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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Como manter a qualidade de vida durante a quimioterapia


Especialistas dão dicas para lidar com os efeitos colaterais causados pelo principal tratamento para combater o câncer


Com mais de 600 mil novos casos por ano no Brasil, a quimioterapia ainda representa um dos principais métodos para o tratamento do câncer. O procedimento consiste no emprego de compostos químicos, ou na combinação deles, que destroem e impedem que as células cancerígenas se espalhem pelo corpo. Porém, muitos medicamentos podem acabar afetando as células saudáveis também, acarretando nas conhecidas e muito temidas, reações adversas.

Vale ressaltar que, assim como a quimioterapia não é a mesma para cada paciente, os efeitos secundários também podem variar de pessoa para pessoa. Entre os sintomas mais comuns está fadiga, vômitos e náuseas, a perda do apetite e do cabelo. Porém, da mesma forma que os tratamentos evoluíram, atualmente também já existem formas de controlar os efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico.


Queda de cabelo

A técnica, chamada de Crioterapia ou Scalp Cooling (em inglês), aumenta as chances de preservação dos fios durante o processo da quimioterapia. Ela consiste no uso de uma touca gelada, que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.

"Hoje uma estratégia para tentar reduzir ou evitar a perda de cabelo, são aparelhos que causam o resfriamento do couro cabeludo durante a administração da quimioterapia. O frio faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, assim menos sangue passa por partes do corpo que estão geladas. A ideia por trás dessa estratégia é fazer com que menos quimioterapia circule pela pele do couro cabeludo, reduzindo assim o efeito de queda de cabelo", pontua o Dr. Felipe Ades, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO).


Vomito e náusea

Muitos medicamentos podem irritar o trato gastrointestinal, ocasionando em náuseas e vômitos que podem ocorrer logo após a sessão, algumas horas ou até mesmo dias depois. "Para evitar estes efeitos colaterais existem inúmeros medicamentos que podemos utilizar. O desenvolvimento de antieméticos foi uma das áreas de maior avanço na oncologia nos últimos 30 anos. Antes do início do tratamento administramos a "pré-quimioterapia" com medicamentos para evitar náuseas e vômitos, além de antialérgicos, dependendo do tipo do medicamento. Depois do tratamento podemos seguir por 2 a 3 dias com comprimidos em casa. Também tem papel importante nesses casos a alimentação. A indicação é comer alimentos que são fáceis de digerir e beber água em pequenos goles para se manter hidratado", sugere o oncologista.

O gengibre se mostrou um bom aliado para combater esse efeito colateral, mesmo que em pequenas quantidades. Frutas cítricas também podem ajudar, devido a grande presença de ácido fólico, que estimula a produção de ácidos digestivos e ainda podem reduzir outro efeito comum, a boca seca. Algumas pessoas têm bastante alívio deste sintoma tomando água gelada com gotas de limão ou abacaxi. Evitar alimentos gordurosos, apimentados ou com cheiro intenso também pode auxiliar.


Fadiga

A fadiga é um dos sintomas mais apresentados nos pacientes oncológicos, atingindo cerca de 75% a 95% dos doentes, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Esse sintoma pode surgir em decorrência da própria doença, pela baixa ingestão de calórica, pelo tratamento quimioterápico ou ainda por fatores psicológicos, como a depressão. A Medicina Integrativa, abordagem que une técnicas corporais não invasivas como acupuntura, musicoterapia, yoga, suporte emocional, psicologia vem conquistando cada vez mais espaço em centros médicos.

"Pessoas que se exercitaram durante o tratamento apresentaram uma melhor qualidade de vida, menos cansaço, menos ansiedade e depressão e menos problemas com o sono. Esses resultados foram conseguidos com vários tipos diferentes de exercícios indo de caminhada, bicicleta, treinos em academia, até levantamento de peso e yoga. Todos estes tipos de atividade física foram avaliados em estudos clínicos e comprovadamente melhoram a fadiga, mas vale ressaltar que são indicados apenas para pessoas que estão dispostas. Caso a pessoa se sinta cansada depois do tratamento o melhor é repouso e retomar os exercícios alguns dias depois", finaliza Ades.





