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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Notificação Apple

Apesar da Apple vender novos modelos de Iphone sem carregador, Procon-SP irá exigir que o equipamento seja disponibilizado para consumidores que pedirem


O Procon-SP notificou a Apple para que a empresa explicasse sobre a venda de novos modelos de Iphone sem o carregador. Em resposta, a empresa informa que como já existem muitos desses dispositivos no mundo, em geral, os novos não são utilizados e que a decisão teve como objetivo ajudar a reduzir a emissão de carbono e o lixo eletrônico.

O Procon-SP entende que, ao comprar um novo aparelho, o consumidor tem a expectativa de que não só o iPhone apresentará melhor performance, como também o adaptador de energia (carregamento do aparelho mais rápido e seguro); lembrando que o dispositivo é peça essencial para o uso do produto.

A Apple não demonstra em sua resposta que o uso de adaptadores antigos não possa comprometer o processo de carregamento e segurança do procedimento, tampouco que o uso de carregadores de terceiros não será usado como recusa para eventual reparo do produto durante a garantia legal ou contratual.

Além disso, por se tratar de uma mudança significativa e profunda na forma de comercialização do produto, já que a o smartphone costuma ser vendido com o carregador, a obrigação de informar o consumidor sobre essa alteração é potencializado - o que não aconteceu, na análise do Procon-SP.

Empresa não demonstra ganho ambiental com a alteração

"É incoerente fazer a venda do aparelho desacompanhado do carregador, sem rever o valor do produto e sem apresentar um plano de recolhimento dos aparelhos antigos, reciclagem etc. Os carregadores deverão ser disponibilizados para os consumidores que pedirem", afirma Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP

Apesar de informar que, ao retirar os carregadores da caixa, promoveria redução da emissão de carbono, de mineração e uso de materiais preciosos, a empresa não demonstra esse ganho ambiental. Além disso, não apresenta nenhuma ação sobre uma possível aplicação de logística reversa de recolhimento dos aparelhos e adaptadores antigos para reciclagem e descarte adequado, o que impactaria na proteção ao meio ambiente. "Ao deixar de vender o produto sem o carregador alegando redução de carbono e proteção ambiental, a empresa deveria apresentar um projeto de reciclagem. O Procon-SP irá exigir que a Apple apresente um plano viável", acrescenta Capez.

A conduta da Apple será analisada pela diretoria de fiscalização e, caso sejam constatadas infrações à lei, poderá ser multada conforme prevê o Código de Proteção e Defesa do Consumidor. 



Procon-SP

Por que São Paulo não regrediu antes?

É uma vergonha que, logo no dia seguinte ao resultado das eleições municipais, o governo João Doria anuncie a regressão de todo o estado de São Paulo à fase amarela do chamado plano de flexibilização econômica. Por que o anúncio só foi feito depois do dia 29? Antes, ninguém sabia que a medida já seria necessária?

É nítido que a falta de transparência imperou na decisão de Doria. Basta lembrar que, dezenove dias atrás, a imprensa noticiou e o governador publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que não aumentaria as restrições da quarentena, logo depois das eleições.

No dia seguinte à eleição de Bruno Covas, o governo anunciou o endurecimento de algumas medidas.

Não estou aqui questionando a veracidade do aumento da curva de casos, que é evidente, mas a maneira mentirosa com que Doria lidou com a situação, enganando a população e, principalmente, quem precisa trabalhar para sobreviver à gigantesca crise econômica que assola os micro e pequenos empresários, trabalhadores autônomos, gente que não pode se dar ao luxo de ficar em casa ou evitar entrar num transporte público lotado, correndo o risco de, a qualquer momento, tornar-se mais uma vítima dessa doença que tanto faz o nosso povo sofrer.

Se estivesse, de fato, preocupado somente em proteger a população, a regressão à fase amarela teria vindo antes, mesmo que tal decisão afetasse negativamente o governo e todos os seus aliados. Mas o que vimos foi o próprio governador promovendo aglomerações em situações em que pessoalmente prestou apoio durante a campanha eleitoral e inclusive na reunião que comemorou a vitória de Covas. Aliás, havia tanta gente nessa comemoração que uma famosa emissora de televisão informou no ar que as suas equipes que participaram desse evento foram afastadas preventivamente por catorze dias para evitar qualquer risco aos colegas de redação.

Presenciamos, portanto, a síntese de um governo que falta com a verdade e que, por isso, não merece a confiança da população que vive no estado de São Paulo.


Deputado estadual Tenente Coimbra



Era coisa bem sabida: fora das grandes cidades, a política nacional pouco ou nada afeta os pleitos municipais. Sim, isso costumava ser verdadeiro. Mas deixa de ser assim num cenário de guerra cultural aos valores da sociedade e se o ataque político à identidade nacional promove sua fragmentação em grupos antagônicos. Diante dessas condutas sinistras e malevolentes, as disputas ideológicas se agigantam e se agitam.

São fraturas abertas no tecido social, estimuladas pela mídia militante. Ela acolhe, com braços e pernas, as teses do globalismo que convergem nessa direção, sempre e sempre apresentadas como “progressistas”. Já são visíveis em todo o Ocidente os resultados desse suposto progressismo. O decorrente enfrentamento motiva e preenche boa parte das opiniões manifestadas nas redes sociais onde conservadores/liberais defrontam a engenharia social dos revolucionários. Esse debate, em ambiente caótico e espontâneo, é detestado por quem se habituou a falar sozinho, sem interlocução, influenciando multidões que, pouco a pouco, lhes foram terceirizando suas mentes. Quanto mais, melhor para os negócios.

