Bruno Fabrizio,
ortopedista e especialista em cirurgias de coluna, explica porque nem toda dor
nas costas é caso cirúrgico
A cirurgia de coluna envolve riscos e benefícios,
assim como qualquer procedimento cirúrgico. Ao longo dos anos, vários mitos
surgiram em torno desse tipo de operação como, por exemplo, o de que só se pode
aliviar alguns problemas com cirurgia, fazendo com que muitas pessoas até
deixem de fazer o procedimento quando precisam com medo de parar de andar. O
ortopedista Bruno Fabrizio,
especialista nessa área, desmistifica essas ideias.
Muitas pessoas acreditam que qualquer dor nas
costas deve ser tratada com cirurgia e isso não é verdade. “A maioria dos
problemas de coluna pode ser resolvido com métodos não cirúrgicos, como
fisioterapia, exercícios, medicação e terapia. A cirurgia é geralmente
reservada para casos graves em que outras opções de tratamento não foram
eficazes”, explica Fabrizio.
Outra dúvida comum entre os pacientes é se toda
cirurgia de coluna será sempre arriscada. “Embora haja riscos associados à
cirurgia de coluna, como infecção, sangramento e complicações anestésicas, as
técnicas cirúrgicas e os materiais utilizados melhoraram significativamente ao
longo dos anos. A maioria das cirurgias de coluna é segura quando realizada por
um cirurgião experiente”, diz.
Quem opera uma vez terá que operar de novo é outro
mito que as pessoas normalmente associam. “A eficácia da cirurgia de coluna
depende do diagnóstico correto e da técnica cirúrgica apropriada. Em muitos
casos, o procedimento cirúrgico pode aliviar a dor e melhorar a qualidade de
vida do paciente. No entanto, os resultados podem variar de pessoa para pessoa,
mas não significa que esse paciente terá de fazer cirurgias recorrentes para
manutenção do procedimento”, informa.
Outro mito é que a maioria das cirurgias na coluna
são grandes, o que não é verdade. Um exemplo é a cirurgia endoscópica que é
realizada com pequenas incisões dentro de protocolos científicos de indicação.
“O objetivo é o melhor resultado, associado a menor lesão tecidual, sangramento
mínimo e tempo reduzido de hospitalização. A técnica requer a infusão de soro
fisiológico e visualização em telas de alta definição”, comenta e continua.
“Mais recentemente, com a evolução das imagens, do treinamento dos cirurgiões e
dos instrumentais, o procedimento tornou-se ainda mais eficaz para cirurgias na
coluna”, finaliza.
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