Ao mesmo tempo que o
mercado financeiro avança digitalmente com as fintechs, entendo que muitas instituições da
área, em especial as cooperativas de crédito, ainda sofrem dores específicas
relativas às suas áreas de TI (Tecnologia da Informação). Entre elas estão
questões como: governança, principalmente por se tratarem de cooperativas e
diversos associados com acesso aos dados; localização, pois muitas cooperativas
estão em regiões mais remotas; e a necessidade de garantir por completo a
segurança das operações e do compartilhamento de dados.
Em tecnologia e
segurança, há pontos que necessitam ser monitorados e reavaliados de forma
constante para garantir o bom funcionamento dos sistemas e, principalmente, a
segurança. Nos casos das cooperativas de crédito, é necessário ainda avaliar e
solucionar de forma rápida e efetiva problemas com integrações de sistemas e
adequar a infraestrutura para conseguir se transformar digitalmente e ter uma
cultura de inovação.
Há uma latente demanda
deste mercado pelo desenvolvimento de aplicações e APIs a fim de promover o
atendimento mobile de seus clientes e cooperados, de migrar sistemas e dados
para nuvem, organizar questões de LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados),
automação de processos, além da ampliação de serviços tecnológicos de
atendimento ao cliente, como atendimento por chatbots, e melhor controle do
processo de fraude via reconhecimento facial/ digital.
TI para cooperativas de
crédito
Segundo o World Council of Credit Unions,
em 2019, havia no Brasil 11 milhões de associados a 872 cooperativas, com
volume de crédito de US$ 37,7 bilhões. Ao oferecerem aos seus cooperados
empréstimos, financiamentos e outros serviços com taxas inferiores à média do
mercado e outras vantagens competitivas, estas são empresas que precisam sempre
fortalecer a integração de todas as suas informações junto aos sistemas
(bancários, de seguros, bancos de dados), a fim de monitorar e controlar as
transações, permitindo uma visão ampla dos processos e possibilitando a gestão
de pagamentos de maneira unificada.
Enquanto no Brasil
existem bancos cooperativos e outros sistemas mais estruturados, existem também
inúmeras empresas menores não filiadas às centrais. Esse é apenas um dos
desafios atuais do cooperativismo e sua transformação digital.
Golpes virtuais
Quando pensamos em
serviços financeiros, ainda há muito o que investir em relação às mais diversas
frentes. Os golpes virtuais avançam no Brasil e no mundo e as empresas estão
sendo obrigadas a investir cada vez mais em TI e cibersegurança. De acordo com
dados do Gartner, os gastos mundiais com TI devem chegar a US$ 4,4 trilhões
neste ano, em um incremento de 4% em relação ao ano passado.
Diagnóstico de TI e
plano de ação
Um correto diagnóstico de TI provê informações para o plano de
recuperação de desastres, identificando as falhas de segurança e a causa do
aumento dos custos da área. Neste estudo, são cobertos desde a segurança da
informação, otimização da infraestrutura, performance e capacidade de
armazenamento, desempenho de backup, estrutura de redes, integração de sistemas
e qualidade dos investimentos até performance dos bancos de dados, BI (business intelligence ou
inteligência de negócios) e sistemas corporativos. A fim de proteger seus dados
e de seus consumidores, além de oferecer serviços cada vez mais ágeis e
precisos, as cooperativas de crédito precisam, mais do que nunca, focar em
segurança da informação.
Walter Ezequiel Troncoso - Sócio-fundador da Inove Solutions, startup especializada em transformação digital e cibersegurança por meio de soluções de alta tecnologia, Walter é Engenheiro de sistemas de informação, com formação pela Universidad Tecnológica Nacional (UTN), e Arquiteto em soluções SAP. Com sólida experiência na construção de infraestruturas de grande escala e tecnologias emergentes em mercados da América Latina, Estados Unidos, Alemanha, França e Austrália, Walter aplica as melhores práticas em TI, gestão de equipes e de projetos.
https://www.linkedin.com/in/waltertroncoso/.
Nenhum comentário:
Postar um comentário