Com a chegada do verão, cuidados com a pele precisam ser intensificados para prevenir complicações; saiba como identificar lesões
Com a proximidade
do verão e das férias escolares, os cuidados com a pele precisam ser
redobrados. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de pele representa
30% dos tumores malignos registrados no país. A taxa de cura é superior a 90%,
se identificado precocemente. O tipo mais comum é o não melanoma, que é também
o menos agressivo.
Para identificar
lesões que possam ser cancerígenas, a regra ABCDE é a mais eficaz, como explica
a dermatologista da Hapvida e associada da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, Livia Ferreira Martins. “Assimetria, bordas irregulares, se tem
mais de uma cor na mancha, se o diâmetro é maior que 0,7 centímetro e se houve
evolução como aumento da ferida, formação de casquinha e sangramento, todos são
sinais de alerta para que o paciente busque ajuda médica”, afirma.
A exposição solar
crônica é o principal fator de risco, mas não só: também as câmaras de bronzeamento,
o envelhecimento e a genética familiar.
Tipos de
câncer de pele
O câncer de pele é
dividido em duas categorias: melanoma e não melanoma. O mais agressivo e raro é
o melanoma. O não melanoma pode ser do tipo carcinoma basocelular (comum em
idosos e pessoas de pele e olhos claros que se expuseram ao sol ao longo da
vida), e o espinocelular, que tem mais chance de ser invasivo internamente e
até levar o paciente à óbito.
“Os melanomas
aparecem como se fossem pintas, enegrecidas, mas que crescem mais do que
deveria, principalmente na fase adulta. Já os não melanomas se apresentam como
machucados ou feridas que sangram e não cicatrizam”, detalha a médica.
Apesar da
apresentação clínica diferenciada, o tratamento do câncer de pele consiste na
retirada da lesão inteira, que é encaminhada para biópsia. O patologista vai
analisar o material e classificar o tipo e o grau de invasão. Dependendo do
parecer, o dermatologista vai determinar se já houve a cura ou se é preciso dar
continuidade ao processo.
Prevenção é a
chave
Segundo o
Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil novos
casos de câncer até 2025. Apesar de o sol ser importante para a saúde, os raios
ultravioletas (UV) são nocivos. Mesmo em dias nublados ou em horários alternativos,
é imprescindível usar protetor solar. Ele é o grande aliado da pele e deve ser
reaplicado ao longo do dia. Ao ir à praia ou fazer atividade física ao ar
livre, é recomendado ainda usar boné ou chapéu, óculos de sol e camisas com
proteção UV.
O Dezembro Laranja
surgiu para conscientizar a população sobre a importância de analisar a pele.
Segundo Livia Martins, conhecer o corpo é essencial para o diagnóstico precoce.
“O próprio paciente deve se observar todos os dias, no banho ou no espelho, e
notar se tem alguma lesão nova, uma pinta fora do comum. A maioria das lesões
cancerígenas não causam dor, ardência ou incomodam e passam despercebidas.
Quando há demora para identificar, o tratamento pode ser mais complicado”,
afirma.
A recomendação é ir
ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano para quem não tem histórico de
câncer de pele e nem casos na família. Em caso positivo, o acompanhamento
médico tem de ser mais frequente.
Hapvida
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