A coqueluche é uma doença causada pela bactéria Bordetella Pertussis, uma infecção respiratória que teve os seus primeiros registros ainda na Idade Média. Apesar dos avanços da Medicina, em 2024, o Brasil registrou um aumento de casos e, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, as notificações da doença aumentaram 2.702% em relação ao ano de 2023.
O pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do hospital Santa Casa de Mauá, explica que a coqueluche é altamente transmissível e cíclica. “O aumento dos casos está atrelado aos baixos índices de vacinação e à diminuição da sua imunidade em razão dos anos. A melhor forma de prevenir a doença é por meio da vacina e do isolamento dos pacientes. Mesmo as pessoas vacinadas podem ser acometidas pela doença, porém com sintomas mais fracos e parecidos com uma gripe”.
A transmissão ocorre pelo contato com um doente (no caso de não vacinado) e também por meio de objetos contaminados, porém é menos frequente. As pessoas mais suscetíveis são aquelas que não foram vacinadas e com comorbidades. É importante destacar que as gestantes sejam vacinadas a fim de transferir anticorpos ao recém-nascido. “Ainda que a mãe já tenha sido vacinada em outra gestação é importante ter um reforço na atual”, alerta o pneumologista, Valter Eduardo Kusnir.
Entre os principais sintomas estão as crises de tosse seca e intensa, falta de ar, febre, coriza e mal-estar. A coqueluche ocorre em três fases: a inicial, similar a uma gripe, com sintomas leves; a fase de tosse intensa, forte e incontrolável, com febre e crises de tosse; fase de recuperação, quando a tosse diminui, mas pode persistir por até seis semanas.
Como os sintomas são muito similares aos de um resfriado e de outras doenças respiratórias, o diagnóstico correto pode ser tardio, mas a tosse é um forte indicador de coqueluche. Entre alguns dos exames que podem ser solicitados estão materiais de nasofaringe, PCR, hemograma e radiografia do tórax.
Com o tratamento adequado é possível se recuperar da coqueluche sem complicações. Nas crianças, o início imediato é ainda mais importante para evitar consequências como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, convulsão e, em casos mais graves, pode ser fatal.
A maior letalidade da doença é entre as crianças de
até um ano. “Os bebês até seis meses precisam de cuidados redobrados, com
hospitalização, isolamento e procedimentos especializados”, orienta o
especialista.
Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/
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