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sábado, 7 de abril de 2018

Amarração correta pode diminuir em até 30% a ocorrência de sinistros no Transporte de Cargas


A perda de mercadorias por falta de cuidados básicos no transporte de cargas tem gerado prejuízo e onerado a operação de todos os envolvidos no processo logístico. De acordo com um levantamento da Argo Seguros, uma das principais seguradoras especializadas nesse segmento, a sinistralidade gerada apenas pela amarração incorreta das mercadorias nas carrocerias responde por 30% da quantidade se sinistros ocorridos.

A questão poderia ser facilmente resolvida se todos os envolvidos no transporte seguissem a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que trata do assunto. De acordo com a portaria nº 552, de 17 de setembro de 2015, determina que as mercadorias transportadas sejam presas com cintas têxteis, correntes ou cabos de aço. Além disso, fica proibido que esses materiais fiquem presos à carroceria de madeira para evitar desgaste das estruturas.

Isso significa que a utilização de cordas ficou proibida desde então e é passível de multa, no valor de R$ 195. Considerada grave, a infração acarreta ainda em cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Entre os motivos que justificam a medida estão a flexibilidade do material, que mesmo amarrado acaba se soltando, e o desgaste causado pelo atrito com outras partes do caminhão, como a carroceria e parafusos. Uma das maiores preocupações é que a corda arrebente deixando toda a carga vulnerável.

“A utilização de cabos de aço ou cintas têxteis traz muito mais segurança, não apenas para a carga transportada, mas também para todos os motoristas. Temos que lembrar que, além da questão financeira, esses acidentes causam a perda de vidas precocemente”, afirma Juarez Pompeu, coordenador de Gerenciamento de Riscos da Argo Seguros.

De acordo com ele, a carga que não está amarrada ocasiona mais tombamentos do que o normal. “É simples de explicar. Pelas leis da Física, quando o caminhão faz uma curva, a força envolvida é de 50% do peso da carga. Se imaginarmos estas forças trabalhando livremente sem resistência, provavelmente teremos problemas durante a viagem, como um adernamento, uma queda ou um tombamento”, completa.

Vale lembrar que mesmo amarrada, a carga pode se movimentar se ocorrer uma aceleração ou frenagem brusca, a realização de curvas em velocidades acima do compatível, o tipo de pista, a ação do vento, entre outros fatores. Para evitar que isso aconteça, basta calcular o quanto a carga é instável a partir das suas dimenões (altura x largura x comprimento) e fazer a amarração correta para aquele tipo de carga.

“Para cada tipo de carga existe uma melhor maneira de se fazer a amarração. Quando isso não acontece, é grande a chance da carga cair do caminhão e atingir outro veículo vindo em sentido contrário ou da carga se deslocar para cima da cabine, vitimando o próprio motorista”, lamenta Pompeu.

O executivo da Argo Seguros lembrou ainda que, em caso de acidente, a transportada e o embarcador também podem ser acionados judicialmente. “Por isso, estamos também desenvolvendo uma cartilha para conscientização dos motoristas quanto a importância da amarração ser feita de forma correta”. 





 

Varejo de vestuário deve crescer 6,1% em volume em 2018


Pixabay


Após dois anos de dificuldades (2015 e 2016), onde o varejo de vestuário no Brasil acumulou uma queda de 11% no volume de peças comercializadas, 2017 registrou uma importante recuperação das vendas para o setor.

Estimativas preliminares do IEMI Inteligência de Mercado, especializado em estudos de mercado, varejo e comportamento de compra dos setores de têxteis e vestuário, artigos têxteis para o lar, calçados, móveis e colchões, apontam que as vendas aumentaram 8,1% em relação a 2016. O montante está praticamente igual aos volumes históricos registrados em 2014, quando o varejo de moda no País atingiu seu ápice com 6,5 bilhões de peças comercializadas.

