A doença ocupa primeiro lugar em mortalidade no mundo, atingindo mais de 30 mil pessoas anualmente no Brasil
O tabagismo excessivo é
responsável por 90% dos diagnósticos de câncer de pulmão no Brasil, de acordo
com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Trata-se do segundo tipo da
doença mais comum no país e atinge cerca de 30 mil brasileiros por ano, sendo o
mais letal, com taxa de sobrevida que chega, em média, aos 18%. A gravidade dos
números sobre a doença levou à criação do Dia Mundial do Combate ao Câncer de
Pulmão: 1° de agosto. O objetivo da data é mobilizar e reforçar os cuidados
preventivos junto à população.
Apenas 16% dos casos são
descobertos logo no estágio inicial da doença. Geralmente, os indivíduos
acometidos se dão conta de que algo está errado quando começam a aparecer os
principais sintomas, como tosse (muitas vezes com sangue), dor no peito e perda
de peso, que se manifestam em estágios mais avançados. “O principal fator de
risco é o fumo, tanto ativo quanto passivo, sendo que o risco de ocorrência e
de morte pela doença aumenta quanto maior a intensidade da exposição ao
tabagismo”, alerta o médico William Nassib William Junior, diretor médico do
Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo,
hub de saúde de excelência e uma das principais referências no país para este
tratamento.
Diagnóstico
Os sintomas mais
recorrentes em pessoas acometidas pelo câncer de pulmão são tosse persistente,
catarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar, pneumonias repetidas,
bronquite, assim como perda vertiginosa de apetite e peso. Na BP, o diagnóstico
de tumores no pulmão é realizado por meio de tomografia computadorizada,
preferencialmente com o uso de contraste, bem como raio-X do tórax. Para confirmação
de lesões suspeitas é feita biópsia para extração de amostras teciduais para
serem examinadas em laboratório (análise anatomopatológica). O procedimento é
feito com o auxílio da broncoscopia (endoscopia respiratória), da
ecobroncoscopia (ultrassonografia endobrônquica – EBUS) ou ainda biópsia guiada
por tomografia.
Para verificar a
disseminação do tumor do pulmão para outras partes do corpo, utiliza-se o
PET-Scan ou o PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons), tomografias de
tórax, abdome total e cintilografia óssea, dentre outros exames de imagem que
permitem identificar metástases.
De acordo com o médico da
BP, quanto mais precoces o diagnóstico e tratamento, maiores são as chances de
cura. “Muitas vezes o câncer de pulmão se desenvolve sem dar sinais, sendo
primordial que fumantes ou pessoas expostas ao fumo de forma passiva façam
acompanhamento profissional regularmente, assegurando que o tumor seja
detectado em fase inicial”, explica William.
Tratamento
A cirurgia é a abordagem
terapêutica mais indicada em casos de tumores em fase inicial. Quando o câncer
atinge os linfonodos (gânglios linfáticos), o procedimento pode ser feito com
radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, com a administração de remédios que
estimulam o próprio sistema imunológico do paciente a combater o câncer.
Já para os casos de metástases, ou seja, quando a doença já se
espalhou para longe do seu ponto de origem, é necessário um tratamento
sistêmico, que percorre a corrente sanguínea para atingir todos os possíveis
locais de acometimento. “Existem três modalidades de tratamento para esses
casos, que são a quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo, que utiliza uma
classe de medicamentos responsável por agir sobre determinadas características
moleculares dos tumores”, diz o médico.
Para a melhor tomada de decisão estratégica de tratamento, é
necessária a realização de exame detalhado sobre a genética do tumor. “Dessa
forma, é possível entender qual tratamento será mais eficaz”, finaliza o médico.
BP
– A Beneficência Portuguesa de São Paulo
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