Grupo Oncoclínicas


Especialista dá dicas para não perder o sorriso e ficar de fora das quermesses e comemorações julhinas


Consumo de alimentos duros e falta de higienização após o consumo de açúcar são alguns dos principais motivos para quebras de dentes e problemas com os braquets do aparelho


Julho está só começando, mas as quermesses e festas julhinas continuam a todo vapor. Durante o período fica difícil resistir às guloseimas, como amendoim, pé de moleque, maçã do amor e milho na espiga. Mas, você sabia que durante esse período do ano ocorre um aumento no número de pacientes que buscam os consultórios odontológicos devido à quebra de dentes e também daqueles que precisam consultar o ortodontista por problemas com o aparelho? De acordo com o sócio fundador e diretor clínico da OrthoDontic, Edmilson Pelarigo, o consumo de alimentos duros e o excesso de açúcar somado à higienização incorreta dos dentes são os principais motivos para esse movimento dos pacientes.

"Na maioria dos casos, os dentes posteriores, responsáveis pela mastigação, são os mais acometidos. Pacientes que possuem obturação ou canais devem ter cuidado redobrado, pois a estrutura pode ficar mais fraca. E, nos casos dos aparelhos ortodônticos, é preciso ter cuidado com os alimentos mais duros para evitar o rompimento dos braquets. Uma dica é quebrar o alimento em pedaços menores e mastigar com calma", revela Pelarigo.

O especialista também reuniu outras dicas importantes para quem quer aproveitar as festas sem perder o sorriso:


Maçã do amor e outras guloseimas

As famosas maçãs do amor chegam a dar água na boca, mas podem ser um perigo para quem usa aparelho ortodôntico. O especialista Edmilson Pelarigo alerta que a cobertura dura sobre a fruta pode descolar ou quebrar os braquets, machucar a boca e atrasar o tratamento. O mesmo vale para outros doces, como o pé de moleque. "O ideal, no caso da maçã, é cortar o doce em pedaços menores para facilitar o consumo", indica.


Não deixe a escovação de lado

O diretor clínico da OrthoDontic também destaca o cuidado com a higiene bucal para todos os pacientes e em todas as épocas do ano. "Durante as festas juninas o consumo de alimentos com grandes quantidades de açúcar pode prejudicar os dentes, provocar cáries e desgastes. É importante não negligenciar a higienização, tanto nesta época do ano quanto nas outras", ressalta Pelarigo. Segundo o especialista, uma boa dica é tomar água entre uma guloseima e outra. "Desta forma, o índice de açúcar na boca é amenizado", explica.


Pipoca doce ou salgada

Pipoca vai bem em qualquer época do ano. Famosa como acompanhamento para assistir um bom filme ou série preferida, nesta época do ano a pipoca é também uma das protagonistas das festas julhinas. "Os milhos que não estouram direito podem arrancar os braquets ou até mesmo quebrar dentes", alerta o diretor, que orienta que a mastigação do alimento seja feita com cuidado.


Olha o milho

Comer o milho direto na espiga é quase uma tradição nas festas típicas nesta época do ano, contudo, segundo Pelarigo, essa não é a melhor ideia para quem usa aparelho ortodôntico. "Os braquets enroscam facilmente e podem se soltar. A melhor opção é raspar o milho da espiga para evitar inconvenientes", indica.


Cuidado também com as bebidas

Refrigerantes e vinhos são bastante ácidos e podem prejudicar o esmalte dos dentes. "No caso de quem está em tratamento ortodôntico, há também o risco de que os dentes fiquem manchados. A recomendação é evitar o exagero e intercalar a ingestão das bebidas com a água", indica o diretor clínico da OrthoDontic.


Uma dica também para quem vai entrar na dança

Nem só de quitutes são feitas as festas de São João. As brincadeiras e quadrilhas são parte fundamental da programação das comemorações. Mas, é preciso ficar atento às quedas e batidas na região do rosto, principalmente no caso de pacientes em tratamento com aparelho ortodôntico. "Traumas acidentais podem causar lesões na boca por conta dos braquets, ou até mesmo danificá-los", explica Pelarigo.






OrthoDontic


FORMIGAMENTO NAS PERNAS PODE SER UM SINAL DE ALGO ERRADO NO SISTEMA VASCULAR OU NEUROLÓGICO


Formigamento nas pernas é conhecido como parestesia, um sintoma comum neurológico, mas que leva as pessoas ao cirurgião vascular muito frequentemente. A parestesia pode ser um sinal de que alguma coisa pode estar errada com o sistema vascular ou com o sistema neurológico e é muito difícil separar as causas.

A sensação geralmente se dá quando a pessoa deita de mau jeito por cima do braço ou perna, mas existem outras causas e deve-se ficar atento. "A ´dormência´ é uma reação natural do corpo quando o nervo é pressionado ou falta sangue na região, a maioria das pessoas já sentiu aquele ´choque´ seguido de um formigamento no braço após uma pancada no cotovelo. Nesses casos, basta mudar de posição ou movimentar-se para dissipar tal sensação. Em outros casos, esses sintomas são recorrentes e aí existe a necessidade de investigação médica", afirma Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, endovascular e ecografista.

