estarão disponíveis, a princípio, por 28 dias. Mas simpatizantes da causa podem contribuir para que ela continue alcançando mais pessoas, fazendo doações pelo site oficial www.sevoceama.com.br

 


SOBRE A SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA

Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana como uma escolha ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, programas, convênios, eventos, pesquisa e ativismo, a SVB realiza conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos. Para mais informações, acesse www.svb.org.br ou os perfis no Instagram, Facebook e Youtube.


Inglês é incluído na avaliação do PISA

A inclusão da língua no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes é mais um sinal da relevância que o idioma ganha a cada dia, em todo o mundo


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vai incluir, a partir de 2025, as competências em línguas estrangeiras como um componente opcional de avaliação de sistemas educacionais no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (em Inglês, Programme for International Student Assessment - PISA). A medida tem como objetivo permitir uma comparação dos níveis de Inglês em escolas de todo o mundo. 

Atualmente, a avaliação internacional, realizada de três em três anos, mede o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências. O exame foi concebido para fornecer dados que ajudem os países a melhorar as políticas educacionais internas e os resultados escolares de suas crianças e jovens. "Ao incluir no relatório a avaliação de Língua Inglesa, a OCDE visa permitir aos países o acompanhamento do progresso e a identificação das melhores práticas do ensino e aprendizagem do Inglês", afirma Luiz Fernando Schibelbain, gerente executivo de conteúdo no PES English.

Em todo o mundo, cerca de 600 mil alunos de mais de 70 países são selecionados de forma aleatória para participar de cada edição do PISA, o que torna a avaliação a mais abrangente e objetiva em termos educacionais. "Avaliar a Língua Inglesa possibilitará uma compreensão sem precedentes da eficácia do ensino e aprendizagem de línguas em todo o planeta. Assim, uma fotografia mundial e por regiões nos trará insumos práticos da proficiência leitora e interpretativa dos estudantes, apontando para a valorização dos alunos que interagem com o inglês de forma mais aprofundada, sendo mais uma métrica de que a valorização dos currículos escolares que enfatizam o Inglês traz mais benefícios aos alunos, inclusive na expansão cognitiva para além da língua", enfatiza Schibelbain.

As provas serão desenvolvidas por Cambridge Assessment English, departamento sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge, como parte de um acordo com a OCDE. Neste primeiro momento, o relatório incluirá a Língua Inglesa, podendo outras línguas serem incluídas no futuro.


O que são birôs de crédito?

Os birôs de crédito são plataformas que oferecem informação de pessoas e empresas, com foco nos dados que impactam o crédito. Os birôs têm intenção de tornar público e comercializar ao mercado que compra o acesso à plataforma - informações de hábitos de pagamento do consumidor para conceder-lhe crédito.

Segundo dados do Google Public Data, sob a rubrica “A abrangência da agência de informações de crédito privada indica o número de indivíduos ou empresas indicadas por uma agência de informações de crédito privada com informações atualizadas sobre o histórico de reembolsos, dívidas não pagas ou crédito sem liquidação”,  de 2016 até 2018, no Brasil, cerca de 80,5% da população adulta tem seus dados de inadimplência disponíveis em algum dos birôs de crédito.

O que os birôs ofertam e o que o mercado busca é uma relação mais igualitária entre as partes dessas operações de crédito, ou seja, o mercado quer conhecer o consumidor. Os birôs possuem três grandes ênfases: os produtos de prospecção de mercado, as avaliações de crédito, auxílio na gestão de carteira e na recuperação de  obrigações vencidas. 

Os  serviços e produtos envolvem a coleta e o tratamento de dados pessoais, demográficos, de renda,  de relacionamento com o mercado. Essas informações  podem ser utilizadas no momento que antecede a fase da concessão de crédito.  Os dados disponíveis para essa fase são coletados no próprio banco, e ainda em compartilhamento de dados entre as empresas, aquisição de dados existentes em outras empresas, como por exemplo, o cartório e uso de dados públicos como o PNAD e IBGE.

 As  atividades de avaliação de crédito dos birôs têm uma dinâmica que entrega atividades referenciais para prevenção de fraude. Eles avaliam a confiabilidade das partes que compõem operação de crédito, estatística de solvência para avaliar a habitualidade de inadimplemento e a formação de uma  nota de crédito que sugestiona a capacidade de endividamento e de adimplemento do tomador.  Essas atividades são feitas no momento  anterior à concessão do crédito e se propõem a avaliar temporalmente as atividades do tomador de crédito.

