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segunda-feira, 15 de junho de 2020
La Piedad uruguaia
La
Pietá – Pablo Atchugarry
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- Por Sidney Michaluate
|
Do quintal do Vaticano para o quintal de casa
A obra uruguaia devolvida pelo Vaticano
ao país em 2014, hoje repousa no quintal da Fundação Atchugarry (em Maldonado),
baixo os tetos de uma mini capela construída exclusivamente para ela pelo
famoso arquiteto, Carlos Ott – responsável pela nova Ópera da Bastilha, em
Paris. Uma das obras mais famosas de Michelangelo teve sua versão pós moderna,
Pietá (La Piedad em espanhol), esculpida em mármore Carrara por Pablo
Atchugarry, renomado artista plástico uruguaio. A escultura definitivamente é
uma releitura da renascentista, que carrega em si alguns traços de Picasso,
transformando o pitoresco conjunto em algo perfeito, do qual não se tem vontade
de parar de admirar. Assim, é como definitivamente nos sentimos diante de tanta
beleza.
Pablo Atchugarry a esculpiu entre os anos
de 1982 e 1983, durante sua longa estadia na Itália. A inspiração surgiu quando
em umas de suas viagens e caminhadas pela Europa, se deparou com uma das obras
de Michelangelo. “Então, comecei a frequentar, a conhecer, a respirar e admirar
ao gênio”, confessa Pablo em depoimento no livro comemorativo de dez anos
da Fundação Atchugarry. “Quando realizei a minha Piedad, queria fazer uma
homenagem ao grande artista, e a obra que lhe acompanhou por toda uma vida”,
finaliza o artista.
La Piedad, a priori era para ser uma
“Dolorosa” ao estilo virgem aos pés da cruz encomendada por Mariano Colombo ao
artista uruguaio, com intenção de colocar em sua Igreja localizada na cidade de
Onno, na Itália. “Sem embargo, o jovem Pablo pensou grande e criou La
Piedad. Eu havia visto somente uma mão de mármore, esculpida com graça e força
no estilo de Michelangelo, mas no final surgiu esculpida de um bloco de mármore
de Carrara de 2mX1,60X1,50 a essencial, expressionista, forte imagem de Cristo
morto no colo da jovem e aterrorizada Mãe María. São inumeráveis os exemplos de
Piedad da tradição medieval, renascentista, barroca e moderna que precederam a
essa obra de Atchugarry, contemporânea as tragédias do nosso século e de suas
exasperadas expressões de arte. Me remeteu ao “Grito” de Edward Munch”,
conta Mariano Colombo, representante da Igreja de Onno ao livro da fundação de
Pablo.
Ainda em seu depoimento Mariano Colombo
conta como conseguiu um lugar muito especial para abrigar a escultura
Atchuagrryana. “O estilo da iconografia tradicional das Igrejas católicas é
o figurativo e devocional. A grande peça de mármore sagrada era extremamente
moderna na época. Muito impressionado e fascinado pela novidade e potência
expressiva da Piedad de Pablo, eu encontrei imediatamente um local onde
colocá-la, depois de pedir e obter autorização a expusemos na igreja principal
da cidade Lecco”, continua o religioso.
Logo depois, ela por ser considerada
muito laica por algumas autoridades da igreja italiana, foi devolvida para
o seu dono de origem. Após, mais de trinta anos em outro país “La Piedad”,
volta para casa. A escultura predileta do artista chegou em grande estilo e
ganhou uma casa para abrigá-la com nome e sobrenome.
Atualmente, enquanto não se pode visitar
e se emocionar com a beleza e magnitude de La Piedad pós moderna, por conta das
restrições e cuidados em combate ao coronavírus, podemos contemplá-la numa
visão 360ª disponível no site da Fundação Atchugarry e no link abaixo:
http://www.fundacionpabloatchugarry.org/virtual/capilla/ e o relato de Pablo Atchugarry e Mariano Colombo podem ser
conferido no link: https://issuu.com/quadrifoliumgroup/docs/catalogo_decennale_fondazione_pablo , onde está disponibilizado o livro comemorativo aos 10 anos
da Fundação, que conta muito sobre a trajetória do artista, nos idiomas inglês
e espanhol.
Fundação Pablo Atchugarry
A Fundação Pablo Atchugarry é uma
instituição sem fins lucrativos, obra do escultor Pablo Atchugarry, inaugurada
em 2007.
Foi criada com o espírito de promover as
artes plásticas, literatura, música, dança e outras manifestações criativas do
homem. Este projeto social e cultural é construído de forma constante e
dinâmica, consolidou-se por meio do trabalho e da experiência do seu fundador.