Pois isso é exatamente o que me motiva e é disso que vamos tratar aqui. Baixada a poeira das eleições municipais, é certo afirmar que, à exemplo da eleição parlamentar de 2018, a balança da vitória pendeu para os partidos do Centrão. Nada surpreendente. São muitos partidos, bem contemplados com dinheiro fácil do fundo partidário e acabaram colhendo votos de eleitores cujas posições políticas são abrangidas num amplo leque ideológico. Não espantam, portanto, as derrotas de Boulos em São Paulo e de Manuela em Porto Alegre.  O que surpreendeu foi a vitória de Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém, onde o galo, solitário, cantou sua “vitória contra o fascismo”.  Treinadinho, o Edmilson.

“E os nossos? Quando elegeremos os nossos?” perguntam-me leitores. Eles se referem à possibilidade de serem conferidos mandatos a líderes conservadores e/ou liberais, comprometidos com valores e princípios vitimados pela guerra cultural em curso, tristemente ausentes da realidade sociopolítica e institucional do país. Essa é uma percepção recente, que devemos atribuir ao sucesso eleitoral de Bolsonaro em 2018.

Só que a vida não é assim. Não é assim que as coisas acontecem. Não se elegem políticos de outro padrão nos vários níveis da Federação apenas porque o presidente da República disse em sua campanha algumas coisas que conquistaram parcela expressiva da sociedade. Onde são trabalhadas essas ideias? Onde o partido político? Onde o movimento? Onde as organizações de base? Onde o preparo dos quadros partidários? Onde a captação de recursos? Onde o recrutamento de lideranças? Onde os líderes dispostos a concorrer sabendo que vão perder, uma, duas, três vezes, para firmar posição? Um bom candidato pode ser fruto do acaso; muitos bons candidatos, não. Criado em 2004, só agora o PSOL começa a obter resultados de um longo plantio.

Estamos afoitos se esperamos colher nas lavouras alheias ou, ainda que minimamente, num canteiro que não semeamos. Não é assim que se recuperam para o país tantas mentes terceirizadas à
esquerda.

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

A "ciber-ressaca" da Black Friday: as campanhas de phishing por e-mail cresceram 440% em todo o mundo

Globalmente, a DHL (57%), a Amazon (37%) e o FedEx (7%) foram as marcas mais adotadas ​​como iscas para os cibercriminosos cometerem fraudes financeiras aproveitando-se do grande número de remessas de pedidos de compra


Os pesquisadores da Check Point® Software Technologies Ltd . (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, detectaram um aumento de 440% no mundo das campanhas de phishing por e-mail em que os cibercriminosos se passaram por empresas de remessa expressa de correspondência, documentos e objetos, como Amazon, DHL ou FedEx, com o objetivo de cometer fraudes financeiras tirando proveito do grande número de pacotes que foram enviados na Black Friday e na Cyber ​​Monday. As mensagens enviadas indicavam na linha de assunto "Problema com a entrega da encomenda" ou "Rastreio da sua encomenda", de modo a estimular as vítimas a revelarem seus dados pessoais.

Os cibercriminosos visam explorar todas as fases da experiência de uma compra online. Neste sentido, em novembro, a Check Point detectou um aumento de 80% em campanhas maliciosas de phishing direcionadas a compradores online sob o pretexto de oferecer "descontos especiais". Os números sugerem que um em cada 826 e-mails entregues a usuários em todo o mundo eram mensagens de phishing, um aumento de 13% em relação aos dados de outubro.


DHL, Amazon e FedEx

Os pesquisadores da Check Point destacam que, do total de e-mails maliciosos detectados por eles relativos ao Black Friday e Cyber Monday, 57% correspondem à marca DHL, seguida da gigante de e-commerce Amazon (37%) e pelo FedEx (7%). Por região, a Europa lidera com o maior número de e-mails de phishing descobertos. O número de e-mails de phishing cresceu 401% em relação ao mês anterior, e a marca mais utilizada para realizar esse tipo de ataque na região foi a DHL com 77% de todos os e-mails falsos.

Por outro lado, nos Estados Unidos, 427% de e-mails maliciosos a mais foram detectados em novembro se comparado a outubro, com a Amazon (65%) sendo a isca mais adotada pelos cibercriminosos. A Ásia e o Pacífico (com aumento de 185%) estão atrás no ranking das regiões. O Brasil aparece com somente um e-mail de phishing registrado aplicando o nome da DHL em novembro. Os números na África e na América do Sul foram de um único algarismo referente a essas empresas de remessa expressa. O continente africano registrou um e-mail de phishing em setembro e em outubro e quatro em novembro. Na América do Sul foram dois e-mails maliciosos em setembro, nenhum em outubro e quatro em novembro.