Para 2018, a consultoria projeta expansão de 6,1% no volume de peças comercializadas pelo varejo. “Apesar de possíveis turbulências com o cenário eleitoral, os varejistas têm motivos para ficarem otimistas, uma vez que a expansão estimada de aproximadamente 3% do PIB deve empurrar a economia como um todo”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.

Ainda de acordo com ele, o retorno do crescimento ao longo do ano passado foi auxiliado pela conjuntura econômica, incluindo a redução da inflação e dos juros básicos da economia, a injeção de recursos das contas inativas do FGTS realizada no 1º semestre, além dos estímulos para a expansão do crédito aos consumidores e o início da recuperação dos empregos e do investimento.

O panorama favorável também puxou o desempenho da indústria de confecções brasileira, que depende 99% do consumo interno para sobreviver e que, aos poucos, vai se recuperando de sua pior crise, em mais de 30 anos de estatísticas sobre o seu desempenho no País. Dados preliminares apontam crescimento de 3,2% da produção de vestuário em 2017 comparado ao ano anterior. Para esse ano, a projeção de expansão é de mais 3% em volume de peças confeccionadas.

Segundo a tabela abaixo, a produção nacional destes artigos, em número de peças confeccionadas, teve queda de 41,6% em dezembro de 2017, quando comparado ao mês anterior. No ano, no entanto, registrou alta de 3,2%.

Em relação ao comércio externo, as importações brasileiras de roupas tiveram queda de 14,5% em dezembro, porém obteve alta de 23,3% no acumulado no ano. As exportações, por sua vez, cresceram 3,6% no mês, e 13,6% ao longo de 2017.


. Desempenho Vestuário
Variação no mês 1
Variação Anualizada 2
  Vendas no Varejo (R$)
86,1%
10,5%
  Vendas no Varejo (Peças)
84,6%
8,1%
  Produção Industrial (Peças)
-41,6%
3,2%
  Importações (US$)
-14,5%
23,3%
  Exportações (US$)
3,6%
13,6%



Fontes: IEMI / IBGE / SECEX
            (1) Dezembro 2017 / Novembro 2017
            (2) Janeiro-Dezembro 2017 / Janeiro-Dezembro 2016


Como Tite nos ensina a sermos líderes melhores


Com um estilo de liderança próprio e inovador, Tite fez o futebol brasileiro renascer e se tornou um exemplo para todos nós que exercemos uma posição de liderança e aqueles que buscam trilhar esse caminho

Assumir o comando da seleção brasileira de futebol após a Copa de 2014 foi como pegar uma empresa em crise, à beira da falência, e ter que reerguê-la, restaurando o seu prestígio, a autoestima dos colaboradores e a confiança junto a todos os stakeholders. Adenor Leonardo Bachi, o Tite, foi quem iniciou essa missão em Junho de 2016, dois anos após a população brasileira assistir estarrecida à fatídica e humilhante derrota para a Alemanha.

Tite pegou uma seleção desacreditada, correndo o risco de não se classificar para a Copa do Mundo deste ano, algo inimaginável em se tratando de uma seleção com tamanha história e tradição como a nossa. Mas o técnico foi capaz de virar o jogo, alcançou resultados surpreendentes e classificou o Brasil, que ainda terminou líder nas eliminatórias sul-americanas. Tudo isso com praticamente o mesmo grupo de jogadores que estava sob o comando do técnico anterior. E aí surge a pergunta: o que o Tite fez de diferente?

Tite vem sendo apontado como um exemplo de liderança desde que assumiu a seleção, por ter promovido um salto de qualidade que fez com que o time voltasse a brilhar, e nós, brasileiros, voltássemos a acreditar. Sem dúvida, a atuação de Tite como líder teve um papel crucial nesse processo. Com sua experiência, um estilo próprio e inovador de liderança, o treinador conseguiu motivar e promover a união na equipe, e foi capaz, até agora com sucesso, de superar aqueles que são um dos maiores desafios de um líder: inspirar o grupo e fazer com que cada um dê o seu melhor.



