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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Decreto traz mudanças na Previdência Social


O governo publicou um decreto recentemente que trouxe mudanças nas regras previdenciárias, entre elas, o reconhecimento da qualidade de segurado para trabalhadores que até então contribuíam, mas a situação não estava regulamentada. Entre as profissões estão os motoristas de aplicativos e trabalhadores intermitentes, que cobrem folgas ou são chamados nos finais de semana. Outra alteração foi a extensão de direitos previdenciários ao trabalhador doméstico, que agora terá cobertura de benefícios acidentários, como auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente. Estes são os "novos nomes" do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, respectivamente.

Entre as recentes mudanças apresentadas também está a alteração da contagem de tempo que pode facilitar a aposentadoria. Antes da Reforma da Previdência, para determinar o tempo de contribuição do segurado, o INSS contava os dias exatos trabalhados. Por exemplo, um trabalhador que ficou em uma empresa entre 4 de março e 2 de abril, trabalhou 30 dias. Ou seja, ele teria um mês de contribuição.

Mas, conforme o decreto, serão computados os meses, independentemente da quantidade de dias que trabalhou: a contagem do tempo de contribuição passa a ser de dois meses, considerando os meses de março e abril.

Para a nova contagem de tempo de contribuição é preciso que a remuneração do trabalhador, que serve como base para a contribuição previdenciária, seja igual ou superior ao salário mínimo (R$ 1.045 em 2020).

É importante ressaltar que a entrada em vigor é imediata, mas o INSS ainda terá que adaptar o sistema para a nova contagem de tempo e publicar uma instrução normativa para a autarquia.


Adiantamento do 13º de aposentados será em agosto

Acabou a romaria à Brasília e o pires na mão todo ano. O governo bateu o martelo e INSS pagará o adiantamento do 13º de aposentados e pensionistas do INSS em agosto. Serão duas parcelas: uma de 50% sem descontos em agosto (que começa a sair nos últimos cinco dias úteis de agosto e vão até os cinco primeiros dias úteis de setembro) e o restante em novembro, junto com os benefícios mensais e os débitos de Imposto de Renda, se for o caso, e da primeira parcela. A mudança entrará em vigor em 1º de janeiro de 2021.

Nos últimos anos, o governo já vinha fazendo o pagamento do 13º de forma parcelada, mas sempre precisou editar um decreto específico para isso.

Quem recebe auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão também têm direito a receber o 13º salário. Já os inscritos no Benefício por Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e deficientes de baixa renda não têm direito ao abono natalino.





Rita Riff - advogada especializada em Direito Previdenciário. Diretora do Brazilian Prev Consultoria em Previdência no Brasil e exterior.


Sancionado novo marco legal do saneamento básico



Evento ocorreu na tarde desta quarta-feira, no Palácio do Planalto 
Marcos Corrêa/Presidência da República

Proposta, que teve como relatores o deputado federal Geninho Zuliani e o senador Tasso Jereissati, prevê água potável para 99% da população e coleta de esgoto para 90% das pessoas até 2033


Foi sancionado hoje pelo presidente da República o novo marco legal do saneamento básico no Brasil. A solenidade, que reuniu os principais ministros do governo Bolsonaro, teve a participação também do relator do projeto na Câmara dos Deputados, deputado federal Geninho Zuliani, do DEM/SP.

Em tramitação há quase dois anos no Congresso, o Projeto de Lei (PL) 4.162/2019, que institui o novo marco legal do saneamento básico, foi sancionado com a premissa de garantir água potável para 99% da população e coleta de esgoto para 90% das pessoas até 2033.

Hoje, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e 104 milhões não contam com serviços de coleta de esgoto no Brasil. Com o marco legal, o Ministério da Economia vislumbra que sejam feitos mais de R$ 700 bilhões em investimentos e gerados, em média, 700 mil empregos no país nos próximos 14 anos. O marco estabelece a data de 31 de dezembro de 2033 para a universalização total dos serviços de saneamento.

"O novo marco facilita as parcerias entre o setor privado e público na área de saneamento e modifica os modelos atuais de contratos referentes à gestão de água e esgotos nos municípios brasileiros. O Brasil ganha muito com essa lei. Nos próximos anos, com os investimentos que o País está buscando, será possível gerar quase 700 mil empregos, alavancando a economia, trazendo a concorrência pública para um setor que não tinha e permitindo a regulação", disse Geninho.

Segundo o Ministério da Economia, o projeto deve atrair "mais de R$ 700 bilhões em investimentos". Com a proposta, será possível, por exemplo, estabelecer ações conjuntas para blocos de municípios de uma mesma região, com o objetivo de se obter ganhos de escala e garantir viabilidade econômico-financeira dos serviços. Também não haverá mais a possibilidade de acordos que preveem os chamados contratos de programa para a prestação de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

"Agora será possível então realização de licitações, com participação de empresas públicas e privadas, acabando com o direito de preferência das companhias estaduais. A realização de licitação, com concorrência entre as empresas interessadas, possibilitará a prestação do serviço por quem o fizer com maior eficiência", salienta Geninho.

Participaram da solenidade Braga Netto, ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Paulo Guedes, ministro de Estado da Economia, Eduardo Pazuello, ministro de Estado da Saúde interino, Ricardo Salles, ministro de Estado do Meio Ambiente, Rogério Marinho, ministro de Estado do Desenvolvimento Regional, e Christianne Dias, diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA).


