O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, está prestes a ser disponibilizado para todos os brasileiros. Desde o início do mês, um restrito grupo de usuários vem testando seus recursos e, em apenas 24 horas, mais de 57 mil transferências foram realizadas com sucesso. As expectativas estão altas para o dia 16 de novembro, quando a modalidade será lançada oficialmente. Mas, afinal, o que você, usuário, precisa saber para começar a usar o Pix?
Segurança – O primeiro ponto de alerta
é em relação à segurança. Enquanto bancos e instituições financeiras ainda
disponibilizam o cadastro das chaves para o Pix, já há golpes sendo aplicados
contra os usuários. De acordo com um levantamento da Kaspersky, empresa de
segurança digital, há dezenas de sites falsos que utilizam técnicas de phishing
para roubar informações e dados pessoais. O link para o site malicioso pode
chegar por SMS, WhatsApp, e-mail ou pelas redes sociais. Desta forma, os
cibercriminosos induzem os usuários a preencher informações em um cadastro
falso, oferecem promoções falsas para coleta de dados ou mesmo instalam um malware
no dispositivo (celular ou computador), violando as barreiras de segurança.
Como se proteger – Apesar
da roupagem do golpe ser nova, as técnicas, em si, são antigas. Por isso, valem
as recomendações de sempre, como:
- Não clique em links suspeitos. Esteja atento
às URLs, especialmente as encurtadas.
- Bancos nunca pedem dados do cliente, como
senhas e código de segurança do cartão, fora da área logada (internet
banking). Desconfie de mensagens, ligações telefônicas e e-mails com essa
solicitação.
- Nunca compartilhe o código de verificação do
WhatsApp. Ele pode oferecer uma entrada para o criminoso ao seu
dispositivo.
- Verifique o remetente, seja número de celular
ou endereço de e-mail.
Como usar o Pix – Depois
de cadastrar suas chaves, que são códigos que identificam as contas dos
usuários, você já estará apto a enviar e receber dinheiro pelo Pix. A promessa
é que as transações serão feitas em até 10 segundos e disponíveis 24 horas por
dia e 7 dias por semana.
Para receber uma transferência, você deverá
informar uma das chaves cadastradas, que podem ser seu CPF ou CNPJ, e-mail,
número do telefone celular ou um código aleatório gerado pelo sistema. Já para
fazer uma transação, a operação é semelhante às transferências digitais por
TED/DOC, informando a quantia que será enviada, o destinatário, a instituição
financeira e, por fim, a senha. É bem simples e intuitivo.
Novidade no mercado – Com o
lançamento do Pix, podemos esperar um impacto significativo tanto no mercado
financeiro quanto no corporativo. Se, antes, era necessário pagar para fazer
transferências ou emitir boletos junto aos bancos, agora, o novo sistema
tornará isso muito mais ágil e barato. Empresas que se dedicavam a esse tipo de
atividades estarão fadadas ao fim.
Por outro lado, o Pix deve beneficiar muitos
comércios em tempos de pandemia, por oferecer uma opção de pagamento contactless,
por meio do QR Code. Da mesma forma, o e-commerce, que explodiu de vendas nos
últimos meses, poderá ter transações ainda mais rápidas e fáceis para o
consumidor.
Vivemos tempos empolgantes para a tecnologia. Uma
coisa é certa: uma vez que o público conhecer soluções que simplifiquem suas
vidas, não há como voltar atrás. Devemos mirar o futuro com confiança de que os
recursos sempre podem ser melhores e com segurança para que estejamos sempre
protegidos.
Marcelo
Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de
formação, escultor nas horas vagas, trabalha com design aliado à tecnologia há
mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de
criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de
tecnologia, inovação, design, UX e transformação digital.
Neotix
Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/
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