Pesquisar no Blog

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Nível de estresse causado pela pandemia da Covid-19 tem potencializado doenças dermatológicas ?

Pixabay
Acne, psoríase e sobrepeso são algumas das queixas que a esteticista e cosmetóloga Daniela Lopez recebe em seu consultório

 

A pandemia mundial da Covid-19 não desencadeou apenas problemas de saúde mental, mas também trouxe complicações no corpo. Estresse e ansiedade diária, associada a má alimentação e a falta de exercícios físicos ajudaram a agravar doenças de pele.

 

Foi observado nesses últimos meses em consultórios dermatológicos, o aumento do número de pacientes que apresentam ter erupções cutâneas, urticária nervosa, dermatite atópica e vitiligo, doenças consideradas psicodermatológicas - haver com a mente - e, embora ainda não tenha sido comprovada a relação da pandemia com as doenças de pele, a Sociedade Brasileira em Dermatologia iniciou uma pesquisa para descobrir o que elas podem ter em comum.

 

A esteticista e cosmetóloga Daniela Valentina López, por exemplo, conta que nos últimos meses vem recebendo pacientes que apresentaram as mesmas queixas. "Estou recebendo, principalmente, casos de acne, devido ao uso constante das máscaras. Segundo ponto são os fatores emocionais, por causa dos estresses causados pela pandemia, e a terceira reclamação que mais ouço é acerca da obesidade, que aumentou muito por conta da ansiedade", disse.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Estética e Cosmetologia até fevereiro deste ano subiu para 170% as buscas por tratamento de acne, decorrentes do uso de máscaras.

 

Tratamento do estresse

 

Para tratar o estresse de seus pacientes, a doutora percebeu a eficácia do uso do aparelho Infravermelho Longo IVL. "A máquina possui ondas de infravermelho que diminui o ácido lático do corpo e elimina a fadiga e o estresse muscular, proporcionando alívio aos pacientes", disse.

 

O que está desencadeando as doenças de pele?

 

Segundo o neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, as doenças estão surgindo porque, nesse período de estresse, o organismo está desequilibrado, o que aumenta a liberação de neurotransmissores, prejudicando o sistema imunológico.  "A ansiedade constante, desregula outros mensageiros bioquímicos responsáveis por nosso humor, sono, temperatura corporal, fome, entre tudo o que fazemos para sobreviver. Isso acontece porque, como sabemos, tudo na vida provém de melhor resultado quando em equilíbrio e nosso organismo precisa estar em homeostase para que tudo funcione bem", explica.

 

Doença de pele mais recorrentes

 

1) Psoríase: doença autoimune, inflamatória e não contagiosa. Surgimento de manchas vermelhas e espessas são os principais sintomas, além da descamação.

 

2) Urticária Nervosa: pode ser agravada pelo estresse emocional. São lesões na pele em forma de placas avermelhadas, causadas por coceira intensa ou irritação.

 

3) Alopécia Aresta: queda de cabelo causado por estresse ou genética

Dermatite Atópica: doença crônica, que não é contagiosa, e provoca secura, coceira e vermelhidão na pele, sendo comum aparecer nas dobras do braço ou na parte de trás do joelho.

 


 

Daniela López - graduada em Estética e Cosmetologia pela Universidade Braz Cubas, técnica em Estética Facial e Corporal pelo SENAC e pós-graduada em Intradérmicos e Subcutâneos pela FAISP. A cosmetóloga atua na causa de regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos, e inclusive idealizou o Pelling Orgânico, técnica natural para ter uma pele linda. Além disso, é presidente da SindEstética e responsável pela criação do CBO 3221 para o setor frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, antes os profissionais eram subordinados ao cabelo. É autora do livro a História da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil e pesquisadora no campo clínico, com práticas e testes desenvolvidos clinicamente in-vivo em pacientes para disfunções estéticas facial com ênfase em rejuvenescimento e retração tecidual. É fundadora da Escola Superior de Estética e Cosmetologia (ESEC), a primeira escola superior de estética e cosmetologia no Brasil.

