Na infância, assim como em
outras etapas da vida, o leite pode causar problemas ao organismo. Porém, a
Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é bem diferente da intolerância à
lactose, assim como suas causas, tratamentos e sintomas.
A primeira é uma reação do
sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. A segunda, no entanto,
acontece devido à dificuldade do organismo em digerir lactose, um açúcar do
leite, pela ausência ou deficiência da enzima lactase no organismo. Por isso,
utilizar o termo “alergia à lactose” é incorreto.
Até um ano de idade, a alergia é muito mais prevalente.
Adultos, por exemplo, raramente sofrem com este problema. A intolerância, por sua
vez, embora possa acontecer com bebês, é mais comum em crianças maiores e
adolescentes. Além disso, ela pode ocorrer e se manifestar em diferentes graus.
De acordo com o Dr. Thiago Gara, gastropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esses dois problemas podem ser facilmente confundidos pela população. Por isso é importante consultar o especialista para um diagnóstico correto antes de tomar qualquer atitude em relação à dieta. “A grande maioria das alergias é transitória”, explica.
De acordo com o Dr. Thiago Gara, gastropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esses dois problemas podem ser facilmente confundidos pela população. Por isso é importante consultar o especialista para um diagnóstico correto antes de tomar qualquer atitude em relação à dieta. “A grande maioria das alergias é transitória”, explica.
No caso da intolerância,
os sintomas são apenas intestinais, como diarreia, cólicas, gases e distensão
abdominal, que podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de
vaca.
Na APLV, os sinais podem
ser digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal e
refluxo), cutâneos e até respiratórios (dificuldade de respirar), além da
anafilaxia, uma reação alérgica grave, que pode comprometer todo o organismo.
Eles podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite
de vaca ou derivados. “Mais ou menos 40% dos casos de refluxos em criança estão
relacionados à alergia”, complementa o médico.
É comum surgirem dúvidas
em relação à amamentação das crianças que sofrem com algum destes problemas.
Como geralmente a intolerância se manifesta acima de um ano de idade, não
costuma prejudicar a amamentação. E, apesar do leite materno ser rico em
lactose, possui agentes facilitadores que auxiliam a digestão.
Quando a criança tem a
APVL, é comum que a mãe faça uma dieta restritiva cortando o item da
alimentação. Em alguns casos, o gastropediatra pode recomentar a ingestão de
fórmulas especiais. Vale lembrar que leite materno deve ser sempre o principal
alimento oferecido ao bebê até os seis meses.
O diagnóstico da
intolerância pode ser feito de forma clínica ou com um teste de alta dose de
lactose. Assim, o médico pode conferir se há absorção do nutriente e presença
da enzima lactase. A alergia é confirmada pela associação do histórico clínico
com os sintomas da ingestão do alimento, além de alguns testes que podem
auxiliar.
Hospital
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