A Fundação Pablo Atchugarry é um lugar de
união entre natureza e a arte, onde o cantar dos pássaros acompanha o
espectador entre lagos e a paisagem ondulante que abriga suas esculturas e
outras formas de arte.
A projeção, como um ponto de encontro
para todas as disciplinas da arte, permite que professores renomados e jovens
que iniciam suas carreiras na arte exibam seu trabalho. Na estrutura está o
atelier do escultor, um edifício com três salas de exposições, um auditório
(destinado a concertos e conferências), um palco ao ar livre para shows do
espetáculo, restaurante, sala didática para aulas de escultura, pintura,
desenho e cerâmica; e um último espaço abriga a coleção permanente e o trabalho
do fundador.
O objetivo educacional é essencial para a
fundação, por isso a cada dois anos a fundação realiza a Bienal Nacional de
Jovens Artistas, e ao longo do ano mantém um programa educacional focado a
priori para escolas rurais em Maldonado. Para Pablo: “a arte é uma profunda
expressão interna onde o passado e o futuro se fundem, criando uma plataforma
para a fuga de novas gerações ..."
Mais sobre a biografia de Pablo
Atchugarry, confira no link abaixo: http://www.fundacionpabloatchugarry.org/es/pablo-atchugarry
Perguntas e respostas da Mayo Clinic: A importância de uma avaliação para câncer de pele
PREZADA MAYO CLINIC: Eu
completo 50 anos este ano, e no meu check-up anual meu médico sugeriu que
eu me consultasse com um dermatologista para fazer uma avaliação para melanoma.
Eu nunca tive pintas ou manchas suspeitas na pele, logo nunca antes fiz uma
avaliação de pele com um dermatologista. É realmente necessário?
RESPOSTA: É importante estar
familiarizado com a sua pele para que você possa notar mudanças, mas é sempre
uma boa ideia ser avaliado por um dermatologista para uma avaliação de pele
inicial. Enquanto autoavaliação regular faça com que seja mais provável que o melanoma e
outros tipos de câncer
de pele sejam detectados mais cedo, ter o olhar treinado de um
especialista para mudanças que você pode não ver é sempre benéfico. Quanto mais
cedo o câncer de pele é diagnosticado, maiores são as chances de curá-lo.
O melanoma é o tipo mais sério de câncer de pele.
Ele se desenvolve em células chamadas melanócitos que produzem melanina, o
pigmento que dá cor a sua pele. A causa exata de todos os melanomas não é
certa, mas exposição à raios UV aumenta seu risco de desenvolver a doença.
Estes podem vir da luz do sol, bem como de lâmpadas e câmaras de bronzeamento.
Fatores genéticos e tipo de pele também podem ter um papel no desenvolvimento
de câncer de pele.
O número de casos de melanoma cresceu drasticamente
nos últimos 30 anos, especialmente entre mulheres de meia-idade. Isto pode
estar ligado ao aumento do número de câmaras
de bronzeamento usadas nos anos 80, quando muitas mulheres agora
em seus 40 e 50 anos estavam na adolescência.
O melanoma que permanece sem avaliação e se espalha
pode ser difícil de ser tratado. Mas quando é diagnosticado cedo, o melanoma é
frequentemente curável.
Ao checar a sua pele para possíveis preocupações,
tenha em mente o ABCDE
do câncer de pele:
·
“A” é para assimetria: observe pintas e marcas que
têm formato irregular ou cuja metade parece diferente da outra.
·
“B” é para borda: em que as bordas das pintas são
irregulares, recortadas ou onduladas.
·
“C” é para cor: com a cor da pinta variando de uma
área para outra. A variação de cor dentro da pinta é algo que deve ser avaliado.
·
“D” é para diâmetro: se você tem uma pinta maior do
que um quarto da polegada (6 milímetros), faça uma avaliação.
·
E “E” é para evolução: se uma pinta muda de
tamanho, forma ou cor, ou se está sangrando, coçando ou sensível, é importante
que seja avaliada prontamente.
Embora você não indique ter preocupações com a
pele, ainda assim seria benéfico consultar com um dermatologista para fazer uma
avaliação de pele inicial, especialmente se você tem histórico de melanoma na
família ou usou câmaras de bronzeamente frequentemente. Mesmo que seja mais
comum desenvolver novas pintas durante a infância e início da idade adulta,
pessoas mais velhas podem desenvolver manchas pigmentadas, como a ceratose
seborreica, que podem ser confundidas com pintas e causar preocupação.