 

MF Press Global 


Tecnologia ajuda pessoas com apneia do sono

Equipamentos podem proporcionar boas noites de sono e qualidade de vida àqueles que sofrem com a síndrome


Imagine dormir e ao longo da noite produzir não só ruídos, mas ter interrupções respiratórias várias vezes. Pense nos efeitos disso para a mente, que não descansa, mas para todo o organismo, que chega a diminuir a oxigenação no sangue com as pausas de entrada de ar. Quem tem apneia do sono pode desenvolver sérios problemas de saúde, sendo fator de risco para muitas doenças que vai desde obesidade até mesmo surgimento de tumores.

 

Mas a tecnologia pode proporcionar maior conforto e saúde para quem sofre com o problema. A terapia de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP, em inglês) consiste no uso de uma máscara ajustada confortavelmente, que veda o nariz ou o nariz e a boca simultaneamente.

 

Para a fonoaudióloga Milkhia Beatriz, da Microsom, especializada neste tipo de procedimento, o CPAP proporciona resultados imediatos. “A máscara é conectada a um aparelho que contém uma turbina eletrônica que fornece um fluxo de ar através de um circuito. Essa pressão fornecida impede que as vias aéreas se fechem durante o sono.”, explica.

 

A evolução tecnológica é tamanha a ponto destes aparelhos virem com sistema de Bluetooth que se conecta a um aplicativo de celular. “Com isso, o paciente é monitorado durante toda a noite, para saber o real estágio de sua apneia. Os dados podem ser enviados ao especialista para avaliação e indicação personalizada de outras terapias”, explica a fonoaudióloga.

 

Mesmo sendo um aparelho para uso doméstico, é preciso acompanhamento clínico. Também é preciso manutenções constantes para a correta higienização do CPAP. Para saber se é preciso procurar um especialista, pode conferir o teste neste link: http://www.microsom.com.br/testeapneia/

 

Apneia: sinais e sintomas

– Ronco


– Respiração ofegante


– Sensação de sufocamento ao dormir


– Sono agitado


– Sonolência ao longo do dia


– Dificuldade de concentração


– Dor de cabeça matinal

 

Fatores de risco


– Excesso de peso


– Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta


– Tabagismo


– Álcool em excesso


– Uso exagerado ou equivocado de sedativos


– Aumento das amígdalas e adenóides


– Tumores

 

Você sabe o que é Lipedema?

Conheça os sintomas e tratamentos da síndrome gordurosa dolorosa

 

São Paulo, maio de 2021 - O Lipedema, também chamado de síndrome gordurosa dolorosa, é uma doença crônica com maior incidência nas mulheres. Trata-se de uma disfunção que acarreta um acúmulo desproporcional de gordura na região dos membros inferiores, causando dores fortes, inchaços e hematomas. 

Como a doença ainda é pouco conhecida, muitas pessoas que manifestam seus sintomas acreditam que estão com quadros de retenção líquida ou varizes. Pacientes que estão acima do peso também tendem a confundir o quadro de lipedema com obesidade. 

O diagnóstico desse problema costuma ser feito pelo médico vascular.

Acredita-se que as principais causas da doença sejam genéticas e hormonais. O problema se manifesta de forma bilateral, ou seja, nas duas pernas. É possível notar uma clara assimetria em relação à proporção do corpo e dos membros inferiores. 

Nestes casos, o tecido gorduroso se torna mais aparente na região das pernas e dos tornozelos. Essa doença vascular provoca o acúmulo excessivo de gordura nos membros inferiores e pode prejudicar bastante a qualidade de vida dos indivíduos.

 

Principais sintomas do lipedema 

Não existem ainda estudos conclusivos que indiquem as causas exatas do lipedema. A doença é frequentemente relacionada a fatores metabólicos, hormonais, inflamatórios e genéticos. Na maioria dos casos, os principais sintomas são: 

·Dores nos membros inferiores ao caminhar; ·Sensibilidade ao toque; ·Dores em tecidos moles mesmo em repouso; ·Acúmulo de gordura nas pernas e tornozelos; ·Presença de hematomas; ·Fadiga extrema; ·Perda de elasticidade na pele. 

Em alguns casos, o acúmulo de gordura ocorre também nos braços. Algumas pacientes notam o início desses sintomas durante a puberdade, na gestação ou na menopausa.


Lipedema exige tratamento específico 

O correto diagnóstico do lipedema é o primeiro passo para que seja possível buscar o tratamento adequado e específico para essa condição.

Pessoas que apresentam os sintomas relacionados acima devem procurar um médico vascular para uma investigação detalhada do quadro. 

