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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

No frio aumenta o risco de doenças cardiovasculares

 Cardiologista do HNSG fala sobre as mudanças que ocorrem no organismo quando as temperaturas caem.
 

Os dias frios sempre despertam preocupação em relação a doenças respiratórias, como gripes, resfriados e rinites alérgicas. Mas, no entanto, poucos sabem que as baixas temperaturas representam também risco de complicações cardiovasculares.

Em temperaturas com média diária abaixo de 14º C, ocorre um aumento de até 30% nos casos de morte por infarto do miocárdio. O cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Alexandre Alessi, explica que qualquer risco cardiovascular pode ser mais prevalente no inverno. “Isso ocorre porque as reações do organismo em baixas temperaturas sobrecarregam o sistema cardiovascular, que precisa trabalhar mais no frio para manter o equilíbrio térmico”, afirma.

O aumento da densidade do sangue é outro fator que pode explicar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares no inverno. Em períodos frios, o sangue se torna mais denso e viscoso, propiciando a formação de coágulos e nos vasos sanguíneos- fazendo o sangue circular menos até o coração. Isso pode causar desde isquemia, que é a falta de circulação nas artérias coronárias, até angina – dor no peito, ou até mesmo um infarto agudo do miocárdio associado ou não à morte súbita. 

“Os riscos crescem em especial para pessoas que já apresentam alguma predisposição”, esclarece o médico. Segundo o cardiologista, as pessoas que correm mais riscos de apresentar problemas cardiovasculares no frio são idosos, bebês e crianças, desnutridos, alcoólatras, cardiopatas,pneumopatas e pacientes oncológicos.

Hipotermia

A exposição intensiva ao frio, também pode desencadear a hipotermia. “Nessa época do ano observa-se mortes de moradores de ruas e a hipotermia é a principal causa. Ela acomete principalmente as pessoas menos favorecidas e que ficam nas ruas, o excesso de álcool e o uso de roupas úmidas pode acarretar mortes”, alerta.

Para o médico, o inverno é um convite aos maus hábitos e é importante manter as mesmas rotinas saudáveis do verão. Para cuidar da saúde do coração nos dias mais frios, o cardiologista dá algumas dicas: 

- Se aqueça com roupas adequadas e saia de casa sempre bem agasalhado;

- Mantenha hábitos saudáveis de atividade física regularmente, mesmo com baixas temperaturas, pois o sedentarismo é um grande fator de risco.

- Faça uma boa alimentação, com maior ingestão de calorias.

Agosto Dourado incentiva campanhas em prol da amamentação


   Divulgação


Leite humano é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que a criança precisa

Ele garante o melhor crescimento e desenvolvimento dos bebês não existindo nenhum outro alimento capaz de substituí-lo. Desde 1992, o planeta celebra a Semana Mundial de Aleitamento Materno, entre os dias 1 e 7 de agosto. Este ano o lema da Semana Mundial é “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação, hoje e para o futuro”.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está alinhada com esse tema e acredita que a importância da amamentação está mais presente hoje nos conhecimentos e práticas das mães e dos pais, como os principais cuidadores e responsáveis pela criança e consequentemente por toda a sociedade. Com isso, é possível garantir condições ideias para que as crianças, hoje e no futuro, possam desfrutar de todos os benefícios da amamentação.

Marcelo Matusiaki
- Acreditamos que alguns avanços devem ser considerados. Existe atualmente mais acesso à informação e as mães buscam as redes sociais também para apoio e informações para manter a amamentação e/ou superar algumas dificuldades que possam ocorrer. Ainda temos muito, sim, a avançar, especialmente no atendimento de pré-natal, sala de parto e maternidade. As equipes de saúde devem ter uma mesma linguagem e fornecer apoio, cuidados e atenção para as mães iniciar e manter a amamentação. As campanhas nacionais (como o Dia da Doação de Leite Materno, a Semana Mundial da Amamentação e o mês de Agosto Dourado) dão também visibilidade para o público em geral da importância da amamentação e do leite materno para as crianças e suas famílias – afirma o médico da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), e membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Roberto Mário Issler.

