Diferente do que a
esmagadora maioria pensa, acredita ou ouve falar não se sabe direito onde, uma
mudança de pais definitivamente não é uma receita pronta onde basta seguir
adicionando alguns elementos para dar certo. E não existe um valor exato e sim
necessário, porque um processo de imigração é traçado estrategicamente conforme
as características de cada solicitante. Mas sim, é preciso ter uma reserva de
dinheiro.
Vamos usar os Estados
Unidos como exemplo inicial. Se o requerente solicitar o visto EB-5, além dos
500 mil dólares, é preciso dispor também de uma quantia que deverá ser paga ao
advogado e taxas administrativas, que varia em torno de 50 mil dólares. Contabilize
também o aluguel, outras despesas até efetivamente começar a trabalhar. Podemos
chegar facilmente a casa dos 600 mil.
Já o E2 e o L1, demandam
um investimento em torno de 150 mil dólares. Tudo tem um custo e é muito
subjuntivo. Se alguém disser um valor fechado, afirmando que são necessários
exatos 50 mil dólares para se mudar, estará mentindo. Não existe um numero,
porque o lugar escolhido pode ser mais caro ou barato, outro fator que impacta
em todos os outros níveis.
O trabalho neste sentido
é algo totalmente individualizado porque varia para cada situação. Por exemplo,
Jose e Manuel irão abrir uma padaria, em locais totalmente distintos. Um vai
solicitar o visto E2, porque é descendente de Italiano. Já o outro vem de
Portugal, que só e possível aplicar o L1. Um tem três filhos e o outro somente
um. O tipo de negocio é o mesmo, mas com vistos diferentes, e endereços
comerciais também, ou seja, são números que mudam muito por isso o certo é
pensar de forma macro.
Mesmo citando todos
esses cenários, a reunião sempre esbarra na pergunta clássica, qual o mínimo
para se mudar? Essa é sempre a preocupação inicial e, todas às vezes eu
corrijo: "pense no necessário, afinal, você não esta diante de uma feira
de barganha e sim de uma mudança de país e de vida, que envolvem novas atitudes
onde comportamentos antigos devem ser repensados.
Será preciso também se
adaptar a uma série de novas regras, aliado a um planejamento visando
estruturar para preservar a família. Por isso, se deu aquela vontade de arrumar
as malas, primeiro converse com as pessoas que você ama, fale sobre os seus
planos e depois procure um especialista que possa oferecer todo o suporte
necessário. Só ele vai te programar para enfrentar uma série de situações.
O passo seguinte é
traçar um plano de ação e cumpri-lo, de forma gradativa. Por ter melhores
condições, há quem consiga pular algumas etapas, já outros irão precisar de
mais tempo. Atendi clientes que demoraram três anos ate o dia da mudança
definitiva, conversava com eles a cada seis meses para ajustar algumas coisas e
desenhar novas etapas.
Há clientes que relatam
histórias de pessoas que entram com o visto de turismo e depois de um tempo
arrumou emprego, conseguiu abrir empresa e por isso obteve a permanecia. Ou
quem entra no pais com visto de estudante e "foi levando". Isso é
querer acreditar demais em uma situação que fica agradável ao seu ouvido, mas
que esta longe do que é permitido. A realidade afasta do sonho, dá medo, mas ao
mesmo tempo é algo seguro porque faz com que as pessoas coloquem o pé no chão e
analisem a situação friamente.
Com base nos meus mais
de dez anos neste mercado, posso afirmar que isso não dá certo. Quem está se
organizando desta forma, convido a pensar antes na família e nos filhos. Sei
que o Brasil está muito péssimo sem expectativas de melhoras, mas pior será
acordar com o DHS batendo a sua porta para prender todo mundo.
E todos esses cuidados
servem em caso de mudança não só para os Estados Unidos mas também para
qualquer outra parte do mundo. Se a ideia é ir para Portugal, então busque um
profissional daquele pais que conhece o mercado e as leis. Ele vai orientar
sobre valores, documentações e as devidas inscrições nos órgãos.
Mas antes de qualquer
mudança, é preciso entender o que é empreendedorismo, no sentido de criar algo,
do começo ao fim cuidando e revisando todos os detalhes. Em muitos casos, não
temos as melhores opções ou cartas na mão! Mas com estratégia, orientação
seguindo um planejamento de uma forma muito regrada, é possível ganhar o jogo.
Daniel Toledo - advogado
especializado em direito internacional, sócio fundador da Loyalty Miami e
consultor de negócios. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre
em contato por e-mail contato@loyalty.miami ou pelo +1
(305) 988.2283. O especialista também possui um canal no youtube www.youtube.com/watch?v=VZJ6mFSNT9Q&list=RDVZJ6mFSNT9Q com dicas
para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos.