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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Ano letivo começa com listas incompletas e alta nos preços do material escola

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Com reajuste de até 9% em produtos no país, consumidores parcelam compras e buscam alternativas para economizar

 

O início do ano letivo de 2025 trouxe desafios financeiros para muitas famílias brasileiras. O material escolar ficou entre 5% e 9% mais caro, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae). O aumento levou um terço dos consumidores a optar pelo parcelamento das compras para conseguir arcar com as despesas escolares. Além disso, muitos pais e responsáveis entraram no ano letivo com a lista incompleta e esperam promoções para finalizar as compras. 

Conforme uma pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada no último mês, alguns itens chegaram a subir até 32%, como o caderno espiral capa dura - 96 folhas, que em 2024 custava R$ 11,91 e passou para R$ 15,78 em 2025. O levantamento avaliou 78 produtos em 11 estabelecimentos. 

A alta nos preços é atribuída a fatores econômicos como a alta tributação, o aumento nos custos de produção e a valorização do dólar. "Os impostos são um componente importante no preço final do material escolar. Diversos produtos têm até 40% de impostos, o que pesa diretamente no bolso dos consumidores", afirma Fernando Sette Jr, economista e professor do Centro Universitário UniBH, que sugere algumas estratégias para economizar nas compras:

  • Reutilizar materiais do ano anterior – Antes de ir às compras, vale verificar o que ainda pode ser aproveitado do ano passado. "Muitas vezes, cadernos parcialmente usados, estojos e mochilas estão em boas condições e podem ser reutilizados", aponta o economista.
  • Pesquisar preços e evitar compras por impulso – Comparar valores entre diferentes lojas físicas e online pode gerar boas economias. "Fazer uma lista do que realmente é necessário evita gastos desnecessários e ajuda a manter o orçamento sob controle", orienta Sette Jr.
  • Optar por marcas alternativas – Produtos de marcas menos conhecidas podem ter qualidade semelhante aos das grandes marcas, com preços mais acessíveis.
  • Aproveitar promoções e liquidações – Lojas costumam realizar queimas de estoque após o início das aulas, oferecendo descontos significativos.
  • Comprar em conjunto – Reunir grupos de pais para compras coletivas pode garantir valores mais baixos em papelarias e atacados.
  • Negociar descontos para pagamentos à vista – Sempre que possível, pagar à vista pode render descontos e evitar os juros do parcelamento.

De acordo com o especialista, com planejamento e pesquisa, os consumidores podem minimizar os impactos da alta de preços e garantir um ano letivo com o material necessário sem comprometer excessivamente o orçamento. “É importante também não fazer compras por impulsos quando chegar na papelaria ou livraria, se restringindo aquilo que está na lista. Aproveitar cashbacks e cupons de desconto, e até mesmo comprar livros em sebos e brechós são outras soluções para pechinchar um pouco mais, mas sempre garantindo a qualidade durabilidade dos produtos”, conclui.


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