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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Você tem síndrome da Mulher Maravilha? 7 atitudes para aprender a lidar com sobrecarga

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Pesquisa recente indica que 86% das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidade; Marciele Scarton, autora do best-seller “O Grande Poder” lista 7 atitudes para aprender a lidar com a pressão para ser ‘perfeita’ 

 

Muitas mulheres se sentem pressionadas a serem perfeitas em todos os aspectos da vida: profissionais exemplares, mães dedicadas, esposas atenciosas, amigas presentes, tudo isso enquanto cuidam da própria saúde e bem-estar. Essa “necessidade” de atender com perfeição múltiplas expectativas, muitas vezes irreais, é o que caracteriza a chamada síndrome da Mulher Maravilha, um fenômeno que afeta a saúde mental e emocional de muitas mulheres ao redor do mundo. 

Uma pesquisa realizada pela pela ONG Think Olga mostra que 45% das mulheres brasileiras possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos e 86% consideram ter muita carga de responsabilidades. “Existe um nível de exigência para que as mulheres atendam a padrões que não são possíveis na realidade diária - na vida profissional, em casa, nos relacionamos e até mesmo na vida pessoal e, principalmente, em sua aparência. Elas têm que ter uma carreira de sucesso, ser dona de casa solícita, mãe zelosa, esposa disposta, treinar e perseguir um visual que é inalcançável, tudo com excelência ao mesmo tempo e com ares de plenitude, como se dar conta de tudo isso fosse natural e tranquilo”, observa Marciele Scarton, mentora em desenvolvimento feminino e autora do best-seller “O Grande Poder". 

Isso explica tanto a sensação de sobrecarga quanto de frustração e infelicidade. “É humanamente impossível dedicar-se tão intensamente a todas as áreas ao mesmo tempo . É preciso equilíbrio e isso não significa dedicar sempre o mesmo tempo e a mesma quantidade de energia a cada um dos papéis que desempenhamos. Ao contrário, muito provavelmente em alguns ciclos a carreira vai exigir mais, em outros o foco será a maternidade ou o relacionamento, noutros haverá a vontade de priorizar o autocuidado, e está tudo bem, desde que nunca se deixe nenhum dos papéis importantes para si ao léu”, explica. 

Para Marciele, as mulheres precisam identificar o que realmente desejam, em vez de tentar corresponder aos padrões impostos pela sociedade, libertando-se das pressões externas.

“A sociedade atual, se serve e se beneficia da alta performance feminina a qualquer custo, fazendo recair sobre ela, mascarado de elogio, o estigma de mulher-maravilha, aquela que dá conta de tudo. O problema é que com essa exaltação, as próprias mulheres passam a achar que devem fazer tudo 100% perfeito sempre e a gente sabe que a busca pela perfeição é um encontro com a decepção”, comenta.


Tenho síndrome da Mulher-Maravilha, e agora?

 

Clareie o que é prioridade para você

Pare por um momento e questione o que verdadeiramente importa para você. “Muitas vezes, a pressão vem de tentar atender expectativas externas, que nem sempre refletem o que você realmente valoriza.. Descobrir o que verdadeiramente faz você feliz e realizada é essencial para redefinir seus objetivos”, opina a autora.

 

Encoraje-se para agir conforme as suas vontades

É importante se libertar das exigências da sociedade e se reconectar para assumir e avançar na direção de seus desejos com convicção. “Nem sempre o que a sociedade impõe é o que você deseja e que vai te fazer feliz e é preciso passos de coragem para avançar na direção do que sua essência demanda”.

 

Abandone a busca pela perfeição 

Para a autora, a perfeição é uma meta inalcançável e tentar atingi-la só leva à frustração. Entenda que fazer o melhor possível já é suficiente e que se permitir ser imperfeita, como somos todos, traz ganhos como a liberação de culpas e o recebimento de mais amor incondicional. “Pense nas pessoas que mais a amam. Elas a veem do jeito que você acorda e já a viram furiosa, cansada, magoada, desarrumada e nas suas ‘piores’ versões. Não seria incrível se mais pessoas nos amassem e apoiassem assim com essa facilidade e intensidade? É desafiador, mas vale muito a pena ousar ser quem somos verdadeiramente”.


Pratique a autocompaixão

Seja gentil consigo mesma. Aceite que não é possível agradar a todos ou atender a todas as expectativas. Reconheça seus esforços e conquistas sem se cobrar excessivamente pelo próximo resultado perfeito. Saiba que relacionar seu valor a alto desempenho e realizações incessantes, sentindo-se fracassada quando fica minimamente aquém do que você ou os padrões impostos determinam, caracteriza um padrão de autossabotagem, conhecido como hiper-realizador, que a torna uma pessoa que não pára nunca, afinal sua autoaceitação dependente continuamente do próximo sucesso .
 

Diga mais “nãos” e peça ou aceite ajuda 

A doação, o cuidado com o outro, é algo esperado da mulher; contudo, a receptividade também deve ser cultivada. É imprescindível, para a felicidade, que haja equilíbrio entre doar-se e permitir-se receber. Peça e aceite ajuda, não negue gestos simples de apoio, divida responsabilidades, delegue tarefas.
 

Descanse 

A produtividade feminina tem mais a ver com pausar que com fazer, de modo que, se eu pudesse recomendar um único aspecto para ampliar a performance feminina, seria: descanse! A mulher se sente culpada por descansar. Isso é cultural. No passado recente, aquela que descansasse minimamente, que não estivesse o tempo inteiro trabalhando ou se dedicando a atividades e aos outros, era chamada de preguiçosa, vadia. O descanso é necessário a qualquer ser humano. Só que a mulher faz das tripas o coração. condicionada de que vai ter cada vez mais resultado ao seguir o ritmo. O que é um grande erro. É exatamente porque mulheres estão cada vez mais estafadas, exaustas, cansadas, sem repousar o suficiente que elas começam a perder saúde física e mental.
 

Viva com mais leveza

Será que as exigências são apenas externas ou são nossas também? Não seja tão dura consigo.Liberte-se da pressão de “dar conta de tudo” e abra espaço para mais leveza no seu dia a dia e em sua vida. Proporcione a si mais o que realmente traz alegria e satisfação à sua vida no momento. Essa mudança de perspectiva, segundo Marciele, pode melhorar sua produtividade e a qualidade de seus relacionamentos.
 

Marciele Scarton - jornalista, escritora e palestrante natural de Bento Gonçalves (RS). Com uma carreira dedicada ao desenvolvimento pessoal e à liderança feminina, lançou seu primeiro livro, Mulheres do Interior, em 2013, quando percebeu seu potencial para inspirar outras mulheres. Desde então, tem se destacado por abordar o paradoxo da felicidade feminina e as pressões modernas sobre as mulheres. Sua obra mais recente, O Grande Poder: Acesse Sua Força Feminina para Alcançar Tudo o Que Deseja, apresenta uma metodologia prática baseada em sete passos fundamentais para desbloquear o poder feminino.



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