Especialista aponta que falta de
acolhimento e compreensão reforça exclusão no ambiente doméstico
Tradicionalmente associadas à união e ao convívio familiar, as festas de Natal ainda representam, para muitas famílias, um período de isolamento e invisibilidade de crianças com deficiência. Em vez de inclusão, essas crianças frequentemente são afastadas das confraternizações por falta de compreensão, paciência ou adaptações mínimas no ambiente doméstico.
Para o defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, a exclusão não se limita ao espaço público e muitas vezes começa dentro de casa.
“A deficiência ainda é vista como incômodo ou exceção. Em muitas famílias, a criança é retirada do convívio para ‘não atrapalhar’, o que reforça isolamento e sofrimento emocional”, afirma.
O especialista explica que esse tipo de exclusão cotidiana, ainda que não intencional, reproduz uma cultura capacitista profundamente enraizada na sociedade brasileira.
“O Natal deveria ser um momento de pertencimento. Quando uma criança com deficiência não é acolhida, perde-se o sentido da celebração e reforça-se a ideia de que ela não pertence àquele espaço.”
Além do impacto emocional nas crianças, a falta de apoio e compreensão também recai sobre pais e responsáveis, que enfrentam sobrecarga física e psicológica, especialmente durante o período de festas prolongadas.
Segundo André Naves, promover inclusão no ambiente familiar passa por informação, diálogo e mudança cultural:
“Incluir não exige grandes recursos, mas disposição para acolher a
diversidade humana. O primeiro passo para uma sociedade inclusiva começa dentro
de casa.”
Para saber mais
sobre o trabalho de André Naves, acesse o site andrenaves.com ou acompanhe pelas redes sociais: andrenaves.def.
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