Proteção de dados pessoais: investimento em treinamento e tecnologia é fundamental, avalia consultor da Baker Tilly



A Lei Geral de Proteção de Dados nº 13.709, mais conhecida como LGPD, já provocou e, ainda, gera discussões relacionadas com a sua implementação. Apesar de abordar temáticas específicas à segurança da informação, ela irá atingir todos os setores. Entrando em vigor em agosto deste ano, é necessário que as equipes e empresas se preparem e estejam atentas sobre as particularidades no processo de adequação à lei.

Segundo o consultor da Baker Tilly, Pedro Miranda, para a adequação é necessário um conjunto de ações e boas práticas de tecnologia, processos e principalmente em pessoas. Para ele, esse aspecto pode impactar empresas que não detenham os controles desses pilares, “pois para se adequar será necessário o investimento em treinamento de pessoas, modelagem de novos processos e aquisição de ferramentas de segurança da informação, visando a proteção dos dados pessoais existentes em suas bases de dados e consequentemente”.

Ao realizar as adequações nos pilares mencionados pelo consultor da Baker Tilly, a organização terá ganhos indiretos, uma vez que governança de privacidade alinha-se à governança corporativa, trazendo maturidade e eficiência nos processos executados no dia a dia, indo além de obter o controle dos dados e possibilitando tomadas de decisões assertivas da alta gestão.

Apesar de ainda não conter as especificações de como serão auditadas as empresas pelo órgão regulador Agência Nacional de Proteção a Dados (ANPD), acredita-se que as organizações de setores específicos e de maior impacto em caso de incidentes de segurança, como instituições financeiras, hospitais, planos de saúde e empresas de marketing digital, deverão estar atentos e bem alinhados com a lei, pois devido ao risco, podem ser priorizadas pela Agência.

“É válido ressaltar que as organizações que manipulam os dados pessoais indevidamente sob a ótica da LGPD, como parte de sua linha de negócio, sofrerão maior impacto, pois além de realizar o investimento dos pilares relacionados acima, deverão redesenhar seus parâmetros do core business”, endossa o consultor Guilherme Carvalho. Sobre a implementação, ele explica que consiste na análise preliminar dos controles dos pilares da empresa e, com base nos gaps existentes, é possível traçar um plano de ação buscando a conformidade.

Segundo ele, é de extrema importância que todos os dados pessoais da organização estejam devidamente mapeados, além disso, processos internos que exijam a coleta e tratamento de dados durante todo o seu ciclo de vida, devem ser observados com base nos princípios da LGPD e na respectiva base legal para este tratamento. “A conscientização da organização é fundamental, assim como, a formalização a respeito da lei em normas e políticas internas e externas”, destaca.

Ele ressalta que quando há terceiros relevantes na organização que manipulam os dados pessoais, é fundamental o resguardo via contrato das responsabilidades desta empresa e controles para avaliação periodicamente. Outro ponto essencial é o relacionamento com os titulares de dados e ANPD, para qual é mandatório o plano de respostas a incidentes, contendo as ações e comunicação de toda e qualquer categoria de incidente que envolva dados pessoais.

“Nós, da Baker Tilly, estamos promovendo reuniões com nossos clientes, realizando entrevistas dirigidas e discutindo os principais impactos e avaliando a aderência das empresas à LGPD. Por conta do cenário atual, isso tem sido feito por videoconferência, com a participação da nossa equipe e das pessoas indicadas pelos clientes. A receptividade tem sido muito boa”, finalizou.



Surpresa da taxa de juros e a nova era dos mercados internacionais



A busca por alternativas à poupança e o medo dos investidores em relação à política econômica do país, estão crescendo cada dia mais. Fomos pegos de surpresa com mais uma “agressividade” do corte de juros, e lógico, o mercado financeiro reagiu. Fechamos o dia com dólar acima de R$ 5,30, subindo 2,17%.

Para mim não foi surpresa, mas para muitos cada notícia dessa impacta. Precisamos lembrar que o mercado de investimentos brasileiros é muito jovem em relação a outros países. Foi muito triste ler uma notícia de outubro de 2019 onde o título era: “Número de investidores na Bolsa ultrapassa o de presidiários no país.” Isso mesmo que você leu. Até então tínhamos pouco mais de 800 mil presidiários contra pouco mais de 1 milhão de investidores da B3.

Poderíamos terminar este artigo por aqui. Mas, acho que vale a pena desenvolver um pouco mais.

O que se esperar do índice de confiança em relação à investimentos e economia em um país que até menos de nove meses atrás, tinha mais presidiários do que seus próprios cidadãos confiantes em investir em seu próprio país? Muitas oportunidades surgiram desde então. Somamos agora inúmeros influencers financeiros e os brasileiros estão cada vez mais familiarizados com todos os tipos de investimento, correndo atrás de uma renda passiva ou mesmo como uma forma de guardar e fazer seu suado dinheiro render. Impressionante o trabalho árduo que esses grandes influencers de finanças fizeram, precisamos parabenizá-los. Mas agora o jogo virou, e o investidor que já está mais adaptado a nova realidade de renda passiva, quer mais!

