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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Consumo aumentado de cigarro durante a pandemia acende alerta para "herança" de câncer de pulmão

 Ao menos 34% dos tabagistas indicam que passaram a fumar mais; Além de fator de risco para sintomas graves de Covid-19, hábito é o principal responsável pelo surgimento de tumores pulmonares


Tipo de câncer que mais mata no mundo desde 1985, o tumor de pulmão ocupa o terceiro lugar como o tipo mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. A incidência global pode chegar a 1.8 milhão de novos casos por ano, com 1.6 milhão de mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença em 2020, conforme levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Essa realidade poderia ser amplamente modificada com mudanças simples de hábitos de vida, já que cerca de 85% desses casos estão ligados a um fator amplamente evitável: o tabagismo.

A preocupação acerca dos índices de câncer de pulmão ganhou contornos ainda mais dramáticos diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Para Jacques Tabacof, oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - unidade Oncoclínicas em São Paulo -, o aumento do tabagismo está relacionado à ansiedade gerada pelo momento inédito na história recente da saúde. "O consumo de cigarros é um problema de saúde pública que não pode ser ignorado, é preciso reforçar a mensagem de que precisamos superar essa batalha contra a Covid-19 sem deixar de lado outros cuidados com o nosso corpo. A luta contra o tabagismo não pode ser abandonada, sob o risco de termos não apenas uma onda de aumento na incidência de tumores malignos, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com este hábito nada saudável - mas de outras doenças respiratórias", explica.

Outro fator que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sinais iniciais do câncer de pulmão se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para o câncer de pulmão", destaca o Dr. Jacques.

Neste sentido, vale atentar para algumas diferenças importantes: a tosse seca no Coronavírus vem associada a outros sintomas como a febre, por exemplo, e, além disso, perdura por mais ou menos 15 dias. Já no câncer de pulmão, esse sintoma, quando surge, tende a ser persistente e não apresentar melhoras após este período.

"Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Além da tosse e da falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão que não melhora após mais de sete dias e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta o oncologista do CPO/Oncoclínicas.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância da campanha Agosto Branco, voltada à conscientização no combate ao fumo e alerta sobre as mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. A iniciativa também visa a reforçar a importância do acompanhamento médico de rotina. Assintomático em fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser diagnosticado tardiamente, o que reduz as chances de cura. O INCA indica que apenas 16% dos tumores malignos são diagnosticados em estágio inicial.

"Fumar potencializa, em muito, o risco de desenvolver o câncer de pulmão, mas, diante do cenário atual, tendo o novo coronavírus no centro das preocupações de toda a população, sinais clássicos do câncer de pulmão correm o risco de ser ignorados e a busca por aconselhamento especializado e exames para assegurar o diagnóstico do tumor adiados para o futuro", explica o Dr Jacques.

E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Neste sentido, o especialista destaca outro grande alerta que precisa ser feito é em relação ao chamado vape , que cresce em consumo principalmente entre os jovens.

"Houve um grande retrocesso. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens, que é super importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida, vemos também um aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa o médico.


Fumantes com câncer de pulmão têm pior prognóstico quando infectados pela Covid-19

Um estudo apresentado durante o Encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínicas (ASCO) - principal congresso mundial da especialidade - coletou informações sobre pacientes com câncer na região do tórax (principalmente câncer de pulmão) infectados com a COVID-19. Chamado de TERAVOLT, o levantamento foi feito a partir de dados coletados por meio de uma colaboração global envolvendo 21 países e que contou com endosso de várias sociedades médicas internacionais.

Para os primeiros 200 pacientes no registro, a idade média foi de 68 anos, com a maioria dos pacientes do sexo masculino e fumantes atuais/ex-fumantes. A maioria, 73,5% apresentavam doença em estágio metastático (quando outros órgãos já foram afetados). Pelo menos uma comorbidade foi observada em 83,8% dos pacientes, sendo a hipertensão a mais comum, afetando 47% deles, seguida pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em 25,8% dos casos.

A apresentação clínica da COVID-19 mostrou um perfil semelhante aos sintomas do câncer de pulmão, sendo os mais comuns febre, tosse e dispneia, dificultando o diagnóstico do vírus entre este grupo de pacientes. As complicações mais comuns foram pneumonia/pneumonite (79,6%) e síndrome do desconforto respiratório agudo (26,8%). A maioria dos pacientes foi hospitalizada (76%) e um terço deles faleceram.

"Além de ser fator de risco para o câncer e várias outras doenças, o tabagismo é certamente um dos hábitos que contribui para formas mais graves de infecção por coronavírus. Ainda é cedo para afirmarmos categoricamente os impactos da COVID-19 entre pessoas com câncer de pulmão em comparação ao restante da população, mas de fato a análise resultante da união de centros médicos e de pesquisa nos traz uma visão preocupante em relação à infecção por coronavírus e seus desfechos em pacientes oncológicos com tumores de pulmão", finaliza o Dr. Jacques Tabacof.

 

Eleições 2020: o uso da profissão para angariar votos

Este ano, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 147,9 milhões de brasileiros deverão ir às urnas nos dias 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro para escolher seus representantes municipais: 5.568 prefeitos, 5.568 vice-prefeitos e 57.942 vereadores.

