Especialista aponta caminhos para melhorar a gestão do fluxo de caixa e crescer
Você sabe
exatamente para onde está indo o dinheiro do seu restaurante, lanchonete ou
cafeteria? Segundo levantamento do Sebrae 2024, a falta de controle financeiro
é um dos principais fatores que levam pequenos negócios da alimentação a fechar
as portas nos primeiros anos de operação. No setor de foodservice, marcado por
alta rotatividade de vendas e insumos perecíveis, o fluxo de caixa se torna
essencial para garantir fôlego financeiro e bom desempenho ao longo do ano.
“O fluxo de caixa não serve apenas para registrar números, ele é uma ferramenta
estratégica que mostra, em tempo real, a saúde financeira do negócio. Quando
bem estruturado, permite ao gestor tomar decisões mais rápidas, evitar
desperdícios e planejar ajustes necessários para manter a operação
sustentável”, explica Rafael Fraga, Chef de Gastronomia da Prática.
Mas afinal, o que devemos fazer para fechar o ano no azul?
1. Registre todas as entradas e saídas, sem exceção
No foodservice, o volume de transações é alto e ocorre diariamente. Qualquer falha de registro pode comprometer toda a análise. Entradas incluem vendas à vista, cartão, Pix, delivery e encomendas. Saídas abrangem insumos, embalagens, gás, energia, taxas de aplicativos, salários, tributos, aluguel e manutenção de equipamentos.
2. Classifique por categorias específicas
Organizar os gastos por grupos, como carnes, laticínios, hortifruti, embalagens e folha de pagamento, facilita a interpretação dos dados e evidencia onde estão os maiores custos ou desperdícios.
3. Escolha uma periodicidade adequada
Negócios de alimentação funcionam melhor com fluxo de caixa diário ou semanal, já que trabalham com insumos perecíveis e variações rápidas de demanda. Isso permite acompanhar de perto oscilações e corrigir desvios antes que se tornem problemas maiores.
4. Use ferramentas adequadas e integradas
Sistemas ERP conectados ao PDV e ao estoque oferecem atualização automática do caixa, visão em tempo real da operação e redução de erros humanos. A integração é especialmente importante para negócios que trabalham com balcão, delivery, encomendas e eventos.
5. Projete os próximos 30, 60 e 90 dias
O fluxo de caixa projetado antecipa entradas e saídas futuras, considerando sazonalidade, datas comemorativas e metas de crescimento. Isso permite planejar compras, negociar prazos, ajustar a equipe e evitar falta de recursos em períodos críticos.
6. Analise os resultados com regularidade
Não adianta consultar o fluxo de caixa apenas “na hora do sufoco”. A análise
contínua oferece previsibilidade financeira e ajuda a definir preços, revisar
cardápio, planejar investimentos e identificar oportunidades de expansão.
Entre as falhas que mais prejudicam a gestão financeira estão, misturar contas
pessoais com as da empresa, ignorar prazos de recebimento de diferentes meios
de pagamento, deixar de considerar custos indiretos como taxas bancárias como
embalagens e manutenção, fazer registros manuais ou esporádicos e não usar o
fluxo de caixa para tomar decisões antecipadas.
Para Rafael Fraga, evitar esses erros é tão importante quanto criar processos
eficientes. “O gestor que integra fluxo de caixa, estoque e operação tem uma
visão completa da realidade financeira. Isso reduz riscos, permite negociar
melhor com fornecedores e dá segurança para investir, ajustar o cardápio ou
expandir a produção”, finaliza o chef.
Para mais dicas de empreendedorismo, equipamentos e receitas, você pode
acompanhar através do blog da Prática: https://blog.praticabr.com/

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