Dados Regionais


De acordo com os especialistas da Check Point, os cibercriminosos atuam na ofensiva aproveitando-se do boom das compras online. Primeiro, eles se fazem passar por marcas confiáveis ​​e enviam e-mails de "ofertas especiais" para ganhar a confiança da vítima. Agora que as datas da Black Friday e Cyber ​​Monday passaram, eles estão usando a entrega dos pedidos de compras como isca para seus ataques. Por esse motivo, a Check Point recomenda aos usuários a pensar duas vezes antes de abrir as mensagens que chegam em sua caixa de entrada, pois, embora pareçam vir de uma marca confiável, pode ser que o remetente seja um cibercriminoso. Além disso, é imprescindível tomar medidas extremas de segurança e prestar atenção especial aos erros de grafia no texto ou nos nomes de domínio, entre outras dicas de proteção.

Para evitar ser uma vítima desse tipo de ciberameaça, os especialistas da Check Point listam as principais orientações de segurança:

Nunca compartilhar as credenciais - o roubo de credenciais é um objetivo comum de ciberataques. Muitas pessoas aplicam os mesmos nomes de usuário e senhas em muitas contas diferentes, portanto, roubar as credenciais de uma única conta, provavelmente, dará a um atacante o acesso a várias contas online do usuário. Assim, nunca compartilhe as credenciais da sua conta e não reutilize as senhas.

Suspeitar sempre de e-mails de redefinição de senha - Se o usuário receber um e-mail não solicitado de redefinição de senha, a orientação é sempre visitar o site diretamente (não clicar em links incorporados) e alterar sua senha para uma outra nesse site (e que seja uma senha diferente de quaisquer outros sites). Ao clicar em um link, o usuário pode redefinir a senha dessa conta para algo novo. Não saber sua senha é, naturalmente, também o problema que os cibercriminosos enfrentam ao tentar obter acesso às suas contas online. Ao enviar um e-mail falso de redefinição de senha, eles intencionam direcionar o usuário a um site de phishing semelhante e podem convencê-lo a digitar as credenciais da sua conta e enviá-las para eles.

Verificar se está acessando uma URL de um site autêntico: uma maneira segura de fazer isso é não clicar em links de e-mails e, sim, clicar no link da página de resultados do Google ou no site de busca de sua preferência após pesquisá-lo.

Cuidado com domínios semelhantes: verificar erros de grafia em e-mails ou sites e de remetentes de e-mail desconhecidos. Marcas confiáveis não cometem erros de ortografia no corpo do texto, no nome do seu domínio ou na extensão da web que usam. Por esse motivo, qualquer e-mail com o nome da empresa digitado incorretamente ("Amaz0n" ou "Amazn" em vez de "Amazon", por exemplo) é um sinal de alerta inevitável de que há uma tentativa de phishing.

Observar técnicas de engenharia social: essas técnicas são projetadas para tirar vantagem da natureza humana, uma vez que é mais provável cometer um erro quando as coisas são feitas às pressas. Os ataques de phishing procuram representar marcas de confiança para evitar que suas vítimas potenciais suspeitem e para que possam clicar em um link ou abrir um documento anexado ao e-mail com mais facilidade.

As estatísticas usadas neste relatório apresentam dados detectados pelas tecnologias de prevenção de ameaças da Check Point, armazenados e analisados no centro ThreatCloud. O ThreatCloud fornece inteligência contra ameaças em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, por meio de redes, terminais e celulares. A inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa exclusivos da divisão Check Point Research, o braço de inteligência e pesquisa da Check Point.

 



Check Point Software Technologies Ltd.

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2 DE DEZEMBRO: ADVOGADOS CRIMINALISTAS, TEMOS O QUE COMEMORAR?

 

Neste Dia do Advogado Criminalista, celebrado em 2 de dezembro, neste ano de pandemia, será que temos algo a  comemorar?

Creio que antes de elencar alguns pontos importantes de conquistas para nossa carreira, é necessário, mais uma vez, reiterar que o advogado criminalista não trabalha para garantir a impunidade de quem quer que seja, mas se empenha para que todos tenham um julgamento justo.

Sempre lembro que a exemplo do padre, que abomina o pecado, mas, ama o pecador, o advogado criminalista deve odiar o crime, mas, ter compaixão pelo acusado, para garantir-lhe um julgamento justo, independente se este acusado é culpado ou inocente.

O papel social e institucional do advogado é imprescindível nos regimes democráticos. Aliás, só é possível advogar plenamente quando reina a democracia. É o advogado criminalista que assegura, na esfera jurídica, a todos os cidadãos, a observância de seus direitos constitucionais e legais, além da constante defesa da cidadania.

Especialmente alguém que já foi acusado de algum ilícito e sofreu um processo penal, conhece a importância do trabalho da defesa, visando aclarar os fatos, superar eventuais arbitrariedades e fazer triunfar a justiça.

Quanto maior a repercussão do crime e de seu julgamento, quando o clamor público não admite ao acusado nem mesmo argumentos em sua defesa, maior a possibilidade de ocorrer um erro judiciário. Nestes casos, o que nem sempre fica claro para a sociedade é que o advogado criminalista trabalha com os fatos e provas constantes do processo, no interesse de seu constituinte, com base no direito, na lei e na jurisprudência. Sua missão é chegar à justiça, anseio de todos.

O insuperável Rui Barbosa é muito incisivo ao afirmar que ninguém é indigno de defesa. Por mais grave que seja a acusação, o advogado criminalista tem o dever de promover a defesa do acusado.

Vez por outra, assistimos pessoas do povo confundir o advogado com o seu cliente. Este é um erro gravíssimo, o advogado criminalista não pode ser hostilizado pela opinião pública, muito menos pela autoridade judiciária, tampouco sofrer um linchamento moral por parcela da mídia.