O TSE estima que 750 mil candidatos disputarão essas vagas em todos os estados do país, exceto no Distrito Federal, onde não há eleições municipais. No meio de tanta gente podem existir diversos advogados, sapateiros, médicos, professores, farmacêuticos, policiais, jornalistas, psicólogos e muitos, muitos outros profissionais.

Quem tem o costume de assistir às propagandas eleitorais gratuitas com certeza já deve ter se deparado com algum deles, que, na tentativa de atrair mais eleitores, geralmente incluem a profissão que exercem no nome de campanha. 

Essa associação, embora legal, tem limites. O TSE, em seu artigo 30 da Resolução 23.405/2014, não permite “na composição do nome a ser inserido na urna eletrônica o uso de expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal". Isto é, nomes como “Fulano do INSS” ou “Beltrano da UFPR”, por exemplo, são terminantemente proibidos.

Outro ponto importante a se lembrar é que membros do poder público que visem concorrer a cargos eletivos precisam se afastar do exercício de seus cargos atuais, processo chamado de desincompatibilização, previsto na Lei Complementar nº 64/90. Na iniciativa privada, por sua vez, o afastamento não é obrigatório e as particularidades devem estar previstas no contrato de trabalho.

Um processo eleitoral justo ocorre por meio de oportunidades iguais aos candidatos, o que é garantido por medidas como a proibição dos “showmícios” e os limites impostos nas doações para as campanhas. Contudo, é possível se destacar de outras maneiras. Em muitos casos, a profissão traz credibilidade ao candidato, por isso a estratégia de associar o cargo à campanha é tão utilizada.

A partir do momento que alguém representa a população em um cargo político, é preciso não só se promover por benfeitorias, mas lutar por aquilo que a comunidade e a cidade precisam por meio de um bem comum, independente do que está escrito no diploma ou da profissão exercida.

 



Marcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados, também formada em Administração de Empresas.

 

Glomb & Advogados Associados

www.glomb.com.br


NÓS NÃO SOMOS INOCENTES!

Depois do futebol, o segundo maior esporte nacional é colocar a culpa nos outros. O objetivo consiste em transferir para fora a causa de nossos males, como se fosse da água do mar e não dos furos no casco a responsabilidade pelo afundamento do navio. Tudo serve, desde que não se torne necessário um mea culpa.

Para evitá-lo, decidimos que o Brasil é um país rico. Sendo assim, embora o PIB per capita nos situe pouco acima da linha do miserê, o Estado deve gastar como numa eterna terça de carnaval e não houvesse amanhã. Em inusitada e superfaturada declaração de rendimentos, nos proclamamos “ricos”. E estamos tão convictos disso que não hesitamos em crer quando nos dizem que norte-americanos e europeus, ou chineses, ou africanos, parceiros dos nossos adversários políticos, sejam de que banda forem, viveriam séculos de necessidade sem a sistemática exploração do Brasil.
 
Afinal, convenhamos: só mandamos para Brasília gente da melhor qualidade, admiráveis estadistas, homens sábios, austeros e dedicados exclusivamente ao interesse público, que fugiram do endividamento e combateram ferozmente a corrupção e a impunidade.  Não estivemos, durante um quarto de século, sob governos de esquerda, atualizados com o que há de mais moderno em pensamento político?
 
Pode haver modelo mais bem sucedido do que esse que insistentemente preservamos em todas as constituições republicanas e referendamos em dois plebiscitos? Só alguém muito tolo (como eu mesmo) não notou ainda aquilo que todo cidadão esclarecido percebe: a concepção engenhosa e funcional do nosso sistema, que afasta os demagogos e atrai para a vida pública os maiores talentos que a nação produz. Não é certo que ele gera estabilidade e instituições sólidas? Não produz ele partidos e programas que se sobrepõem aos grupos de interesse? Não é como conseqüência dele que o eleitor brasileiro, lúcido e participativo, comparece periodicamente às seções de votação movido pelos mais nobres ideais, estimulado à fascinante tarefa de escolher os melhores dentre os muito bons?
 
Por outro lado, dado que a riqueza de uma nação também se apóia em certos requisitos sociais, nosso povo é orientado a apreciar valores morais elevados. A arte, a cultura, a educação, o civismo e a ordem pública têm entre nós a devida reverência, não é mesmo? Admiramos nossos presidentes porque gastam com prudência. Bem sabemos que nossos parcimoniosos legisladores condenam todo privilégio e dedicam pentecostal fidelidade a seus partidos. Orgulhamo-nos de que nossas leis, redigidas com sabedoria, valendo para todos e refletindo a vontade social, valorizam a família, a conduta austera, a iniciativa privada, a propriedade, a ordem, a justiça e a liberdade exercida com responsabilidade. Um novo século de Péricles, 2,5 mil anos depois!
 
Um país assim só pode ser objeto da mais cobiçosa exploração. Se no que nos concerne como nação,
sempre fizemos nossa parte, a máxima culpa dos males brasileiros só pode ser dos outros, não é mesmo?

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


O que você precisa saber para usar o Pix?

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, está prestes a ser disponibilizado para todos os brasileiros. Desde o início do mês, um restrito grupo de usuários vem testando seus recursos e, em apenas 24 horas, mais de 57 mil transferências foram realizadas com sucesso. As expectativas estão altas para o dia 16 de novembro, quando a modalidade será lançada oficialmente. Mas, afinal, o que você, usuário, precisa saber para começar a usar o Pix?