Fatores ambientais são, ainda, complicadores no processo. O médico lembra que há falta de preparo dos profissionais de saúde. É preciso promover a qualificação dos profissionais da atenção básica para atender as mulheres após a saída da maternidade.

- A grande maioria dos problemas acontece após a alta hospitalar. É preciso apoio e informação para as mulheres manter a amamentação após o final da licença maternidade. Além disso, incentivar a sensibilização das empresas e das escolas infantis para garantir que as mães possam retirar o seu leite e assim manter a lactação ao mesmo tempo em que oferecem seu leite para os seus filhos – completa.

A orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Organização Mundial de Saúde é de promover amamentação exclusiva até o sexto mês de vida da criança e a partir daí iniciar a introdução da alimentação complementar saudável e manter a amamentação até dois anos ou mais. As mães devem receber cuidados adequados e informação sobre como iniciar e manter a amamentação desde seu pré-natal. O ambiente e as condições das maternidades (onde ocorre a quase totalidade de nascimentos no Brasil) devem ser adequados, acolhedores e bem preparados para receber a família e as crianças no momento do seu nascimento. A mãe deve ser respeitada e ouvida em seus desejos, suas dúvidas e suas necessidades nesse momento tão especial. O médico reforça que as práticas hospitalares devem favorecer (e não dificultar!) o início adequado e a manutenção do aleitamento materno.




Marcelo Matusiak

5 DE AGOSTO - DIA NACIONAL DA SAÚDE


5 dicas infalíveis para turbinar a saúde e se prevenir de doenças 

 Apesar da importância da informação sobre as diferentes enfermidades, a prevenção ainda é a aliada mais poderosa da saúde, principalmente para um envelhecimento saudável


Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, a população passa a se preocupar mais com as doenças que podem surgir ao longo dos anos, como as cardiovasculares, ósseas, pulmonares e câncer. Porém, antes de entender quais são suas características, métodos de diagnóstico e tratamento, é necessário dar um passo atrás: como podemos nos prevenir para ter uma saúde de qualidade e escapar dessas doenças?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2050, a previsão é de que 66 milhões de brasileiros estejam acima dos 60 anos, o que representará cerca de um terço da população. Porém, segundo o Prof. Dr. Carlos Scherr, cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia, “apesar de parecer algo alarmante, esse dado representa uma oportunidade para muitas pessoas repensarem a própria saúde, e se cuidarem. A saúde de amanhã é o fruto do que se faz ao longo da vida desde o nascimento”.

O médico explica que existem “práticas simples e poderosas para chegar com uma saúde de ferro na terceira idade, que podem (e devem) ser adotadas desde cedo”. Ele dá dicas e detalha cada uma delas:


1) Pode parecer clichê, mas é real: se alimente bem

E isso não quer dizer que a alimentação deva ser composta apenas de verduras, legumes e frutas. “Se alimentar bem é ter uma dieta diversificada e equilibrada, sem radicalismos. Tudo pode: as quantidades é que vão variar de acordo com cada perfil. O que não pode são os exageros – lembrando sempre de manter a hidratação em dia e evitar o consumo de itens que não trazem benefícios à saúde, como bebidas alcoólicas em excesso”, afirma o médico.

Ter uma alimentação saudável é benéfico tanto fisicamente como mentalmente, e aqueles que se alimentam de forma adequada tendem a ter mais disposição e autoestima. “Além disso, a alimentação é uma aliada importante na prevenção de doenças como obesidade, câncer, anemia, diabetes, hipertensão arterial, entre outras”, conta.

Por fim, não se pode esquecer da importância do prazer ao comer. A refeição é uma experiência cheia de significados, que ultrapassam a nutrição em si. Por isso, equilíbrio e prazer são as palavras-chave.