É no devido processo legal que este profissional encontra o balizamento de sua atividade judicial, garantindo a ampla defesa e o contraditório ao acusado, observando o princípio da presunção de inocência, até o surgimento de uma decisão judicial com trânsito em julgado.  

Os direitos contidos no ordenamento jurídico nacional não podem sucumbir ante a opinião pública convencida da culpa de alguém. Não pode também a defesa ter sua atuação cerceada pela intensa reação popular, guiada pela emoção e pelo sensacionalismo, pois isso constitui grave violação ao Estado de Direito.

A profissão de advogado foi constitucionalizada na Carta Magna de 1988, reconhecendo o legislador a sua indispensabilidade à administração da Justiça e a inviolabilidade do advogado por atos e manifestações no exercício profissional, tudo isto em favor do próprio cidadão.

O advogado criminalista deve ter independência e deve promover a defesa, independentemente de ser amado ou odiado, cumprindo com dignidade a função tutelar do direito. 

O exercício da advocacia sofre incontáveis ataques e iniciativas que visam diminuir a importância dos advogados, criando embargos para o seu pleno exercício, vide com que  frequência as violações das nossas prerrogativas profissionais ocorrem, praticadas por autoridades que violam a lei.

Reitere-se, que as prerrogativas dos advogados, previstas em lei federal, não são privilégios, mas garantias facultadas àqueles que devem zelar para que o direito do cidadão não seja aviltado. Assim, as prerrogativas dos advogados visam proteger a própria cidadania.

Hoje temos a celebrar a vitória de uma longa luta de 15 anos. Em Curitiba, no ano de 2004, iniciamos essa caminhada, quando apresentei a proposta para criminalizar as violações das prerrogativas profissionais da advocacia. Proposta aprovada pelo Colégio de Presidentes da OAB, que logo se transformou em projeto de lei.

A recente aprovação deste projeto, fez surgir uma importante lei que tem caráter pedagógico, pois faz com que os violadores de prerrogativas da advocacia, sejam obrigados, para se defender, a contratar advogado. Uma grande vitória.

No presente quadrante histórico, mais uma vez, e permanentemente, é preciso proteger os advogados de ataques que contra eles são perpetrados, de modo que possam cumprir o seu papel, garantindo o direito de defesa e o Estado Democrático de Direito, pois sem Advogado não se faz e nem se tem Justiça!





Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso - advogado criminalista, Mestre e Doutor em Direito Penal pela USP, é Presidente da Academia Brasileira de Direito Criminal – ABDCRIM, Presidente de Honra da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas - Abracrim, Presidente do LIDE Justiça, foi Presidente da OAB-SP por três gestões (2004/2012) e Conselheiro Federal da OAB por duas gestões (2013/2018).

Grandes propriedades rurais respondem por 54% do déficit ambiental em São Paul

 

Estimativa é de pesquisadores participantes de projeto apoiado pela FAPESP, cujo objetivo é fornecer subsídios científicos para a implementação do novo Código Florestal no Estado (imagem: espacialização do déficit estimado de reserva legal no Estado de São Paulo por propriedade rural em hectares; crédito: Esalq-USP)


Apesar de representarem apenas 3,5% do total de mais de 340 mil imóveis rurais cadastrados em São Paulo, as grandes propriedades agrícolas – com mais de 15 módulos fiscais – respondem por 54% do déficit ambiental do Estado, ou seja, da perda de áreas de reserva natural.

A estimativa foi feita por pesquisadores participantes de um projeto apoiado pela FAPESP, com o objetivo de fornecer subsídios científicos para a implementação do Programa de Regularização Ambiental no Estado de São Paulo nos próximos 20 anos, seguindo as regras do novo Código Florestal (leia mais em agencia.fapesp.br/27232/).

Alguns resultados do estudo, desenvolvido no âmbito do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP), foram apresentados em um encontro on-line realizado em novembro.

“Constatamos que os 50% maiores déficits de área de preservação permanente no Estado de São Paulo estão concentrados em propriedades grandes, com mais de 15 módulos fiscais [unidade de medida, em hectares, da área de uma propriedade fiscal com condições para exploração econômica]", disse Kaline de Mello, pós-doutoranda no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) com Bolsa da FAPESP e participante do projeto.

“O mesmo padrão se repete em relação ao déficit de reserva legal [área que deve ser mantida com vegetação nativa]”, afirmou Mello.

A fim de estimar o déficit ambiental das propriedades rurais em São Paulo à luz do novo Código Florestal, os pesquisadores fizeram uma modelagem detalhada da malha fundiária do Estado. Para isso, reuniram dados de propriedades rurais registradas até 2019 no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar-SP), de cobertura de vegetação nativa, fitofisionomias, biomas, uso do solo e de hidrografia, obtidos de diversas bases, como a do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Projeto Radam Brasil (Ministério de Minas e Energia) e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), além do tamanho dos módulos fiscais dos municípios paulistas, fixados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Por meio do cruzamento dessas camadas de dados com a modelagem de exigências e isenções estabelecidas pelo novo Código Florestal, foi possível estimar os déficits de áreas de preservação permanente e de reservas legais, além dos excedentes de vegetação nativa para cada propriedade rural no Estado de São Paulo, situados em sua maior parte na Mata Atlântica, na região costeira.

