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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Seis coisas que os pais devem se preocupar na volta às aulas



Pediatra alerta para alguns cuidados importantes na volta à rotina dos pequenos


O mês de agosto começou e com ele muitas escolas voltam as atividades e as crianças às suas rotinas, após um breve período de descanso e diversão. E para facilitar esse retorno e ambientação dos pequenos o Dr. Michael Wiczer, pediatra do aplicativo Docway, listou alguns detalhes importantes que os pais devem estar atentos.

1 - Adequação da rotina

É importante ir adequando o sono das crianças a rotina da escola, coloca-las para dormir no horário e ir acostumando uns dias antes facilita a vida dos pais e dos pequenos também. Segundo o médico, crianças de 6 a 12 anos devem dormir de 9 a 12 horas. E crianças acima de 13 anos, devem dormir ao menos 8 horas por dia.

2 - Alimentação

Ensinar as crianças a lavar as mãos é importante, principalmente antes das refeições. Crianças gostam de guloseimas, mas é importante que elas tenham uma alimentação balanceada, repleta de nutrientes e vitaminas, que são importantes para um bom rendimento escolar. O café da manhã é a refeição mais importante do dia e deve ser rica e completa, preparando o corpo para o longo dia. Além disso, esses nutrientes encontrados em legumes, verduras e frutas vão ajudar o sistema imunológico a combater doenças. “É possível transformar frutas e legumes em diversão utilizando por exemplo um moldador de biscoitos para dar formas aos alimentos”, explica.

3 - Vacinação 

Checar se as vacinas estão em dia é outro ponto importante antes da volta às aulas. Essa imunização é fundamental para evitar a transmissão de algumas de doenças e proteger não só as crianças, mas o meio escolar como um todo.  
4 - Preparar a escola

Caso a criança faça uso de algum tipo de medicação que necessite ser administrada no horário em que ela está na escola, é importante preparar orientações, para que professores ou enfermeiras possam fazer isso. Segundo o médico, o ideal é que os pais marquem uma reunião com o corpo docente, para passar as informações necessárias sobre o caso e como a escola deve agir.

5 - Transporte escolar

Independente do meio de transporte utilizado, tanto as crianças, quanto os adultos devem obedecer as leis de transito vigentes. Segundo o Código Brasileiro de Transito, crianças menores de dez anos precisam estar seguras e no banco de traz do veículo, com equipamentos adequados a sua idade, altura e peso. Crianças até um ano devem estar no bebê conforto, acima dessa idade e inferior ou igual a quatro anos em cadeirinhas, e as com mais de quatro anos e menos ou sete anos nos chamados assentos de elevação.  Acima de sete anos elas podem usar apenas o cinto de segurança do veículo. O transporte no banco da frente é permitido apenas acima dos 10 anos.

6 - Visita ao pediatra

Nada melhor que terminar as férias com uma visita ao seu pediatra, aquela visita de rotina, para contar as novidades e mostrar os novos machucados, que nada mais são, que marcas de férias bem aproveitadas. E também avaliar visão e audição, que são importantes para o rendimento escolar. 



Você sabe o que é a metacognição?



Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação infantil, explica o que é e a sua importância em sala de aula

 
Você sabe o que é a chamada metacognição? Não? Vamos dar um exemplo. Quando você assiste à televisão e coloca seu lado crítico em evidência, você está exercendo uma atividade metacognitiva. Ou seja, a metacognição é o conhecimento que a pessoa apresenta sobre aquilo que armazenou na memória e aprendeu para a realização das atividades do cotidiano, estando consciente de suas habilidades e limitações.

Segundo Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, a metacognição possibilita a identificação dos conhecimentos necessários para a realização e a análise de uma situação dentro das possibilidades da pessoa, de maneira que ela esteja cada vez mais consciente de suas escolhas, e de como realiza e processa cada aprendizagem construída.

No âmbito da educação infantil, quando trabalhada de maneira adequada pelos professores, ela possibilita e encoraja as crianças a explorar de maneira significativa suas habilidades. “Dentro de uma perspectiva que compreende a importância das crianças tomarem consciência de suas aprendizagens desde cedo, é possível ressaltar que para elas estarem aptas a tomar grandes decisões é necessário que os professores estejam preparados e em suas práticas pedagógicas estejam referenciados a lecionar com atitudes metacognitivas, sendo esse um passo importante ao facilitar o processo de amadurecimento de seus posicionamentos”, comenta a especialista.

Segundo Ana Regina, essas crianças ingressam na escola com um conhecimento prévio de mundo e das relações estabelecidas com os seus pares. E a partir daí que os professores devem se dedicar a desenvolver a metacognição em sala, fazendo isso o docente auxilia na construção de uma aprendizagem consciente e controlada, nas quais pode ser visível o significado de cada decisão.
Quando a professora ou professor acompanham a aprendizagem da criança, mediando este processo, favorecem um ensino voltado à construção da autonomia de sentido e significado das informações, assim como a autoconfiança por parte de quem aprende. “A criança quando revela suas habilidades e limitações, também demonstra para o professor/professora em sala de aula os aspectos que precisam ser mais elaborados para que o seu desenvolvimento e aprendizagem aconteçam significativamente”, explica.

