Pesquisar no Blog

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Doação via Imposto de Renda é um importante aliado de instituições filantrópicas em tempos de pandemia

 

Potencial de arrecadação via Renúncia Fiscal pode chegar até R$ 7,5 bilhões em todo o país. Prazo para destinação 30 de dezembro


Nos últimos anos, as doações via Renúncia Fiscal de pessoas físicas e jurídicas têm se tornado uma fonte importante de recursos financeiros para as organizações filantrópicas, como o Hospital Pequeno Príncipe. Num cenário de pandemia, em que a todos os setores da sociedade tentam equilibrar as previsões negativas no orçamento com a necessidade de investimentos no enfrentamento à COVID-19, a destinação de parte do Imposto de Renda (IR) pode ajudar a amenizar o déficit dessas instituições.

Referência nacional em procedimentos de média e alta complexidade em mais de 30 especialidades médicas, o Pequeno Príncipe registrou queda nas receitas, motivada pelo cancelamento de procedimentos eletivos, diminuição na taxa de ocupação de leitos e também na procura pelo atendimento nas emergências. Além disso, contabiliza-se o aumento das despesas, provocado pelo crescimento, de até 400%, na compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) e pela alta de preços desses materiais que, em alguns itens, ultrapassou 1000%.

Diante dessa realidade, o apoio da sociedade e de empresas socialmente responsáveis pode fazer a diferença e garantir a manutenção das rotinas diárias da instituição. “Com a pandemia do coronavírus, o Pequeno Príncipe está enfrentando um dos momentos mais desafiadores da sua história, que acarretou um deficit extra de cerca de R$ 15 milhões”, enfatiza a diretora executiva do Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.

No Brasil, em média, apenas 2,05% do potencial de doação da população tem sido destinado para instituições filantrópicas, nos últimos anos. Isso significa que mais de R$ 7,5 bilhões, que poderiam ser utilizados via Renúncia Fiscal, deixaram de impactar o cenário da saúde no Brasil, por exemplo.

Mas a destinação pode ser feita de forma fácil e sem custos, e não importa se o cidadão tem imposto a pagar ou a restituir. Pessoas físicas que declaram seu Imposto de Renda, via formulário completo, podem fazer a doação de até 6% do IR pago ou devido. No caso de quem tem IR a pagar, o valor doado para a instituição será subtraído da quantia a ser paga. Já para o IR a restituir, o valor doado será somado à restituição que ele tem a receber e também é corrigido pela Taxa Selic.

Para saber o valor que pode ser destinado, o cidadão pode calcular 6% do item “Imposto de Renda Devido” com base no último recibo de entrega da declaração ou fazer uma simulação diretamente no site www.doepequenoprincipe.org.br. Depois basta solicitar o boleto por meio do preenchimento do formulário disponível no mesmo site e fazer o pagamento até o dia 30 de dezembro.

Pessoas jurídicas que fazem declaração por lucro real também podem destinar até 9% do IR. O site do Hospital também pode ser utilizado para que o contribuinte tire todas as suas dúvidas, além de trazer o passo a passo para quem deseja contribuir com a causa da saúde infantojuvenil.

 


Pequeno Príncipe

https://www.youtube.com/watch?v=gsTa7ucfixQ

 

O fim do planejamento generalista de marketing

Otimização de verba, falta de inovação e de individualização e baixo impacto nos negócios são algumas das dificuldades apontadas por executivos


Falta de individualização nas estratégias; alto custo de aquisição; grande volume de recurso alocado de maneira pouco efetiva; baixo índice de inovação e protagonismo; perspectiva voltada para comunicação (layout) e não estratégia (marketing); colaboradores não se engajam, pois não entendem os objetivos ou nem são comunicados sobre eles; campanha e discurso com viés comum; e muito a ser divulgado, sem qualquer priorização ou relevância. Segundo 83% dos executivos entrevistados pela Incortex*, pelo menos 5 dessas situações são enfrentadas por eles no seu dia a dia, o que mostra que são esses alguns dos principais problemas presentes nos planejamentos de marketing e comunicação.

Além desses obstáculos, o cenário de pandemia tornou tudo ainda mais desafiador, uma vez que ela trouxe, de forma geral, queda nos negócios e perspectiva de demora na recuperação. Dessa forma, se tornou ainda mais necessário ser assertivo nos planejamentos, que não terão margem para erros, já que as empresas, mais do que nunca, não poderão perder dinheiro e precisarão ser extremamente eficazes e eficientes no desenvolvimento do planejamento e na execução dele.

Esses desafios, em grande parte, se mostram como um problema não só das agências ou das empresas, mas da falta de um elemento que possui a profundidade que o departamento interno não consegue ter e também foge do know-how da agência, indicando a necessidade de uma peça nesse tabuleiro pra que o processo fique completo e os desafios sejam superados: um agregador estratégico, alguém que traga iniciativas que fogem do aspecto convencional das "campanhas", mas gerem de fato o protagonismos almejado, com estratégias de co-branding, member get member, jornada acompanhada, gameficação com os principais stakeholders da cadeia, experiência com foco em conversão, entre outras.

"Planejamentos genéricos não são focados nas ‘dores’ do cliente do meu cliente, por isso são ineficientes e as empresas não vão mais arriscar recursos dessa forma, ainda mais nesse cenário em que estamos, que reduziu ainda mais a margem para erros. Os planos precisam atender às necessidades dos negócios e ter a agilidade que esse cenário exige. As empresas esperam um formato que saia da média do mercado e utilize aplicações para individualização de público alinhando a jornada do target com a mensagem certa", explica Isaac Argenton, responsável por novos negócios da Quadóra.

Os benefícios dessa implementação com foco no cliente permite uma eficiência orçamentária devido ao melhor aproveitamento do budget, incluindo: maior resultado em vendas; aumento da relevância estratégica do marketing; convergência das frentes de atuação; alinhamento de escopo para terceiros (por exemplo, agências); possibilidade de internalização de frentes; integração com planejamentos de outras áreas da empresa; possível criação de novos negócios com geração extra de receita; e análise e remodelagem dos cargos e escopos do Marketing e agencias parceiras que executarão o trabalho.

