ESET lança guia explicativo sobre esse tipo de extorsão e alerta sobre os riscos que usuários correm na rede
Estar em alerta sobre os mais diferentes tipos
de ameaças digitais que surgem, informando usuários sobre a prevenção e os
riscos que correm, é uma das tarefas diárias dos pesquisadores e especialistas
da ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças. E foi isso o que fez
Daniel Cunha Barbosa, do laboratório da ESET Brasil, ao identificar relatos de
diferentes pessoas em grupos que participa questionando sobre a extorsão
sexual.
Após perguntar se algum usuário havia sido vítima
desse tipo de golpe ou se os participantes conheciam alguém que tivesse sido
vítima, mais de 90% das pessoas de todos os grupos afirmaram já ter passado por
isso ou conheciam diretamente alguém que tenha sofrido o chamado sextortion*
.
"Esse tema me despertou quando um amigo
me procurou, em nome de uma mulher que ele conhecia, para saber a respeito
deste golpe. Depois que fiz algumas perguntas em grupos e, conversando um pouco
mais com as vítimas, percebi que boa parte delas não sabia como agir frente a
essa ameaça e que, por não saberem, acabaram cedendo às exigências dos
criminosos", comenta o especialista da ESET Brasil.
Frente a essas informações, a ESET criou um guia
para auxiliar vítimas desse tipo de golpe que costuma ter consequências
gravíssimas. Abaixo, a ESET compartilha dicas sobre como se prevenir deste tipo
de ameaça:
• Crime previsto em lei: em primeiro lugar, é importante esclarecer que este tipo de
ameaça digital é crime e pode ser interpretada como extorsão, artigo 158, ou
até estupro, artigo 213. Se a vítima for menor de idade, há características da
lei que tornam as punições ainda mais severas. Mas é preciso que o caso seja denunciado
para que os infratores sejam punidos de acordo com a lei.
• Não compartilhe conteúdo íntimo: apesar de ser cada vez mais comum a troca de imagens e vídeos
de conteúdo erótico entre casais ou pretendentes, a recomendação é para não
compartilhar conteúdo íntimo com ninguém. Ainda assim, caso escolha
compartilhar, faça apenas depois de conhecer minimamente a índole da outra
pessoa.
• Não acredite em aplicativos que prometem
destruir mensagens ou arquivos: mesmo que o aplicativo
exiba informações de que destrói mensagens e arquivos depois de determinado
tempo, existem muitas formas de extrair essas informações do aparelho de forma
bem simples, usando aplicativos de terceiros ou acessando pastas de sistema
dentro do celular. Uma vez enviado, não é possível garantir que o conteúdo será
realmente apagado.
• Não deixe contas logadas: seja em computadores públicos, de terceiros ou mesmo em seu
próprio computador, sempre que não for mais utilizar aplicativos ou sites,
clique no botão de sair (ou algo equivalente a isso) para interromper a
conexão. Caso alguém eventualmente venha a acessar o dispositivo e uma conta
estiver logada, o acesso a mensagens e arquivos presentes será irrestrito.
• Cuidado com a nuvem: muitos serviços de nuvem, como drives ou e-mails, fazem
sincronia automática de seus conteúdos. Caso armazene conteúdo íntimo em
qualquer dispositivo, procure sempre configurar os serviços de nuvem para que
não façam sincronia automática, ou até mesmo os desabilite, assim você só terá
em nuvem aquilo que desejar ou que queira inserir manualmente.
• Proteja celulares e aplicativos: boa parte do conteúdo íntimo é produzido pelos próprios
celulares de seus detentores, sendo claramente necessário protegê-los também.
Habilite a criptografia do dispositivo e configure o bloqueio de tela para que
libere o acesso apenas mediante senha, PIN, padrão ou reconhecimento
biométrico. Também é possível proteger o acesso a determinados aplicativos,
como e-mails, aplicativos de troca de mensagens, drives, bancos etc.,
configurando uma conta de acesso específica para aplicativos, que não deve ser
igual a nenhuma outra senha. Alguns sistemas operacionais já possuem essa opção
embutida e permitem configurar uma senha de acesso para os apps que você
desejar.
• Proteja seu computador: assim como no exemplo citado acima, os computadores devem ser
igualmente protegidos, utilizando senhas para acesso, criptografia de disco e
bloqueio de tela por inatividade. As informações sensíveis presentes nos
desktops e notebooks são basicamente as mesmas presentes nos smartphones e, por
isso, merecem igual cuidado.
• Use uma solução de proteção de confiança:
muitos criminosos têm como alvo esse tipo
de informação, para chantagear as vítimas exatamente das mesmas formas que uma
pessoa que tenha recebido esse conteúdo íntimo poderia fazer, mas com um
agravante de que, por ser uma ameaça digital, o criminoso pode acessar senhas
de redes sociais e e-mails da própria vítima e, assim, postar o conteúdo como
se fosse ela mesma.
Aconteceu, e agora?
Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar,
esse tipo de crime acontece com ambos os sexos, independente de faixa etária.
Portanto, é preciso conhecer as formas adequadas para lidar com essa situação.
Caso você tenha sido vítima de extorsão sexual, fique atento:
• Colete o máximo de informações possíveis:
prints de conversas, áudios, eventuais URLs que contenham seu conteúdo íntimo
compartilhado e tudo o que puder identificar quem estiver cometendo esse crime
contra você.
• Procure auxílio em uma delegacia: se em sua
cidade houver uma delegacia destinada a crimes digitais, melhor ainda, mas caso
não haja, a delegacia mais próxima poderá fornecer as devidas orientações.
• Notifique os responsáveis pelos serviços no
qual o conteúdo íntimo está sendo divulgado: sejam redes sociais, provedores de
e-mail ou sites de relacionamento, as empresas sempre tiveram uma preocupação
muito grande em manter a conformidade com a lei. É de interesse do provedor
remover o quanto antes esse tipo de conteúdo.
• Retire a informação de mecanismos de busca como
Google, Bing, Yahoo etc: da mesma forma que os portais de serviços, é
interessante para os buscadores não fornecerem informações inadequadas em suas buscas.
• Busque apoio: culpa deve sentir quem trai a
confiança e comete crime; não se culpe por ser vítima. Conte com pessoas que
você confie e possa falar sobre o caso. A própria SaferNet possui um canal de
acolhimento chamado HelpLine, que pode ser acessado por e-mail, 24 horas por
dia, ou chat (segunda a quarta, das 14h às 18h, e quintas e sextas, das 9h às
13h).
*Também chamado de sextorsão ou extorsão
sexual, refere-se ao ato de ameaçar divulgar imagens ou vídeos íntimos da
vítima a fim de trazer algum benefício a quem pratica o crime. Entre os
principais objetivos, os criminosos costumam obter mais conteúdo íntimo das
vítimas, favores sexuais, quantias em dinheiro ou constrangê-las perante amigos
e familiares.
Para te ajudar a ficar em casa
A ESET aderiu à campanha #FiqueEmCasa, oferecendo proteção para dispositivos e conteúdos
que ajudam os usuários a aproveitar os dias em casa e garantir a segurança dos
pequenos enquanto se divertem online em meio à pandemia.
No site, os usuários podem ter acesso a: ESET
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domésticos, Guia de Teletrabalho, com práticas para trabalhar em casa sem
riscos, Academia ESET, para acessar cursos online que auxiliam a tirar mais
proveito da tecnologia e o DigiPais, para ler conselhos sobre como acompanhar e proteger
crianças na web.
Para saber mais sobre segurança da informação,
entre no portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/2020/10/19/guia-definitivo-de-prevencao-contra-a-sextortion/
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