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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Intolerância à lactose X Alergia à proteína do leite de vaca: entenda as diferenças




Na infância, assim como em outras etapas da vida, o leite pode causar problemas ao organismo. Porém, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é bem diferente da intolerância à lactose, assim como suas causas, tratamentos e sintomas.

A primeira é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. A segunda, no entanto, acontece devido à dificuldade do organismo em digerir lactose, um açúcar do leite, pela ausência ou deficiência da enzima lactase no organismo. Por isso, utilizar o termo “alergia à lactose” é incorreto.

Até um ano de idade, a alergia é muito mais prevalente. Adultos, por exemplo, raramente sofrem com este problema. A intolerância, por sua vez, embora possa acontecer com bebês, é mais comum em crianças maiores e adolescentes. Além disso, ela pode ocorrer e se manifestar em diferentes graus.

De acordo com o Dr. Thiago Gara, gastropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esses dois problemas podem ser facilmente confundidos pela população. Por isso é importante consultar o especialista para um diagnóstico correto antes de tomar qualquer atitude em relação à dieta. “A grande maioria das alergias é transitória”, explica.

No caso da intolerância, os sintomas são apenas intestinais, como diarreia, cólicas, gases e distensão abdominal, que podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de vaca.

Na APLV, os sinais podem ser digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal e refluxo), cutâneos e até respiratórios (dificuldade de respirar), além da anafilaxia, uma reação alérgica grave, que pode comprometer todo o organismo. Eles podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados. “Mais ou menos 40% dos casos de refluxos em criança estão relacionados à alergia”, complementa o médico.

É comum surgirem dúvidas em relação à amamentação das crianças que sofrem com algum destes problemas. Como geralmente a intolerância se manifesta acima de um ano de idade, não costuma prejudicar a amamentação. E, apesar do leite materno ser rico em lactose, possui agentes facilitadores que auxiliam a digestão.

Quando a criança tem a APVL, é comum que a mãe faça uma dieta restritiva cortando o item da alimentação. Em alguns casos, o gastropediatra pode recomentar a ingestão de fórmulas especiais. Vale lembrar que leite materno deve ser sempre o principal alimento oferecido ao bebê até os seis meses.

O diagnóstico da intolerância pode ser feito de forma clínica ou com um teste de alta dose de lactose. Assim, o médico pode conferir se há absorção do nutriente e presença da enzima lactase. A alergia é confirmada pela associação do histórico clínico com os sintomas da ingestão do alimento, além de alguns testes que podem auxiliar.




Hospital São Luiz
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terça-feira, 6 de junho de 2017

Cuidados com as crianças após internação

Crianças que precisam de internação em hospitais trazem sempre uma enorme preocupação para os pais. E após esse período surgem outras apreensões quando ela retorna para casa. Como cuidar? O que fazer para que a recuperação seja total? O que evitar para não atrapalhar o fim do tratamento?

“Primeiro é preciso solicitar o Resumo da Internação, um documento onde constam todas as informações importantes sobre o paciente e que deve ser guardado porque é essencial para a história dele. Ali estarão também as recomendações da equipe de internação para o complemento do tratamento, porque a alta não quer dizer, necessariamente, que o paciente esteja curado, mas, sim, que está melhor e deve continuar a terapia”, informa o pediatra Fernando Lyra, membro do Departamento de Cuidados Domiciliares da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

A maioria das crianças que precisam de internação tem até 5 anos, conta o pediatra, e os cuidados variam. “Quando a criança passou por cirurgia, os familiares receberão treinamento para fazer os curativos em casa e também para a utilização de equipamentos. Se for um caso de doença, a informação aos pais será sobre os medicamentos que devem ser ministrados”, afirma Fernando.

Também é preciso estar ciente de que a criança pode estar fragilizada fisicamente, portanto será imprescindível restringir visitas que apresentem alguma enfermidade. “Pessoas com problemas respiratórios, febre, resfriado ou qualquer processo infeccioso não devem visitar a criança”, adverte o pediatra.