"As empresas não têm mais tempo a perder e nem dinheiro para desperdiçar. Por isso, ter um planejamento ágil e que foque unicamente no cliente é imprescindível nesse momento. E é somente com esse trabalho focado, customizado e independente de outros interesses que isso é possível. Esse conceito inovador, aplicado por meio de um framework proprietário que minimiza erros e potencializa resultados, é a consequência de 24 meses de estudo de mercado, MVPS e mais de 40 projetos aplicados com NPS superior a 90 pontos", conclui Argenton.

*Pesquisa realizada em 2020 com executivos das áreas de marketing e comunicação, em posição de gestão e coordenação.


Vendas de Natal podem ter queda de 3%, diz pesquisa

FCDLESP aponta que o ticket médio pode chegar até R$ 150; Varejo paulista retorna para a Fase Amarela no Plano São Paulo

 

As expectativas para as compras natalinas é que haja uma queda de 3% em relação a 2019, de acordo com a pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).

“O cancelamento das confraternizações corporativas e os amigos secretos presenciais podem afetar o volume de vendas. A compra de presentes dessas celebrações também faz parte do giro de vendas do Natal”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.


Número de presentes, ticket médio e forma de pagamento

Por se tratar de uma data tradicional para troca de presentes, 90% dos empresários preveem que os clientes irão comprar dois ou mais itens para presentear amigos, colegas e familiares na época natalina. Outros 10% dos lojistas calculam a compra de apenas um presente. O ticket médio esperado pelo varejo é de até R$ 150.

Com a situação financeira impactada pelo novo coronavírus, 50% dos empresários esperam que a forma de pagamento mais utilizada seja a do parcelamento. Já 40% dos comerciantes presumem que os consumidores estarão em busca de descontos, por isso, devem pagar os presentes no débito ou dinheiro em espécie. 10% restantes dos lojistas acreditam no pagamento em crédito à vista.

Os dados da pesquisa ainda apontam que os setores de de vestuário e calçados deve ser os mais beneficiados, seguido de eletrônicos, eletrodomésticos, cosméticos, brinquedos e moveis, respectivamente. 

A Black Friday antecede as compras de Natal – momento em que muitos consumidores aproveitam para antecipar os presentes de fim de ano. Neste ano, a movimentação no período de descontos ultrapassou R$ 20 bilhões nas lojas online, o que corresponde a um aumento de 105% em relação a 2019, de acordo com a Nuvemshop.


Fase amarela do plano SP no varejo

Com a chegada da segunda onda da covid-19, os lojistas preveem que a prorrogação do auxílio emergencial será de estrema importância para manter um ritmo considerado estável no setor varejista. Em 30 de novembro, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou o retorno do estado à fase amarela do Plano São Paulo. A iniciativa incluí mais medidas restritivas para evitar aglomerações e o aumento dos casos do novo coronavírus.

A ocupação máxima dentro dos estabelecimentos deverá ser de 40% em relação à capacidade do local.  Além disso, o horário de funcionamento foi reduzido para 10 horas por dia.

No último dia 27, a FCDLESP, juntamente de outros órgãos e entidades do comércio paulista, enviou um ofício para Governador do Estado de São Paulo, João Doria Junior. O objetivo é solicitar a volta do horário tradicional dos comércios de ruas e de shoppings.

“O setor varejista perderá mais de duas horas no mês de dezembro, por dia, devido às restrições incluídas na fase amarela. O horário tradicional de funcionamento no final do ano é entre 10h e 23h30, ou 00h00, com o intuito de atender melhor a demanda dos consumidores. Com isso a redução, temos a perda de três ou quatro horas diárias. Isso representa seis dias de faturamento mensal, considerando que o último mês do ano é o considerado melhor para data de vendas no varejo”, explica Stainoff.

O ofício ainda aponta que o aumento das infecções em toda a população não se concentra no varejo, mas sim nas atividades noturnas, como baladas e festas.

A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo.


Linhas 4-Amarela e 5-Lilás orientam passageiros no combate à Dengue


A partir de 07 de dezembro folhetos informativos estarão disponíveis nos nichos de leitura das estações e vídeos serão divulgados nos monitores dos trens e estações

  

Entre 07 e 31 de dezembro, a ViaQuatro e a ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô de São Paulo, respectivamente, vão orientar passageiros, por meio de materiais informativos, sobre prevenção, controle e tratamento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Dengue, Chikungynya e Zika. A iniciativa, em parceria com as Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) da Vila Mariana e do Jabaquara, além de disponibilizar panfletos educativos nos nichos de leitura, também vai contar com vídeos nos monitores dos trens e estações e posts nas redes sociais das concessionárias para reforçar a conscientização: https://www.facebook.com/ViaQuatroSPr; https://www.instagram.com/ViaQuatroSP/ / https://www.facebook.com/ViaMobilidadeSP; https://www.instagram.com/viamobilidadesp/ .

 

O mosquito Aedes aegypti se desenvolve em quatro fases: ovo, larva, pupa e mosquito adulto. Na fase da larva eles necessitam de água parada, limpa ou suja, para se desenvolver. Uma vez imersos, os ovos se desenvolvem rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o mosquito adulto. Com o calor do verão se aproximando e o aumento no volume de chuvas, esse período acaba se tornando propício para alta de casos de Dengue, Chikungunya e Zika.

Para Juliana Alcides, gestora de Sustentabilidade da ViaQuatro e da ViaMobilidade, a iniciativa integra o compromisso da concessionária com a sociedade. "Além de oferecer um transporte seguro e confortável, nosso objetivo é levar às pessoas que circulam pelas nossas estações orientações que contribuam com sua saúde e bem-estar", diz.

