Globalmente, a DHL (57%), a Amazon (37%) e o
FedEx (7%) foram as marcas mais adotadas como iscas para os cibercriminosos
cometerem fraudes financeiras aproveitando-se do grande número de remessas de
pedidos de compra
Os pesquisadores
da Check Point® Software Technologies Ltd . (NASDAQ: CHKP), uma
fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, detectaram um aumento
de 440% no mundo das campanhas de phishing por e-mail em que os cibercriminosos
se passaram por empresas de remessa expressa de correspondência, documentos e
objetos, como Amazon, DHL ou FedEx, com o objetivo de cometer fraudes
financeiras tirando proveito do grande número de pacotes que foram enviados na
Black Friday e na Cyber Monday. As mensagens enviadas indicavam na linha de
assunto "Problema com a entrega da encomenda" ou "Rastreio da
sua encomenda", de modo a estimular as vítimas a revelarem seus dados
pessoais.
Os
cibercriminosos visam explorar todas as fases da experiência de uma compra
online. Neste sentido, em novembro, a Check Point detectou um aumento de 80% em
campanhas maliciosas de phishing direcionadas a compradores online sob o
pretexto de oferecer "descontos especiais". Os números sugerem que um
em cada 826 e-mails entregues a usuários em todo o mundo eram mensagens de
phishing, um aumento de 13% em relação aos dados de outubro.
DHL, Amazon e
FedEx
Os pesquisadores
da Check Point destacam que, do total de e-mails maliciosos detectados por eles
relativos ao Black Friday e Cyber Monday, 57% correspondem à marca DHL, seguida
da gigante de e-commerce Amazon (37%) e pelo FedEx (7%). Por região, a Europa
lidera com o maior número de e-mails de phishing descobertos. O número de
e-mails de phishing cresceu 401% em relação ao mês anterior, e a marca mais
utilizada para realizar esse tipo de ataque na região foi a DHL com 77% de
todos os e-mails falsos.
Por outro lado,
nos Estados Unidos, 427% de e-mails maliciosos a mais foram detectados em
novembro se comparado a outubro, com a Amazon (65%) sendo a isca mais adotada
pelos cibercriminosos. A Ásia e o Pacífico (com aumento de 185%) estão atrás no
ranking das regiões. O Brasil aparece com somente um e-mail de phishing
registrado aplicando o nome da DHL em novembro. Os números na África e na
América do Sul foram de um único algarismo referente a essas empresas de
remessa expressa. O continente africano registrou um e-mail de phishing em
setembro e em outubro e quatro em novembro. Na América do Sul foram dois
e-mails maliciosos em setembro, nenhum em outubro e quatro em novembro.
Dados
Regionais
De acordo com os especialistas da Check Point, os cibercriminosos atuam na ofensiva aproveitando-se do boom das compras online. Primeiro, eles se fazem passar por marcas confiáveis e enviam e-mails de "ofertas especiais" para ganhar a confiança da vítima. Agora que as datas da Black Friday e Cyber Monday passaram, eles estão usando a entrega dos pedidos de compras como isca para seus ataques. Por esse motivo, a Check Point recomenda aos usuários a pensar duas vezes antes de abrir as mensagens que chegam em sua caixa de entrada, pois, embora pareçam vir de uma marca confiável, pode ser que o remetente seja um cibercriminoso. Além disso, é imprescindível tomar medidas extremas de segurança e prestar atenção especial aos erros de grafia no texto ou nos nomes de domínio, entre outras dicas de proteção.
Para evitar ser
uma vítima desse tipo de ciberameaça, os especialistas da Check Point listam as
principais orientações de segurança:
Nunca
compartilhar as credenciais - o roubo de credenciais é um objetivo comum de ciberataques.
Muitas pessoas aplicam os mesmos nomes de usuário e senhas em muitas contas
diferentes, portanto, roubar as credenciais de uma única conta, provavelmente,
dará a um atacante o acesso a várias contas online do usuário. Assim, nunca
compartilhe as credenciais da sua conta e não reutilize as senhas.
Suspeitar
sempre de e-mails de redefinição de senha - Se o usuário receber um e-mail não
solicitado de redefinição de senha, a orientação é sempre visitar o site
diretamente (não clicar em links incorporados) e alterar sua senha para uma
outra nesse site (e que seja uma senha diferente de quaisquer outros sites). Ao
clicar em um link, o usuário pode redefinir a senha dessa conta para algo novo.
Não saber sua senha é, naturalmente, também o problema que os cibercriminosos
enfrentam ao tentar obter acesso às suas contas online. Ao enviar um e-mail
falso de redefinição de senha, eles intencionam direcionar o usuário a um site
de phishing semelhante e podem convencê-lo a digitar as credenciais da sua
conta e enviá-las para eles.
Verificar se
está acessando uma URL de um site autêntico: uma maneira segura de fazer isso é não clicar
em links de e-mails e, sim, clicar no link da página de resultados do Google ou
no site de busca de sua preferência após pesquisá-lo.
Cuidado com
domínios semelhantes: verificar erros de grafia em e-mails ou sites e de remetentes de
e-mail desconhecidos. Marcas confiáveis não cometem erros de ortografia no
corpo do texto, no nome do seu domínio ou na extensão da web que usam. Por esse
motivo, qualquer e-mail com o nome da empresa digitado incorretamente
("Amaz0n" ou "Amazn" em vez de "Amazon", por
exemplo) é um sinal de alerta inevitável de que há uma tentativa de phishing.
Observar
técnicas de engenharia social: essas técnicas são projetadas para tirar vantagem da natureza
humana, uma vez que é mais provável cometer um erro quando as coisas são feitas
às pressas. Os ataques de phishing procuram representar marcas de confiança
para evitar que suas vítimas potenciais suspeitem e para que possam clicar em
um link ou abrir um documento anexado ao e-mail com mais facilidade.
As estatísticas
usadas neste relatório apresentam dados detectados pelas tecnologias de prevenção de ameaças da Check Point, armazenados
e analisados no centro ThreatCloud. O ThreatCloud fornece
inteligência contra ameaças em tempo real derivada de centenas de milhões de
sensores em todo o mundo, por meio de redes, terminais e celulares. A
inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa
exclusivos da divisão Check Point Research, o braço de inteligência e pesquisa da Check Point.
Check Point
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