Além do universo de dados, a atualidade do dado possui importância ímpar. Último aspecto prestado pelos banco de dados, o auxílio na gestão de carteira e recuperação de crédito. Inclui  a disponibilidade de dados relativos aos hábitos de consumo, propensão de solvência do devedor e produtos que sensibilizem o inadimplente  ao cumprimento do pagamento.

O mercado de informação para o crédito é caracterizado por empresas que sistematizam a geração de dados, o registro e a classificação de eventos obrigacionais das pessoas físicas e jurídicas, ofertando através de produtos tecnológicos instrumentos de auxílio para conceder crédito mais assertivo, diminuindo a chance de calote.

No Brasil existem quatro birôs de crédito privados habilitados para funcionar, o SPC Brasil é o que tem maior capilaridade territorial, maior rede de atendimento e maior base de dados.

O Banco Central possui uma Central de Informação de Crédito - SCR  e o  Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundo- CCF, que são birôs públicos que disponibilizam para os cidadãos o acesso para seus dados bancários e análise de endividamento através do portal registrato. Esse banco de dados não possui a mesma amplitude de acesso que as plataformas privadas, tampouco a mesma oportunidade de informações.

A legislação impõe ao mercado de birôs uma interface educativa visando minimizar os efeitos de superendividamento, a maioria dos bancos de dados disponibilizam ferramentas  e ambientes para mediação da dívida o que gerou outro mercado rentável: a manutenção do ciclo de gestão e recuperação de crédito nos ambientes extrajudiciais.

 


Alexandre Damasio Coelho - presidente da CDL  São Caetano do Sul e advogado.


Clientes, colaboradores e tecnologia: personagens da transformação pós-pandemia

Um ano após o decreto da pandemia do coronavírus, olhamos para o que passou e entendemos que muitas transformações aconteceram no mundo. Nossas rotinas foram alteradas, assim como nossas vidas e nossa maneira de vivenciar muitos aspectos da nossa rotina.

O relacionamento interpessoal não é o mesmo. Usamos muito mais aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais para nos comunicar com familiares e amigos. Os apps de reuniões online se tornaram uma ferramenta essencial para nos conectarmos profissionalmente.

E o relacionamento dos consumidores com as empresas não ficou de fora. A transformação atingiu três aspectos distintos: clientes, agentes e tecnologia.

Os clientes hoje preferem muito mais vias digitais para falar com os Contact Centers. 2020 protagonizou a migração do relacionamento para estes canais. Uma parte considerável de consumidores optou pelo atendimento via redes sociais, WhatsApp, Telegram, Zoom, Teams etc. Em 2019, 28% das interações eram realizadas por canais digitais. No ano passado, esse número aumentou para 55%. Isso significa que os consumidores estão procurando por omnicanalidade, ou seja, querem que a informação seja mantida em caso de transferência de um canal para outro. Assim, não precisa repetir todas as informações se migrar de um atendimento via chat para uma ligação.

Os colaboradores também foram transformados pela pandemia. Houve uma mudança na percepção do trabalho. Há dois anos, cerca de 30% dos agentes tinham a intensão de trabalhar de forma remota. Com a experimentação de 2020, esse número aumentou de forma significativa: agora, 85% manifestam este desejo.

Durante o último ano, além de acompanhar as principais pesquisas do setor, realizei minha própria análise. Todas as vezes que precisei acessar os Contact Centers como cliente aproveitei para fazer algumas perguntas para os agentes que me atendiam. A maioria me falou que, com a possibilidade de trabalhar em casa, sem gastar tempo (estressante) com a locomoção, se tornou naturalmente mais produtiva e mais satisfeita. É de se esperar que essa predileção siga no pós-pandemia.

Para garantir tanto produtividade quanto satisfação de seus colaboradores, as empresas precisam oferecer ferramentas que disponibilizem a flexibilidade que necessitam para trabalhar de casa com tranquilidade e segurança.