No dia a dia, algumas atitudes podem ajudar a amenizar o desconforto causado pela doença, como, por exemplo, o uso de roupas leves e confortáveis, a prática de atividades físicas na água e a manutenção de uma dieta saudável e equilibrada. Não é indicado que pacientes com lipedema usem sapatos com saltos. 

Apesar de não estar relacionada com sobrepeso ou obesidade, os sintomas da doença podem se tornar mais brandos quando o paciente consegue atingir uma redução de peso, alcançando um IMC (Índice de Massa Corporal) entre 19 e 25. 

Não existem tratamentos medicamentosos para quadros de lipedema. Em geral, os pacientes são orientados a usar meias de compressão e a realizar exercícios físicos regulares como hidroginástica e natação.

 

Lipoaspiração no tratamento do lipedema 

Outro tratamento bastante indicado para quadros de lipedema é a lipoaspiração. O procedimento ajuda a aliviar as dores causadas pela doença. 

É fundamental que a cirurgia seja realizada por um cirurgião plástico experiente e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Na consulta pré-operatória, o médico deve tirar todas as dúvidas do paciente e falar sobre os benefícios e resultados esperados com a realização do procedimento. 

Na lipoaspiração, o volume de gordura aspirado é definido pelo cirurgião de acordo com as necessidades do paciente. Além disso, após a cirurgia, o indivíduo também pode iniciar sessões de drenagem linfática. 

Não há cura para o lipedema, mas, seguindo as recomendações médicas, é possível que o paciente melhore de forma considerável sua qualidade de vida.

 

Estágios do lipedema

 O lipedema apresenta quatro estágios. Em um primeiro momento, é possível notar um aumento da hipoderme, tecido que está abaixo da derme. 

No segundo estágio, o paciente apresenta um acúmulo de tecido gorduroso, deixando a pele bastante irregular. Em seguida, nota-se deformidades nos membros inferiores por causa da presença do tecido adiposo em excesso. 

Por fim, no quarto estágio, considerado o mais grave, a pessoa pode desenvolver bloqueios nos vasos linfáticos, aumentando a retenção líquida.

 

Informações importantes sobre lipedema 

A cirurgia de lipoaspiração é uma das indicações mais eficientes no tratamento do lipedema. Após o procedimento, o paciente consegue resultados positivos, já que grande parte das células de gordura é retirada. 

No entanto, para que o resultado seja permanente, o paciente precisa mudar seu estilo de vida, fazendo o correto controle do peso corporal, praticando atividades físicas regulares e mantendo uma alimentação saudável. 

Após a lipoaspiração também é importante que a pessoa use malhas de compressão e faça drenagem linfática.

Nas consultas pré-operatórias, o médico cirurgião plástico deve solicitar exames como ressonância magnética, ultrassom de doppler venoso, exames de sangue, entre outros. 

É essencial ressaltar que a cirurgia de lipoaspiração para lipedema só deve ser feita por um cirurgião plástico competente e com uma prescrição precisa, de acordo com a avaliação do quadro de cada paciente. Buscar o tratamento correto é indispensável para evitar problemas de mobilidade e o comprometimento do sistema linfático. 

Em muitos casos, o tratamento da doença precisa ser multidisciplinar, com o apoio de um psicólogo, um fisioterapeuta e um nutricionista após a cirurgia. Dessa forma, fica mais fácil de o paciente conseguir realizar as mudanças de vida necessárias para controlar o lipedema.

 

 

DRA. MARIA CLAUDIA GIOMETTI - Médica cirurgiã plástica. É membro Titular e Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, além de fazer parte da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética - ASAPS. Fez Fellow em Cirurgia Estética na Espanha. Tem Mestrado pela UNIFESP. Atua nos principais hospitais particulares de São Paulo. Referência em cirurgia plástica para pacientes do exterior e de outros estados.

 

Exercício de força muscular pode reduzir a mortalidade por câncer

Estudo realizado pela Unifesp em parceria com universidades internacionais destaca a relação entre a prática de atividade física e a redução de risco de câncer



Estudo realizado por pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), em parceria com a Universidade de Harvard, Universidade Internacional de Valência (Espanha), Universidad Pública de Navarra (Espanha) e Universidade de Santiago do Chile, sugere que o exercício de força muscular pode reduzir a mortalidade por câncer. Esse efeito protetor pode ser maior se o exercício de força muscular é realizado em conjunto com atividades físicas aeróbicas.