Para mais informações sobre o combate ao Aedes aegypti entre em contato por meio do telefone 156 ou pelo site https://www.sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/


O Pix e o aumento da conscientização sobre cibersegurança


O Pix, novo sistema de pagamentos do Banco Central, entrou em vigor no dia 16 de novembro e promete mudar a forma como se realizam transações financeiras no Brasil. Com a possibilidade de efetivação em questão de segundos e a qualquer hora do dia ou da noite, o serviço deverá ser gratuito e promete estimular os pagamentos digitais entre consumidores e empresas. Ao mesmo tempo em que apresenta uma nova forma de transacionar recursos e realizar pagamentos, a novidade também deve atrair a atenção de criminosos digitais, que já estão muito ativos nesse segmento no Brasil. Estudo recente da Trend Micro mostra que o país figurou no top 5 entre os que mais detectaram ameaças em pontos de venda (PoS), com pouco mais de 18% do total mundial em agosto. Isso representa um aumento em relação aos números de julho, quando tinha 13%.

 

Pela ótica corporativa, o grau de atenção para riscos e fraudes cibernéticas precisa ser elevado. As estratégias de gestão de fraude das instituições financeiras precisam levar em consideração todos os tipos de informação sobre as operações, monitorando todas as transações em tempo real e com recursos de inteligência artificial balizadas com ferramentas de segurança da informação que possam identificar rapidamente esquemas de fraudes.

 

O usuário, por sua vez, também deve ficar atento. Com a possibilidade de cadastrar a chave do Pix com o e-mail, existe o risco de aumentarem os ataques cibernéticos por spams, phishing e outros métodos de comprometimento de mensagens eletrônicas. Todo e qualquer tipo de ataque que envolva engenharia social, quando uma pessoa se passa por outra, apresenta grandes riscos para as operações do Pix. Além disso, endereços de web (URL) maliciosos e QR Codes falsos também são motivos de atenção para evitar fraudes. 

 

Do ponto de vista empresarial, a gestão de pessoas que estão diretamente ligadas à área financeira das corporações também apresenta riscos. Esse público tem probabilidade maior de ser vítima desses golpes. Ao mesmo tempo em que há uma série de ferramentas de tecnologia que podem mitigar riscos atrelados ao uso de engenharia social para cometer o cibercrime, a conscientização dos usuários para adotar melhores práticas na condução da operação no dia a dia corporativo também se faz essencial para conter fraudes. Como as pessoas constituem o elo mais fraco, é fundamental que as empresas reforcem seus aparatos de tecnologia de segurança da informação para dar o suporte necessário a fim de evitar que os colaboradores ponham em risco operações corporativas ligadas ao Pix. 

 

No caso das tecnologias, diversas ferramentas podem contribuir para reforçar a segurança. No caso de engenharia social, por exemplo, uma boa tecnologia de proteção de e-mails já pode servir para isolar vetores de ataques por mensagens eletrônicas. Ampliando para um cenário em que boa parte das pessoas segue trabalhando remotamente, ferramentas que assegurem a troca de informações em um ambiente controlado (sandbox) também se fazem cruciais. É importante optar por aquelas que propiciem visibilidade para os times de segurança da informação das empresas. Com o domínio dessas ferramentas, a possibilidade de detectar padrões nocivos de incidências cibernéticas permite mitigar e eliminar riscos, correlacionando informações. Checagem de domínios de web e QR Codes, que serão muito utilizados no sistema do Pix, também demandará das empresas a aplicação de ferramentas de segurança.

 

Por ser uma novidade, tanto para as empresas como para os usuários de uma maneira geral, o Pix levanta uma nova brecha para que atacantes vejam nesse novo sistema uma oportunidade para cometer ataques fraudulentos. E não seria estranho imaginar que os cibercriminosos já estão ativos e a todo o vapor com objetivo de tirar vantagens ilegais. Com foco na realidade brasileira, pesquisas, inclusive as realizadas pela Trend Micro, indicam que o perfil dos ciberatacantes no país é historicamente relacionado a fraudes ligadas a transações financeiras, como roubo de senhas e dados de cartão de crédito. Com o ingresso do Pix como uma nova maneira de transacionar recursos e realizar pagamentos digitais, os ciberatacantes no Brasil vão buscar mecanismos para praticar ações ilícitas em benefício próprio, e é possível que cresça a incidência de fraudes cibernéticas no setor financeiro.    

 

As empresas, e nesse caso as diretamente ligadas ao setor financeiro, precisam ter a consciência de que a segurança da informação muitas vezes pressupõe mitigação de risco extremamente elevada, mesmo que signifique impacto na usabilidade ou no desempenho do negócio. Buscar proteção do ambiente corporativo as vezes impacta na agilidade da operação digital. O objetivo não é engessar a condução da área de negócios, mas sim buscar o equilíbrio que propicie a máxima proteção das informações e boa fluidez na operação do negócio. Não é uma decisão fácil para os gestores optar entre desempenho e segurança. Mas entender que a segurança da informação é tão crucial para o negócio como a parte da operação em si faz com que a conscientização aumente, e as pessoas que compõem a organização — incluindo a alta liderança — passem a ter uma postura de segurança da informação mais elevada. O Pix veio para facilitar a forma como se transacionam recursos financeiros no Brasil, mas deve também servir para que possamos aumentar nossa consciência sobre cibersegurança e usar o novo recurso de forma segura. 

 


Flavio Silva - Coordenador de Tecnologia da Trend Micro Brasil 


Fluxo de consumidores na Black Friday fica abaixo da média em 2020, mostra FX Data Intelligence

Dados da empresa com a plataforma F360º mostram que quantidade de visitantes nas lojas físicas foi menor do que registrado em 2019


As vendas no varejo físico até se aproximaram dos números obtidos em 2019, mas o fluxo de consumidores nas lojas e nos shopping centers durante a Black Friday em 2020 continuou abaixo do registrado no ano passado. 