Uma avaliação de pele feita por um dermatologista
leva apenas alguns minutos, mas é uma parte crítica para identificar o câncer
de pele. Outros tipos de câncer de pele que um dermatologista vai procurar
incluem carcinoma
basocelular e carcinoma
espinocelular. Esses cânceres tendem a se parecer com manchas rosas,
vermelhas ou escamosas na sua pele que não vão embora sozinhas. Podem sangrar e
crescer em tamanho.
Nesse meio tempo, eu recomendaria que você criasse
o hábito de checar sua pele uma vez por mês e que fosse diligente ao proteger a
sua pele o quanto for possível.
Fique fora do sol durante o meio do dia, quando os
raios UV estão mais fortes, e quanto estiver fora de casa use roupas
protetoras, como chapéu, e protetor solar, não importa a estação ou tipo de
clima. O fator de proteção solar, ou SPF, do seu protetor deve ser no
mínimo 30. Procure por protetores que sejam de amplo espectro, para
proteger contra os raios UVA e UVB. O protetor deve ser aplicado
generosamente e frequentemente para alcançar proteção completa. — Dr.
Alison Bruce, Dermatologia, Mayo Clinic, Jacksonville, Florida
Estudo mostra que obesidade e diabetes sem controle estão entre as causas de quadro grave da Covid-19
Um estudo
realizado com 4.103 pessoas na cidade de Nova York apontou as principais causas
de internações e óbitos pela Covid-19 e a obesidade e o diabetes estão entre as
principais doenças responsáveis pela piora do paciente, isso porque as duas
doenças estavam no momento de crise, fora de controle.
“Nesta pandemia de Covid-19 é muito importante
manter o tratamento prescrito pelo médico especialista. É um alerta que vem
sendo feito desde o começo da disseminação do novo coronavírus. Pessoas com
diabetes e obesidade não são mais propensas a contrair a Covid, mas se forem
infectadas podem ter uma evolução grave da doença”, alerta Dra. Lorena Lima
Amato, médica endocrinologista.
Da população testada no estudo, 4.103 pacientes apresentaram
resultado positivo para Covid-19 (48,7%). Desse total, 1.999 foram
hospitalizados (48,7%) e os outros 1.582 morreram, avançaram para cuidados
intensivos ou tiveram alta.
Entre os 1.582
casos, 650 sofreram doença grave (41,1%), 292 foram a óbito (18,5%) e 932
(58,9%) tiveram alta sem complicações graves. Entre os pacientes que
testaram positivo para Covid-19, 15% eram diabéticos e 27% obesos. A maioria
era homem, com média 52 anos de idade.
Dra. Lorena Lima
Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade
Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na
Universidade Nove de Julho.
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/Alergias e Covid-19 é o tema da Semana Mundial da Alergia 2020
- Pacientes com
asma, anafilaxia, rinite e imunodeficiências: como proceder?
- Especialistas
da ASBAI farão LIVE para tirar dúvidas do público
- Semana Mundial
da Alergia acontece de 28/06 a 04/07
“Os Cuidados com as alergias não param com a
Covid-19” é o tema da Semana Mundial da Alergia 2020, que
acontece entre os dias 28/06 e 04/07. Embora as
alergias não sejam um fator de risco para contrair a doença, algumas delas
podem se tornar um fator complicador para uma pessoa que contraia a Covid-19.
Asma -
O Departamento Científico de Asma da Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)
explica que é muito importante manter o controle da doença, principalmente
nesse período de pandemia. Isso porque se a asma não estiver sob controle, pode acarretar complicações ao
paciente caso ele contraia a Covid-19. O mesmo vale para a rinite.
A asma, que atinge entre 10% e
25% da população brasileira, e a rinite, que segundo estudo ISSAAC
(Internacional Study of Asthma and Allergies), compromete cerca de 26% crianças
e 30% dos adolescentes, são as mais prevalentes nesta época do ano, que
apresentam temperaturas mais frias e tempo seco.
Anafilaxia – Pacientes
com histórico de anafilaxia
devem ter sempre por perto a adrenalina, medicamento de emergência que deve ser
aplicado imediatamente à reação alérgica, considerada a mais grave e que pode
levar a óbito.
Nos casos de anafilaxia grave, o Departamento
Científico de Anafilaxia da ASBAI orienta manter a conduta e seguir o plano de
ação habitual, procurando serviços de emergência imediatamente após o uso de
adrenalina. O uso da telemedicina é
recomendado para discutir, proativamente com o paciente, o manuseio da
anafilaxia durante este período. Monitorar a pressão arterial e a saturação de
oxigênio com oxímetro de pulso podem ser úteis para avaliação domiciliar.