Tudo isso nos leva às mudanças na tecnologia. Todo esse cenário que desenhei acima só é possível com a utilização de cloud computing. Nós já estávamos vivendo o movimento de adoção da nuvem antes da pandemia. Em 2019, cerca de 20% das empresas haviam realizado a migração. Mas ocorreu uma aceleração e hoje chegamos a quase 60%. Dados de uma pesquisa da Delloite explicam que as companhias buscam esta transformação por três motivos:

  • Custos: com o cloud, conseguimos melhorar as despesas operacionais. Como reduz set-up, manutenção e gastos com upgrade, os custos são reduzidos;
  • Flexibilidade: as empresas de Contact Center têm picos de demanda em datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Natal etc., voltando depois à quantidade de interações padrão. Com a computação em nuvem é possível trabalhar de maneira mais otimizada: aumentando a capacidade em momentos de pico e retornando ao standart na sequência.
  • Agilidade de negócios: a nuvem endereça mais rápido as expectativas do mercado e oferece mais tecnologia e inovação de forma ágil.

Esse foi o grande movimento que vimos acontecer no setor de relacionamento com o consumidor neste ano tão revolucionário. Tivemos mudanças nos processos e na mentalidade de todos os envolvidos na cadeia de contato com o cliente. No futuro, essas tendências devem se intensificar ainda mais. Você está pronto?




Luiz Camargo - VP da NICE para a América Latina.


Pandemia acelera busca por planejamento sucessório

A pandemia de Covid-19 tem feito cada vez mais vítimas no Brasil. Diante da constatação do quanto a vida é perecível, cada vez mais pessoas estão buscando formas de elaborar um testamento ou mesmo um planejamento de sucessão familiar, no caso de empresários. O resultado é que, segundo levantamentos dos cartórios, a busca por esse tipo de documentação aumentou em mais de 50% em 2020.

De acordo com dados do IBGE, mais de 90% das empresas brasileiras são familiares. Contudo, mais de 70% não passam de pai para filho. Apenas 5% delas conseguem chegar até aos netos de seus fundadores. Para mudar essa realidade e aumentar a perpetuidade das empresas, é preciso fazer um cauteloso planejamento sucessório. Esse cuidado evita brigas familiares e ajuda na preservação do patrimônio, que pode perdurar por várias gerações.

Normalmente, existem dois grandes problemas que cercam esse tema: a falta de interesse dos sucessores em tomar a frente do negócio ou a falta de preparo e conhecimento para gerenciar a empresa, suas demandas e necessidades. Em ambos os casos, as consequências podem ser devastadoras se houver a insistência em nomear algum familiar para esse cargo sem as habilidades necessárias.

Por isso, é fundamental buscar a profissionalização da gestão. Muitas vezes, vemos empresas operando de formas ainda analógicas em pleno século XXI. É preciso modernizar as operações, automatizar processos e ampliar o conhecimento sobre aspectos fundamentais que determinam o sucesso ou o fracasso de um negócio.

Tendo isso em mente, é necessário identificar herdeiros que tenham conhecimentos teóricos e práticos para garantir o bom desempenho da empresa no médio e longo prazo. É recomendável que o sucessor tenha não apenas um domínio total sobre as operações da empresa, mas também uma experiência de mercado, tendo acumulado vivências fora do espectro familiar. O conhecimento acadêmico, por meio de cursos de graduação e especialização dentro e fora do país também são importantes, especialmente para empresas com atuação internacional.

Caso não seja possível identificar nenhum herdeiro direto ou membro familiar com as habilidades necessárias, o mais recomendável é buscar um profissional no mercado. Contratar um CEO ou CFO pode ser a melhor alternativa para garantir a preservação do patrimônio da família e assim a perpetuidade dos negócios, bem como o bom funcionamento da empresa. Nesses casos, é comum que os membros da família façam parte do conselho administrativo, tendo total conhecimento da situação da empresa e a possibilidade de direcionamento das diretrizes dos negócios.

Outra opção na ausência de herdeiros interessados e preparados para assumir a gestão dos negócios é a venda total, parcial ou ainda a fusão com outra empresa, neste último caso, para maximizar os negócios. Em todos esses casos, é necessário fazer um mapeamento da situação operacional e jurídica do negócio, avaliando riscos e oportunidades, ativos e passivos a fim de se chegar a uma valoração justa para todos os envolvidos.