Os dados são da FX Data Intelligence, especialista em visão computacional dirigida por IA, fornecendo insights estratégicos para o varejo, e da F360º, plataforma de gestão para franquias, pequenos e médios varejistas. O indicador foi chancelado pela 4Intelligence, empresa que desenvolve plataformas de inteligência para o mercado B2B. 

O estudo mostra que o movimento de consumidores no dia da Black Friday em 2020 (27 de novembro) foi 62,9% menor em shopping centers e 55,87% menor em lojas físicas. Os pontos de venda localizados na rua caíram 54% na sexta-feira, enquanto os inseridos em centros de compra tiveram queda de 56,3%. 

Na análise regional, o Nordeste teve o menor recuo nas lojas, com -42,9%. O Sudeste caiu 57,4%; o Centro-Oeste ficou em -57,9%; e o Sul, -59%. O Norte registrou o pior desempenho, com -61,6%. Nos shopping centers, o Nordeste novamente teve a menor queda, com -50,9%. O Norte marcou -61,1%; o Sudeste, -64,6%, e o Sul -79,5%. Os shopping centers do Centro-Oeste não tiveram amostragem suficiente para análise. 

Entre as categorias, o segmento de “home center” obteve a menor queda na comparação do dia, com -11%. “Drogaria” caiu 24%, seguida por “eletroeletrônico” (-40%), “utilidades domésticas” (-46,2%), e “departamento” (-49,3%). Já “beleza” (-53%), “ótica” (-58,5%), “moda” (-62,3%) e “calçados” (-65,3%) registraram os maiores recuos. 

“Os dados mostram que, embora o comércio tenha adotado protocolos de controle e prevenção contra a pandemia de covid-19, os consumidores ainda demonstram receio em visitar lojas físicas. Porém, ao comparar a Black Friday com os demais eventos do ano após a pandemia, vemos um pico que pode ser entendido como um sinal de retomada”, explica Flávia Pini, CEO da FX Data Intelligence. 

A comparação da semana da Black Friday em 2020 (23 a 30 de novembro) com o mesmo período de 2019 (25 de novembro a 2 de dezembro) tampouco trouxe resultados positivos. O fluxo de consumidores caiu 45,3% nas lojas e 57,3% em shopping centers de todo o país. Os pontos de venda nas ruas recuaram 42,9% e nos centros de compra, 45,6%. 

Na análise regional, o Nordeste novamente teve a menor queda, com -30%. As lojas do Norte tiveram -43,2%; as do Sudeste, -48,2%; e as do Centro-Oeste, -52,4%. O Sul teve o pior desempenho, com -55%. Nos centros de compra, o Nordeste recuou 43,3%, seguido por Norte (-59,3%), Sudeste (-59,9%) e Sul (-73,5%). Os shopping centers do Centro-Oeste não tiveram amostragem suficiente para análise.

Na análise por segmentos, “home center” teve o desempenho mais próximo do ano passado na semana, com recuo de 2,3%. “Drogaria” caiu 25,4%, seguida por “eletroeletrônico” (-27,5%), “utilidades domésticas” (-36,8%) e “beleza” (-39,2%). “Departamento” (-42,5%), “ótica” (-46,6%), “calçados” (-47,2%) e “moda” (-56,6%) tiveram quedas mais significativas. 


Vendas são melhores durante a semana

A Black Friday em si esteve longe do patamar de 2019, mas o comparativo semanal mostra desempenho melhor de vendas para as lojas físicas brasileiras. É o que mostra o levantamento realizado pela F360º, plataforma de gestão financeira com conciliação automática de vendas por cartão para o pequeno e o médio varejista. 

Na comparação específica da sexta-feira e do sábado (27 e 28 de novembro de 2020) com o mesmo período de 2019 (29 e 30 de novembro), a queda nacional foi de 18,8% no faturamento e de 31,5% no total de pedidos. As lojas de rua sofreram menos, com -13% nos valores e -26,5% nas transações. As lojas em shopping centers caíram 34,6% e 41,8%, respectivamente. 

Entre as regiões, todas registraram quedas nos dois indicadores. O pior desempenho foi do Sudeste, com -26,3% no valor levantado e -36,8% nas compras realizadas. Na sequência aparecem o Sul (-22,3% e -34,5%), Centro-Oeste (-12,3% e -27%) e Nordeste (-8,3% e -25%). O Norte teve os resultados mais próximos de 2019, com -3,6% e -16,5%, respectivamente. 

Contudo, o desempenho melhora sensivelmente quando a comparação é entre a semana da Black Friday 2020 (23 a 30 de novembro) e o mesmo período de 2019 (25 de novembro a 2 de dezembro). O faturamento total das lojas físicas foi 5,7% inferior, enquanto o total de transações caiu 18,8%. 

As lojas de rua, por exemplo, conseguiram se aproximar dos valores obtidos no ano anterior, mesmo com a pandemia de covid-19: queda de apenas 0,5% nas receitas, com -13,2% menos pedidos. Os pontos de venda localizados em centros de compra, por sua vez, caíram 23,2% e 31,5%, respectivamente. 

Entre as regiões, o Nordeste teve o melhor desempenho, com suas lojas registrando aumento de 11,6% no faturamento e queda de 3,7% no número de pedidos. O Norte também teve alta na receita, com 6,6%, e queda de 6,3% nas transações. Já o Centro-Oeste caiu 5,4% e 14,9%, respectivamente. Sudeste (-12,5% e -24,3%) e Sul (-14,2% e -24,5%) tiveram os piores resultados. 

“Os dados mostram que tanto os varejistas quanto os consumidores adotaram uma estratégia diferente para esta Black Friday. Em vez de concentrar as promoções em um único dia, pulverizaram as ofertas ao longo da semana, permitindo que as pessoas pudessem comprar em outros dias e evitando aglomerações”, analisa Henrique Carbonell, CEO da F360°.


 

FX Data Intelligence

www.fxdata.com.br 

 


F360°

https://www.f360.com.br/


PIX – uma nova forma de consumo e de atuação jurídica

O papel moeda e o cartão de débito podem estar com os dias contados com a chegada do PIX - o novo sistema de pagamentos irá alterar as relações de consumo.  A medida foi elaborada pelo Banco Central, e já está em vigor.