Segurança – O primeiro ponto de alerta é em relação à segurança. Enquanto bancos e instituições financeiras ainda disponibilizam o cadastro das chaves para o Pix, já há golpes sendo aplicados contra os usuários. De acordo com um levantamento da Kaspersky, empresa de segurança digital, há dezenas de sites falsos que utilizam técnicas de phishing para roubar informações e dados pessoais. O link para o site malicioso pode chegar por SMS, WhatsApp, e-mail ou pelas redes sociais. Desta forma, os cibercriminosos induzem os usuários a preencher informações em um cadastro falso, oferecem promoções falsas para coleta de dados ou mesmo instalam um malware no dispositivo (celular ou computador), violando as barreiras de segurança.


Como se proteger – Apesar da roupagem do golpe ser nova, as técnicas, em si, são antigas. Por isso, valem as recomendações de sempre, como:

  • Não clique em links suspeitos. Esteja atento às URLs, especialmente as encurtadas.
  • Bancos nunca pedem dados do cliente, como senhas e código de segurança do cartão, fora da área logada (internet banking). Desconfie de mensagens, ligações telefônicas e e-mails com essa solicitação.
  • Nunca compartilhe o código de verificação do WhatsApp. Ele pode oferecer uma entrada para o criminoso ao seu dispositivo.
  • Verifique o remetente, seja número de celular ou endereço de e-mail.


Como usar o Pix – Depois de cadastrar suas chaves, que são códigos que identificam as contas dos usuários, você já estará apto a enviar e receber dinheiro pelo Pix. A promessa é que as transações serão feitas em até 10 segundos e disponíveis 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Para receber uma transferência, você deverá informar uma das chaves cadastradas, que podem ser seu CPF ou CNPJ, e-mail, número do telefone celular ou um código aleatório gerado pelo sistema. Já para fazer uma transação, a operação é semelhante às transferências digitais por TED/DOC, informando a quantia que será enviada, o destinatário, a instituição financeira e, por fim, a senha. É bem simples e intuitivo.


Novidade no mercado – Com o lançamento do Pix, podemos esperar um impacto significativo tanto no mercado financeiro quanto no corporativo. Se, antes, era necessário pagar para fazer transferências ou emitir boletos junto aos bancos, agora, o novo sistema tornará isso muito mais ágil e barato. Empresas que se dedicavam a esse tipo de atividades estarão fadadas ao fim.

Por outro lado, o Pix deve beneficiar muitos comércios em tempos de pandemia, por oferecer uma opção de pagamento contactless, por meio do QR Code. Da mesma forma, o e-commerce, que explodiu de vendas nos últimos meses, poderá ter transações ainda mais rápidas e fáceis para o consumidor.

Vivemos tempos empolgantes para a tecnologia. Uma coisa é certa: uma vez que o público conhecer soluções que simplifiquem suas vidas, não há como voltar atrás. Devemos mirar o futuro com confiança de que os recursos sempre podem ser melhores e com segurança para que estejamos sempre protegidos.

 



Marcelo Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de formação, escultor nas horas vagas, trabalha com design aliado à tecnologia há mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de tecnologia, inovação, design, UX e transformação digital.

Neotix Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/

 

Por um programa efetivo de geração de emprego aos jovens

Um dos assuntos mais debatidos e comentados do momento tem sido sobre o dispositivo que irá prorrogar, até o final de 2021, a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores da economia e que, atualmente, empregam mais de 6 milhões de pessoas nas áreas de call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil, entre outras. 

Novamente, o País curva-se diante de um tema com propósito paliativo, que terá data marcada para terminar e que não resolverá os graves e permanentes problemas da geração de emprego e renda da população, que, inclusive, se agravaram nos últimos meses com a pandemia da Covid-19.  Mais do que nunca, é preciso reconhecer que falta ao País um projeto estruturado de geração de emprego e renda, que, neste momento, também passa pela retomada da economia, que contemple tanto o lado empresarial para a criação  de postos de trabalho – aí incluídas iniciativas do poder público e da iniciativa privada – quanto dos interesses da população economicamente ativa. Mas para isso acontecer, há problemas de fundo para serem resolvidos, como a questão fiscal, visando o equilíbrio das relações contratuais nas empresas, e a geração de uma poupança de longo prazo, pois sem investimento, não teremos perspectivas econômicas promissoras para o Brasil.

 

Enquanto dirigente de uma entidade – com mais de cinco décadas de existência – que zela pela qualificação e colocação no mercado de trabalho de jovens, não podemos nos conformar com os assustadores dados que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, com série histórica desde 2012, apontou com relação à empregabilidade dos jovens: a diferença da taxa de desemprego na faixa etária de 18 aos 24 anos e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano, que representa uma distância que nunca havia sido registrada antes entre os dois indicadores.

 

O triste número mostra que, embora o desemprego tenha aumentado para todos entre abril e junho, para a faixa etária de 18 a 24 anos ele atingiu 29,7%, contra 13,3% para a média da população ativa. Nenhum grupo dentro da pesquisa — nas divisões por idade, escolaridade e gênero — foi mais afetado do que esses jovens, cuja taxa de atividade no mercado de trabalho despencou quase nove pontos percentuais, de 68,8% para 59,9%. 