O estudo, conduzido com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), consistiu em uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos disponíveis na literatura e foi recentemente publicado na revista científica International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity .

"Nos últimos anos, a atividade física tem recebido destaque na literatura científica pelo seu papel na prevenção de vários tipos de câncer. Estudos epidemiológicos de coorte (que acompanham pessoas por anos/décadas para investigação das causas do câncer) sugerem que há evidência forte/suficiente para afirmar que atividade física reduz o risco de 7 tipos de câncer - mama, cólon, endométrio, estômago, esôfago, rim e bexiga", explica o pesquisador Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da EPM/Unifesp.

No entanto, Rezende destaca que ainda não é claro na literatura qual o tipo de atividade física mais eficaz para redução do risco desses tipos de câncer. "Nesse sentido, utilizamos dados de 12 artigos, sendo 11 coortes e 1 caso controle, para sintetizar a evidência científica sobre a associação entre exercícios de força muscular, comumente praticados em academias, estúdios de treinamento funcional e crossfit, e risco de câncer. A análise foi feita levando-se em consideração 3 categorias de análise: efeito do exercício de força isolado sobre a mortalidade por câncer; impacto do exercício de força e atividade físicas aeróbicas combinadas sobre a mortalidade por câncer; e efeito do exercício de força sobre a incidência de diferentes tipos de câncer".

A conclusão do estudo é de que a prática isolada do exercício de força muscular pode reduzir em 14% a mortalidade por câncer. "Essa redução da mortalidade foi ainda maior (28%) quando o exercício de força muscular e atividade físicas aeróbicas foram realizadas em conjunto. O exercício de força muscular também esteve associado com menor incidência de câncer de rim, provocando uma redução de 26%. A associação entre exercício de força muscular e os demais tipos de câncer (cólon, próstata, pulmão, linfoma, pâncreas, mieloma múltiplo, bexiga, esôfago, reto, melanoma, leucemia e cânceres do sistema digestivo) foi inconclusiva devido ao número limitado de estudos", conclui Rezende.

Junho Verde: Entenda a Escoliose

 Condição atinge principalmente meninas a partir dos 11 anos


Entre as condições da coluna sobre a qual mais ouvimos falar está a Escoliose. Porém, nem sempre sabemos ao certo o que é a condição e o que há causa. Ainda, há dúvidas sobre formas de identificar o problema e de tratamento. Por isso, junho foi determinado como o mês de conscientização sobre a Escoliose, para que seja disseminado conhecimento sobre esse mal da coluna.

A escoliose é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna, determinada pela rotação das vértebras. Dessa forma, a coluna vertebral, em vez de reta, fica com uma aparência de "C" ou de "S". Existem três principais tipos de escoliose, como explica o ortopedista Dr. José Thiago Portela Kruppa, especialista em deformidades da coluna vertebral da Clínica SO.U:

• Idiopática: responsável por cerca de 80% dos casos, não tem causa definida. Afeta principalmente crianças e adolescentes e, majoritariamente, meninas jovens, entre 10 e 15 anos.

• Neuromuscular: um efeito colateral de condições que debilitam os músculos de forma que esses não consigam sustentar a espinha.

• Congênita: é o tipo menos comum e causada por uma falha na formação da coluna vertebral ainda no desenvolvimento antes do nascimento.

Estima-se que mais de 6 milhões de brasileiros tenham escoliose idiopática e que cerca de 2% a 4% da população mundial tenha a condição diagnosticada. Alguns desses desvios podem ser assintomáticos, porém, os sintomas mais comuns incluem:

• Ombros desiguais/ desnivelados

• Cabeça não centrada diretamente acima da pélvis

• Um lado do quadril, ou ambos, mais alto

• Costela mais saliente

• Linha da cintura desigual

• Textura ou aparência da pele sobre a espinha com alterações

• Corpo pendente para um lado

"Ainda, devido às alterações no tamanho e formato do tórax, é possível haver complicações respiratórias. Também é possível em casos mais severos haver danos nos nervos das pernas e/ou causar desconfortos na bexiga ou intestino", diz o médico.