Tomada a decisão sobre o futuro da sociedade, é importante fazer um levantamento de todo o patrimônio, tanto dos bens do empresário quanto da sociedade. É preciso mapear aplicações financeiras, bens móveis e imóveis, participações societárias e direitos. Depois, é preciso entender a situação familiar, como o regime de casamento, a idade e engajamento dos herdeiros nos negócios familiares, entre outras particularidades. Uma vez feito o mapeamento, a melhor estrutura de organização pode ser escolhida, sendo as mais comuns: a doação, o testamento ou constituição de holding familiar.

A doação é comum para transferir imóveis, distribuir cotas ou participações societárias. Nesse caso, há necessidade de se recolher o ITCMD – Imposto de Transmissão sobre Causa Mortis e Doação. Por se tratar de um imposto estadual, a alíquota varia de um estado para outro. Outra alternativa é o testamento. Nesse documento ficam dispostas as vontades do testador, deixando claro para quem serão destinados cada um de seus bens. Caso não haja herdeiros, o testador poderá dispor livremente da totalidade dos seus bens no testamento e fazê-lo de acordo com sua vontade, inclusive com doações a instituições de caridade.

Contudo, no caso dos empresários, o mais recomendável é a constituição de uma holding familiar. Nesse caso, é constituída uma pessoa jurídica com o objetivo de resguardar a concentração do patrimônio da família. Na holding, o patrimônio da pessoa física é transferido para a pessoa jurídica, necessitando haver a integralização do capital social, de modo que essa nova empresa tenha o controle dos bens transferidos, seja por uma pessoa ou por toda a família. Além disso, cada um terá a parte que lhe couber na sociedade, representadas pelas respectivas participações na sociedade.

Para garantir a legalidade e o cumprimento dos desejos do patriarca da família ou fundador, é imprescindível contar com apoio jurídico adequado, a fim de se evitar surpresas desagradáveis no futuro. Todas as decisões devem estar registradas em documentos que reflitam os desejos e aspirações desenhadas para o futuro evitando conflitos familiares. Esses documentos trazem toda a segurança necessária às empresas familiares, exequíveis perante bancos e credores garantindo a legalidade à operação.

Embora pareça complexo, o planejamento sucessório leva em média apenas 60 dias, variando de acordo com o nível de complexidade do patrimônio e o ramo de atuação da empresa. Esse é um cuidado que todo empresário precisa ter a fim de garantir a perpetuidade de sua empresa e, a segurança financeira de sua família.

 



Thais Cordero - advogada e Líder da área societária do Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/

A lei como neopolítica de censura : uma análise do Projeto de Lei 504/2020

O recente Projeto de Lei 504/2020, da Assembleia Legislativa de São Paulo, de autoria da Deputada Marta Costa do PSD, tem causado ruídos na comunidade LGBT e na sociedade civil que tem a liberdade como princípio básico da comunicação.

Historicamente o Brasil foi genitor de diversos preconceitos institucionais às populações já vulneráveis socialmente. O racismo, a xenofobia, a misoginia e a LGBTfobia do país que atualmente mais mata, agride e consome pessoas trans mundialmente, é um sintoma de nossa construção de sociedade, que ainda tem muito a progredir.

Atualmente, com o avanço da agenda identitária, observamos as mais diversas formas de publicidade na mídia nacional. Vemos famílias formadas por muitos brasis de cores, raças, credos e tamanhos, que nos formam, sendo a representatividade um pilar importante na publicidade de quem somos culturalmente e abandonando padrões heteronormativos e anglo-saxões, anteriormente existentes nos típicos comerciais de margarina. 

Porém, a recente ruptura causada pela neopolítica de destruição institucional, acolhida por segmentos abertamente fascistas, tem formado um tenebroso casamento com a lei em sentido formal, como forma de institucionalizar preconceitos que deveriam ser combatidos pelo Estado.

O Projeto de Lei 504/2020 visa a proibição de publicidade em qualquer veículo de comunicação que faça referência à diversidade sexual humana relacionada a crianças. A justificativa do projeto, segundo consta em documento emitido pelo site da própria ALESP, seria o desconforto emocional a famílias heterossexuais. Portanto, não é custoso perceber o desequilíbrio presente no conteúdo do projeto que, sob essa justificativa, pressupõe como solução a censura de famílias LGBT’s.