 

Aliado a este problema da falta de emprego, o Brasil também está diante de outra grave situação: a evasão escolar. Se antes da pandemia o País já vinha enfrentando este cenário, agora, o problema pode se transformar numa grave crise socioeducacional e que poderá ser irreversível para o futuro dos nossos jovens se nada for feito a curtíssimo prazo. 

 

Em todos esses meses, a entidade se mobilizou para propor mecanismos que auxiliassem o poder público a encontrar soluções para a geração de emprego. Foi o caso, por exemplo, da proposta de Medida Provisória, encaminhada ao Ministério da Economia, que prevê a abertura de até 400 mil vagas para aprendizes no Brasil e que, por meio de uma petição online, reuniu milhares de assinaturas pelo País. Baseada na Lei de Aprendizagem, a proposta do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE sugere que o governo auxilie no pagamento dos salários dos aprendizes em pequenas e médias empresas.

O investimento público proposto seria de 6 bilhões de reais, ou 0,5% do orçamento do Governo Federal destinado à sociedade em resposta à pandemia da Covid-19. Segundo levantamento do CIEE, o custo de um aprendiz para uma empresa é de 30 mil reais em um contrato de dois anos. Ao menos 400 mil vagas seriam viabilizadas com o auxílio do governo. Vale lembrar que, segundo uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, encomendada pela entidade, o impacto direto e indireto dos aprendizes na economia é de R$ 5,6 bilhões anuais. Entretanto, a proposta não teve a merecida atenção por parte do Governo Federal e continua parada, aguardando análise, o que preocupa muito diante do cenário atual.

Ressalto que considero importante iniciativas cujo o objetivo seja preservar os empregos – como a manutenção da desoneração da folha de pagamento –, mas também reforço que o País necessita implementar políticas de geração de emprego e renda, além de políticas educacionais, que sejam efetivas e transformadoras, para mudarmos, definitivamente, o quadro desta geração de jovens, como garantia de um futuro promissor para a nação.  

 

 




Humberto Casagrande - CEO do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE)

 

Black Friday e festas de fim de ano impulsionam buscas por trabalho temporário

Entenda os direitos dos trabalhadores e os deveres das empresas contratantes, segundo especialista do Marcelo Tostes Advogados



A pandemia impactou bastante o mercado de trabalho. Com as demissões em massa e suspensões nos contratos de trabalhadores, o número de desempregados cresceu cerca de 33% nos últimos cinco meses, segundo dados do IBGE. No entanto, com a Black Friday e as comemorações de fim de ano se aproximando, a busca pelas vagas de trabalhos temporários tem aumentado e são alternativas para os profissionais em busca de recolocação, assim como para as empresas que apresentam sazonalidade de demanda neste período.  

De acordo com a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a projeção de alta nas contratações é de 28% em comparação ao ano passado. Estima-se que mais de 300 mil vagas temporárias sejam criadas no último trimestre de 2020. Setores como comércio, saúde, alimentação e logística foram os que mais se destacaram com a abertura de vagas. 

Nessa modalidade, muitas dúvidas permeiam trabalhadores e empregadores referente aos seus direitos e deveres. Quais são as vantagens e como funciona o processo de contratação são as principais questões levantadas. Para esclarecer essas dúvidas, Rafael Gonçalves Neves, Sócio Coordenador no escritório do Marcelo Tostes Advogados, pontuou as prerrogativas para quem deseja se candidatar às vagas temporárias ou empregar novos trabalhadores nesse período de fim de ano e Black Friday. 


Contrato Temporário 

O contrato de prestação de serviços deve ser firmado entre a pessoa física ou jurídica e a empresa de trabalho temporário, responsável por disponibilizar o empregador necessário. O artigo 9º, da Lei nº 6.019/1974, prevê a qualificação de ambas as partes, tanto do trabalhador quanto da empresa; o motivo justificador da demanda de trabalho temporário; o prazo e valor da prestação de serviço e as medidas sobre segurança e saúde do trabalhador.  

De acordo com o artigo 10, parágrafo 1º, da Lei nº 6.019/1974, alterada pela Lei nº 13.429/2017, o contrato temporário não poderá exceder o prazo de 180 dias, consecutivos ou não. Há a possibilidade de prorrogação por 90 dias, caso se comprove a manutenção das condições que levaram à contratação, como a substituição de pessoal permanente, exceto grevistas, e demanda complementar de serviço, procedente de fatores imprevisíveis ou previsíveis, de natureza intermitente, periódica ou sazonal. O prazo máximo, com a prorrogação permitida, é de 270 dias e não há tempo mínimo. 

Caso o empregado trabalhe por 270 dias na empresa que solicitou os seus serviços, ele só poderá ser recontratado nesta mesma empresa após 90 dias contados desde o final do prazo citado, sob possibilidade de estabelecer vínculo empregatício direto com a contratante. 


Direito dos trabalhadores 

O contrato de trabalho temporário garante ao empregado proteção previdenciária, além dos direitos dos trabalhadores em geral, como as férias proporcionais, repouso semanal remunerado, adicional noturno, jornada de 8 horas, seguro contra acidente de trabalho, recebimento de 13º salário, FGTS, remuneração equivalente à recebida pelos empregados da mesma categoria da empresa contratante - que devem ser calculados à base horário, além de outras verbas específicas, como o adicional de periculosidade e insalubridade quando necessários.  