Sabe aquelas taxas cobradas a cada transferência para um banco diferente, pelo PIX, o cliente não precisa pagar. Além disso, o DOC ou TED também se tornaram obsoletos, isso porque o pagamento para o usuário recebedor ocorre em tempo real, e pode ser realizado nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana.

A forma de se fazer a transferência também foi simplificada, bastam apenas alguns dados do favorecido, seja número do celular, e-mail, CPF/CNPJ ou QR Code.

Se por um lado, a iniciativa traz maior celeridade e transparência nas relações comerciais com novas situações que viabilizarão transações mais simples e fáceis, por outro – é um desafio para nós advogados, uma vez que, o profissional deve ser capaz de dar soluções ágeis para a manutenção da segurança jurídica do cliente no ciberespaço, pois sempre existirão criminosos que tentarão passar impunes por práticas ilegais, em razão da tecnologia e internet.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), houve um aumento de 44% em golpes que usam nomes de bancos ou instituições financeiras para roubar dados e movimentar dinheiro da vítima.

Logo, o consumidor ao aderir ao PIX deverá ficar atento a algumas circunstâncias, pois está sendo bombardeado por instituições financeiras com mensagens, e-mails e ligações para aderir ao serviço em comento.

A orientação é que, tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas devem escolher em primeiro momento com qual instituição financeira quer firmar relações e cadastrar seu PIX e, posteriormente, procurar a mesma, seja baixando o aplicativo oficial ou procurando pessoalmente a agência. O melhor conselho aos consumidores neste primeiro momento é evitar passar dados e contatos via e-mail, mensagens ou telefones, se resguardando de criminosos fraudadores.

Sabemos que tudo que é novo e revolucionário, como é o caso do PIX, requer um período de testes, readequações e atualizações, justamente para inibir praticas abusivas e criminosas, assim, o consumidor deve ao máximo, neste primeiro momento, evitar criar a chave PIX com seu CPF ou telefone e, caso já tenha criado com tais dados, evitar passar a chave PIX para desconhecidos, prezando neste momento apenas para efetivar tais transações com amigos e parentes.

 

Ademais, devemos lembrar que em caso de fraude com a chave PIX já cadastrada pelo consumidor na instituição financeira, esta última detém responsabilidade objetiva, ou seja, a instituição deve prezar pela segurança de seus consumidores e, em caso de fraude, esta será responsabilizada.

O PIX de fato vem para revolucionar e agregar ao dia a dia dos brasileiros, porém, tudo que é novo requer um tempo de adaptação, mas em curto prazo podemos visualizar que as transações por DOC e TED tendem a ser extintas.

Por fim, devemos relembrar que o PIX não tem custo apenas para as pessoas físicas, porém, para pessoas jurídicas as instituições financeiras tem a liberdade do banco central para cobrar tarifas fixas em transferências ou pagamento de valores, o que fatalmente acarretará uma guerra de tarifas, sendo ótimo para os consumidores, os quais poderão aderir à instituição que lhe seja mais favorável e lhe proporcione maiores vantagens.

 



Dr. Marcelo Zaina de Oliveira - advogado no escritório Mestre Medeiros Advogados Associados, pós-graduado em processo civil, processo tributário e direito tributário. contato@mestremedeiros.com.br


Reforma da Previdência: após um ano de execução, entenda quais as principais mudanças e seus impactos

Especialista dá dicas para futuros beneficiários 

Em novembro de 2019 a Reforma da Previdência entrou em vigor por meio da Emenda Constitucional 103. Atualmente, após um ano desde o começo da vigência, o número de aposentadorias sofreu uma queda de quase 37% em relação ao ano anterior. 



De acordo com os dados do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), em setembro de 2019 foram concedidas 152 mil aposentadorias, já em 2020 apenas 95 mil, em grande maioria para mulheres. Para Átila Abella - especialista em direito previdenciário e cofundador da startup Previdenciarista, plataforma que oferece ferramentas para automatizar e otimizar as análises previdenciárias - estes números refletem os resultados das mudanças na Previdência e também todos os últimos acontecimentos no Brasil com a COVID-19. 

Ainda segundo o especialista, entre as principais mudanças impostas pela lei estão: extinção da aposentadoria por tempo de contribuição, , regras de transição e mudanças nos cálculos dos benefícios. Para entender melhor sobre tudo que integra a Reforma da Previdência o advogado explicou abaixo quatro principais mudanças. "Com a Reforma da Previdência, cresceu a importância do trabalho exercido pelos advogados previdenciários, onde o planejamento correto poderá ser possível triplicar o valor de uma aposentadoria", comenta o especialista. Confira: 

Cálculo de benefício 


O cálculo de benefício é um ponto crucial para quem deseja se aposentar. Afinal, o valor é calculado com base nas contribuições feitas pelo trabalhador, ou seja, neste novo formato não é mais descartado as 20% mais baixas. Sendo assim, atingindo o tempo mínimo de contribuição os trabalhadores terão direito a apenas 60% do valor do benefício. Com uso da plataforma Previdenciarista, o advogado consegue fazer os cálculos de benefícios previdenciários em minutos, o que evita erros e economiza tempo do advogado. 



Idade 


Atualmente, a Previdência Social necessita ao mínimo 60 anos e 60 meses anos de idade, com 15 anos de contribuição, sendo que a idade para mulheres sofrerá um aumento de 6 meses a cada ano até chegar aos 62 anos de idade em 2023. Já os homens precisam ter, 65 anos e 15 anos de contribuição para quem já era filiado ao sistema previdenciário até a entrada em vigor da Reforma, sendo que para quem ingressar depois a exigência será de 20 anos de contribuição. Neste formato a idade mínima tem se tornado um ponto prejudicial para os beneficiários, mas o intuito da reforma foi tornar essa a única forma de aposentadoria para os novos filiados a partir de agora. 