No entanto, a psicopedagoga alerta que uma das dificuldades presentes em sala de aula, é o tempo disponível para esse trabalho, o que acaba não possibilitando que o desenvolvimento da metacognição aconteça diariamente. “O professor/professora em sua prática, por vezes, está direcionado ao papel de manter a criança em determinada tarefa, sem a preocupação de observá-la mais de perto e verificar se ela está ativa em sua aprendizagem”, completa.

Para finalizar, Ana Regina lembra que a presença da metacognição como atitude docente é primordial para a diferença em sala de aula. O exercício metacognitivo favorece uma ação voltada tanto ao processo como ao resultado das aprendizagens. É o início de um movimento em direção a uma prática pedagógica reflexiva, autônoma e de qualidade.


Trabalhar a Inteligência Emocional nas crianças faz com que elas se tornem adultos mais empáticos


Contar histórias, nomear sentimentos e estimular diálogos, são algumas das ferramentas importantes para trabalhar essa capacidade desde a infância


Inteligência Emocional (IE) é a habilidade de reconhecer os seus sentimentos e emoções com maior facilidade, canalizando-os sem grandes traumas ou sofrimentos. "As emoções nos conduzem a uma ação, que pode ser tanto adaptativa e funcional, como o seu contrário. Ao aprender articular o afeto (o que eu sinto), com uma representação (o que isso significa), eu consigo gerar respostas mais congruentes", explica a Segundo a Psicóloga e Instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), Roberta Coelho.
Durante a infância, é de suma importância que a habilidade de autoconhecimento seja estimulada pela matriz familiar, já que esta é responsável pelo primeiro contato entre a criança e o mundo. "Só a partir do momento em que conhecermos nossas emoções, seremos capazes de (re)conhecê-las em nós mesmos e nos outros. Dito de outra forma, não há reconhecimento sem antes, o conhecimento" comenta.
Outro fator indispensável para o desenvolvimento da Inteligência Emocional durante a infância, é legitimar o comportamento da criança a partir do ponto de vista dela e não do adulto. De acordo com a psicoterapeuta, a compreensão da intenção genuína por trás do comportamento manifestado pela criança, gera uma mensagem de acolhimento e confiança e a partir desse momento, é possível conduzi-la na construção de respostas mais funcionais. "Por exemplo, se uma criança bate no amigo porque ele pegou o seu brinquedo, o adulto primeiro nomeia que o que ela está sentindo é raiva e, posteriormente, diz que é ela (a raiva) quem vem quando algo que não querermos acontece (legitima a intenção genuína). Feito isso, o próximo passo é ajudar a criança na construção de um comportamento mais adaptativo, sugerindo, por exemplo, que ela peça de volta o brinquedo pedindo, e não batendo no seu colega.".
A instituição de ensino também é responsável pelo desenvolvimento emocional de seus alunos, tendo em vista que atualmente, as crianças passam a maior parte do tempo dentro das salas de aula. "O próprio contexto escolar gera mais dinamismo a esse processo de aprendizagem, ao mesmo tempo em que, na interação com outras crianças, há possibilidade maior de um autoconhecimento não apenas a partir do contexto de vida dela, como também dos seus pares", explica Roberta.
O incentivo ao desenvolvimento da Inteligência Emocional desde a infância pode trazer inúmeros benefícios para o futuro da criança, tendo em vista que desde pequena ela será conduzida ao autoconhecimento. "Estabelecer uma articulação coerente entre esses dois mundos, o interno e externo, nos conduz para a construção de um repertório emocional e comportamental mais funcional rumo a uma interação mais adaptativa, melhorando a qualidade das relações tanto intra como inter psíquicas" completa.
A IE deve ser trabalhada de acordo com a idade. Segundo a Psicóloga e Instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), com as crianças muito pequenas, deve-se nomear as emoções quando forem manifestadas. Já com as mais velhas, pode-se inserir os conceitos de vergonha, ou até mesmo ansiedade, já que a capacidade de discriminação aumenta conforme crescemos. Contar histórias é outro recurso eficaz para o desenvolvimento da inteligência emocional, pois promove uma construção do significado a partir do sentir. "Uma recomendação que eu faço é sugerir aos pais (ou cuidadores) que, ao lerem uma história, apontem para um determinado personagem do livro e pergunte "o que será que ele está sentindo?", "E porque você acha isso?", "E o que será que ele poderia fazer para mudar isso?", e assim por diante. Interações como essa promovem não apenas um melhor entendimento sobre esse repertorio emocional, como também trabalha o princípio da relação empática", finaliza Roberta Coelho.




SBPNL - Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística


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