Doenças que podem levar ao formigamento como sintoma:


Doença venosa
Quem tem problemas de varizes tende a sentir peso e cansaço, queimação, inchaço no tornozelo no final do dia, cãibras (principalmente noturnas) e formigamento nas pernas.

Aterosclerose
O problema se dá quando as placas de gordura estreitam e endurecem a parede arterial. Acometem com mais frequência o coração, mas também podem afetar os membros inferiores, causando a chamada doença arterial periférica, que tem como sintoma o formigamento nas pernas. As causas do problema estão diretamente relacionadas ao tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão arterial sistêmica e colesterol elevado. Além disso, a doença é mais comum em pacientes com idade avançada (acima dos 60 anos) e com histórico familiar de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica.

Neuropatia diabética do pé diabético
Quem tem diabetes e não controla o nível de açúcar no sangue, pode sofrer graves consequência com o desenvolvimento de outras doenças, como a neuropatia diabética: danos nos nervos por conta da alta quantidade de glicose sanguínea. O diabetes é uma doença que afeta os vasos sanguíneos, tanto os grandes quanto os pequenos, mas começa na microcirculação, vasos que irrigam os nervos, que funcionam como se fossem condutores que vão transmitir ao cérebro informações como frio, calor, dor, pressão, etc, e precisam receber sangue com oxigênio para funcionarem bem. No caso do diabetes, ocorre uma diminuição do oxigênio que chega aos nervos, o que pode gerar a inflamação, levando ao mau funcionamento dos nervos e causando a neuropatia periférica, que pode aparecer como parestesia/formigamento nas pernas.

Hérnia de disco
É uma compressão neurológica, cuidada pelo neurocirurgião. A má postura é considerada a grande vilã das patologias envolvendo coluna vertebral, como as hérnias de disco, pelo fato de haver uma pressão, com inflamação e compressão da raiz nervosa, que por vezes, causa dores insuportáveis. O tratamento fisioterápico é bastante indicado, como o pilates (melhora da postura, mobilidade, flexibilidade da coluna vertebral, além de melhor distribuição do tônus muscular e fortalecimento do abdome) e RPG. Sugerimos a consulta com um neurocirurgião.

Mau posicionamento do corpo
Uma das causas mais comuns que provocam formigamento nas pernas e nos pés é ficar sentado, deitado ou parado na mesma posição durante muito tempo, como por exemplo ficar sentado em cima de uma perna, provocando a compressão do nervo no local. Postura inadequada é uma causa frequente de formigamentos.

Polineuropatia periférica
A polineuropatia periférica caracteriza-se por alterações nos nervos do corpo, fazendo com que a pessoa sinta muita dor, formigamento nas pernas, falta de força ou ausência de sensibilidade em algumas regiões específicas do corpo.

Pânico, ansiedade e estresse
Situações de estresse e ansiedade extremos podem provocar sintomas como formigamento das pernas, mãos, braços e língua, podendo ser acompanhados de outros sintomas como suores frios, palpitações cardíacas e dor no peito ou na barriga.

Esclerose múltipla
Doença crônica que se caracteriza por uma inflamação, na qual são destruídas as camadas de mielina que recobrem e isolam os neurônios, prejudicando assim a transmissão de informação que controla os movimentos do organismo como falar ou andar, levando à invalidez. Além de provocar sensação de formigamento nos membros, nesta doença também podem se manifestar movimentos involuntários nos músculos e dificuldade para caminhar.

Bériberi
Doença causada pela deficiência em vitamina B1 que pode causar sintomas como cãibras musculares, visão dupla, confusão mental e formigamento nas mãos e nos pés.

Síndrome de Guillian-Barré
Doença neurológica grave que se caracteriza pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular, podendo levar a morte. Na maior parte dos casos é diagnosticada após uma infecção provocada por um vírus, como dengue ou zika, por exemplo. Um dos sintomas mais comum é o formigamento e perda de sensibilidade de pernas e braços.

Mordida e picadas de animais e insetos
A mordida de alguns animais como abelhas, cobras ou aranhas podem provocar formigamento no local, podendo ser acompanhado de outros sintomas como inchaço, febre ou queimação, por exemplo.
Independente de qual seja o problema que levou ao formigamento nas pernas, é importante seguir o tratamento corretamente, pois a parestesia pode retornar.





Dr. Alexandre Amato  cirurgião vascular, endovascular e ecografista.


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