Pensão por morte 


Na nova previdência, o pagamento será de 50% do valor da aposentadoria do segurado falecido mais 10% para cada pessoa dependente. Mas, com uma ressalva, dependentes inválidos ou com deficiência recebem 100% sem exceder o teto do INSS. 



Transição 


As regras de transição geram muitas dúvidas entre os trabalhadores, pois são realizados diversos cálculos levando em conta tempo de contribuição e idade. 




Previdenciarista

https://previdenciarista.com/

 

Pirataria: um problema econômico-social

A PIRATARIA é a prática de vender ou distribuir um produto sem autorização do titular de uma marca. No Brasil, a pirataria é considerada crime contra o direito autoral, punido com pena detenção de três meses a um ano, ou multa ou reclusão de dois a quatro anos e multa, dependendo da violação.

Não há dúvida que a pirataria, no Brasil, é um problema econômico-social e a demanda do consumo de produto pirata vem, muitas vezes, justificada pela baixa condição financeira. Isso ocorre porque, atualmente, vemos produtos piratas de boa qualidade, por um preço muito inferior do produto original, o que fomenta o mercado ilegal.

Na maioria das vezes, o consumidor adquire um produto, sabendo que se trata de um produto pirata, mas, para ele, que busca o caminho mais fácil, é cômodo porque é menos oneroso e possibilita ter um produto que não poderia comprar, se fosse original. Anos atrás, os produtos piratas eram encontrados, facilmente, em qualquer esquina. Porém, com o passar do tempo, o comércio foi ficando mais aquecido na internet, dando espaço para a pirataria digital. Esse tipo de pirataria pode ser definida como a distribuição e a comercialização de um material digital, sobre o qual não se tem os direitos autorais.

Por muito tempo, vimos a comercialização pirata de produtos como calçados, acessórios femininos, perfumes, dentre outros, porém, com a era digital em ascensão, filmes, músicas, aplicativos e até mesmo serviços de assinaturas de TV têm sofrido com o mercado ilegal.

Em recente operação, realizada no Brasil e, coordenada pelo Ministério da Justiça, para combater os crimes praticados contra a propriedade intelectual na internet, bloqueados ou suspensos mais 252 sites e 65 aplicativos de streaming ilegal de conteúdo, desindexação de conteúdo em sites de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais

A pirataria deixa rastros negativos, pois causa prejuízos na economia do país, uma vez que não há recolhimento de impostos, desperta o interesse da concorrência desleal, sustenta o trabalho informal, instiga o cometimento de outros crimes, etc. De acordo com um relatório da MUSO, uma consultoria britânica que rastreia o desenvolvimento da pirataria na web, no ano de 2017, o Brasil foi o quarto país que mais consumiu conteúdo ilegal no mundo. No topo da lista estava os Estados Unidos.

Só no ano de 2019, o Brasil perdeu mais de R$ 219 bilhões para o mercado ilegal, de acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Isso quer dizer que esse valor resulta na soma dos prejuízos de 15 setores industriais, sem contar os impostos que deixaram de ser arrecadados.

Especialmente, este ano de 2020, com o enfretamento da pandemia, tivemos o aumento de consumo de mídias de entretenimento, nas principais plataformas de streaming. Ocorre que isso levou ao aumento da pirataria, de acordo com o estudo da Muso. Segundo a companhia, o consumo ilegal de séries e filmes chegou a quase 70% em alguns países.

Mas, não bastasse a “pirataria convencional”, onde o pirata busca vantagem econômica, ainda devemos nos preocupar com os sites que se passam por marcas famosas como Netflix e Disney, com o propósito de roubar dados pessoais.

Por isso, mantenha uma hospedagem de qualidade, garanta a segurança dos dados da sua empresa, tenha em mente que comprar ou obter produtos ou serviços pirata, pode impactar em diferentes áreas, seja na economia do país, para o próprio consumidor, além de desmotivar o emprego legal. Para o empreendedor, esse impacto pode ser devastador, pois implica na perda financeira e diminuição de vendas, experiência insatisfatória para o consumidor que, não raras as vezes, pensa estar adquirindo um produto original.

Enfim, os danos decorrentes da pirataria vão além dos danos gerados ao consumidor final, que consome um produto falsificado ou utilizado ilicitamente, na verdade, o crime atinge diferentes setores e afeta a economia mundial.

 

Roberta Minuzzo - advogada e graduado em direito pela Universidade Luterana do Brasil. Possui especialização em propriedade intelectual pela (PUCRS) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, além de ter cursado Direito PenaI e Processual Penal no IDC – Instituto de Desenvolvimento Cultural. A especialista em patentes também faz parte da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (ABAPI) e a Associação dos Criminalistas do Rio Grande do Sul (ACRIERGS).  Atualmente, mora nos Estados Unidos. É advogada da DMARK REGISTROS DE MARCAS E PATENTES, sócia fundadora da DMARK MONTEIRO, LLC e DMK GESTÃO DE MARCAS E PATENTES. Todas as empresas possuem vasta experiência e sucesso na representação de milhares de pessoas, sejam elas, físicas ou jurídicas, que desejam proteger seu patrimônio intelectual. Com escritórios em Porto Alegre/RS, Criciúma/SC e Orlando/FL, a empresa conta com uma equipe composta por advogados, economistas, administradores, redatores de patentes, corpo administrativo e consultores, para representar qualquer pessoa ou marca.

https://dmk.group/ 

Sharecare dá cinco dicas para melhorar a experiência dos colaboradores no home office

home office, que antes era visto como um privilégio, restrito a uma parcela bastante pequena dos trabalhadores, hoje se tornou uma das principais alternativas para a manutenção dos postos de trabalho, se integrando à realidade de grande parte dos profissionais.

Atualmente, sobretudo em razão da pandemia, o modelo de trabalho remoto vem mudando a forma como empresas e profissionais se relacionam, estabelecendo novos padrões e necessidades quando o assunto envolve a gestão de recursos humanos.

Diante do cenário atual de combate ao coronavírus, muitas empresas tiveram que migrar rapidamente as suas atividades para o modelo home office. Essa mudança repentina, no entanto, pegou não só muitos gestores de surpresa, mas principalmente os colaboradores — que ainda estão se adaptando.

Pensando nisso, a Sharecare preparou este artigo para falar um pouco mais sobre o home office e listar Cinco dicas para torná-lo ainda mais eficiente para os colaboradores da sua empresa.

Como funciona o trabalho remoto?

Como o próprio termo já antecipa, o trabalho remoto é uma modalidade em que o profissional pode desempenhar as suas atividades a distância, isto é, fora das instalações da empresa ou de repartições públicas — como ainda é muito comum na atualidade.

O trabalho remoto, na prática, se desenvolve essencialmente com o apoio de recursos tecnológicos, como os computadores, tablets e os tradicionais smartphones. Além disso, há um uso massivo de ferramentas que dependem da internet, a exemplo das plataformas de videoconferência, dos softwares e dos aplicativos de celulares — os quais conectam profissionais e empresas de forma extremamente eficiente.

Nos últimos anos, a modalidade de trabalho remoto cresceu de maneira significativa no Brasil. Para se ter uma compreensão da adesão desse formato de trabalho, segundo dados do IBGE, divulgados no final de 2019, entre os anos de 2012 a 2018, o crescimento do home office foi de 44,4%, sendo a realidade de 3,8 milhões de pessoas — número esse que correspondia a 5,2% da força de trabalho atuante no país.

O mesmo levantamento realizado pelo IBGE também mostra que o maior crescimento dessa modalidade de trabalho foi observado entre 2017 e 2018, chegando a 21,1%. Contudo, esses dados refletiam uma realidade anterior à pandemia e à necessidade de isolamento social. Hoje, como se sabe, o trabalho remoto se tornou ainda mais comum e integrado à rotina do trabalhador brasileiro — e de tantos outro países, vale destacar.

Qual o panorama da adoção do home office no Brasil durante a pandemia?

A pandemia foi — e ainda é — sem dúvida, um fator que impactou diretamente no crescimento do home office, sobretudo no Brasil. Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma a cada cinco profissões no país está apta a adotar o trabalho remoto como principal formato.

Nesse sentido, de acordo com esse levantamento, o home office tem potencial para fazer parte da realidade de mais de 20,8 milhões de trabalhadores, podendo ser aplicado por 22,7% das ocupações, mesmo depois da pandemia. Apesar da projeção, dados posteriores do Ipea concluíram que, em maio, apenas 13,3% das pessoas ocupadas no Brasil exerceram suas atividades remotamente, o que corresponde a um total de 8,7 milhões de pessoas.

Outro ponto interessante desse estudo feito pelo Ipea foi a classificação do Brasil na 45ª colocação no ranking mundial de trabalho remoto e como 2º colocado na América Latina, sendo superado apenas pelo Chile.

Considerando a realidade interna do país, o Ipea também divulgou um ranking dos estados brasileiros com maior potencial para o trabalho remoto. Nesse ranking, o Distrito Federal apresentou o maior desempenho, enquanto o Piauí foi o estado com o menor potencial de implantação do home office.

Confira o ranking com os cinco estados com o maior potencial para o home office:

  • Distrito Federal: 31,5%;
  • São Paulo: 27,7%;
  • Rio de Janeiro: 26,7;
  • Santa Catarina: 23,8%;
  • Paraná: 23,3%.

Agora os cinco estados com o menor potencial:

  • Amazonas: 17,7%
  • Maranhão: 17,5%
  • Rondônia: 16,7%
  • Pará: 16,0%
  • Piauí: 15,6%

Além desses pontos, o estudo realizado pelo Ipea também verificou a viabilidade do trabalho remoto de acordo com as funções exercidas pelos profissionais. Vejamos os valores percentuais do home office em alguns dos cargos:

  • Diretores e gerentes: 61%
  • Profissionais das ciências e intelectuais: 65%
  • Técnicos e profissionais de nível médio: 30%
  • Trabalhadores de apoio administrativo: 41%
  • Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados: 12%.

Por fim, vale também mencionar a Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entre 14 e 29 de abril, levando em consideração a realidade de 139 empresas brasileiras de grande, médio e pequeno porte.

Nessa pesquisa, aproximadamente 94% das empresas afirmaram que atingiram ou superaram suas expectativas de resultados com a adoção do home office. Contudo, 70% delas planejam interromper a prática ou reduzi-la a apenas 25% dos funcionários assim que a pandemia tiver fim.

Como proporcionar mais saúde e qualidade de vida aos colaboradores em home office?

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas em tempos de home office é manter o bom desempenho das equipes que estão atuando de maneira remota. Isso porque a mudança repentina na rotina dos colaboradores, somada à instabilidade e insegurança trazidas pelo cenário de pandemia, são fatores que impactaram diretamente na produtividade e, em certos casos, até na saúde dos profissionais.

Afastados do ambiente corporativo e da convivência diária, efeitos como a desmotivação e improdutividade não são incomuns entre os colaboradores de empresas que adotaram o trabalho remoto.

Nesse contexto, se torna indispensável a atuação dos gestores e líderes no sentido de buscar estratégias para melhorar a experiência das suas equipes no home office, fomentando a motivação, a saúde e o bem-estar de todos.

A seguir, reunimos algumas das medidas que podem ser adotadas para melhorar a rotina dos profissionais da sua empresa que estão trabalhando remotamente. Confira!

1. Ofereça objetos ergonômicos

Um dos pontos mais importantes a ser considerado no trabalho remoto diz respeito à ergonomia. Com a necessidade de se trabalhar em casa ou em outros locais, o fato é que muitos profissionais não terão à disposição todos os equipamentos e itens necessários para trabalhar não apenas de maneira confortável, mas principalmente saudável.