Importante também é saber quando retornar ao médico. “Febre, volta da dor ou dor exacerbada, vermelhidão em torno da ferida e secreção, em caso de cirurgia, são chamados de sinais de alerta e a criança precisa ser examinada por quem a atendeu ou ser encaminhada ao posto médico. Mas evite procurar atendimento em pronto-socorro desnecessariamente”.

E não é só o físico da criança que sofre com uma internação. “Observamos que muitas crianças ficam tristes, não comem, ficam quietas e não querem brincar quando internadas. Após a alta, o paciente pode ter uma rápida recuperação, mas os pais podem ser mais afetados com os problemas de saúde de seus filhos e também apresentar sinais de depressão, principalmente quando a criança esteve internada por doenças graves e necessitou de tratamento em UTI”, explica.

Nesses casos, tanto pacientes como familiares devem procurar ajuda especializada, pois os pais passam a ter uma percepção da criança mais frágil do que ela é na realidade, e isso vai comprometer a autoimagem que o pequeno tem dele mesmo.

“É necessário perceber que o período traumático acabou e mostrar para o paciente que ele está de volta ao cotidiano, que o pior já passou. Se possível, a criança deve voltar à escola, à convivência com os amigos e ao lazer”, aconselha o médico.





7 mitos e verdades da doação de sangue



Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta sobre procedimento que salva vidas voluntariamente, no mês de conscientização Junho Vermelho


A partir do Dia Mundial do Doador de Sangue, datado em 14 de junho, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta sobre o procedimento que salva vidas, com esclarecimentos das principais dúvidas da população sobre o ato, que é indolor, rápido, voluntário e que pode salvar pacientes, desde submetidos a cirurgias ou em casos de emergências.

Confira os principais mitos e verdades sobre a doação de sangue, de acordo com a entidade:


1. Idosos não podem doar sangue. MITO. A partir de 2013, houve aumento na idade máxima dos doadores de sangue pelo Ministério da Saúde. Atualmente, pessoas entre 16 e 69 anos podem realizar o ato de doação.


2. A doação é restrita a pessoas sem piercing e tatuagem. MITO. Apenas pessoas com piercing na cavidade oral não podem realizar a doação, pois a boca está mais receptiva a infecções do que outras áreas do corpo. Sobre pessoas com tatuagens, é indicada que a doação seja feita após um ano da realização do desenho, pois é o tempo adequado para manifestações de doenças contagiosas que possam ser transmitidas pela agulha.


3. O peso influencia na doação. VERDADE.  O peso do voluntário deve ser a partir de 50 quilos.


4. Gestantes e lactantes não podem doar. VERDADE. Mulheres grávidas ou que estejam amamentando não devem doar. As lactantes devem aguardar 12 meses após o parto. E no período pós-parto, a mulher poderá ser doadora após 90 dias, em casos de parto normal e 180 dias em cesárias.


5. Descanso e alimentação influenciam na doação. VERDADE. É necessário estar descansado e não ter praticado atividades físicas intensas pelo menos cinco horas antes da doação. Em relação à alimentação, é preciso estar bem nutrido, com refeições prévias leves e sem gordura. Além disso, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas até 24 horas antes da doação.

6. Doadores estão suscetíveis a doenças transmissíveis via sangue. MITO. A partir da implementação do teste NAT com fomento da ABHH, doenças como HIV, Hepatites B e C, são detectadas pelo procedimento que tem capacidade de identificar se a pessoa está contaminada mesmo que haja um curto período, entre o dia de contaminação e a doação.


7. O doador pode realizar o ato a cada 30 dias. MITO. A doação de sangue deve realizada com intervalo mínimo de 60 dias para homens e 90 dias para as mulheres, ou seja, em um período de 12 meses, há possibilidade de doação de até quatro vezes por ano, no caso de doador masculino e três em caso de doadora.



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