Imunodeficiências - De uma
maneira geral, pacientes com diagnóstico de alguma imunodeficiência
primária apresentam o mesmo risco que todas as pessoas para se infectar pelo
coronavírus, mas apresentam riscos diferentes para ter a doença respiratória
grave por esse vírus, na dependência do tipo de defeito do sistema imunológico.
O Departamento Científico de Imunodeficiências
da ASBAI explica que a imunoglobulina policlonal humana em uso não confere
proteção contra o atual coronavírus, pois contêm anticorpos provenientes do
plasma de doadores coletado muito antes do início da pandemia. Por conta disso,
não está indicado usar imunoglobulina para tratar
quadros graves de Covid-19.
As medidas mais importantes em pacientes com IDP
são manter isolamento social, particularmente pelos pacientes com doenças de
maior risco de Covid-19 grave e estendido a todos os indivíduos que moram na
mesma casa e/ou cuidam deles; não suspender qualquer tratamento sem conversar
com seu médico; a aplicação de imunoglobulina não deve ser suspensa, mas
mudanças no intervalo de aplicação e uso domiciliar devem ser considerados; e
não usar qualquer medicamento novo sem conversar com seu médico são algumas das
recomendações, além das referentes à higienização das mãos, máscaras, etc.
O Dr. Flavio Sano, presidente da
ASBAI, enfatiza a importância de não se abandonar o tratamento prescrito pelo
especialista. “Estamos com um trabalho permanente para informar pacientes e
famílias sobre as alergias e Covid. Neste momento, a informação é uma das
peças-chaves para combater o novo coronavírus”, conta Dr. Sano.
Devido à necessidade de isolamento
social, este ano a ASBAI não realizará ações presenciais com o público, mas
preparou uma campanha digital em seus canais de comunicação. No dia
30/06, às 18h, acontece uma LIVE, no canal do YouTube da ASBAI, com
a participação de especialistas que vão tirar as principais dúvidas sobre
alergias e Covid-19.
A Semana Mundial de Alergia é uma
iniciativa anual da Organização
Mundial de Alergia (WAO), juntamente com suas
Sociedades Membros, para aumentar a conscientização sobre doenças alérgicas e
distúrbios relacionados e defender a provisão de treinamento e recursos no
diagnóstico, gerenciamento e prevenção destes. doenças e asma, que estão
aumentando em prevalência em todo o mundo.
ASBAI
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Facebook: Asbai Alergia
Álcool em gel: herói e vilão em tempos de Covid-19
Em tempos de pandemia da Covid-19, o álcool em gel
tornou-se um aliado para combater o novo coronavírus, porém, ao mesmo tempo,
ele pode ser um risco para adultos e, principalmente, crianças.
Extremamente inflamável, a chama do álcool em gel
é incolor, diferentemente da versão líquida. Portanto, ao usá-lo nas mãos, é
preciso esperar secar completamente para se aproximar do fogo, acender fogão,
cigarro, churrasqueira etc.
“E na quarentena, com as crianças em casa,
repletas de energia para gastar, os cuidados devem ser redobrados”. O alerta é
do Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica. “Estamos frequentemente pedindo e orientando
as crianças a higienizarem as mãos e esquecemos que aquilo é álcool, muito
perigoso, passível de provocar queimaduras graves”, explica o especialista.
Dicas do Dr. Fernando Amato:
- Em casa, opte por lavar as mãos com água e
sabão
;
- Na necessidade de usar o álcool em gel, é muito
importante que um adulto supervisione a higienização das crianças;
- Após passar o álcool em gel nas mãos, aguarde secar para retomar às
atividades."
“Queimaduras são sérias e quando não levam à
morte, podem provocar cicatrizes para o resto da vida”, conta Dr. Amato.
Dr. Fernando C. M. Amato
– Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia
Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de
Cirurgiões Plásticos (ASPS).
Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/Mudanças nos hábitos de higiene irão provocar uma reação em cadeia na sociedade
O coronavírus chegou ao Brasil logo após
o Carnaval e, nos últimos três meses, fez os brasileiros mudarem completamente
suas rotinas. A necessidade da quarentena e do isolamento social fez muitas
empresas adotarem o home office,
enquanto outros serviços essenciais, como supermercados e farmácias,
desenvolveram métodos para evitar aglomerações nos estabelecimentos. A
principal transformação, contudo, é interna: a adoção de novas formas de
higiene e prevenção que, no fim, desencadeia um processo que vai impactar
setores inteiros do país.