O trabalhador temporário não tem direito ao aviso prévio e multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Os depósitos na conta vinculada ao FGTS devem ser realizados durante a contratualidade. Ele somente terá direito à percepção do seguro desemprego quando for demitido, sem justa causa, antes do término previstocaso cumpra também os requisitos exigidos pelo Ministério da Economia, referentes ao recebimento de salários no período anterior ao pedido. 


Vantagens do trabalho temporário  

Para os trabalhadores, integrar-se a uma empresa de trabalho temporário possibilita atuar em empresas de vários segmentos, e até mesmo eleva as chances de ter um contrato definitivo na empresa contratante, além dos direitos citados anteriormente. 

Para as empresas contratantes, em caso de substituição de pessoal permanente e demanda complementar de serviço, a contratação mediante empresa de trabalho temporário não exige a contratação direta de pessoal e todos os procedimentos administrativos decorrentes. A contratante receberá ajuda da empresa de trabalho temporário na seleção dos trabalhadores. Essa empresa será a empregadora e responsável direta por todos os deveres inerentes à relação empregatícia. 

Outro facilitador é a possibilidade de substituição do trabalhador temporário devido algum problema de desempenho. A contratante poderá solicitar à empresa de trabalho temporário a indicação de outro profissional. Já em caso de contratação direta pela empresa, essa substituição não é possível. 


Deveres do contratante 

A empresa contratante deve atentar-se ao prazo de duração e prorrogação previstos em lei, além de garantir que o trabalhador temporário se envolverá apenas nas atividades firmadas em contrato. Ela é responsável por garantir as condições de segurança, higiene e salubridade. 

O atendimento médico, ambulatorial e de refeição também são oferecidos aos trabalhadores temporários. A contratante é responsável secundária pelas obrigações trabalhistas devidas durante a prestação de serviços, podendo arcar em caso de descumprimento da devedora principal, a empresa de trabalho temporário. Recomenda-se que a contratante busque uma empresa de confiança e fiscalize o cumprimento das obrigações. 

 


Rafael Gonçalves Neves - Sócio Coordenador no Marcelo Tostes Advogados. Área(s) de atuação: Trabalhista  

Creditas dá nove dicas para economizar no supermercado

Fintech mostra a importância do cuidado com o valor das compras para a saúde financeira

 

Uma Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo IBGE, indicou que gastos com alimentação comprometem, em média, 22% da renda dos consumidores. Número alto, se for comparado com o cenário econômico atual e a necessidade de economia por uma grande parte dos brasileiros.

Pra evitar que essa despesa utilize ainda mais o dinheiro das pessoas ou até contribua para que tenham que usar a reserva financeira no fim do mês, Otávio Machado, especialista em educação financeira da Creditas, principal plataforma 100% digital da América Latina, que usa tecnologia para viabilizar novas conquistas em todas as etapas da vida de seus clientes, elencou nove dicas de como economizar com pequenas atitudes.

“Cuidar bem do dinheiro pode ser decisivo para a sustentabilidade das finanças até o fim do mês, então, é importante ter um planejamento financeiro considerando os gastos com o supermercado. Isso pode ser feito incluindo os valores na ponta do lápis ou em algum aplicativo específico. Essa atitude faz toda diferença, pois a pessoa passa a conhecer o peso real que essa despesa tem no seu orçamento”, afirma Otávio Machado.


1 - Tenha uma lista de compras

Listar os itens que serão comprados antes de ir ao mercado pode parecer bobagem, mas auxilia na economia. Com a relação em mãos, o consumidor evita a compra de produtos desnecessários e ainda agiliza o processo, pois não precisa ficar dando voltas no supermercado. 

Para tornar a lista ainda mais eficiente, a dica é olhar o que já tem na dispensa antes das compras. Desta forma, também evita-se o desperdício.

“Muitas vezes, o que é comprado no supermercado não é de primeira necessidade e isso pode prejudicar no orçamento final. A lista ajuda também a pessoa a não ter que  retornar ao supermercado por conta de itens faltantes e nem compre mais do que é necessário”, comenta Machado.


2 - Estabeleça um limite de gastos

Tão importante quanto a lista é saber, antes de sair de casa, qual o valor que poderá ser gasto com a compra. Assim, evitam-se grandes surpresas na hora de pagar, além de controlar melhor o orçamento. Para acompanhar o valor da compra, utilize uma calculadora e some os preços dos produtos escolhidos.


3 - Olhos atentos nas promoções 

Alguns supermercados têm dias específicos da semana com ofertas especiais. Levando em consideração a lista, é possível escolher o melhor dia para fazer as compras. Fique de olho nos preços para entender se a promoção realmente é maior que a média de preços e se os produtos não estão perto do vencimento. Aproveite os descontos, mas não deixe que os preços decidam o que vai ou não para casa. 


4 - Evite compras muito grandes 

Quando o carrinho está muito cheio, o consumidor corre o risco de comprar produtos que não precisa. Além disso, a conta pode fugir do controle. Alimentos não perecíveis, como feijão, arroz e café, não precisam ser comprados com muita frequência, então, podem entrar na lista de compras mensal. Já legumes, frutas e verduras, assim como carnes e laticínios, têm validade menor e podem ser comprados semanalmente. 


5 - Considere comprar itens no atacado

Para reduzir custos com as compras, pesquisar e comparar preços em mais de um supermercado é muito importante. É comum, por exemplo, que uma rede venda carnes por valores mais baixos e outra, produtos de limpeza mais acessíveis.