Um amigo querido do mercado escreveu o seguinte - cinco motivos pelos quais seria difícil o real se valorizar frente ao dólar:
  • Brasil tem e terá dificuldades para crescer nesse cenário de Coronavírus, logo a atração de capital para investimentos fica prejudicada;
  • A situação fiscal se deteriorou com a crise e isso afugenta investidores com receio de solvência no longo prazo;
  • discussões e divergências políticas constantes;
  • movimento global de busca por qualidade e proteção no dólar;
  • por último, mas não menos importante, os juros mais baixos.

Por esse e inúmeros outros motivos o Real foi uma das moedas de pior performance durante a crise, dentro dos países emergentes. Não sabemos até onde tudo isso vai chegar, mas já vimos uma certa movimentação.

Em uma análise realizada no início da crise já mostrava que os fundos de investimento com mais de 20% de ativos alocados no exterior tinham sofrido um menor impacto e aqueles com 40%, foram os que melhor performaram.

Com isso veio a crescente demanda de fundos de investimentos com cotas no exterior, desde o investidor do varejo até o mais qualificado (que cá entre nós já tinha esse produto disponível). Mesmo que a moda pegue, entenda, que a maior parte da performance foi por conta da desvalorização do real, aqueles fundos sem hedge. E se você apostar nessa querendo os mesmos ganhos, acho que está indo pelo caminho errado.

Dólar é proteção contra as oscilações, e viés político brasileiro que atrapalha a eficiência da nossa economia e investimentos. Somos instáveis, não importa se for direita ou esquerda. A crise política do Brasil existe antes mesmo dos influencers surgirem na internet.

Estude, entenda, e SIM, é importante proteger seu patrimônio. Assim como alguém protege a família. Warren Buffet já disse: Never Bet Against America; Nothing Can Stop This Nation!

Repense! Diversifique!






Fonte: Bruna Allemann, Exame e blog Bugg.com.br 


Como conseguir recolocação profissional durante a pandemia


Especialista da Luandre lista dicas para se destacar e aumentar as chances de conquistar um emprego durante a crise


Estar desempregado pode ser ainda mais preocupante quando o cenário é de crise, principalmente quando ocasionada por uma pandemia sem data para acabar. Segundo a última Pesquisa Nacional de Desenvolvimento (PNAD), a taxa de desemprego passou de 11,8%, na semana de 31 de maio a 6 de junho, para 12,4%, entre 7 a 13 de junho.

Em meio a um cenário que parece desolador, Angelina Vinci, Gerente de Seleção da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, dá dicas cruciais, para quem quer e precisa de uma recolocação profissional.


Aumente a rede de contatos

Uma das dicas mais importantes dessa lista é o networking. Desenvolver e cultivar uma rede de contatos é uma tarefa fundamental para a carreira. Durante a crise, isso pode trazer ainda mais benefícios.

“Atualmente existem grupos e comunidades virtuais, que podem fazer essa conexão do candidato com empresas que têm vagas disponíveis”, afirma Angelina.

Uma dessas comunidades é o LinkedIn, a rede mais usada para assuntos relacionados a empregos e carreira. “Muitos recrutadores estão de olho em perfis profissionais lá, por isso é importante estar presente com informações e conteúdos relevantes e atualizados”, diz Angelina.


Verbalize que está em busca de emprego

Assim como criar uma rede de contatos pode parecer uma dica simples, verbalizar para conhecidos que está em busca de emprego é uma tarefa fácil, mas que poucos fazem. “Muitas vezes, o candidato deixa de falar que está em busca de emprego por vergonha, mas essa pode ser uma forma das pessoas lembrarem dele quando virem vagas disponíveis”, avalia Angelina.


Aproveite para se especializar

Especializações são importantíssimas para uma carreira profissional de sucesso. O candidato pode aproveitar o momento em casa para impulsionar o currículo e conquistar mais conhecimentos.

 “Com a pandemia, diversas plataformas de cursos online passaram a oferecer especializações gratuitas ou a preços acessíveis” diz Angelina. “Essa é uma ótima maneira de se preparar e se destacar ante os demais candidatos”.


Saia da zona de conforto

É justamente em um cenário de crise, em que existe um alto índice de desemprego, que se acirra a disputa por vagas no mercado de trabalho. Para Angelina Vinci é importante que o candidato mantenha-se atualizado “estando capacitado e em sintonia com o que o mercado aponta como qualidades necessárias para o profissional chegar mais perto do emprego almejado”.

Mesmo com a instabilidade econômica, muitas empresas estão dando continuidade a processos seletivos porque seus segmentos seguem firmes e a expectativa é que as contratações sejam retomadas, assim que a situação começar a se normalizar. “Na Luandre, por exemplo, são mais de 1.500 vagas disponíveis em diversos setores, não desistir e continuar em busca pode ser garantia de escapar do desemprego”, finaliza Angelina.




Luandre Soluções em Recursos Humanos



Pandemia revela oportunidades para fusões e aquisições



Vivemos possivelmente a crise global mais extensa desde 1870, segundo o Banco Mundial. A pandemia de Covid-19 tem sido avassaladora para boa parte das empresas e países do mundo. Em abril, a Organização Internacional do Trabalho já havia alertado: se nenhuma medida for tomada a tempo, mais de 436 milhões de empresas podem fechar as portas em todo o mundo. O caos econômico terá impacto direto no mercado de trabalho, que, segundo projeção do Banco Mundial, deve registrar um aumento do índice de desemprego de 8% para 12,3% na região da América Latina e Caribe. Sem renda, empregos e oportunidades, o cons
umo das famílias deve continuar diminuindo, agravando ainda mais a crise.
Por isso é tão importante zelar pela saúde das empresas. Enquanto muitas delas estão, pouco a pouco, aprendendo a lidar com o chamado “novo normal” para além das questões de saúde e segurança dos colaboradores, outras, infelizmente, não conseguirão sobreviver à crise. Isso abre margem para um cenário favorável a fusões e aquisições.