Ressalvo, contudo, que a lei, por mais imperativa que seja, encontra entraves institucionais sólidos em uma Constituição que não é tolerante à censura.

Como dizia Robert Escarpit “democracia é quando batem na sua porta às cinco da manhã e você supõe que é o leiteiro”. Pois bem, ao se promulgar a Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, foram abandonados todo o legado de repressão, censura e tortura deixados pelo regime ditatorial. Tal fato, por mais que nunca aceito por certas correntes ideológicas dominantes em uma pequena parcela da sociedade, não pode ser deixado à míngua de uma mera formalidade institucional.

Desta forma, a inconstitucionalidade do conteúdo do projeto de lei é latente, pois a lei não deve servir de manto para preconceitos sociais. A liberdade de expressão, opinião, pensamentos e crenças é diretamente abalado com o Projeto Legislativo 504, ferindo ainda diretamente a honra e dignidade de cada pessoa e família LGBT ao propor uma perigosa aventura repressiva que deve ser combatida em conjunto pela sociedade civil e pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Cabe ainda mencionar que a publicidade infantil não deve temer a diversidade sexual humana, pois a publicidade é apenas um recorte de quem somos como sociedade. Além disso, o acolhimento, a comunhão e o convívio que essas crianças terão com pessoas LGBTs durante a vida não deve ser alvo de receio social, uma vez que LGBTs merecem dignidade e respeito como as pessoas heterossexuais.

A lei não deve servir àqueles que visam destruir a estrutura e os valores de liberdade, igualdade e progresso previstos em nossa Constituição cidadã de 1988. A esses bárbaros restará apenas o triste legado que o preconceito marca em suas raízes mais profundas, sua história e identidade.

A segregação de povos historicamente marginalizados e oprimidos socialmente que tal Projeto de Lei representa é apenas um sintoma da enfermidade que nossa democracia passa, mas, por mais que essas turbulências hoje venham a nos acometer, os verdadeiros presos são os que traem a justiça.

 


Gabriel de Camargo da Silva - Bacharel em Direito pela Universidade de Taubaté (UNITAU) e pós-graduando em Direito Administrativo pela PUC Minas. Atualmente, atua no escritório de advocacia Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, localizado em São Paulo, capital. 

A Cúpula do Clima e a importância do crescimento no mercado de títulos verdes do Brasil

Caso as metas fixadas sejam alcançadas, é possível que o País se torne palco de investimentos internacionais


No último mês, aconteceu a Cúpula do Clima 2021, que reuniu líderes de 40 países para discutir as mudanças climáticas e suas formas de combate às emissões de gás carbônico na atmosfera. Nesse sentido, o Brasil terá o papel de avançar e apresentar medidas concretas que demonstrem o desejo do governo federal de cumprir suas metas.

No início deste ano, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinou um acordo de cooperação com o BNDES com o objetivo de criar um sistema de validação e aumento da emissão de títulos verdes no País. A ideia é estabelecer um marco normativo para validar projetos capazes de captar recursos e estimular o crescimento desse tipo de financiamento no Brasil, assim como incentivar que a oferta do mercado internacional de crédito de carbono encontre a demanda no mercado nacional.

Em março, o BNDES divulgou seu Framework de Emissão de Títulos Sustentáveis. Esse documento organiza as categorias elegíveis para acesso ao crédito decorrente desses títulos em dois grandes grupos. Como explicado por Pedro Rezende, sócio no Aroeira Salles Advogados, o primeiro, chamado "categorias verdes elegíveis", é composto por projetos relacionados à energia renovável, eficiência energética, gestão sustentável da água, água residual e saneamento, prevenção e controle de poluição, gestão ambientalmente sustentável dos recursos naturais vivos e uso da terra. No segundo grupo, denominado "categoria sociais elegíveis", estão projetos relacionados à saúde, educação, financiamento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e microcrédito.

O acompanhamento, pelo BNDES, dos projetos financiados com títulos sustentáveis envolve tanto indicadores de desempenho econômico-financeiro, como também ambiental e social, a serem comprovados pelas empresas beneficiadas pelo crédito.

Para Alexandre Aroeira, sócio do Escritório Aroeira Salles Advogados, o lançamento de linhas de crédito como essa é um importante incentivo para que as empresas estejam comprometidas com práticas sustentáveis. "A partir do momento em que as instituições financeiras passam a exigir práticas sustentáveis sob a perspectiva socioambiental, gera-se um ciclo virtuoso para todos aqueles envolvidos na cadeia de produção e consumo. Ao final, há benefício para todas as partes envolvidas", afirma.