2) Mexa seu corpo regularmente

“O exercício físico regular e orientado proporciona condicionamento cardiorrespiratório e é a única maneira de ajudar a diminuir as perdas musculares decorrentes do envelhecimento, iniciadas com a diminuição do tônus muscular à partir dos 40 anos de idade. Além disso, a prática traz independência e reduz o risco de comprometimento cognitivo”, explica o doutor.

Em 2018, uma pesquisa divulgada pelas universidades de Birmingham e King´s College London, no Reino Unido, também trouxe dados relacionados ao assunto: o estudo revelou que pessoas mais velhas que se mantiveram ativas apresentam massa muscular preservada e sistema imunológico afiado.

“Vale dizer que ninguém precisa ser um atleta profissional para chegar bem à terceira idade. Qualquer tipo de exercício – seja caminhada, dança, musculação, ou outros –, com orientação de um profissional, é válido. O que importa é manter a regularidade na maioria dos dias da semana”, afirma.



3) Estabeleça uma rotina de consulta ao médico e rastreamento de possíveis doenças

Uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – São Paulo (SBGG-SP), em parceria com a Bayer, com dois mil homens e mulheres brasileiros acima dos 55 anos, traçou um perfil do brasileiro na terceira idade, e identificou que alguns de seus principais receios em relação ao avanço da idade é não andar ou enxergar (21,3%) e desenvolver uma doença grave (18,2%). Apesar disso, sabe-se que muitas pessoas não frequentam o médico com regularidade – o que faz com que doenças sejam detectadas de forma tardia.

“É sempre válido lembrar que após a prevenção, o diagnóstico precoce é essencial para garantir uma saúde de qualidade no longo prazo. Isso garante que o tratamento adequado seja iniciado o quanto antes e as chances de sucesso sejam significativamente maiores”, explica o médico.



4) O cuidado com a saúde deve ser integrado: não deixe de lado sua saúde mental

Diversas situações do dia a dia fazem com que a saúde mental das pessoas seja impactada – um exemplo disso são as exigências da vida moderna, que requer ainda mais agilidade e disposição das pessoas. Esses fatores, por sua vez, podem influenciar no desenvolvimento de doenças como a ansiedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo, com 18,6 milhões convivendo com o transtorno.

“Por isso é importante manter o equilíbrio no dia a dia, separando sempre um tempo para fazer algo que descontraia e dê prazer, sem se esquecer também do descanso. Ler um bom livro, sair com amigos, meditar – existem várias técnicas de relaxamento que trazem uma sensação de tranquilidade e bem-estar, ajudando a lidar melhor com a vida moderna”, conta o Dr. Carlos.

A boa notícia é que de acordo com a pesquisa da SBGG-SP com a Bayer, a maioria (76%) dos entrevistados afirmaram ler ou praticar alguma atividade que desafia o cérebro, e 64% disseram frequentar eventos sociais semanalmente. “Cada pessoa deve escolher, de acordo com suas particularidades, a atividade que quebra a rotina e traz uma sensação boa. Isso é parte essencial no cuidado com a saúde como um todo”.


5) Fuja do isolamento e da solidão

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo “saúde” é definido como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”, e não somente a ausência de doenças. Por isso a importância de se manter longe de um isolamento e, consequentemente, da solidão. E esse é justamente o principal receio apontado pelos entrevistados da pesquisa da SBGG-SP com a Bayer – eles têm medo de ficarem sozinhos à medida que os anos passam.

Sendo assim, apesar da importância de se desenvolver uma independência e dedicar um tempo para si, não se pode deixar de lado o convívio com outras pessoas, como amigos e familiares. Essas experiências trazem ganhos físicos e emocionais da infância à velhice, e também contribuem para o autoconhecimento, além do aprendizado sobre conviver com as diferenças.

“O contato com pessoas diferentes é uma oportunidade de nos conhecermos melhor e nos construirmos ao longo do tempo, além de contribuir também com o desenvolvimento do outro. Por isso, a construção de relações é imprescindível para uma vida saudável e mais feliz. Conviver com grupos de interesse mútuo é trazer vida”, finaliza o médico.




Bayer

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