O primeiro semestre foi marcado por uma queda de 25% do número de fusões e aquisições no Brasil, mas os próximos meses devem virar esse jogo. Já é possível perceber uma mudança no apetite de risco dos empresários. Enquanto comércios e indústrias voltam a reabrir e boa parte do país atinge uma possível estabilização no número de casos e óbitos provocados pelo coronavírus, população e empresariado também voltam a demonstrar sinais de otimismo, ainda que timidamente.

O momento pede que o país reúna esforços para transmitir confiança ao investidor estrangeiro, trazendo ainda mais recursos para o país. Com o dólar em alta, eles conseguem ampliar suas vantagens frente ao empresário brasileiro. Mas isso exige que o Brasil se mostre competente em relação ao combate à doença, buscando tranquilizar os compradores interessados e diminuir seus riscos de investimento.

Por outro lado, as empresas em dificuldade financeira terão menos recursos para exigir garantias no processo de fusão e aquisição, tendo que se satisfazer com preços menos competitivos, tudo isso, ao olhar do investidor, facilitando o processo de compra. O que deve permanecer o mesmo, no entanto, é o comprometimento da due dilligence, processo de investigação essencial para esse tipo de operação.

Assim que o investidor identifica uma oportunidade, já é necessário contar com uma assessoria jurídica que irá avaliar os riscos envolvidos na transação a curto, médio e longo prazo. São avaliados diferentes cenários e variáveis que podem afetar o negócio, levando em consideração todas as áreas relativas às atividades da empresa: jurídica (trabalhista, tributária, contratual, cível e societário), contábil, ambiental, entre outras.

Com essa análise completa, é feito um relatório por meio do qual o comprador poderá avaliar e balancear os riscos e benefícios envolvidos. Com isso em mente, ele pode fazer uma proposta de fusão e/ou aquisição das ações da empresa alvo, ou apenas de parte dos ativos. Novamente, o escritório de advocacia acompanha o processo do início ao fim, e até mesmo no chamado pós-closing, para garantir que tudo ocorra conforme o planejado durante a negociação e como acordado no contrato de compra e venda.

Estima-se que nos próximos meses, devemos observar o aumento desse tipo de processo. Ainda que não sejam fusões e aquisições totais, devido ao cenário de imprevisibilidade, devem ganhar espaço as compras parciais, de cotas ou ativos das empresas. Essas envolvem menos riscos de sucessão e ainda oferecem vantagens aos compradores. O mais importante neste momento é manter a mente aberta, buscando aproveitar as oportunidades no mercado. Agir hoje pode significar a sobrevivência do negócio amanhã.





Gabriela de Ávila Machado - advogada, DPO (Data Protection Officer) certificada e líder da área societária do Marcos Martins Advogados.

Novos tempos trazem novos desafios de segurança


Com o surgimento do COVID-19 e a necessidade de isolamento social em todo o planeta, de um momento para o outro, diversas empresas, instituições de ensino e corporações dos mais diversos segmentos precisaram modificar sua rotina. Trabalho remoto, atendimento médico online, compra de roupas e comida por aplicativos e aulas virtuais para pessoas de todas as idades passaram a fazer parte do cotidiano. 

Estas mudanças têm como consequência uma série de desafios comerciais, de gestão e adequação tecnológica. Especialmente com relação à adequação tecnológica há a necessidade de desenvolver novas soluções de forma muito rápida, de maneira a garantir um time-to-market agressivo, pois quem estiver melhor preparado para fornecer produtos e serviços online deverá se sobressair após o término da situação de pandemia. Nesse caso, deve-se prestar especial atenção a escala, performance, disponibilidade e segurança. Já para a nova realidade de trabalho remoto, há outros desafios, muito relacionados ao uso que as pessoas fazem da tecnologia e sua segurança.

Como não há mais o ambiente controlado das corporações, e sim o trabalho dos funcionários a partir de seus lares, as proteções devem ser outras e as pessoas devem ter outros tipos de treinamentos, mais adequados ao novo ambiente.

Ao trabalhar em casa, alguns comportamentos podem trazer vulnerabilidades tanto para os dispositivos que os colaboradores levaram para casa, quanto às redes corporativas que são acessadas remotamente, de redes particulares.

De acordo com o Relatório da Verizon “2020 Data Breach Investigations Report”, o phishing continua sendo a principal forma de ataque, com esquemas cada vez mais sofisticados e maliciosos à medida que o trabalho remoto aumenta.

Além disso, desde janeiro desse ano, foram registrados milhares de sites relacionados à COVID, dentre eles muitos domínios com malware.

Também há o hábito de se usar o computador corporativo para outras atividades. Pessoas que estão em casa e convivem (e dividem os dispositivos) com outras que não estão acostumadas a acessar a internet e não possuem conhecimento e cultura de segurança podem ser protagonistas de golpes, já que não percebem a malícia implícita em uma mensagem que promete máscaras ou álcool em gel de graça, por exemplo. 