“São Paulo é o único Estado do país que tem uma modelagem detalhada do Código Florestal com essa precisão e na escala de propriedades rurais”, disse Mello.

A modelagem da malha fundiária paulista indicou que, das 340,6 mil propriedades rurais no Estado de São Paulo, 237,1 mil possuem déficits de área de preservação permanente que totalizam 768,7 mil hectares, sendo 656,7 mil hectares na Mata Atlântica e quase 112 mil hectares em áreas do Cerrado.

Cerca de 85% do déficit de área de preservação permanente está localizado em grandes e médias propriedades rurais. Apesar de representarem a maioria dos imóveis rurais cadastrados no Estado de São Paulo, as propriedades menores – com menos de quatro módulos fiscais – são responsáveis por apenas 15,5% do déficit de área de preservação permanente no Estado.

As grandes propriedades também respondem pela maior parte do déficit de reserva legal. Apenas 1,2 mil propriedades – equivalentes a 0,4% dos imóveis rurais cadastrados em São Paulo – detêm os 50% maiores déficits de reserva legal no Estado, apontou o estudo, sendo 98% desses imóveis maiores que 15 módulos fiscais.

“Os resultados do projeto mostram que é preciso empregar diferentes estratégias para promover a regularização ambiental no Estado de São Paulo, que favoreça a coletividade e não um pequeno grupo de proprietários rurais. Não se pode embutir nos pequenos proprietários a responsabilidade pelo déficit ambiental de São Paulo”, avaliou Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Esalq-USP e participante do projeto.

As propriedades rurais que apresentam os maiores déficits de áreas de preservação permanente e de reserva legal estão concentradas no Oeste paulista e são voltadas à produção de cana-de-açúcar (39%), pastagem (36%), cultivo de outras culturas (17%), silvicultura (7%) e lavouras de soja (2%).

Os dados por município podem ser consultados em uma plataforma de acesso aberto desenvolvida pelos pesquisadores para auxiliar as cidades paulistas a implementar o novo Código Florestal.

“Qualquer usuário pode acessar a plataforma. Além disso, estamos trabalhando com uma modelagem refinada para implementação do novo Código Florestal em escala municipal”, disse Mello.


Mecanismos de compensação

Diferentemente das áreas de preservação permanente, que devem ser totalmente restauradas, o novo Código Florestal estabeleceu que o déficit de reserva legal pode ser restaurado na própria propriedade rural ou compensado por meio de áreas de vegetação excedente e de reserva legal disponíveis nos imóveis rurais com até quatro módulos fiscais.

Os pesquisadores estimaram que há 941 mil hectares de área de excedentes de vegetação nativa e de reserva legal nessas pequenas propriedades rurais que podem ser utilizadas para compensar o déficit de 367,4 mil hectares de área de reserva legal no Estado de São Paulo por meio desse mecanismo, chamado Cota de Reserva Ambiental (CRA).

Além disso, há 117 mil hectares de pastagens com baixa aptidão agrícola nas propriedades rurais com déficit de reserva legal que poderiam ser utilizados para restauração.

“Cerca de 32% do déficit total de reserva legal no Estado de São Paulo poderia ser abatido apenas por meio da restauração dessas pastagens de baixa aptidão agrícola, que não dão um bom retorno econômico com a criação de gado e não são interessantes para agricultura porque são muito declivosas ou rochosas, onde não é possível a tecnificação”, explicou Mello.

O novo Código Florestal também permite que o déficit de áreas de reserva legal possa ser restaurado incluindo espécies exóticas. O déficit de áreas de preservação permanente das pequenas propriedades também pode ser restaurado por meio do plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, de interesse comercial.

Essa forma de restauração, chamada multifuncional, permitiria regularizar 43% – quase 487 mil hectares – do total de 1,14 milhão de hectares do déficit total de reserva legal e de áreas de preservação permanente no Estado de São Paulo, calcularam os pesquisadores.

Além disso, geraria oportunidades de aumento de renda dos produtores, uma vez que 50% das áreas recuperadas de forma multifuncional podem ser exploradas economicamente.

“Há um enorme potencial de regularização ambiental em São Paulo sem um custo demasiadamente alto para os proprietários rurais, conciliando a manutenção da atividade agrícola, que é extremamente importante para o Estado, com o interesse ambiental”, avaliou Jean Paul Metzger, professor do IB-USP e participante do projeto.

A fim de auxiliar os proprietários rurais na tomada de decisão de alternativas para compensação de reserva legal, os pesquisadores desenvolveram uma ferramenta dinâmica, que pode ser acessada pela internet.

“É preciso vontade política para utilizar agora essa enorme base de dados e conhecimento para tomar decisões sólidas para a implementação do novo Código Florestal no Estado de São Paulo”, disse Carlos Joly, membro da coordenação do BIOTA-FAPESP.

Na avaliação de Gerd Sparovek, professor da Esalq-USP e coordenador do projeto, o Código Florestal é de suma importância para o desenvolvimento sustentável do Brasil porque 54% da vegetação natural remanescente no país está em áreas privadas e, portanto, deve seguir o Código Florestal. No Estado de São Paulo esse número é maior, atingindo 78%.
 


Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/grandes-propriedades-rurais-respondem-por-54-do-deficit-ambiental-em-sao-paulo/34733/

Vendas de fim de ano: como preparar o seu negócio para a alta demanda

 

 

Vendas de fim de ano: como preparar o seu negócio para a alta demanda

Passada a Black Friday, o varejo ainda precisa se preparar para mais uma leva de alta de consumo: as festas de final de ano. Mesmo com a pandemia, devido ao aumento da procura por itens na internet, as vendas continuam a todo o vapor. É justamente nesta época que o consumidor está disposto a gastar mais com presentes para amigos, parentes e até para ele mesmo. De acordo com dados da Ebit Nielsen, empresa de medição e análise de dados, as vendas do comércio eletrônico devem crescer 27% na Black Friday deste ano em comparação com o mesmo período de 2019. O resultado positivo ainda tem potencial para impulsionar em 38% a performance do e-commerce para o ano de 2020.

 

De acordo com Índice Cielo do Varejo Ampliado, desde maio de 2020, o varejo apresentou recuperação do impacto do surto de COVID-19 no Brasil todos os meses, além disso os bens não duráveis e duráveis já voltaram aos patamares pré-crise. Quem empreende no setor varejista deve redobrar a sua atenção para não perder oportunidades do fim de ano e garantir um faturamento satisfatório para o seu negócio. Fazer compras conjuntas e evitar ruptura de estoque são apenas algumas das medidas que ele precisa tomar. Veja mais dicas: 

 

Compra em conjunto

Atuar em redes ou associações estreita a comunicação entre as empresas, que podem buscar maneiras conjuntas de enfrentar os problemas deste momento. Existem várias formas de associações que podem ser benéficas para os negócios, dentre elas as redes associativas. Segundo Jonatan da Costa, CEO da Área Central — empresa especialista em tecnologia para gestão de centrais de negócios — , as redes são compostas por grupos de organizações com interesses em comum para a melhoria da competitividade de um determinado setor ou segmento. “Essa forma de associação busca parcerias que proporcionem mais lucro, mais renda, agilidade, informações e tecnologia para a gestão da entidade”. A rede tem controle de gestão, boas práticas, ações de marketing, negociações com fornecedores parceiros e informações de consumo e compras. Com todos esses benefícios, consegue direcionar os associados, identificar o produtos potenciais, o comportamento de consumo da audiência e preparar os lojistas para obter o máximo de vantagens nesse período.

 

Evite a ruptura de estoque

Assim como o varejo online, o movimento aumenta nas lojas físicas durante o final de ano. Por isso, é preciso ter atenção para evitar um dos maiores problemas desse período: a ruptura de estoque. Quando a pessoa compradora não encontra o produto na prateleira, ela tende a procurá-lo em outra loja ou substituí-lo por outra marca, prejudicando o varejo e a indústria. A tecnologia é uma grande aliada para garantir que os itens estejam disponíveis na prateleira. Softwares como o Involves Stage, desenvolvido pela Involves, facilitam a conexão entre as duas pontas e a execução perfeita da estratégia de trade marketing. O CPO da Involves, Pedro Galoppini, explica que ter a solução permite acompanhar a operação em tempo real e de forma segura, agilizando a tomada de decisões. "A agilidade que a plataforma oferece é fundamental para evitar a ruptura de estoque, especialmente em períodos de alta demanda, como o fim do ano. Além disso, isso permite que promotores de venda das  marcas tenham mais tempo para realizar ações promocionais nos pontos de venda", completa Pedro. 

 

Gestão ágil e segura como premissa 

Essencial durante todo o ano, a gestão ganha ainda mais importância para o varejo em épocas de grandes vendas. O controle de estoque, a integração com o sistema tributário para emissão de notas fiscais e a integração com novas formas de pagamento são soluções atendidas pelos softwares da Compufour, que em todo o ano de 2019 movimentaram mais de R$ 26 bilhões. “Entendemos a importância de um gerenciamento feito com exatidão em todo o processo, e a consequência é o atendimento ágil e efetivo do cliente final”, explica o CEO Wagner Muller. Os sistemas da de gestão da Compufour atendem não somente as emissões de documentos fiscais, mas também abrem as portas do varejo para a internet, oferecendo integração com Mercado Livre, E-Commerce, WhatsApp, carteiras digitais, PIX, e todos os marketplaces do país. Além disso, a empresa desenvolve softwares específicos para cada tipo de negócio, como o ClippCheff, para bares e restaurantes, o ClippService, para prestadores de serviços, e o ClippFácil, uma plataforma 100% online, com foco na facilidade e agilidade da gestão. “Poder atender bem o cliente é o objetivo principal das empresas com quem trabalhamos, por isso o cuidado em ter ferramentas que se adequem a cada realidade”, pontua. “Além disso, novas necessidades surgem como o PIX, então é preciso disponibilizar isso aos clientes o quanto antes.”

 

Invista em tecnologia e evite aglomeração de pessoas

Depois do surgimento do coronavírus, a preocupação com a saúde continua crescendo em todos os setores — principalmente naqueles que podem enfrentar aglomerações. Na época de final de ano, a alta demanda é sempre refletida dentro dos varejos físicos. Por isso, as lojas que se reinventarem para garantir o bem-estar dos consumidores serão as que terão os resultados mais positivos. Um dos caminhos é investir em tecnologias de pagamento touchless, aquelas que não exigem contato humano ou quando ele é muito pequeno, como a solução da startup Payface. A ferramenta usa reconhecimento facial para conectar o rosto do usuário com o meio de pagamento associado, oferecendo uma compra rápida, segura e sem toque. Sem precisar mostrar o cartão, a tecnologia diminui filas e ainda permite que os estabelecimentos armazenem o registro de consumo dos usuários no local, colaborando para tomada de decisão. "A implementação da biometria facial vem para acabar de vez com uma experiência de compra dissociada da jornada do consumidor", afirma Eládio Isoppo, CEO e cofundador da startup.