Tite desenvolve o potencial de cada um investigando suas motivações

Mais do que um técnico, Tite é um grande gestor de pessoas. Com o seu trabalho na seleção, ele resgatou a motivação da equipe, desenvolveu talentos e conseguiu extrair o melhor de cada jogador. Como ele faz isso? Tite conversa com os atletas para descobrir o que os motiva. Ao fazer esse exercício, o técnico cria uma aproximação com os jogadores e uma conexão mútua em torno de um mesmo objetivo, que é o melhor resultado.

Liderar não é impor. O chefe de ontem não tem mais espaço no ambiente corporativo atual. O que se tem hoje dentro das empresas são líderes comportamentais que precisam ouvir, conhecer e se aproximar de suas equipes para identificar formas de desenvolver o potencial de cada um e buscar o melhor caminho conjuntamente. Além de motivador, o novo líder inspira e ajuda o colaborador a encontrar o seu propósito no trabalho. 



“Senso de equipe. Nós precisamos ter senso de equipe”.

A proximidade e confiança conquistadas por Tite foram certamente o que fez com que o clima mudasse na seleção, resultando em uma boa interação entre o técnico e os jogadores. Além disso, ao mesmo tempo em que impulsiona talentos individuais, o treinador ressalta a importância do coletivo e adota algumas táticas no sentido de fortalecer o senso de equipe.

Uma delas é o rodízio dos capitães nas partidas, que reforça a mensagem de que todos são responsáveis pelo resultado dentro de campo. O técnico também trata a todos de forma igualitária, e promove a competição justa, leal e transparente entre os atletas, em que ganha a vaga quem realmente apresenta um melhor resultado.
 
Levando o aprendizado para o ambiente corporativo, cabe ao líder criar a harmonia e promover a união do time a fim de mitigar a competição existente entre os seus integrantes e fazer com que a qualidade prevaleça. 



Humildade para reconhecer que precisa melhorar

Tite também é reconhecido por apresentar outra característica fundamental de um verdadeiro líder: a humildade. No final de 2013, no auge de sua carreira, após ter conquistado uma sequência de títulos com o Corinthians, Tite optou por fazer uma pausa para se reciclar. Tirou um período sabático e foi para a Europa estudar novas técnicas de futebol com alguns dos melhores profissionais da atualidade.

Mesmo com as vitórias no currículo, o treinador não se acomodou. Ao contrário, teve humildade para enxergar suas falhas e aperfeiçoar o que não dominava. Hoje, muito do que ele aplica em seu trabalho, e que vem dando certo, é resultado do aprendizado do ano sabático.

Para um líder, ou qualquer profissional, achar que já se sabe tudo é um erro. Precisamos ser humildes para reconhecer nossos pontos fracos e buscar fortalecê-los. Afinal, há sempre alguma coisa que você pode aperfeiçoar, não é mesmo? 


Buscar a competência profissional e manter o alto nível sempre

Aprendi por experiência própria que os líderes mais bem-sucedidos são aqueles que evangelizam e convencem em vez de impor. Eles dão o exemplo e exercem a sua autoridade com base no respeito e na admiração conquistados pela sua experiência e competência. Agora, como convencer uma equipe formada por atletas que atuam nos melhores clubes do mundo, acostumados a trabalhar com profissionais de alto nível? Mantendo, você também, o alto nível sempre.

Os jogadores sabem que Tite se preparou muito para estar ali e é o melhor para o cargo. Com sua trajetória e escolhas, o técnico os inspira a jogarem no seu melhor nível. Como pontuei acima, o domínio de habilidades comportamentais fará cada vez mais uma grande diferença para o novo líder. E nesse área, Tite é professor e fonte de inspiração para todos nós.






Braulio Lalau de Carvalho - CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini


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