Nesse sentido, negligenciar a ergonomia no home office pode levar ao surgimento de diferentes problemas de saúde, como dores na lombar e pescoço, além de aumentar o risco de surgimento de doenças como bursite e tendinite — fatores que podem prejudicar o bem-estar do profissional e os resultados da empresa.

Por essa razão, a dica é não apenas estimular e orientar quanto à importância da ergonomia, mas oferecer aos colaboradores objetos e equipamentos que, de fato, contribuam com esse atributo, como apoio para os pés e para monitores.


2. Incentive as pausas periódicas

Outro cuidado que deve fazer parte da rotina das empresas na hora de gerir os seus recursos humanos que estão atuando em regime de trabalho remoto é incentivar as pausas periódicas. Esse é um ponto crucial, já que muitos profissionais, por ficarem em casa, têm jornadas excessivas, altamente desgastantes e estressantes.

É importante deixar claro para os colaboradores a importância de se respeitar os limites diários de trabalho e de estabelecer uma rotina organizada, com horários pré-definidos para o início e fim da jornada de trabalho. Além disso, é preciso destacar a necessidade das pausas periódicas ao longo do dia.

Essas pausas são essenciais para mudar um pouco o foco, distrair a mente e recobrar as energias. Na prática, as pausas são essenciais para tarefas técnicas e/ou criativas, que demandam um alto nível de concentração. Ignorar esse ponto pode gerar ansiedade e irritação, especialmente quando o cansaço afeta o rendimento e impede a conclusão das tarefas.


3. Reforce a comunicação

À medida que o home office se torna parte da realidade das empresas, a comunicação pode ser tornar um ponto sensível. O afastamento dos postos de trabalho pode dificultar a interação entre gestores e colaboradores, bem como entre os próprios profissionais — uma realidade que pode repercutir diretamente na motivação e produtividade das equipes.

Diante disso, uma das estratégias mais importantes a serem adotadas pelas empresas se relaciona com a otimização da comunicação, de modo que todos os colaboradores tenham a chance de interagir entre si, manter os vínculos e, também, reportar as questões ligadas ao trabalho.

Para reforçar essa comunicação, o uso de ferramentas interativas de videoconferência pode ajudar bastante. Soluções como o Google Meet podem fortalecer a integração das equipes, melhorando não só a comunicação, mas todo o clima interno da empresa. Sem contar que esse tipo de ferramenta também pode ser útil para conversas, informações, confraternizações e eventos online — ações que ajudam a manter os colaboradores motivados e mentalmente saudáveis.


4. Incentive a prática de exercícios físicos

O papel do setor de RH de uma empresa vai muito além das questões técnicas e burocráticas relacionadas à rotina dos seus colaboradores. Na realidade, uma das atividades mais elementares desse setor é garantir o bem-estar e saúde dos recursos humanos, isso em todas as circunstâncias — já que os profissionais são os ativos mais valiosos das empresas.

Nesse sentido, oferecer condições de trabalho adequadas, sobretudo em tempos de home office, também deve ser prioridade do RH. Para tanto, além dos pontos já mencionados, incentivar a prática de atividade física e fomentar a adoção de hábitos saudáveis precisa fazer parte da cultura da empresa.

Aqui, uma das estratégias que podem ser adotadas pelo RH é a implementação de programas voltados para a melhora da qualidade de vida, isso a partir do apoio na mudança de hábitos e comportamentos que podem trazer risco à saúde, focando nos cuidados pessoais, cessação do tabagismo, controle de estresse, alimentação saudável e controle de peso, por exemplo.

Esse tipo de programa pode ser desenvolvido de maneira remota, a partir do uso de aplicações especializadas, bem como com o apoio de equipes de saúde, as quais fazem contato com os colaboradores, orientam e apoiam a melhoria de hábitos para eliminar fatores de risco de doenças crônicas.


5. Ofereça apoio emocional

Não há dúvidas de que o momento de pandemia trouxe uma série de incertezas e medos para as pessoas. Esse fato também refletiu na vida dos trabalhadores, gerando mais ansiedade e preocupação.

No mesmo sentido, a mudança repentina nos hábitos de vida e na maneira como o trabalho é prestado e as relações interpessoais têm se dado, também são fatores que contribuem para a desmotivação, improdutividade e, em casos mais sérios, para o surgimento de transtornos mentais.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, em relação aos trabalhadores, estima-se que em todo o mundo entre 30% a 40% das pessoas ocupadas apresentem algum transtorno mental — esse número em muito se aproxima da realidade constatada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), relativa à população em geral. Segundo a ABP, de 20% a 25% da população desenvolverá algum tipo de transtorno.

Diante dessa realidade, outra recomendação para os gestores de RH é a de oferecer apoio emocional para os seus colaboradores. Como visto, o momento de adversidade e de mudança repentina pelo qual todo o mundo tem passado pode interferir na saúde dos profissionais, exigindo ainda mais atenção por parte das empresas.

Nesse contexto, por exemplo, investir em soluções tecnológicas interativas e baseadas no uso inteligente dos dados pode ser uma excelente estratégia para mapear os colaboradores que estão mais propensos a sofrer com transtornos de saúde mental.

Com esse tipo de iniciativa, a empresa consegue estratificar seus colaboradores em diferentes níveis de risco, agindo de maneira pontual e eficiente, de acordo com a necessidade de cada grupo.

Como foi possível perceber, o home office se tornou uma modalidade bastante presente na realidade do trabalhador brasileiro. Contudo, apesar das vantagens e facilidades trazidas por esse formato, ainda existem pontos que merecem atenção por parte das empresas e dos gestores de RH.

Muitos profissionais ainda estão em fase de adaptação com o home office, dependendo de apoio e orientação sobre a melhor forma de atuar nesse novo cenário. Além disso, questões ligadas tanto à saúde e segurança no trabalho quanto à saúde mental também devem ser alvo de discussão dentro das empresas, com o objetivo de melhorar a experiência do colaborador em um momento tão incomum como o que todo o mundo vem passando.

 

Posts mais acessados