Especialista em
excelência de serviços explica como criar equipes de alta performance com base
em ações simples e consistentes
Contratar com base no comportamento, investir em
treinamento contínuo e praticar o reconhecimento genuíno são os três pilares
que sustentam uma gestão de pessoas eficiente, segundo Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços e vice-presidente da Associação
Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). Para ele, organizações que
desejam resultados sustentáveis e times de alta performance precisam adotar uma
abordagem mais estratégica e humanizada desde o processo seletivo até o dia a
dia da liderança.
“O currículo mostra o que a pessoa sabe. O
comportamento mostra quem ela é. Empresas que contratam apenas pela competência
técnica correm o risco de comprometer sua cultura interna e seus resultados no
médio prazo”, afirma Slivnik, que também é diretor executivo do IBEX –
Institute for Business Excellence, sediado em Orlando. Com mais de duas décadas
de atuação na formação de líderes e equipes no Brasil e no exterior, ele
reforça que o alinhamento de atitudes e valores é mais determinante do que o
histórico profissional para manter a harmonia e a produtividade da equipe.
Segundo o especialista, o primeiro erro de muitas
empresas é tratar o processo seletivo como uma triagem de currículo, quando
deveria ser um momento de avaliação comportamental. Ele cita como boas práticas
a análise de situações simuladas, o uso de perguntas que revelam reações diante
de conflitos e o mapeamento de compatibilidade cultural. “Contratar alguém
desalinhado com os valores da organização é como plantar uma semente em solo
incompatível: não importa o quanto se regue, não vai florescer.”
Após a contratação, o segundo pilar é a
capacitação. Mas não há qualquer tipo de treinamento. Slivnik defende que o
desenvolvimento precisa estar atrelado ao propósito institucional e às
necessidades reais da equipe. “Treinamento não é um evento isolado, é um
processo vivo. Ele exige continuidade, personalização e foco principal no
comportamento humano. Não adianta fazer um curso online e achar que isso, por
si só, vai mudar o comportamento”, alerta.
Para ele, o líder precisa atuar como mentor,
participando ativamente da formação de sua equipe. Isso significa oferecer
direcionamento claro, escutar com atenção e identificar potenciais de desenvolvimento
em cada colaborador. Essa abordagem, segundo Slivnik, é um dos diferenciais da
metodologia que aplica na imersão internacional Estratégia da Magia, realizada
em Orlando com executivos de empresas brasileiras. Inspirada em práticas de
corporações como Disney, Apple e Universal, a metodologia reforça que a
excelência começa com o encantamento do cliente interno.
Slivnik destaca ainda que treinamentos bem
planejados contribuem para um ambiente mais seguro, criativo e inovador. “As
pessoas só propõem ideias quando sentem que têm espaço para errar e aprender.
Se a empresa penaliza o erro, ela inibe a inovação. O aprendizado precisa ser
visto como uma jornada, não como uma obrigação”, pontua.
O terceiro pilar, o tratar bem, é abordado por
Slivnik como um dos fatores mais poderosos – e subestimados – da gestão
contemporânea. Ele afirma que o feedback mais eficaz é aquele que amplia os
comportamentos positivos. “Ao reconhecer o que está funcionando bem, o líder
reforça esse padrão e estimula sua repetição. E isso é mais produtivo do que
apenas apontar o que está errado”, explica.
Uma pesquisa da Gallup mostrou que colaboradores
que recebem reconhecimento frequente têm o dobro de chances de se descreverem
como engajados. Já um levantamento da Fundação Getúlio Vargas revelou que
empresas com cultura de valorização apresentam até 25% menos rotatividade e 32%
mais produtividade. Para Slivnik, esse dado comprova que a valorização não é
apenas uma questão de clima organizacional, mas uma estratégia de negócio.
“Motivação não se compra com salário. Se o colaborador se sente respeitado e
reconhecido, ele entrega mais e permanece mais tempo”, diz.
Ele alerta que o reconhecimento precisa ser
genuíno, imediato e específico. Ou seja, não basta dizer “bom trabalho”. É
preciso apontar o que exatamente foi bem executado. “Se um colaborador acolhe
um cliente com empatia e resolve um problema de forma proativa, diga isso.
Mostre que você viu e valorizou aquela atitude”, recomenda.
Por fim, o especialista ressalta que por trás dos
três pilares, contratar bem,, treinar bem e tratar bem, há um elemento
transversal: o propósito. Quando os colaboradores compreendem o impacto do
próprio trabalho, o engajamento se transforma em senso de pertencimento. “O
propósito conecta o que a empresa quer entregar com o que o colaborador quer
realizar. E essa convergência gera uma energia poderosa que move resultados”,
afirma.
Slivnik exemplifica esse ponto com histórias reais
compartilhadas por líderes da Disney, empresa que conhece de perto após visitar
os bastidores de todos os parques do grupo no mundo. Em uma delas, uma
funcionária que recolhia ingressos dizia com orgulho que sua função era “dar o
primeiro sorriso do dia para os visitantes”. Para ele, é essa consciência de
propósito que transforma tarefas operacionais em missões memoráveis.
Empresas que conseguem aplicar esses pilares de
forma coerente e contínua criam não apenas equipes mais produtivas, mas marcas
mais fortes, ambientes mais saudáveis e negócios mais preparados para crescer.
“Não existe encantamento externo sem encantamento interno. Quem cuida bem da
equipe, colhe resultados de excelência com os clientes e com o mercado”,
conclui.
Alexandre Slivnik - único brasileiro a dar a volta ao mundo em um avião privado da Disney para conhecer os bastidores de todos os parques da empresa no mundo, juntamente com seus maiores executivos. É reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). Autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. Diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). Vice-Presidente da ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. Atualmente um dos maiores especialistas em Encantamento de Clientes no Brasil. Palestrante Internacional com palestras feitas nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education - Boston / EUA).
www.alexandreslivnik.com.br
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