Outra alternativa é comprar em atacadistas. Mas lembre-se: é importante levar somente o que for necessário. Quem mora sozinho pode aproveitar para ir às compras com amigos ou vizinhos e dividir os produtos. 


6 - Não vá às compras de estômago vazio

Ir ao supermercado com fome não é uma boa ideia se o objetivo é economizar. Isso porque, nessa situação, o consumidor tende a comprar mais comida e opta por alimentos pobres em nutrientes. Já quando estão saciados, tornam-se mais seletivos, optam por comprar apenas o necessário e priorizar os alimentos mais saudáveis. 


7 - Não se deixe enganar pelas embalagens

A embalagem é um dos fatores determinantes para os consumidores levarem ou não um produto para casa. E é por isso que as indústrias investem cada vez mais em caixas e pacotes atraentes. Por isso, no momento da compra, fique de olho no que realmente importa para não levar produtos por impulso ao ser atraído por uma caixa bonita ou que ofereçam brindes.


8 - Fique atento à disposição dos produtos

Talvez não seja óbvio, mas os supermercados organizam os produtos de maneira estratégica. Nas prateleiras mais próximas do olhar, normalmente, ficam os itens que as empresas querem vender mais. Por isso, deve-se olhar bem todas as gôndolas e etiquetas para fazer escolhas mais inteligentes e, assim, economizar mais. 


9 - Simule o valor da compra pela internet

Para que a pessoa tenha uma estimativa do quanto vai gastar com os itens que serão comprados, uma simulação pode ser feita nos sites dos supermercados antes de ir fisicamente. Dessa forma, é possível comparar preços e saber quanto será gasto para evitar surpresas.

 

Boleto e cobrança de taxas no Pix: Consultoria Capco comenta novidades anunciadas pelo Banco Central

O Banco Central anunciou, na última sexta-feira (29), mais funções do Pix, novo meio de pagamento digital instantâneo, que entrou em testes ontem, 3 de novembro, e chega ao público em geral no dia 16. O BC lançou o “Pix Boleto” para pagamento de contas e taxas, criou regras para cobranças do uso do Pix por pessoas cadastradas como físicas, mas com transações que se configuram como comerciais, e tornou obrigatória a adoção da interface de programação de aplicações (API) padronizada pela autarquia federal.

Os executivos da Capco, Letícia Murakawa, diretora executiva, e Manoel Alexandre Bueno e Silva, head do Capco Digital Lab São Paulo, explicam que tais medidas têm impacto significativo no mercado e mostram que a agenda de implantação do Pix caminha com firmeza, até a liberação ao público em meados de novembro. A Capco é uma consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor de serviços financeiros que vem acompanhando a evolução internacional dos meios de pagamento e do sistema financeiro de forma geral, tendo participado de processos semelhantes ao que está acontecendo aqui no Brasil em países como Reino Unido, Austrália, Singapura, além de seguir de perto os últimos movimentos na China e Índia.

“A criação do Pix Boleto é uma etapa importante do processo de implantação e tende a ajudar na disseminação do novo sistema de pagamentos. Nesta modalidade, o código QRCode, além do valor e destino, traz informações de prazo, juros e multas em caso de atraso. Tem tudo para ser uma alternativa mais digitalizada dos conhecidos boletos, sendo que o varejo, concessionárias e uma variada gama de empresas pode conseguir reduzir custos financeiros com sua utilização”, afirma Manoel Alexandre Bueno e Silva.

Já as regras para cobrança do uso do Pix por pessoas físicas, criam parâmetros comuns neste mercado, uma vez que pequenos empreendedores formalizados serão taxados. “O anúncio visa também dirimir algumas dúvidas e até informações desencontradas afirmando que haveria custos para pessoas físicas no recebimento, mas não há. Para pessoas físicas que têm uma movimentação de recebimentos equivalente a um negócio, esse custo só pode incidir a partir do 31ª pagamento”, explica Letícia Murakawa.

A criação do padrão de API irá facilitar eventuais migrações de fornecedor de recebimento de Pix. “Além de facilitar a gestão e reduzir custos, essa medida mais uma vez visa desconcentrar a prestação de serviços financeiros por meio da facilidade de portabilidade”, comenta o diretor do Capco Digital Lab São Paulo.




Letícia Murakawa - diretora executiva da Capco

Manoel Alexandre Bueno e Silva - Head do CAPCO Digital Lab São Paulo

 

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Sextortion: o que é e como se prevenir contra essa ameaça

ESET lança guia explicativo sobre esse tipo de extorsão e alerta sobre os riscos que usuários correm na rede

Estar em alerta sobre os mais diferentes tipos de ameaças digitais que surgem, informando usuários sobre a prevenção e os riscos que correm, é uma das tarefas diárias dos pesquisadores e especialistas da ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças. E foi isso o que fez Daniel Cunha Barbosa, do laboratório da ESET Brasil, ao identificar relatos de diferentes pessoas em grupos que participa questionando sobre a extorsão sexual.

Após perguntar se algum usuário havia sido vítima desse tipo de golpe ou se os participantes conheciam alguém que tivesse sido vítima, mais de 90% das pessoas de todos os grupos afirmaram já ter passado por isso ou conheciam diretamente alguém que tenha sofrido o chamado sextortion* .

