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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Câncer de próstata: cinco sinais para ficar alerta

Neoplasia é a mais comum nos homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Oncologista reforça a importância do acompanhamento médico regular e dos exames de rotina para diagnóstico e tratamento precoce 

 

Durante o mês de novembro, que traz a cor azul ao seu nome, é fundamental alertar a população sobre o câncer de próstata - o mais comum entre o público masculino (com exceção do câncer de pele não melanoma) e que costuma atingir homens acima dos 65 anos. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Além disso, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, houveram 44 mortes por dia, em 2021, devido à doença. 

Para a Dra. Pamela Carvalho Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, o diagnóstico precoce é fundamental, pois quanto antes o tumor for identificado, maiores são as chances de sucesso do tratamento. “Precisamos desmistificar o tabu que os homens têm sobre cuidar de sua saúde. Para as mulheres é muito mais natural ter uma ginecologista desde a adolescência. O medo dos exames que podem ser realizados em consultório, como o toque retal, não pode impedir essa procura por um profissional de saúde que possa não só avaliar queixas atuais, mas também apoiar com dúvidas e exames de prevenção necessários naquele momento de sua vida”, comenta. 

“A indicação de fazer ou não o exame de toque retal cabe ao médico, em decisão compartilhada com o paciente, na consulta estratificando seu risco de acordo com idade, risco familiar, queixas clínicas atuais e alterações presentes ou não em exames complementares. Quando indicado, é importante lembrar que é um procedimento indolor, rápido e que pode trazer informações importantes para guiar exames complementares mais específicos. Por isso, é necessário investirmos em informações de qualidade para que, caso o indivíduo tenha o diagnóstico positivo para câncer de próstata, seja tratado o quanto antes”, explica.

 

O que é a próstata? 

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que se localiza na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela produz e armazena parte do líquido seminal que, juntamente com os espermatozoides, compõem o sêmen.

 

Sinais para ficar de olho 

Na fase inicial da doença, a maioria dos casos é assintomático. Apesar da neoplasia se desenvolver lentamente, em estágios mais avançados o câncer de próstata pode apresentar alguns sinais, os mais comuns são: 

  • Dificuldade para urinar
  • Gotejamento final prolongado
  • Dor ou ardor para urinar
  • Frequência urinária aumentada ou reduzida
  • Sensação de não esvaziar completamente a bexiga 

"Conforme a doença avança, os pacientes também podem notar sangramento na urina ou esperma, retenção urinária, insuficiência renal e até mesmo dor nas costas. Nesse último caso, no qual chamamos de dor óssea, o problema pode ocorrer em casos de metástase. Por isso, se qualquer sintoma for observado, é fundamental buscar por atendimento médico", explica a oncologista. 

A Dra. Pamela comenta ainda que, na maioria dos casos, os sintomas podem indicar o crescimento benigno da próstata. "Geralmente, isso ocorre por causa do avanço da idade. Contudo, para ter certeza do diagnóstico, os exames de rotina são fundamentais para o tratamento adequado".

 

Fatores de risco 

Segundo informações do Grupo Oncoclínicas, alguns fatores podem indicar uma maior probabilidade para o desenvolvimento da neoplasia. São eles: 

  • Ter mais de 50 anos
  • Histórico familiar de câncer de próstata
  • Ser negro
  • Dieta pobre em verduras, vegetais e frutas, mas rica em gorduras
  • Obesidade
  • Sedentarismo
     

Como o diagnóstico é feito? 

A conversa sobre o diagnóstico precoce deve começar por volta dos 40 e 50 anos, principalmente se houver histórico da doença na família. A suspeita clínica para câncer de próstata pode se dar através do exame clínico de toque retal e também pelo rastreamento sanguíneo do PSA, o antígeno prostático que é produzido pela próstata. 

"Durante o exame de toque retal, por exemplo, o especialista pode notar se há nódulos na região, parte irregulares ou endurecidas. Caso algo seja detectado, é solicitado que o paciente realize uma biópsia para a confirmação de câncer de próstata. Além disso, vale lembrar que as elevações do PSA no teste sanguíneo também podem indicar a presença da doença", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Caso seja necessário, o médico poderá indicar exames complementares ao diagnóstico, como tomografia computadorizada da pelve, radiografia e cintilografia óssea.
 

Entenda o tratamento 

Para o tratamento adequado, é muito importante que o especialista leve em consideração questões como o estágio da doença, tamanho do tumor e se o paciente possui outras questões de saúde. 

"Pode ser realizada cirurgia, radioterapia, hormonioterapia ou quimioterapia, a depender do estágio da doença. As técnicas podem ser utilizadas de maneira isolada ou ainda em combinação, dependendo de cada caso. Para reduzir as chances de recidiva, o especialista pode indicar ainda tratamentos combinados, como a hormonioterapia antes, durante ou após o tratamento de radioterapia", explica.

 

Câncer de próstata pode causar disfunção erétil? 

Apesar da próstata não estar diretamente relacionada ao ato de ereção, o tratamento contra o câncer pode causar disfunção erétil. "Isso pode ocorrer, por exemplo, em casos da retirada total da próstata por cirurgia ou até mesmo na radioterapia. Contudo, no último caso, o efeito pode ser amenizado através de medicamentos específicos", comenta.

 

Prevenção 

De acordo com o INCA, grande parte dos tumores malignos possuem causas externas - incluindo o câncer de próstata. Por isso, além do acompanhamento médico periódico, é fundamental adotar hábitos saudáveis na rotina, como não fumar, moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, adotar uma dieta balanceada e praticar atividades físicas regularmente. 

"Mudar os nossos hábitos e alimentar novas atitudes no dia a dia podem fazer uma grande diferença de forma geral. Essa é uma das formas mais efetivas de prevenir uma série de doenças, como é o caso do câncer, e investir em qualidade de vida", finaliza a Dra. Pamela Carvalho Muniz.

 

Oncoclínicas

https://grupooncoclinicas.com/


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