Quando observamos este cenário temos também que atentar ao fato de que a movimentação criada por conta do isolamento social, que elevou exponencialmente o trabalho remoto, abriu portas para novas relações de trabalho que não vão retornar ao que eram antes. A Transformação Digital alcançou níveis que estávamos esperando para 3 ou 5 anos à frente e que vieram para ficar.

A Fundação Getúlio Vargas divulgou um estudo que prevê aumento de 30% no trabalho remoto pós pandemia. Ou seja: desafios serão parte dessa nova realidade e devem ser apurados desde já. A forma de trabalho está mudando e não voltaremos atrás.

Existem diversos modelos possíveis de atuação profissional ao término da pandemia, assim como várias estratégias de retorno. O que é necessário em todos os casos é treinamento e conscientização das equipes e lideranças.

Aqui deixo um ponto importante: a principal transformação deve vir das pessoas. O ambiente corporativo sempre foi vivenciado nas dependências das empresas, mas agora esta esfera se ampliou para as residências. Ao final da pandemia, com a consolidação do home office, esse círculo de possibilidades vai aumentar ainda mais e integrar cafés, restaurantes, hotéis, aeroportos… a comunicação e as formas de atuação são amplas!

As empresas estão começando a se preocupar com este movimento. Neste momento a atuação de uma consultoria é fundamental, já que é preciso criar a conscientização ao mesmo tempo em que se implementa a tecnologia necessária. Dessa forma, os dados, pequenas preciosidades corporativas e pessoais, estarão garantidos e dentro do escopo de leis regulatórias, tanto no Brasil quanto em outros países.





Fabio Soto - CEO da Agility


Perspectivas econômicas no pós-pandemia foi o assunto do webinar da Amcham Goiânia


Encontro digital com empresários debateu as experiências e os desafios das organizações para se adaptarem ao novo cenário de negócios

A Câmera Americana de Comércio de Goiânia (Amcham-GO) reuniu nesta semana, aproximadamente, 260 empresários no webinar “Desafios e aprendizados da crise: um panorama econômico para o 2º semestre”. Mediado pelo superintendente de Operações e Relacionamento com Cliente da Amcham Brasil, Rafael Dantas, o bate-papo on-line contou com a presença do vice-presidente Enterprise Sales da Serasa Experian, André Nigro; do CFO da DiDi/99 e ex-CFO da Microsoft, João Paulo Seibel de Faria; e do economista-chefe da BNP Paribas, Gustavo Arruda. Na ocasião, os executivos abordaram reflexões, experiências e desafios que os empreendedores enfrentarão na retomada pós-pandemia.

Para o economista Gustavo Arruda, da BNP Paribas, o processo de recuperação será lento e diferente para cada país, mas as expectativas são positivas para a retomada econômica no Brasil, e uns dos protagonistas será os juros baixos. “A ideia é que com os juros mais reduzidos, fique mais fácil para empresas e famílias obterem créditos em bancos e assim realizarem investimentos ou quitação dívidas que surgiram ao longo da pandemia, o que fará com que a economia volte a girar”, aponta.

Outro fator que influenciará de forma positiva a retomada, segundo o vice-presidente da Serasa Experian, André Nigro, é a transformação digital que as empresas estão passando por conta do distanciamento social. “Organizações que já estavam estruturadas e conseguiram digitalizar seus processos em meio à crise, acabaram se destacando nesse período. E essa evolução tecnológica continuará contribuindo para que as entidades se estabilizem nos próximos meses. Essa é uma tendência que permanecerá no cenário de pós-pandemia”, afirma.

Já o CFO da DiDi/99, João Paulo Seibel de Faria, destacou a importância dos profissionais estarem preparados para o uso da tecnologia. “Cerca de 15 mil empresas estão criando conselhos estratégicos por conta da exposição de dados que estamos enfrentando agora. Os benefícios são grandes, mas é preciso tomar cuidado com o excesso de informações que estão sendo disponibilizados com as transformações digitais”, diz.

De acordo com a coordenadora regional da Amcham Goiânia, Anessa Caparelli Santos, o objetivo do evento foi auxiliar as empresas a se preparam para o mercado após a crise gerada pela pandemia. “Acompanhar o que tem acontecido no mercado com a troca de vivências é uma maneira de desenvolver estratégias para a retomada dos negócios, por isso, para esse evento, trouxemos nomes ‘de peso’ para compartilhar suas experiências e inspirar os empresários goianos”, destaca.


Turismo brasileiro tem baixa de 54,2% em maio


O segmento de transporte aéreo segue com os piores resultados, queda de 79,7%, segundo levantamento da FecomercioSP


O turismo nacional sofreu queda de 54,2% no faturamento de maio em relação ao mesmo período do ano passado. O setor registrou faturamento de R$ 5,66 bilhões, menor faturamento para o mês da série histórica, iniciada em 2011, com um prejuízo de R$ 6,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento do Conselho de Turismo da FecomercioSP, baseado em números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Das seis atividades pesquisadas, cinco registraram retração em seu faturamento real no comparativo anual, com destaque para transporte aéreo (-79,7%) e serviços de alojamento e alimentação (-61,9%).

 

De acordo com a FecomercioSP, diferente do varejo que apresentou alguma melhora em maio, após as baixas de abril, o setor de turismo permanece estagnado. O segmento de transporte aéreo, por exemplo, continuou operando com 90% a menos de sua capacidade em maio. Os resultados de junho podem registrar algum avanço, visto que os voos estão aumentando gradualmente. Contudo, só se espera uma evolução significativa no último trimestre do ano.