"Esse tema me despertou quando um amigo me procurou, em nome de uma mulher que ele conhecia, para saber a respeito deste golpe. Depois que fiz algumas perguntas em grupos e, conversando um pouco mais com as vítimas, percebi que boa parte delas não sabia como agir frente a essa ameaça e que, por não saberem, acabaram cedendo às exigências dos criminosos", comenta o especialista da ESET Brasil.

Frente a essas informações, a ESET criou um guia para auxiliar vítimas desse tipo de golpe que costuma ter consequências gravíssimas. Abaixo, a ESET compartilha dicas sobre como se prevenir deste tipo de ameaça:

• Crime previsto em lei: em primeiro lugar, é importante esclarecer que este tipo de ameaça digital é crime e pode ser interpretada como extorsão, artigo 158, ou até estupro, artigo 213. Se a vítima for menor de idade, há características da lei que tornam as punições ainda mais severas. Mas é preciso que o caso seja denunciado para que os infratores sejam punidos de acordo com a lei.

• Não compartilhe conteúdo íntimo: apesar de ser cada vez mais comum a troca de imagens e vídeos de conteúdo erótico entre casais ou pretendentes, a recomendação é para não compartilhar conteúdo íntimo com ninguém. Ainda assim, caso escolha compartilhar, faça apenas depois de conhecer minimamente a índole da outra pessoa.

• Não acredite em aplicativos que prometem destruir mensagens ou arquivos: mesmo que o aplicativo exiba informações de que destrói mensagens e arquivos depois de determinado tempo, existem muitas formas de extrair essas informações do aparelho de forma bem simples, usando aplicativos de terceiros ou acessando pastas de sistema dentro do celular. Uma vez enviado, não é possível garantir que o conteúdo será realmente apagado.

• Não deixe contas logadas: seja em computadores públicos, de terceiros ou mesmo em seu próprio computador, sempre que não for mais utilizar aplicativos ou sites, clique no botão de sair (ou algo equivalente a isso) para interromper a conexão. Caso alguém eventualmente venha a acessar o dispositivo e uma conta estiver logada, o acesso a mensagens e arquivos presentes será irrestrito.

• Cuidado com a nuvem: muitos serviços de nuvem, como drives ou e-mails, fazem sincronia automática de seus conteúdos. Caso armazene conteúdo íntimo em qualquer dispositivo, procure sempre configurar os serviços de nuvem para que não façam sincronia automática, ou até mesmo os desabilite, assim você só terá em nuvem aquilo que desejar ou que queira inserir manualmente.

• Proteja celulares e aplicativos: boa parte do conteúdo íntimo é produzido pelos próprios celulares de seus detentores, sendo claramente necessário protegê-los também. Habilite a criptografia do dispositivo e configure o bloqueio de tela para que libere o acesso apenas mediante senha, PIN, padrão ou reconhecimento biométrico. Também é possível proteger o acesso a determinados aplicativos, como e-mails, aplicativos de troca de mensagens, drives, bancos etc., configurando uma conta de acesso específica para aplicativos, que não deve ser igual a nenhuma outra senha. Alguns sistemas operacionais já possuem essa opção embutida e permitem configurar uma senha de acesso para os apps que você desejar.

• Proteja seu computador: assim como no exemplo citado acima, os computadores devem ser igualmente protegidos, utilizando senhas para acesso, criptografia de disco e bloqueio de tela por inatividade. As informações sensíveis presentes nos desktops e notebooks são basicamente as mesmas presentes nos smartphones e, por isso, merecem igual cuidado.

• Use uma solução de proteção de confiança: muitos criminosos têm como alvo esse tipo de informação, para chantagear as vítimas exatamente das mesmas formas que uma pessoa que tenha recebido esse conteúdo íntimo poderia fazer, mas com um agravante de que, por ser uma ameaça digital, o criminoso pode acessar senhas de redes sociais e e-mails da própria vítima e, assim, postar o conteúdo como se fosse ela mesma.

Aconteceu, e agora?

Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, esse tipo de crime acontece com ambos os sexos, independente de faixa etária. Portanto, é preciso conhecer as formas adequadas para lidar com essa situação. Caso você tenha sido vítima de extorsão sexual, fique atento:

• Colete o máximo de informações possíveis: prints de conversas, áudios, eventuais URLs que contenham seu conteúdo íntimo compartilhado e tudo o que puder identificar quem estiver cometendo esse crime contra você.

• Procure auxílio em uma delegacia: se em sua cidade houver uma delegacia destinada a crimes digitais, melhor ainda, mas caso não haja, a delegacia mais próxima poderá fornecer as devidas orientações.

• Notifique os responsáveis pelos serviços no qual o conteúdo íntimo está sendo divulgado: sejam redes sociais, provedores de e-mail ou sites de relacionamento, as empresas sempre tiveram uma preocupação muito grande em manter a conformidade com a lei. É de interesse do provedor remover o quanto antes esse tipo de conteúdo.

• Retire a informação de mecanismos de busca como Google, Bing, Yahoo etc: da mesma forma que os portais de serviços, é interessante para os buscadores não fornecerem informações inadequadas em suas buscas.

• Busque apoio: culpa deve sentir quem trai a confiança e comete crime; não se culpe por ser vítima. Conte com pessoas que você confie e possa falar sobre o caso. A própria SaferNet possui um canal de acolhimento chamado HelpLine, que pode ser acessado por e-mail, 24 horas por dia, ou chat (segunda a quarta, das 14h às 18h, e quintas e sextas, das 9h às 13h).