A escoliose pode ser tratada e em casos de crianças, o diagnóstico prematuro é essencial. O tratamento varia de acordo com a gravidade da condição, que varia de leve a severa, dependendo do ângulo da curvatura da coluna. "Em casos mais brandos, podem ser indicados, a princípio, apenas a observação do desenvolvimento do quadro, o uso de colete e fisioterapia para fortalecimento dos músculos da região. Ainda, pode ser recomendada cirurgia, para situações nas quais é observado o progresso da curvatura, principalmente em crianças, e, para adultos, quando o grau da curvatura for superior a 50°", explica Dr. José Thiago.

É importante que, ao suspeitar da possibilidade de escoliose, um médico seja procurado para realização dos exames necessários para diagnóstico, como raio-x, tomografia ou ressonância. Se constada, é importante o início de tratamento e monitoramento especializado, para que problemas futuros sejam evitados.

 

Covid-19 exacerbou a epidemia de obesidade infantil

A obesidade é um desafio de saúde pública global. As crianças correm um risco especial de ter excesso de peso, cuja prevalência aumentou dramaticamente nas últimas décadas. Além disso, crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos. Portanto, controlar a o ganho de peso tornou-se uma prioridade para as autoridades de saúde pública.


A obesidade é uma doença heterogênea complexa baseada em três pilares principais:

1- Determinantes genéticos

2- Determinantes comportamentais

3- Determinantes ambientais

Obesidade e COVID-19 são pandemias que afetam negativamente a saúde e o bem-estar das crianças.

Segundo a nutricionista Adriana Stavro, durante os tempos de pandemia da COVID 19, os dois últimos pilares modificáveis (comportamentais e ambientais) foram potencialmente afetados. Muitos governos em todo o mundo instituíram uma série de medidas de proteção, incluindo o fechamento de escolas.
O ano escolar de 2020 foi interrompido abruptamente. O aprendizado físico em sala de aula foi cancelado, forçando as crianças a ficar em casa e mudar seu aprendizado para meios virtuais. O fechamento das escolas e as medidas de confinamento domiciliar subsequentes, afetaram negativamente a saúde física e emocional das crianças.

Crianças com obesidade enfrentam riscos biopsicossociais aumentados durante COVID-19.

O fechamento de escolas resultou na ausência de sessões organizadas de atividade física, levando a um maior período sedentário e aumento do ganho de peso entre as crianças.


A pandemia da COVID-19 interrompeu significativamente a rotina diária das crianças

A evidência é clara, a rotina de casa, escola e comunidade e suas interações, mudaram para cenários irreconhecíveis, aumentando o estresse para as crianças e as famílias. O impacto do estresse aumenta a inflamação, diminui a resposta imunológica e aumenta ingestão de alimentos densos em calorias. Tais ações aumentam a suscetibilidade ao ganho de peso, especialmente em tempos que a quantidade de atividade física diária foi reduzida devido às restrições implementadas.



O estresse exacerba a inflamação e prejudica a resposta imune em crianças obesas durante a COVID-19.

Segundo um estudo de revisão bibliográfica publicado em fevereiro de 2021, durante a era COVID-19, crianças e adolescentes aumentaram a ingestão alimentar e ganharam peso. Especificamente, 41,7% dos adolescentes na Palestina relataram ganho de peso devido ao aumento no consumo de alimentos fritos, doces, bebidas com adição de açúcar e produtos lácteos.

Na Polônia, um aumento no IMC foi associado a uma redução na ingestão de vegetais, frutas e legumes, levando ao ganho de peso de quase 30% das crianças e adolescentes.

Os resultados da Espanha foram mistos, onde mais de 50% declararam nenhuma mudança em seu peso, mas 25% afirmaram que seu peso estava elevado devido a sintomas depressivos.

No Brasil,uma Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), concluiu que a medida adotada em várias cidades do país contribuiu para o aumento dos índices da obesidade infantil. As conclusões foram publicadas em artigo na revista Jornal de Pediatria, que apontou que os aspectos desencadeados pela Covid-19, principalmente relacionados ao isolamento social, propiciaram o aumento da obesidade infantil.

A obesidade é um dos fatores que agravam a Covid-19. Para a nutricionista Adriana Stavro, por isso é particularmente importante para crianças ter uma dieta nutritiva para proteger a imunidade e garantir seu crescimento e desenvolvimento adequado.


Uma dieta que contém todos os nutrientes essenciais é importante para apoiar o crescimento, o desenvolvimento e a saúde a longo prazo das crianças.