A preocupação com a
higiene passou a fazer parte do dia a dia dos brasileiros. Dois levantamentos
realizados pelo Instituto QualiBest mostram
esse fenômeno. Em março, logo após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus no
país, dois terços da população (66%) admitiram ter mudado hábitos de limpeza.
Já na primeira semana de maio, quando o país se aproximava da marca de 10 mil
mortes por conta da doença, esse indicador passou para 94%, com o álcool em gel
sendo o item preferido na hora de limpar superfícies e higienizar as mãos.
Se for possível apontar algum legado positivo na pandemia de
COVID-19, certamente é o maior cuidado com higiene e limpeza. Afinal, o avanço desse quesito está intimamente ligado a uma melhoria da saúde e
qualidade de vida da população em geral. O
rápido avanço do coronavírus, sendo o contato humano a principal forma de
contágio, evidenciou a necessidade de todos reverem comportamentos e condições
sanitárias no dia a dia. Agora, certamente é uma preocupação que vai perdurar
por um bom tempo, uma vez que os benefícios e a conscientização se tornam mais
presentes.
As novas medidas em
relação à higiene também provocarão transformações em setores inteiros. Para
evitar aglomerações, espera-se que, mesmo após a pandemia, as pessoas deem
preferência aos canais digitais na hora de consumir algo. Devido à doença, os
mais idosos, que naturalmente tinham uma menor aceitação de serviços on-line,
foram praticamente forçados a aderir ao comércio eletrônico. Certamente o
e-commerce vai aumentar sua participação no total de vendas. O varejo,
portanto, vai mudar, e as marcas que forem mais rápidas ao perceberem isso
ganharão a preferência dos consumidores.
A reação em cadeia que
todas essas mudanças podem trazer
para a economia e a vida em sociedade ainda é uma incógnita. Há uma série de
fatores envolvidos, e
o Brasil ainda luta para conter o avanço da doença. Além disso, vivemos um momento de tensão política,
agravado pela situação econômica e fiscal. É evidente que o PIB vai sofrer
retração em 2020 e tanto o poder público quanto a iniciativa privada precisam
compreender essas mudanças. Para melhorar, é preciso haver um esforço
organizado entre todas as esferas políticas para a retomada da economia e do
emprego ao longo do ano.
Não é exagero dizer que
o mundo não será mais o mesmo após a pandemia de COVID-19. O que antes fazia
sentido e era inquestionável passa, evidentemente, por uma análise mais crítica
a partir de agora. Situações que eram rotineiras, como ir ao mercado para fazer
compras, passam a ser consideradas arriscadas devido ao perigo do contágio e
por existir uma
alternativa viável como o e-commerce. Deste
momento em diante, o que importa é cuidar da nossa higiene e, consequentemente,
ganhar qualidade de vida no futuro.
Rafael Nasser - cofundador da FreeCô, o primeiro bloqueador de odores sanitários do Brasil – freeco@nbpress.com
FreeCô
Gordofobia: Psicóloga comenta o constrangimento que ocorreu com advogada ao vivo em programa de TV
Durante debate sobre violência
doméstica, participante entra no telão e fala para advogado que gostaria de
ajuda-la a emagrecer, deixando o clima do programa tenso. Até quando o
estereótipo dos padrões de beleza vão causar situações como essa?
Imagine a
situação: você está num programa para responder questões sobre o seu trabalho e
entra uma participante ao vivo ‒ até aí tudo bem ‒ porém, a questão é que a
participante é uma médica renomada e ela não tem exatamente uma questão sobre
sua profissão, mas sim um “desafio” para fazer a profissional emagrecer.
Isso mesmo!
Durante a
sua participação no programa Mulheres, da TV Gazeta, com um assunto muito
pertinente na atualidade, a violência contra a mulher, a advogada Sandra
Daniotti se viu presa num constrangimento sem fim. Ela foi desafiada por uma
médica a emagrecer com sua ajuda e de uma equipe. Então, a advogada aceitou o
desafio, mas ficou claramente desconcertada, o que revolta ao assistirmos a
cena e o que nos leva ao questionamento sobre a falta de bom senso do ser
humano.
O que
ocorre é que quando alguém deseja perder peso ela mesma procura por ajuda e não
importa o grau de suposta preocupação: é extremamente invasivo tirar essa
escolha das mãos da pessoa ao colocá-la contra a parede durante sua
contribuição profissional em um programa de TV.