Segundo a presidente do Conselho de Turismo da Federação, Mariana Aldrigui, o setor de turismo foi o mais afetado pela pandemia, e segue com grande prejuízo por ser, possivelmente, o último com autorização de funcionamento e, ao mesmo tempo, o que mais demandará retomada da confiança do consumidor. “O volume de empresas que não terão condições de sobreviver à crise ainda é incerto, apesar de toda a criatividade e empenho na busca de soluções temporárias", explica.

A Entidade recomenda que os empresários se aproximem dos consumidores por meio das redes sociais, principalmente, do Instagram. Sendo importante informar em tempo real as medidas sanitárias que estão sendo realizadas, assim como a disponibilização dos serviços prestados, para despertar interesse nos clientes em retornarem às viagens.

Check Point descobre nova vulnerabilidade crítica em ambiente Microsoft que coloca em risco a segurança das empresas


Os pesquisadores da empresa alertam que um cibercriminoso pode explorar esta vulnerabilidade para obter direitos de administração de domínio sobre os servidores e assumir o controle completo da infraestrutura de TI de uma empresa

Os pesquisadores da  Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, identificaram uma vulnerabilidade crítica no servidor DNS do Windows. Esta falha de segurança (maior pontuação de risco possível 10.0 no CVSS) permitiria a um cibercriminoso explorar a vulnerabilidade para obter direitos de Administrador de Domínio, a fim de obter o controle completo da TI de uma empresa. Esta vulnerabilidade crítica, à qual os pesquisadores da divisão Check Point Research (CPR) denominaram como SigRed, afeta as versões do Windows Server de 2003 a 2019 e pode ser acionada por uma resposta DNS maliciosa.
O DNS, também conhecido por "o catálogo de endereços da Internet", é um protocolo de rede para traduzir nomes de host de computadores em endereços IP. Quando se possui um nome de domínio - por exemplo, https://www.checkpoint.com - controla-se o endereço IP a que este nome é correspondido via um ‘DNS record’. Esses registros DNS são servidores presentes em todas as organizações e, se explorados, dão ao cibercriminoso direitos de administração de domínio sobre o servidor, permitindo a ele interceptar e manipular os e-mails dos usuários e o tráfego de rede, tornar serviços indisponíveis, roubar as credenciais dos usuários; ou seja, um cibercriminoso pode assumir o controle de toda a infraestrutura corporativa de TI.

Como funciona esta vulnerabilidade
A vulnerabilidade está na maneira como o servidor DNS do Windows analisa uma consulta recebida, bem como a análise da resposta a uma consulta. Em caso de ser mal-intencionado, se desencadeia um aumento de carga do buffer, permitindo ao cibercriminoso obter o controle do servidor. 
Além disso, a gravidade dessa falha de segurança foi demonstrada pela Microsoft que a descreveu como "wormable", o que significa que uma única exploração pode iniciar uma reação em cadeia que permite que os ataques se espalhem de uma máquina vulnerável para outra, sem exigir nenhuma interação humana. Como a segurança do DNS não é algo que muitas organizações monitoram ou que têm controles rígidos, um único equipamento comprometido pode se tornar um "super propagador", deixando que o ataque se espalhe pela rede de uma organização em questões de minutos.
"Uma falha de um servidor DNS é algo muito sério. Na maioria das vezes, coloca o atacante a uma distância mínima de controlar toda a organização. Existe um número muito reduzido desses tipos de vulnerabilidades já lançados. Toda organização, independente do seu porte, que usa a infraestrutura da Microsoft corre um grande risco de segurança se a falha não for corrigida. Esta vulnerabilidade está no código da Microsoft há mais de 17 anos, por isso, é possível que outros também possam tê-la encontrado", explica Omri Herscovici, diretor da equipe Vulnerability Research da Check Point.
"Nossas pesquisas mostraram que não importa o quão seguros pensemos que estamos, pois existe um conjunto infinito de problemas de segurança que não controlamos e que estão à espera de serem encontrados e explorados. Batizamos esta vulnerabilidade de ‘SigRed’ porque acreditamos que deve ser de prioridade máxima remediar esta situação. Isto não é mais uma pequena vulnerabilidade encontrada, mas sim uma oportunidade para a próxima ‘pandemia cibernética’", alerta Herscovici.

Divulgação Responsável
Em 19 de maio de 2020, a Check Point Research divulgou com responsabilidade suas descobertas à Microsoft. A Microsoft reconheceu a falha de segurança e emitiu um patch (CVE-2020-1350) em 14 de julho de 2020. A Microsoft atribuiu a vulnerabilidade com a maior pontuação de risco possível (CVSS: 10.0). Os especialistas das empresas recomendam que todos os usuários de Windows atualizem os seus servidores DNS o mais rapidamente possível para evitar os efeitos desta vulnerabilidade, já que ameaça de um ataque deste tipo é muito elevada.