Aqui estão algumas dicas para garantir que crianças recebam uma alimentação nutritiva.


O que devo servir?

• Ofereça no mínimo quatro grupos de alimentos por dia incluindo frutas e vegetais, grãos, leguminosas, nozes, proteínas magras, laticínios e alimentos básicos como arroz e feijão.

• grãos inteiros, como pão integral, arroz integral, quinua e macarrão de trigo integral

• alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, feijões, ovos,leite e derivados

• Eles também precisam beber muitos líquidos, como água purificada e chás, para mantê-los hidratados.

• Realize refeições principais completas, com todos os grupos de nutrientes, carboidratos, proteínas e gorduras. A criança precisa de um prato completo.

Que tipo de comida devemos evitar?

• Batatas fritas, biscoitos e sorvete

• Bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos, bebidas esportivas e chás doces

• Alimentos industrializados, ricos em gordura, açúcar e calorias.


Quão ativas devem ser as crianças?

• Incentive seus filhos a pelo menos 30 minutos de exercícios físicos todos os dias. Sempre que possível, deixe-os sair e brincar. Faça uma caminhada, corra, ande de bicicleta ou pratique esportes como futebol ou basquete.

• Lembre-se de manter pelo menos 2 metros de distância de pessoas com quem você não mora quando estiver fora de casa. Crianças com mais de 2 anos e adultos devem usar máscara.

Crianças menores de 2 anos não devem usar máscara.

Quantas horas de sono as crianças precisam?

Dormir o suficiente traz muitos benefícios à saúde e ajuda a manter um peso saudável. Ajude seus filhos a dormir e acordar na mesma hora todos os dias. Desligue todas as telas pelo menos 1 hora antes de deitar.

As necessidades de sono variam:

• bebês: 11-14 horas, incluindo cochilos diurnos

• pré - escolares: 10-13 horas, incluindo cochilos

• crianças em idade escolar e pré-adolescentes: 9-12 horas por noite

• adolescentes: 8-10 horas por noite


O que mais devo saber?

A pandemia de coronavírus mudou o mundo de muitas maneiras. O enfoque em hábitos saudáveis, como comer e permanecer ativo, pode ajudar as crianças e os pais a manter o senso de controle durante um período de incerteza.

Seja um bom exemplo para seus filhos ao:

• Desfrutar de alimentos saudáveis e não coma demais

• Seja ativo todos os dias

• Limite seu próprio tempo de tela

• Encontre maneiras de gerenciar o estresse



Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein
Pós graduada em Nutrição funcional pela VP e em Fitoterapia pela Courses4U

Instagram -@adrianastavronutri


Paramédica brasileira em Londres ensina como ajudar uma pessoa que se engasgou

Você sabia que milhares e milhares de pessoas de todas as idades morrem engasgadas todos os anos? Você saberia salvar alguém que esteja engasgando? 


Tem técnica sim e quem vai ensinar é uma paramédica, única mulher brasileira neste cargo no Rreino Unido, que pilota sua própria viatura ambulância sozinha, atendendo as emergências mais graves da capital britânica- Londres. Seu nome é Priscila Currie, formada há 7 anos pela St Georges University, que trabalha para o governo no sistema único de saúde NHS.

- Incentive a pessoa tossir com força.

- Se a pessoa não consegue tossir, falar ou respirar significa que o engasgo é muito sério e ela tem apenas alguns minutos antes de perder a consciência.

- Com a palma da mão bata forte na parte de cima das costas (entre os ombros) até 5 vezes. Lembre de amparar a pessoa com seu braço para que ela não caia para frente. Se isso não funcionar...

- Será necessário as compressões abdominais, também conhecidas como manobra de Heimlich. 

 Obs: procedimento não é recomendado para crianças menores de 1 ano.

- Fique em pé atrás da vítima com uma perna à frente entre as pernas da vítima.

- Para uma criança, desça ao nível dela e mantenha a sua cabeça inclinada para o lado.

- Alcance ao redor do abdômen e localize o umbigo. Coloque o lado do polegar do seu punho contra o abdômen, logo acima do umbigo.

- Segure seu punho com a outra mão e empurre para dentro e para cima no abdômen da vítima com empurrões rápidos e fortes.

- Se infelizmente não funcionar, coloque a vítima no chão e comece a fazer or RCP - Ressuscitação Cardio Pulmonar.