Isso sem
falarmos no desvio de um assunto tão importante para focar no peso de alguém,
para voltarmos os olhares para esse detalhe e, principalmente, para fazermos
com que essa pessoa se sinta mal e perca a fala diante de tamanha invasão.
Curioso é
que quando alguém está abaixo do peso essas preocupações não se dão dessa
forma, o que nos leva a questionar de todas as formas possíveis o quanto a tal
preocupação é real e o quanto o que incomoda, de fato, é realmente alguém fora
dos padrões impostos pela nossa sociedade.
Muito além
da preocupação real
Sei o que
pode ser questionado aqui, mas e a saúde? E os problemas que o sobrepeso pode
trazer para a qualidade de vida? E daí por diante.
E aí que eu
lhes questiono: E os problemas que impor algo para alguém pode trazer para a
autoestima dessa pessoa? O que ser colocada contra a parede durante uma
contribuição profissional na frente de inúmeras pessoas pode provocar em
alguém? O que dá a alguém o direito de questionar o que o outro deve ou não
fazer através de um suposto desafio fora de contexto e em momento impróprio?
Verdade
seja dita, o bom senso se perdeu do ser humano ou o ser humano se perdeu do bom
senso já há algum tempo e fico extremamente triste ao ver o quanto as pessoas não
percebem os impactos de suas ações para o outro, o quanto nos falta empatia e
como pensam em se promover em detrimento do outro, pois, veja bem, na melhor
das hipóteses, a advogada conseguindo perder peso, quem brilha não é ela e sim
a médica que a desafiou.
Ou seja,
uma mulher que se colocou à disposição para tirar dúvidas jurídicas e a outra
que se apropriou da situação para mudar o foco de algo importante para algo que
não lhe foi solicitado acaba tirando um proveito gigantesco disso.
E diante de
uma surpresa desagradável, de péssimo tom na forma como foi feita, um
desrespeito a uma profissional e um uso completamente descabido de um veículo
de mídia importante.
Que todos
possamos parar de mascarar nossas intenções disfarçando-as de preocupação e que
possamos deixar as mulheres livres para fazerem suas próprias escolhas sobre o
seu corpo, seu cabelo, sua saúde, afinal, não se obriga alguém a fazer o que
não deseja e tampouco deveria ser permitido encurralar e envergonhar utilizando
as mesmas desculpas.
Apenas
reflitam e pensem duas vezes antes de tornar público sua preocupação com o que
quer que seja, a não ser que diga respeito a sua própria vida.
Ellen
Moraes Senra - psicóloga, palestrante, escritora e professora universitária.
Escreve livros para todas as faixas etárias, assim como também para o público
negro, sempre com a proposta de que o diálogo, o autoconhecimento e o autoamor
são as bases para a felicidade tanto consigo mesmo, quanto com as demais
relações a serem construídas na vida. Dentre suas obras estão “Autoamor:
um caminho para a autoestima e regulação emocional feminina”, “A psicologia e a
essência da negritude” e “Feiurinha Sabe tudo”. Também é colunista do Jornal
Empoderado e da Revista Statto. Saiba mais em @psicologaellensenra.
Saúde do idoso é foco da campanha de junho no Hospital São Camilo
Com fachadas
iluminadas de violeta, a Instituição chama a atenção da população para a saúde
física e mental das pessoas com mais de 60 anos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu junho
como o mês dedicado ao combate à violência e negligência da pessoa idosa. A
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, entendendo a importância do seu
papel na promoção e cuidado da saúde da população sênior, aderiu à campanha
iluminando as fachadas das Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga.
O objetivo é alertar a população sobre a
importância de promover a saúde mental e física das pessoas com idade acima de
60 anos, como uma forma de garantir sua dignidade para um envelhecimento com
mais qualidade de vida.
O Hospital São Camilo também divulgará informações
sobre essa temática nas redes sociais e reforçará junto aos seus profissionais
as orientações sobre a saúde do idoso, com foco especial na pandemia do novo
Coronavírus.
De acordo com a Dra. Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a COVID-19 apresenta complicações e letalidade mais elevadas nos indivíduos acima de 60 anos, sendo este o motivo pelo qual torna-se importante compartilhar informações sobre cuidados e ações preventivas que visam sua saúde e bem-estar.
“Doenças crônicas, como diabetes, asma, hipertensão ou doença cardíaca, são fatores agravantes, pois fragilizam o organismo do idoso, tornando-o mais vulnerável à evolução do vírus”, explica.