*Também chamado de sextorsão ou extorsão sexual, refere-se ao ato de ameaçar divulgar imagens ou vídeos íntimos da vítima a fim de trazer algum benefício a quem pratica o crime. Entre os principais objetivos, os criminosos costumam obter mais conteúdo íntimo das vítimas, favores sexuais, quantias em dinheiro ou constrangê-las perante amigos e familiares.

Para te ajudar a ficar em casa

A ESET aderiu à campanha #FiqueEmCasa, oferecendo proteção para dispositivos e conteúdos que ajudam os usuários a aproveitar os dias em casa e garantir a segurança dos pequenos enquanto se divertem online em meio à pandemia.

No site, os usuários podem ter acesso a: ESET INTERNET SECURITY grátis por 3 meses para proteger todos os dispositivos domésticos, Guia de Teletrabalho, com práticas para trabalhar em casa sem riscos, Academia ESET, para acessar cursos online que auxiliam a tirar mais proveito da tecnologia e o DigiPais, para ler conselhos sobre como acompanhar e proteger crianças na web.

Para saber mais sobre segurança da informação, entre no portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/2020/10/19/guia-definitivo-de-prevencao-contra-a-sextortion/

 

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Seguro residencial: entenda quais benefícios podem ser contemplados no contrato

 Com o aumento de famílias vivendo grande parte da rotina em casa, escolher um seguro que contemple as necessidades individuais pode ser um diferencial em casos de emergência

 

O isolamento social não impulsionou apenas o avanço da tecnologia, mas também a mudança de comportamento em relação à própria casa. Se antes era quase improvável pensar na compra de um seguro residencial, por exemplo, hoje, essa categoria já ganha mais protagonismo. Porém, o que, exatamente, um seguro residencial cobre?

Em resumo, este é um tipo de cobertura que garante a proteção para edificação e, facultativamente, para bens ligados ao imóvel. E, embora os pacotes mais simples, que exploram a proteção contra incêndios, raios e explosões, sejam os mais comuns, algumas empresas já têm oferecido opções mais flexíveis e personalizadas de acordo com a necessidade de cada contratante.

Para Felipe Barranco, CEO e cofundador da Flix, seguradora digital com foco em seguros e assistências residenciais, a concepção de um bem a ser protegido varia caso a caso e o segmento precisa estar alinhado com essa realidade. “Se formos analisar o cenário antes da pandemia, a relação com a nossa casa era mais ligada a uma ideia de descanso e lazer. Agora, toda a rotina é dividida entre os cômodos e o uso de eletrodomésticos, móveis e demais pertences pessoais foram intensificados. Tudo isso faz parte do imóvel e, para quem mora de aluguel, seus pertences são tão valiosos quanto a edificação”, comenta Barranco.

Nesse cenário, a empresa fez uma lista com quatro itens não ligados a edificação que podem estar presentes em uma apólice:


Serviços emergenciais: seja em uma reforma ou um reparo nas estruturas do imóvel, contratar um bom profissional para checar a eletricidade, fechaduras das portas e encanamento da casa é essencial. Nesses casos, o seguro residencial pode contemplar a cobertura de serviços emergenciais - como chaveiro, mão de obra hidráulica, mão de obra elétrica e vidraceiro - e auxiliar o inquilino e o proprietário na prevenção de danos maiores. Esses recursos são indicados, principalmente, quando o imóvel é mais velho e as instalações precisam ser, frequentemente, revisadas. 


Home Office: com o avanço da pandemia, essa palavra expressão se tornou popular. Muitas empresas migraram, quase que automaticamente, seu escritório para a casa dos colaboradores e, com isso, computadores e outros acessórios de escritório passaram a ser adaptados à essa nova rotina. Esse item permite às empresas e até mesmo ao funcionário assegurar objetos que não são de posse pessoal, evitando o prejuízo de ambas as partes em casos de acidentes ou danos aos materiais. Esses serviços incluem configuração de e-mail, consultoria para melhoria do computador, suporte à softwares, sistema operacional, otimização e reparo do computador, hardware, suporte ao usuário, VPN e FTP, servidor, smartphones e tablets, smartwatches, sistema operacional, assistência para equipamentos periféricos, smart TV e até video games.


Pet: Os animais de estimação são parte da família e, muitas vezes, passam mais tempo em casa do que o próprio tutor. Algumas assistências residenciais já oferecem serviços exclusivos aos pets, então vale conferir a possibilidade no ato da compra e garantir um atendimento especial para eles. Normalmente, esse serviço cobre hospedagem, consultas e transportes veterinários, informações sobre vacinas e aplicações à domicílio, entre outros serviços de rotina.


Eletroassist: Os eletrodomésticos e eletroeletrônicos também fazem parte da casa e, com isso, podem recorrer a uma cobertura securitária. Afinal, todos estão sujeitos a uma queda de energia, problemas na fiação da casa ou, até mesmo, condições climáticas, que variam de acordo com a região geográfica que o morador se encontra. Esses serviços, geralmente, cobrem consertos de eletrodomésticos e conserto de eletrônicos, mas, é importante ressaltar que existe diferença entre a linha branca e a linha marrom e isso pode divergir no valor da cobertura.

 


Flix


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