Enquanto humanos trocaram flores e jantares para celebrar o Dia dos Namorados, no Animália Park, casais de diferentes espécies vivem relações marcadas por vínculos afetivos, parceria na rotina e até fidelidade a longo prazo. A data foi uma oportunidade para observar como o comportamento animal também expressa formas de cuidado, conexão e escolha de parceiros, muitas vezes com rituais complexos e surpreendentes.
Entre as aves, a monogamia é comum em diversas
espécies. Cisnes, gansos e patos, por exemplo, formam pares por temporada ou
por toda a vida. “No Animália, é possível observar casais de cisne-preto e
coscoroba nadando lado a lado e exibindo comportamentos sincronizados, como
levantar e abaixar o pescoço juntos, ou encostar os bicos em interações que
reforçam o vínculo. Já os atobás mantêm relações cooperativas e duradouras, com
rituais de cortejo marcados por vocalizações suaves e movimentos coordenados”,
conta Diego Cecilio, coordenador de Condicionamento Animal do Animalia
Park. A fidelidade também se manifesta entre os grous, que, mesmo fora da
época reprodutiva, seguem interagindo com gestos de afeto e danças
sincronizadas, reforçando laços que podem durar por toda a vida.
Outras espécies surpreendem pelo colorido e comportamento durante o namoro. É o caso dos guarás, que exibem plumagem mais vibrante na temporada reprodutiva, oferecem gravetos como presente para o ninho e permanecem próximos em movimentos harmonizados. Entre os flamingos, a dança em grupo é o primeiro passo para a formação dos pares sazonais, com coreografias coletivas e trocas de gestos entre os casais. Já entre os tucanos, araçaris e psitacídeos como araras e papagaios, o vínculo é reforçado por comportamentos de cuidado mútuo, como a troca de alimento pelo bico e o alisamento das penas do parceiro.
Entre os mamíferos, embora a monogamia seja mais
rara, algumas histórias de convivência também merecem destaque. As onças-pintadas
Rudá e Clô compartilham o mesmo recinto, comportamento pouco comum entre
indivíduos dessa espécie, que costumam ser solitários. “Fruto dessa interação,
nasceu a filhote Maya, ano passado, marco importante para o programa de
conservação do parque”, destaca Diego Cecilio, coordenador de Condicionamento
Animal do Animalia Park. Outro exemplo vem das ariranhas, que vivem em grupos
familiares estáveis. Casais dessa espécie dividem tarefas como caça, patrulha
do território e cuidado com os filhotes, demonstrando laços duradouros e
cooperação intensa.
A convivência entre pares também pode ser vista
entre os sauins-de-coleira, que mantêm contato físico constante, trocas de
vocalizações e grooming — comportamento em que limpam e organizam a pelagem um
do outro. No caso das lontras, os vínculos são temporários, mas envolvem grande
interação durante o período reprodutivo, com brincadeiras na água e movimentos
sincronizados. Já entre os lêmures, há casais que demonstram ciúmes e afeto em
relações curiosas e bastante expressivas.
O bem-estar desses casais é acompanhado de perto pelas equipes do Animália, que monitoram não apenas os aspectos físicos dos animais, mas também seu comportamento social e emocional. Os recintos são adaptados para permitir tanto a convivência quanto o afastamento, respeitando a dinâmica natural de cada espécie. Estímulos como construção de ninhos, exploração de objetos e brincadeiras simuladas ajudam a reforçar os vínculos e promover interações saudáveis.
Além de encantar o público, as histórias dos casais
do parque refletem o compromisso da instituição com a conservação da
biodiversidade e o respeito aos laços naturais entre os animais. Para quem
visita o Animália nesta época do ano, a experiência ganha um tom ainda mais especial:
observar como o amor se manifesta nas mais diversas formas e espécies.
Sobre o Animália Park
O parque é dividido em três áreas: Animália
Diversão, Animália Reserva e Animália Forest.
O Animália Diversão tem 11.793 m². São 24 atrações
para toda a família divididas em duas áreas, uma indoor com 7.4713 m² e 17
atrações que garantem a diversão mesmo em dias de chuva, e outra área ao ar
livre com 4.380 m² e 7 atrações. A área ao ar livre ainda não está em funcionamento,
e deverá ser inaugurada ainda este ano.
São brinquedos que agradam todas as idades, como
montanha-russa, tirolesa, carrossel, barco viking, teleférico, entre muitas
outras opções.
Já o Animália Reserva é um espaço com 300 mil m²
dedicados à conservação e proteção animal e ambiental, integrando programas
nacionais e internacionais. Sua concepção levou em consideração aspectos
naturais da região onde o parque está instalado.
O passeio no Reserva é dividido em áreas que
representam os continentes Africano, Americano, Asiático, Oceania, além de um
aviário (Animália Forest) e Fazendinha Animália.
Com 1.300 animais de 170 espécies, o Animália
Reserva é o que há de mais moderno em termos de conservação de animais no
mundo.
O Animália Forest é um dos maiores aviários do
mundo com 10 mil m², 576 espécies diferentes e o visitante tem contato direto
com os animais que ficam totalmente soltos.
Em 2023, o aviário do parque foi escolhido pelo
site de arquitetura ArchDaily, como um dos 100 melhores projetos do ano. O
local que abriga mutuns, atobás, papagaios, araras, tucanos, entre muitos
outros, possui um programa de reabilitação para esses animais em risco de
extinção, muitos deles vindos de resgates, não tendo como voltarem para a
natureza. Além de fornecer uma estrutura que permite a reprodução das espécies
em seus habitats naturais, trazendo a conservação e preservação da fauna e
flora em nosso país.



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