Como permanecer protegido
A Check Point lista os três principais passos a serem seguidos pelas empresas de todo o mundo para manterem-se protegidas:
• Aplicar o mais rapidamente possível a atualização de segurança (patch) que a Microsoft disponibilizou em 14 de julho de 2020.
• Utilizar soluções de segurança para proteger a infraestrutura de TI corporativa.
• Usar a seguinte solução para bloquear o ataque: No "CMD" digitar:
reg add
"HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\DNS\Parameters" /v "TcpReceivePacketSize" /t REG_DWORD
/d 0xFF00 /f net stop DNS && net start DNS




Check Point Software Technologies Ltd.
https://blog.checkpoint.com/
https://www.twitter.com/checkpointsw
https://www.facebook.com/checkpointsoftware
https://www.youtube.com/user/CPGlobal
https://www.linkedin.com/company/check-point-software-technologies


3 dicas para quem tem que demitir


Tentou de tudo, mas não teve jeito, terá que fazer cortes em seu time de colaboradores. Primeiro, saiba que não está sozinho. Já são centenas empresas que tiveram que demitir nos últimos meses e sabemos que não era exatamente esse o panorama que nenhuma delas esperava para 2020. Segundo: tem jeito de passar por essa fase de uma forma menos traumática. Veja o que diz o especialista em RH, Marcelo Arone.


A crise bateu na nossa porta e não parece ter uma solução fácil, muito menos no curto prazo. Mesmo segurando muito as pontas, algumas empresas, até as de médio ou grande porte, ou seja, que tinham algum respaldo financeiro, inevitavelmente estão tendo que demitir. Como um dos últimos exemplos, tivemos a PwC Auditoria, uma das maiores do mercado, que demitiu 600 colaboradores de uma só vez. Cenário esperado e ideal? Jamais, podem acreditar.

E se você faz parte desse time que tentou, tentou, mas que não conseguiu segurar as pontas, tem como fazer esses cortes de uma forma mais humana, ao menos. A meu ver, sim”, explica Marcelo Arone, Headhunter e Coach de Carreira, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Para ele, partindo da realidade do mercado de carreiras e contratações, podemos sugerir 3 dicas para minimizar os impactos que essas demissões podem acarretar, para empresa e colaboradores. Veja:
  1. A escolha – “aqui, é preciso levar em conta o que é melhor para a empresa. Pode ser a fase mais difícil, porque, muitas, vezes, será preciso desligar colaboradores-chave para a companhia. Mas o que vale é entender o papel de cada um e, claro, o impacto financeiro que a demissão vai trazer para a empresa”.
  2. O processo – “trazer o colaborador para entender e participar dos processos atuais da empresa é muito importante, tanto para quem sai, mas especialmente ara quem fica. A situação é de interesse de todos, e é preciso ter uma postura mais agregadora, uma liderança mais humanizada, que certamente já faz parte do futuro das empresas”.
  3. Auxiliar na demissão – “sim, isso é possível”, explica Arone. “Meus clientes têm um serviço que costumo oferecer e ajuda muito em processos como os que estamos vivendo hoje. O coaching de carreira oferecido pela empresa ao colaborador que está saindo”. Dessa forma o colaborador sai, mas tem alternativas para se recolocar no mercado mais rapidamente, já que os recrutadores sabem exatamente onde estão as vagas em aberto e podem orientar na transição”.
Com a dica 3, a empresa que precisa desligar oferece o coaching de carreira como um benefício na hora da demissão, que vai apoiá-lo na agilidade da sua recolocação. “O mínimo que podemos fazer ajudando as pessoas é a cada programa contratado pelos nossos parceiros faremos outro em paralelo, sem custo, com alguém que perdeu o emprego durante a pandemia e ajudar ambos a se recolocarem o mais rápido possível”, enfatiza Marcelo, que finaliza: “cerca de 70% dos executivos que fizeram o programa de Coaching de Carreira conosco se recolocaram em empresas também do nosso portfólio de clientes”.







Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

O que esperar do mercado de trabalho pós-pandemia



Em uma pesquisa realizada no Brasil, no período de 4 a 21 de maio, pela Robert Half, empresa de recrutamento que seleciona profissionais especializados para cargos de média e alta gerência, 78% dos entrevistados afirmaram que estão trabalhando em casa; 86% dos profissionais ouvidos gostariam de trabalhar remotamente com mais frequência, quando houver a retomada. Mas o que esperar do mercado de trabalho pós-pandemia? Certamente o mercado será impactado pelo desemprego e terá um ritmo de recuperação diferente para cada setor. O que se prevê é que quanto mais digital, mais rápida a recuperação.

A tendência é manter a procura por empresas inovadoras, mais digitais, com propósito impactante e que tenham solidez financeira e estratégia de crescimento. A pandemia acelerou a Transformação Digital em todos os negócios. Uma das consequências é o trabalho remoto, que dará maior flexibilidade para as pessoas e negócios. A mesma pesquisa mostra que 49% dos profissionais de escritório, que fizeram a transição para o trabalho remoto, assumiram ter um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, sem o deslocamento diário.

A vantagem do home office é que podemos ter colaboradores do interior do País, morando em suas cidades natais e atuando remotamente em multinacionais, atendendo clientes de qualquer parte do Brasil e do mundo. Assim incentiva a contratação de talentos de diversas regiões. Já imaginou trabalhar em diversos desafios e projetos sem sair do lado da sua família e do conforto da sua casa?