Porém, mesmo sem apresentar comorbidades, os idosos correm maior risco de complicações e apresentam índices de letalidade mais elevada quando contraem a COVID-19, uma vez que o processo de envelhecimento torna o sistema imunológico menos eficaz.
De acordo com a Dra. Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a COVID-19 apresenta complicações e letalidade mais elevadas nos indivíduos acima de 60 anos, sendo este o motivo pelo qual torna-se importante compartilhar informações sobre cuidados e ações preventivas que visam sua saúde e bem-estar.
“Doenças crônicas, como diabetes, asma, hipertensão ou doença cardíaca, são fatores agravantes, pois fragilizam o organismo do idoso, tornando-o mais vulnerável à evolução do vírus”, explica.
Porém, mesmo sem apresentar comorbidades, os idosos correm maior risco de complicações e apresentam índices de letalidade mais elevada quando contraem a COVID-19, uma vez que o processo de envelhecimento torna o sistema imunológico menos eficaz.
Como os idosos podem se proteger durante a pandemia?
“O maior cuidado, sem sombra de dúvida, é respeitar com rigor o isolamento social”, frisa a médica. Ela esclarece que, enquanto perdurar a recomendação do Ministério da Saúde, o idoso só deve sair de casa em caso de extrema necessidade.
Também é importante vacinar-se contra a gripe, além de seguir as recomendações gerais de prevenção da doença, como utilizar máscara, manter distância de 2 metros de outras pessoas, lavar constantemente as mãos, não tocar os olhos, nariz e boca antes de sua higienização.
Além disso, a especialista destaca que uma boa qualidade de vida é essencial para fortalecer o sistema imunológico.
“Ter uma noite de sono de qualidade, praticar exercícios físicos, manter uma alimentação equilibrada, quando possível trabalhar em regime de home office e realizar atividades de lazer são bons exemplos de como se manter saudável”, afirma a Dra. Aline, fazendo um alerta sobre a importância de redobrar os cuidados com a saúde mental do idoso durante a quarentena.
Segundo ela, é necessário estarmos atentos aos
primeiros sinais de desenvolvimento de um quadro depressivo. “Ser isolado de
amigos e familiares ou impedido de sair de casa e ter sua rotina alterada podem
gerar sintomas como ansiedade, medo, tristeza e pensamentos negativos.”
A geriatra
ressalta que os sintomas tendem a diminuir no decorrer do período de adaptação,
mas, caso isso não ocorra, deve-se buscar suporte profissional. “Diversos
profissionais da saúde mental atualmente realizam atendimento online periódico,
focados no apoio durante o período de isolamento social”, explica a médica.
Por fim, os cuidados essenciais devem ser incorporados à rotina do idoso e de todos os que com ele convivem, como manter distanciamento de 2 metros, utilizar máscara, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, manter o ambiente bem ventilado e não compartilhar objetos pessoais.
Por fim, os cuidados essenciais devem ser incorporados à rotina do idoso e de todos os que com ele convivem, como manter distanciamento de 2 metros, utilizar máscara, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, manter o ambiente bem ventilado e não compartilhar objetos pessoais.
Dificuldades na amamentação, introdução alimentar, mastigação, desenvolvimento da linguagem e convívio social podem ser evitadas com Teste da Linguinha
O que é o teste da linguinha e
como ele pode interferir na amamentação e, posteriormente, no desenvolvimento
infantil
Quando o bebê nasce ele é
submetido a diversos testes como o do pezinho, do olhinho, da orelhinha e,
também, da linguinha. Isso acontece para que seja possível detectar alterações
no corpo do bebê e até mesmo doenças raras e iniciar um tratamento adequado o
mais rápido possível. Então, afinal, por que realizar o teste da linguinha no
recém-nascido é tão importante?
A importância do teste da
linguinha para o bebê
O Brasil é o primeiro país a
transformar o teste da linguinha em lei, no ano de 2014 (Lei nº 13.002). O
teste serve para diagnosticar alterações de frênulo lingual em recém-nascidos e
pode interferir diretamente na qualidade da amamentação do bebê e, depois, no
desenvolvimento da fala, mastigação, deglutição e higiene oral.
A língua presa é uma alteração em
que o frênulo lingual, uma fina membrana que conecta a língua ao assoalho da
boca, que limita sua movimentação e impede que a língua fique “abraçada” no
mamilo e aréola da mãe, como precisa ser feito.
Se a ponta da língua não fica em
uma posição estável durante a sucção, o bebê fica estalando a língua (o que faz
com que a sucção não seja tão efetiva) ou utiliza a gengiva, que fica roçando
no mamilo, deixando-o sensível, ou ainda pode morder e acabar machucando.