 

Como lidar com possíveis inadimplências

Para que as vendas de fim de ano garantam o resultado positivo esperado pelo varejo, também é essencial que as empresas estejam preparadas para lidar com a inadimplência. “É preciso ter disposição para negociar saídas com os clientes, como descontos, opções de parcelamento ou meios de pagamento alternativos. Isso ajuda não só na quitação de dívidas vencidas, como também na manutenção de um bom relacionamento”, defende Diego Contezini, vice-presidente da fintech Asaas. Quem não tem uma equipe nessa função pode contar com o apoio da tecnologia para automatizar a tarefa e realizar cobranças sem constrangimentos. O Asaas, por exemplo, oferece um serviço que faz ligações de voz quando um pagamento não é efetuado, ajudando a diminuir os níveis de inadimplência em até 50%. O sistema robô de cobranças permite que o empreendedor escolha como será feito o contato com o consumidor e configure intervalos entre as ligações.

 

Plano preliminar de vacinação contra a Covid-19 prevê quatro fases

Em reunião técnica nesta terça-feira (01), Ministério da Saúde informou que grupos prioritários receberão as doses conforme logística de recebimento e distribuição

 

O Ministério da Saúde apresentou, nesta terça-feira (01), definições preliminares da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra a Covid-19. Pontos como grupos prioritários, eixos estratégicos do plano operacional, expectativas de prazos, investimento na rede de frio para armazenamento das doses, processos de aquisição de agulhas e seringas para atendimento da demanda e as fases da vacinação dos grupos prioritários foram tratados durante o encontro.

Na ocasião, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, frisou a importância de viabilizar o Plano de Vacinação e reforçou que o Ministério e entidades parceiras possuem ampla base técnica para elaboração das estratégias de forma a atender com excelência a todos os objetivos propostos no plano. “É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas reunidas com vontade de fazer o melhor plano do mundo”, afirmou.

O ministro Pazuello reforçou, ainda, que o SUS tem hoje o maior programa de vacinação do mundo, o que fortalece a estratégia de vacinação contra a Covid-19. 

O secretário de Vigilância em Saúde da Pasta, por sua vez, salientou que o plano apresentado hoje é preliminar e que sua estrutura final dependerá das vacinas disponibilizadas. “É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica”, disse. Todas essas questões serão relevantes, inclusive, para definição final dos grupos prioritários, onde são levados em consideração os critérios de testes realizados por cada laboratório que disponibilizar vacinas”.

Além do Ministério, integram o grupo de discussão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Eles fazem parte da Câmara Técnica para elaboração do plano, implementada a partir de Portaria nº28 de 03 de setembro de 2020.


QUATRO FASES

Durante a reunião, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fontana, detalhou que a vacinação deve ocorrer em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

Na primeira fase, conforme a coordenadora do PNI, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras). A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Ao todo, os quatro momentos da campanha somam 109,5 milhões de doses, sendo que os esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility – preveem esquema vacinal em duas doses. Na reunião, Francieli reforçou que o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases é preliminar e pode sofrer alterações, a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com outras farmacêuticas, após resultados dos estudos das vacinas candidatas e regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 


SERINGAS E AGULHAS 

A coordenadora do PNI também detalhou que o Ministério da Saúde negocia aquisições de seringas e agulhas para atender à demanda para vacinação contra o coronavírus. Segundo ela, no momento, encontra-se em andamento processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional. Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana. 

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde é o maior programa de vacinação do mundo e atende, atualmente, uma população de 212 milhões de pessoas. Durante a reunião, Francieli lembrou que o programa já possui ampla expertise em vacinação em massa e está preparado – tanto no âmbito técnico quanto no de infraestrutura – para a vacinação contra a Covid-19, sem que a demanda do calendário normal de vacinação da população seja afetada.

Apenas em 2020, mais de R$ 42 milhões foram investidos para estruturação da rede de frio que armazena as doses do PNI, e que hoje atende na faixa de temperatura preconizada de 2ºC a 8ºC para todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, com exceção da Vacina Oral Poliomielite, armazenada a -20ºC na instância nacional. O recurso serviu à compra de câmaras refrigeradas, computadores e novos aparelhos de ar-condicionado.

Em novembro, a Pasta realizou um workshop junto às secretarias municipais e estaduais de Saúde a fim de preparar a rede de frio nacional, em suas diversas instâncias, para introdução das doses contra a Covid-19. Foram tratados no treinamento temas como as entregas das cargas, investimentos na rede de frio, riscos de armazenamento, as vacinas contra a doença em fase 3 de pesquisa e orientações técnicas sobre qualidade. Atualmente, o Brasil possui 38 mil salas de vacinação espalhadas por todo o país.

Os eixos prioritários que guiam o Plano de Vacinação são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação;  monitoramento, supervisão e avaliação; comunicação; encerramento da campanha. 

