Opinião
Nos últimos dois anos, o mundo enfrentou a maior
crise sanitária dos últimos 100 anos. Refletindo em todos os setores, a
pandemia trouxe muitas incertezas e desafios jamais vividos. Com isso, pensar
em novas soluções e maneiras para “sair da caixa” se fez necessário. Em meio a
tantas dúvidas e sequelas, a intercooperação obteve resultados positivos. O
modelo é baseado em pessoas e na ajuda mútua, trabalhando sempre em torno dos
interesses em comum.
Há séculos, sabemos que essa união era o caminho
para o sucesso. A iniciativa permite melhorar a qualidade dos produtos e
aumentar a rentabilidade para os cooperados, além de impulsionar o
desenvolvimento econômico da região. Na prática, o modelo faz a diferença para
o dia a dia dos produtores, pois o pequeno produtor não tem como concorrer com
grandes nomes do mercado. Como cooperativa, é formada uma grande organização e
toda a produção é vendida diretamente para a indústria. Sendo assim, há
possibilidade de um produtor individual competir com os maiores players do
mercado.
Comprar os insumos necessários na própria
cooperativa e poder negociar sua produção localmente, sem perder no faturamento
são mais alguns dos diferenciais. Com isso, o produto final sempre sai
ganhando, principalmente na questão da qualidade. O estímulo à troca de
informações técnicas e de mercado, o aprendizado proveniente da interação com
os parceiros de negócio, os investimentos e a evolução nos modelos de gestão
das cooperativas, são processos internos da intercooperação que impactam o
resultado final. Além de conceitos como colaboração, crescimento sustentável e
economia compartilhada serem reforçados no formato.
Hoje, é notória a importância desse modelo tanto
para os produtores como para o faturamento de cada cooperativa. Mesmo
independentes, os resultados foram expressivos após a intercooperação ter sido
adotada. Durante a pandemia, o setor se fez presente e cresceu
consideravelmente para o momento de crise que o mundo todo enfrentava,
mostrando ser uma decisão acertada. É importante ressaltar que não se trata de
uma fusão ou nova cooperativa, mas sim de uma marca "guarda-chuva",
que tem abaixo de si as marcas de produtos das cooperativas, que deixam de
utilizar suas marcas de fabricantes. Incluindo também um complexo modelo de
gestão de negócios, produção e logística.
Nosso objetivo é apresentar esse modelo ao mercado,
já que somos um exemplo e podemos fazê-lo crescer cada vez mais. As
cooperativas fazem a "lição de casa" ao oferecer insumos, serviços e
lojas agropecuárias para os associados. Já, a parte industrial é realizada em
conjunto, sem que a identidade de cada cooperativa seja perdida ao longo do
processo. O investimento em novas tecnologias, a preservação da qualidade e a
produtividade também são fatores relevantes e vantajosos para a
intercooperação, fazendo com que a qualidade, já reconhecida dos produtos, seja
mantida.
Nas cooperativas, temos um grande número de pessoas
comprometidas com o que acreditam. Apesar de desafiadora, a pandemia nos
mostrou que a cooperação é importante para superar os obstáculos, identificamos
a importância da cooperação para o bem-estar da população e do desenvolvimento
em conjunto, valores que já faziam parte da rotina de instituições cooperativas
há tempos e que, a partir de agora, devem manter-se na rotina de cada uma.
Sendo assim, essencial no pós- pandemia, pois, dessa maneira, é possível
transformar o trabalho realizado e a vida de cada cooperado, além de inovar e
alcançar resultados significativos. Como dizem, a união faz a força, e, também,
a diferença.
Auke Dijkstra Neto - Gestor de
Estratégia e Inovação da Unium
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