Nova pesquisa da NordVPN mostra que programas de fidelidade de companhias aéreas e redes de hotéis estão sendo negociados ilegalmente, afetando viajantes brasileiros
Uma nova
pesquisa conduzida pela NordVPN, em parceria com o app
de eSIM internacional Saily, revela um cenário preocupante para
viajantes de todo o mundo, incluindo os brasileiros. A pesquisa aponta que
programas de fidelidade de companhias aéreas e redes de hotéis estão sendo
vendidos na dark web.
O estudo
identificou um aumento expressivo na venda de contas de fidelidade roubadas por
hackers, algumas contendo centenas de milhares de milhas, comercializadas por
valores entre US$ 0,75 e US$ 200.
No Brasil,
onde programas como Latam Pass, Smiles e TudoAzul fazem parte do
dia a dia de milhões de usuários, especialistas da NordVPN alertam
que golpes semelhantes também ocorrem. As práticas criminosas mapeadas pela
pesquisa são globais e frequentemente incluem usuários brasileiros,
especialmente durante períodos de alta demanda.
As
descobertas do estudo revelam que contas de milhas são vendidas por valores
irrisórios, enquanto bancos de dados completos de hotéis podem alcançar até US$
3.000 no mercado clandestino.
O estudo
também aponta que American Airlines, Emirates, Southwest, United, Alaska e
Delta concentram mais de 54% das conversas sobre crimes envolvendo companhias
aéreas na dark web, evidenciando o interesse crescente de golpistas
nesses programas.
Segundo Vykintas Maknickas,
CEO da Saily, “o valor das bases de dados roubadas aumenta quando incluem
detalhes altamente sensíveis. Isso incentiva ataques mais agressivos a empresas
do setor de viagens.”
No setor
hoteleiro, redes com ampla atuação no Brasil como Marriott, Hilton, IHG e Accor
surgem repetidamente em fóruns onde dados de hóspedes são negociados
ilegalmente, reforçando a extensão do problema. Segundo os especialistas,
criminosos utilizam métodos como phishing, violações de dados e ataques
de credential stuffing, quando senhas reutilizadas em diferentes
serviços são testadas em massa, para invadir contas e esvaziar pontos sem
deixar rastros imediatos.
De acordo
com a NordVPN, criminosos utilizam as contas invadidas para reservar
viagens, gerar vouchers, adquirir upgrades e transferir pontos. Como as
transações parecem legítimas, o golpe passa facilmente despercebido pelas
empresas e pelo cliente final.
“A
indústria de viagens permanece um alvo valioso devido ao grande volume de dados
pessoais e financeiros sensíveis que armazena”,
afirma Marijus Briedis, CTO da NordVPN. “Durante períodos de
maior movimentação, como o Natal, os golpes se intensificam, e consumidores
precisam reforçar a segurança das suas contas.”
Recomendações para viajantes
A NordVPN destaca
medidas essenciais para proteger contas de fidelidade, especialmente para
brasileiros que estão entre os povos que mais utilizam milhas na América
Latina:
1. Use
senhas fortes e diferentes para cada serviço.
Pesquisas
mostram que metade das pessoas ainda reutiliza senhas, facilitando ataques.
2. Ative a
autenticação multifator (MFA).
Isso
dificulta acessos indevidos mesmo quando a senha é comprometida.
3. Cheque o
histórico da conta regularmente.
Movimentações
de pontos fora do padrão são um dos primeiros sinais de invasão.
4. Evite
usar Wi-Fi público sem proteção.
“Sempre
conecte-se com uma VPN em redes abertas”, reforça Briedis.
5.
Considere usar eSIM durante viagens.
“Viajar
aumenta a exposição, especialmente quando o usuário se conecta a redes
desconhecidas”, explica Maknickas.
NordVPN
https://nordvpn.com
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