A tendência é que sejam oferecidos alguns modelos de home office: full, parcial e flex (horário alternativo de trabalho), dependo do cliente, do projeto e do tipo de empresa. A certeza que temos é que o futuro do trabalho será diferente, estimulando a habilidade de autogestão dos colaboradores. Outro ponto que deve ser alterado é o volume de viagens corporativas, que tendem a diminuir. A pandemia mostrou que se pode viajar menos e continuar fazendo bons negócios.

O conceito "Digital First" deixa de ser tendência para ser o único caminho possível, ou seja, muitas ações permaneciam presenciais e físicas, como treinamentos e reuniões, pois havia uma incerteza sobre a efetividade do digital. Há três meses estamos experimentando ações que nos surpreendem e nos impulsionam em termos de aprendizado e resultados.

Outro ponto de observação é que o mercado de trabalho está focado nas habilidades emocionais dos executivos. Os líderes estão tendo que lidar com questões emocionais muito mais fortes neste momento. Uma combinação de preocupação com a saúde física e emocional dos seus times e, ao mesmo tempo, manutenção do foco nas entregas de resultados, pensando na construção do futuro. Neste momento de isolamento social cresce a ansiedade e, por isso, é importante que as empresas ofereçam treinamentos para dar apoio e suporte individual aos colaboradores.

É necessário investir em novas plataformas tecnológicas, ter um onboarding digital, processo pelo qual o novo colaborador passa pelas entrevistas, testes e admissão, sem contato físico com a empresa. Também é importe desenvolver um projeto interno de mentoria, onde mentores e mentorados possam se encontrar e falar de diversos tópicos como, por exemplo, inovação, carreira, tecnologia e outros. Os treinamentos com metodologias ágeis podem auxiliar no mapeamento de talentos, identificando colaboradores que estejam disponíveis para novos desafios e remanejamentos internos. Com o trabalho remoto, as possibilidades se potencializam ainda mais.

Com tudo isso, definitivamente o mundo mudou, os negócios estão se transformado e todos nós aprendendo com o novo normal. O importante é manter o equilíbrio, a confiança e criar uma experiência do colaborador cada vez mais humanizada e digital para enfrentar os desafios e transformá-los em grandes oportunidades para o futuro.




Rodrigo Pádua - VP Global de Gente e Cultura do Grupo Stefanini.

Com maior exposição dos alunos à internet, escolas devem desenvolver meios educativos para abordar práticas que vão do cyberbullying aos discursos de ódio




Para especialista, pais e instituições de ensino devem trocar informações sobre os comportamentos dos estudantes nessa quarentena, para trabalhar a inteligência emocional


Isolados em casa há mais de três meses, crianças e adolescentes de todo o país têm na internet a principal forma para interagir e passar o tempo durante a quarentena. Na medida em que o estresse de ficar em isolamento social piora, os riscos e os danos emocionais podem intensificar casos de discriminação no ensino remoto. Se, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, divulgada nos últimos dias, quase metade dos jovens de 9 a 17 anos afirmaram ver alguém sendo discriminado na internet, o problema pode evoluir ainda mais na pandemia.

Segundo o estudo, em 33% dos casos que ocorreram com meninas, essa discriminação foi pela cor ou raça; em 26% pela aparência física; em 21% por gostarem de pessoas do mesmo sexo; e, em 15%, pela religião. Entre os meninos, 20% reportam discriminação por cor ou raça; 15% pela aparência; 9% por gostarem de pessoas do mesmo sexo; e, 7%, pela religião.

Para Paula Chaves, assessora pedagógica do Sistema de Ensino pH, o aumento do tempo de confinamento e da exposição ao ambiente digital são fatores que podem desencadear práticas de discriminação, como o cyberbullying. “Pelo fato de não poderem sair de casa ou não conseguirem se relacionar com amigos e familiares, o lado emocional fica sobrecarregado, provocando uma sensação de cansaço que se transforma, muitas vezes, em condutas agressivas a outras pessoas, sobretudo à figura do professor”, conta.

A especialista também explica que a falsa sensação de liberdade e anonimato que o ambiente virtual traz, possibilitando o estudante mudar sua identidade e se utilizar dela para expressar algum sentimento reprimido, é outro fator que prejudica a solução do problema. “Tudo aquilo que ocorria nos pátios dos colégios e dentro das salas de aula, podendo ser resolvido naquele momento, agora se torna mais difícil de ser detectado pela dificuldade em observar o comportamento do aluno”, comenta Chaves.

Por isso que agora, em casa, a responsabilidade dos pais na educação dos filhos cresce ainda mais. Se antes, a escola passava a maior parte do tempo contribuindo para a formação integral do estudante, a quarentena equiparou essa relação. Não basta apenas acompanhar as atividades acadêmicas dos filhos, deve-se também prestar atenção nas atitudes e no aspecto emocional. “Os pais precisam criar estratégias e canais de comunicação para acompanhar e entender como seus filhos estão agindo nas redes. Além disso, essa percepção deve ser compartilhada frequentemente com os professores”, diz.

Compartilhar essas informações com os professores ajudaria as instituições de ensino, na outra ponta, aproveitar o contexto para desenvolver com a comunidade questões ligadas à inteligência emocional e à comunicação não-violenta. Praticar a escuta ativa, o autoconhecimento e a empatia são alguns dos pontos que podem ser trabalhados nas aulas. “Precisamos repensar nossa abordagem e desenvolver outros mecanismos para resolver conflitos e possibilitar ao outro a oportunidade de dizer o que sente e o que pensa”, finaliza.






Sistema de Ensino pH


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