O Brasil já possui atualmente garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). No mês passado, o Ministério da Saúde sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer BioNTech, Moderna, Bharat Biotech (covaxin) e Instituto Gamaleya (sputinik V), que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística.

O ministro Eduardo Pazuello disse, na reunião, que nenhuma delas está descartada. “Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes”. Ele aproveitou também para frisar a importância do tratamento precoce como aliado contra a Covid-19 até que sejam disponibilizadas vacinas para toda a população. “Enquanto a vacina não chega, precisamos focar no diagnóstico clínico do médico, no tratamento precoce e no manejo correto do paciente”, disse.



Ministério da Saúde 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Brasil é líder em cirurgias plásticas em adolescentes de 13 a18 anos

 

Em um ano, mais de 80 mil adolescentes recorrem a procedimentos estéticos no país.


A grande maioria dos adolescentes passa por experiencias evolutivas como: Aceitação de seu corpo e seu correspondente gênero masculino ou feminino; estabelecimento de novas amizades com pessoas da mesma faixa etária e de ambos os sexos; inserção e aceitação no seu grupo de jovens.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos nos últimos dez anos . Em 2016 — ano do último censo realizado pela SBCP—, foram feitas 1.472.435 cirurgias plásticas estéticas ou reparadoras em solo nacional, das quais 6,6% foram em pacientes com até 18.

De acordo com o cirurgião plástico Juliano Souto Ferreira, a maioria das cirurgias em adolescentes é mais por questões estéticas influenciada por bullying. Ele cita os procedimentos mais procurados;
A Rinoplastia que é a correção estética ou funcional do nariz.

A otoplastia que é a cirurgia que repara a orelha de abano.

A gigantomastia para aquelas pacientes que tem a mama muito grande, muito pesada, o que normalmente impede de fazer algumas atividades físicas.

O implante de silicone nos seios por questões mais estéticas.

E a lipoaspiração que tem tornado uma pergunta frequente nos consultórios em função do crescente e preocupante aumento da obesidade em crianças e adolescentes.

Juliano Souto Ferreira faz um alerta " As cirurgias estéticas na adolescência devem ser discutidas pelo pediatra clínico e pelo cirurgião plástico, com o objetivo de se atingir um julgamento cirúrgico adequado, devendo ser valorizados aspectos como: idade ideal para correção; inserção social; estabilidade emocional; auto-estima e auto-imagem; higidez física."




DR. JULIANO SOUTO FERREIRA - CRM SP 116386 - Cirurgião Plástico - Formado em medicina pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
Residência médica de cirurgia geral pelo Hospital Prof. Dr. Alipio Corrêa Neto. Residência de cirurgia plástica pelo Hospital dos Defeitos da Face (atual Hospital da Cruz Vermelha Brasileira). Membro especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.Preceptor da residência de cirurgia plástica do Hospital da Cruz Vermelha Brasileira.Médico do corpo clínico do Hospital São Luiz do Itaim.Médico do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês.

Site:
http://drjulianosouto.com.br/

 

Dismorfia das selfies: a busca pelo rosto mais fotogênico

Estudo americano mostra que os filtros do Instagram são referência na hora de mudar a aparência


A Dismorfia Corporal, ou Síndrome de Distorção da Imagem, afeta mais de 150 mil brasileiros todos os anos. A síndrome faz com que vejamos algo totalmente diferente no espelho ou que nossos defeitos pareçam muito maiores do que realmente são. Porém, uma tendência que tem ocorrido agora na era do Instagram é a Dismorfia das Selfies.

Segundo um artigo publicado em 2019 pelo jornal acadêmico da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, as pessoas deixaram de levar fotos celebridades que gostariam ficar parecidas e passaram a mostrar mais selfies de si mesmas. A diferença é que elas estão sob os efeitos de filtros. Quem passa muito tempo nas redes sabe que os efeitos mais usados, tanto em vídeos quanto fotos, são aqueles que alteram as linhas do rosto.

Doutor Willian Ortega, cirurgião dentista e especialista em harmonização facial, defende que é sempre importante mantermos a autoestima e não há nada de errado em corrigir algo que incomoda. “Mas ao mesmo tempo, muitas pessoas podem perder a linha entre a realidade e a fantasia e este visual inatingível é muito frustrante para o paciente”, alerta.

A busca pela aparência do filtro pode se transformar ainda em um resultado que não agrada, o que pode diminuir ainda mais a satisfação pessoal. É possível ficar parecido com a versão filtrada, porém nem sempre o que funciona em uma foto, com ângulo e iluminação perfeitos, vai ser real e satisfazer no dia a dia.

O que o especialista busca oferecer aos pacientes, é ressaltar o que eles têm de mais harmonioso. “Nossos traços mais marcantes podem acabar perdidos em meio a outras feições, que não favorecem tanto a simetria do rosto”, finaliza.

 



Willian OrtegaCRO PR 23.627Graduado pela UNIPAR (Universidade Paranaense), especialista em Ortodontia e Pós- Graduado em Harmonização Orofacial. Diretor professor da Facial Academy. Especialista em Implantodontia pela Uningá. Consultório Cascavel/PR (45) 9.9809-3334 - Consultório/SP (11) 4329-7854 e Consultório Campinas (19) 3308-3330 Site: www.facialacademy.com.br Instagram: @drwillianortega

 

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