"Aprenda primeiros socorros e salve vidas", finaliza Priscila. 



Priscila Currie - formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Ela trabalha como Paramédica para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.  Além disso, também ensina primeiros socorros em suas horas vagas e ajuda milhares de pessoas em suas redes sociais, onde é mais conhecida como Priscila Paramédica Londres.


03 de juho - Dia Mundial do Pé Torto

 Pé torto congênito pode ser identificado na gestação e tratamento precoce proporciona vida normal à criança

 

No dia 03 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Pé Torto Congênito (PTC). A data foi escolhida pela Ponseti International Association (PIA) em homenagem ao nascimento do Dr. Ignacio Ponseti - criador do método Ponseti para tratar o pé torto e tem como objetivo aumentar a consciência sobre a deficiência, prevenção e tratamentos.

Essa doença é uma deformidade complexa que envolve os ossos, músculos, tendões e atinge um em cada 1.000 recém-nascidos; sendo que, em 50% das vezes, ambos os pés dos bebês são afetados. Estima-se que no Brasil há cerca de 3.500 novos casos por ano.

As crianças que possuem PTC apresentam os pés encurvados para dentro, com pouca mobilidade nas articulações do pé e tornozelo e estão associados à rigidez do pé.

Apesar de evidências apontarem para fatores genéticos, a causa do PTC ainda é desconhecida. Porém, o diagnóstico pode ser feito a partir do 2º trimestre de gestação por meio do ultrassom morfológico.

“Assim que o problema for detectado, o bebê deve seguir acompanhamento com um ortopedista pediátrico para a realização do tratamento adequado que é muito eficaz, principalmente se iniciado logo nos primeiros meses de vida”, explica a Dra. Tatiana Guerschman, especialista no Método Ponseti no Brasil e ortopedista do Centro de Excelência do Sabará Hospital Infantil, que possui cuidados focados nessa doença.

O tratamento é feito com cerca de cinco gessos seguidos de uma pequena cirurgia (tenotomia do tendão calcâneo). O sucesso no tratamento garante a possibilidade de uma infância cheia de brincadeiras e sem limitações para as atividades diárias e os esportes.

 


Sabará Hospital Infantil

Boneco ultra tecnológico ajuda a testar tratamentos de radioterapia

Simulação feita com boneco ajuda a testar a excelência do tratamento e a intensidade da radiação aplicada em pacientes reais

 


O tratamento de radioterapia, como muitos sabem, envolve o processo de aplicação de feixe de radiação diretamente no tumor para atingi-lo e destruí-lo. Existe uma enormidade de cálculos para se chegar à posição ideal do feixe de radiação e atingir exatamente o local desejado. Mas como o médico tem certeza de que o tratamento aplicado em seus pacientes está correto? Como os tratamentos radioterápicos são testados?

Uma das formas é a realização de auditorias por instituições competentes. Nesse caso, mais importante que observar o modelo da máquina é ver se a clínica entrega a dose exata prescrita pelo médico. Recentemente, uma clínica de radioterapia de Minas Gerais passou por uma dessas auditorias. O Instituto de Radioterapia São Francisco (IRSF) foi testado quanto à qualidade e excelência do planejamento e tratamento de Radioterapia por Intensidade Modulada (IMRT) de cabeça e pescoço, com enfoque nos processos da Física Médica. E o processo envolve muita tecnologia!

 

Boneco paciente

Quem realizou a auditoria foi o MD Anderson, um dos mais respeitados centros de ensino e pesquisa em oncologia no mundo, pertencente à Universidade do Texas/EUA.

 

E funciona assim: segundo o físico médico do IRSF, Arnie Nolasco, a instituição envia um simulador de paciente (boneco que imita um paciente real) para a clínica. Esse “paciente” é submetido a todo o processo interno da clínica, passando por todas as etapas regularmente, conforme os protocolos atuais. O simulador é tratado como se fosse um paciente típico e posteriormente devolvido ao MD Anderson para a avaliação dos resultados.

“O simulador de paciente feito pelo MD Anderson dispõe de uma avançada tecnologia de detecção de dose de radiação, servindo como um meio de conferência para assegurar se estamos cumprindo ou não os objetivos clínicos planejados e executados no aparelho de tratamento”, explica Arnie.