Normalmente, os pequenos que possuem
língua presa encontram alguns obstáculos na amamentação que acabam virando uma
bola de neve. O bebê pode não conseguir se prender direito ao mamilo e sofre
para conseguir sugar o leite da mama, assim, ele sofre para se alimentar. Como
ele não faz a sucção corretamente, vai precisar mamar mais vezes ao longo do
dia, pode machucar ou até perder peso. É aí que pode acontecer o desmame
precoce.
Se essa linguinha não for
avaliada a tempo, é provável que esse pequeno apresente dificuldades na
introdução alimentar, na mastigação e, depois, na fala. Em alguns casos pode
gerar até bullyng e, por consequência, prejudicar o convívio social, e quando
adolescentes a língua presa pode atrapalhar até o beijo na boca.
Não quer dizer que todos os bebês
que apresentam dificuldades na amamentação possuem a linguinha presa, ou que
todos os que têm a linguinha presa necessariamente tem problemas de
amamentação, mas, no geral, isso interfere.
Por isso a importância do Teste
da Linguinha, que tem seu dia Nacional comemorado no dia 20 de junho. Quanto
antes essa língua presa for identificada, mais rápida pode ser a intervenção e
a volta do pequeno a fazer a sucção de maneira correta.
Para fazer o teste é necessário
que o profissional seja qualificado, preferencialmente um fonoaudiólogo. Se a
linguinha está muito presa é fácil de identificar, porém, quando ela não está
limitando totalmente a movimentação da língua, mas ainda assim pode prejudicar
a amamentação, não é qualquer profissional que vai conseguir avaliar
corretamente.
Mães, como saber se seu pequeno
tem a língua presa?
“A dificuldade na amamentação
geralmente é o principal sinal” afirma a fonoaudióloga especialista em
amamentação, motricidade orofacial, desafios alimentares e dificuldades na
introdução da linguagem, Flávia Puccini. A língua presa, além de causar uma
amamentação pouco eficiente, pode machucar o mamilo e trazer fissuras.
“Outro aspecto é observar se o
pequeno levanta a língua quando chora. Nunca? Pode ser língua presa” completa a
profissional.
Caso o pequeno apresente algum
desses sinais é importante procurar um profissional de fonoaudiologia para
avaliar e indicar o tratamento adequado. “Mesmo que não seja o caso da
linguinha presa é melhor que a profissional faça a avaliação e oriente os pais
do que deixar o tempo passando e a criança apresentar outras dificuldades ao
longo do desenvolvimento infantil, não é mesmo?” afirma Flávia.
Flávia Puccini - Fonoaudióloga formada pela Puc Campinas, a
Flávia Puccini é mestre em processos e distúrbios da comunicação (voz, fala e
funções orofaciais) pela USP, especialista em motricidade orofacial pelo
Conselho Federal de Fonoaudiologia. A profissional é consultora de amamentação
e laserterapeuta e se coloca à disposição para ser fonte de informação de temas
como amamentação, problemas alimentares, fala, disfagia e teste da
linguinha.
Pacientes de Covid-19 podem desenvolver úlcera por pressão
Uma
das sequelas que pode afetar pacientes que passaram um tempo internados na UTI
por causa da covid-19, é a úlcera sacral, também chamada de úlcera de pressão ou lesão por pressão, e pode acometer outras
regiões do corpo. É uma ferida que aparece quando a pessoa fica muito
tempo deitada na mesma posição. As regiões do
corpo, principalmente com proeminências ósseas, que ficam apoiadas, como atrás
da cabeça, nas costas, nas laterais do quadril, no cóccix, nas nádegas,
cotovelos e calcanhares são as áreas mais comuns de desenvolverem a lesão.
O
Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, explica que “também
faz parte do trabalho do cirurgião plástico tratar esse tipo de lesão para
minimizar complicações, evitar infecções, acelerar no processo de reabilitação”.
Segundo
o médico, o tratamento pode ser feito por meio de limpeza e curativos diários e, até mesmo, dependendo da situação
da lesão, ter a necessidade de limpeza
cirúrgica e até mesmo reconstrução com retalhos para fechamento.
“Com
as UTIs sobrecarregadas com a COVID 19, internações
prolongadas de paciente críticos, aumenta a possibilidade de surgir essas
lesões por pressão, até mesmo em pacientes mais jovens”, sinaliza o
cirurgião plástico.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral,
Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro
Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de
Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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