É certo afirmar que os investidores brasileiros e do exterior estão preocupados em injetar capital, não somente em empresas lucrativas, mas que tenham uma prática ambiental, social e de governança com foco na minimização de impactos ambientais.

Esse movimento, mais conhecido como ESG está em ascensão e estudos recentes vêm mostrando que as empresas que adotam as melhores práticas socioambientais apresentam maior lucratividade e um aumento significativo em seu valor de mercado ao longo do tempo, isso mostra ser um reflexo da agenda ESG mundial, assim como da pressão dos investidores e das instituições engajadas no combate às emissões de poluentes na atmosfera.

"Empresas comprometidas com a agenda ESG têm ganhos não apenas com a melhoria de sua imagem, mas também com a redução da percepção de risco sobre suas atividades. Com o tempo, essas empresas se reposicionam perante o mercado, investidores, clientes e autoridades, incorporando à sua marca a cultura de sustentabilidade", conclui Pedro Rezende, advogado da Aroeira Salles.

O mundo está de olho nas metas discutidas durante a Cúpula. O encontro promete ser uma prévia da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), que irá acontecer em Glasgow, Escócia entre 1 a 12 de novembro.


sábado, 1 de maio de 2021

Feng Shui: Dicas para manter a casa em equilíbrio

Consultora holística de organização e interiores do GetNinjas explica como renovar a energia do lar


A pandemia fez com que os brasileiros passassem mais tempo em casa por conta do trabalho e estudo remoto, bem como por causa da reclusão. Sem a correria, as pessoas perceberam como seus lares interferem no seu bem-estar e para tornar os ambientes mais confortáveis e agradáveis, uma solução é investir em uma repaginada na decoração e se aprofundar no Feng Shui, técnica chinesa milenar de harmonização dos espaços. Para ajudar aqueles que querem equilibrar a energia da casa, a Karis Brito, consultora holística de organização e interiores em São Paulo cadastrada no GetNinjas, selecionou quatro dicas sobre a aplicação do Feng Shui.


O que é

Primeiramente, Karis esclarece que Feng Shui não tem nenhuma ligação com religião. Trata-se de uma técnica chinesa milenar de harmonização dos espaços. Com o Feng Shui é possível identificar padrões vibratórios de energia de um determinado local - através da leitura da planta baixa e da observação - e harmonizar seus espaços garantindo bem-estar e equilíbrio mental e espiritual
para os moradores do imóvel.


Benefícios

"A nossa casa é como a nossa alma, reflete nossa essência e nosso estado de espírito!", explica a consultora. Sendo assim, ao harmonizar a energia do lar com o Feng Shui, os moradores podem ter inúmeros benefícios, tais como: ter mais saúde, melhorar a carreira, obter prosperidade, ter mais criatividade e concentração, solucionar problemas de relacionamento, conquistar realização pessoal, aumentar o foco e cultivar o otimismo. Entretanto, o primeiro passo para conquistar tais benefícios é depositar intenção e confiança ao seguir o Feng Shui.


Home Office

"No home office é importante que a mesa esteja posicionada de uma forma em que a pessoa sentada veja quem está entrando no local; é o que chamamos de posição de comando. Precisamos estar na posição de comando para que nossa vida flua e a gente consiga tomar as rédeas da vida. Porém é preciso evitar que o móvel fique de costas para a janela, pois essa é uma posição desfavorável para o sucesso. Outra posição que deve ser evitada é a de manter a mesa de frente para a porta de entrada, pois dessa forma, há muito desgaste de energia e a pessoa pode se sentir cansada e ter falta de foco e ânimo para trabalhar", aconselha Karis.


O que evitar

Há algumas arrumações e organizações de móveis que devem ser evitadas e que são fáceis de reproduzir na casa, tais como: posicionar o sofá de costas para a porta de entrada ou posicionar sofá, cama, mesa de costas para a janela. Segundo o Feng Shui, a cozinha e o fogão simbolizam prosperidade, e por isso, é preferível manter o espaço sempre limpo e evitar usar apenas uma das bocas do eletrodoméstico. 

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