E o resultado foi bastante positivo. Segundo o médico, o relatório publicado pelo MD Anderson destacou que todos os critérios de acurácia estabelecidos foram alcançados pelo IRSF. As doses planejadas e desejadas pelo médico foram, de fato, entregues ao paciente (boneco) durante o tratamento. 

Arnie explica que o MD Anderson está engajado na promoção da excelência técnica das atividades médicas em Oncologia através de diversos programas de ensino, formação continuada e processos de auditoria destinados a hospitais do mundo inteiro.

 

Câncer de cabeça e pescoço 

A Radioterapia por Intensidade Modulada (IMRT) analisada pelo MD Anderson, é um dos principais tratamentos indicados para cânceres de cabeça e pescoço (que inclui orofaringe, laringe, cavidade oral, hipofaringe e nasofaringe). Segundo especialistas, essas neoplasias podem ser tratadas também com quimioterapia e cirurgia, dependendo do caso, contando ainda com uma equipe multidisciplinar. A incidência de câncer da cavidade oral, por exemplo, é de 15 mil novos casos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer - Inca.

 

                                   Boneco enviado pelo MD Anderson para realização da análise

 


Imagens: IRSF/ Divulgação


Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil

 Ministério da Saúde alerta sobre a importância de hábitos saudáveis e alimentação balanceada desde cedo para prevenir doenças

 

Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na infância. Por isso, é preciso chamar atenção para a qualidade de vida e rotina alimentar balanceada nesta quinta-feira (3), Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.

A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida. Nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8, sendo 7% já apresentam obesidade. Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS).

Esses números reforçam a importância da educação alimentar desde cedo para evitar as consequências que podem acompanhar esses jovens pela vida toda, afetando o desempenho escolar e aumentando o risco de várias doenças, como hipertensão e diabetes.

A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo. A interrupção significativa na rotina das crianças pode gerar impacto negativo na saúde mental e bem-estar, o que pode provocar um índice ainda maior de jovens com excesso de peso. Os cuidados com a saúde de forma multidisciplinar devem ser intensificados, como a prática de atividade física e escolhas mais saudáveis na alimentação.

Em 2016, foi proclamada a Década de Ação das Nações Unidas sobre Nutrição (2016 a 2025) e o Brasil lidera as ações, em conjunto com outros governos, para enfrentar os problemas decorrentes da má nutrição, principalmente para o excesso de peso em crianças menores de cinco anos de idade.

No SUS, o atendimento multidisciplinar garante várias abordagens necessárias para o acompanhamento e tratamento da doença, já que isso também envolve uma mudança de comportamento em casa. O Ministério da Saúde tem investido em diretrizes e ações de prevenção e controle e para melhorar a alimentação na infância. Em 2021, a pasta lançou o Guia Alimentar de bolso para menores de 2 anos, com orientações para introdução alimentar correta a partir dos seis meses.


Prevenção

A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, comportamentais, que atuam em vários contextos: familiar, escolar, social. Fatores que podem ocorrer ainda na gestação podem influenciar, como a nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso. Também pode envolver um aleitamento materno de curta duração e introdução de alimentos de forma inadequada.

Crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas articulações e nos ossos, diabetes e doenças cardíacas. Para evitar esses riscos, é essencial que a introdução alimentar seja feita no período correto (a partir dos 6 meses, após o período de aleitamento materno exclusivo) e com os alimentos balanceados. Se esse período não tiver o cuidado e atenção necessários, as crianças ficam expostas cada vez mais cedo aos alimentos ultraprocessados e industrializados.

Os salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados devem sair de cena e dar mais espaço aos alimentos que já conhecemos bem, como arroz, feijão, legumes e frutas. Portanto, o acesso à informação sobre escolhas mais saudáveis para as famílias, profissionais de saúde, cuidadores e responsáveis é fundamental para combater o problema.


Ações estratégicas

O Ministério da Saúde lançará, em julho, a Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja) e a Campanha Nacional de Prevenção à Obesidade Infantil. O objetivo da pasta é investir ainda mais na melhoria da saúde e da nutrição das crianças brasileiras. As ações apoiarão os municípios no planejamento, implementação, monitoramento de ações e intervenções na Atenção Primária à Saúde.

Também será lançado um sistema online que permitirá que os gestores municipais de saúde façam o acompanhamento das ações e cumprimento de metas.

 


Nathan Victor

Ministério da Saúde


Posts mais acessados