Procura por tuias, as árvores de Natal naturais, cresce até 40%. Ideia é decorar com bolas, luzes e enfeites diversos e depois reaproveitar a planta para cultivo em vaso ou diretamente no solo
O clima de Natal já está ar e promete ser ainda
mais brilhante esse ano. Isto porque a pandemia dá sinais de que está mais sob
controle, o que traz otimismo em relação à retomada dos encontros familiares.
No Ceaflor, o grande mercado flores, plantas e acessórios para decoração da
região de Holambra, as mercadorias já estão sendo distribuídas para todos os
estados do país, com volume até 40% maior que em 2020. Em relação aos preços,
as flores e plantas típicas da época, como tuias e poinsétias, estão cerca de
15% mais caras devido ao aumento do custo dos insumos e embalagens e,
principalmente, do frete, que sofreu frequentes reajustes ao longo do ano. Já
os objetos de decoração de Natal e festa de Reveillon, que na grande maioria
são importados, os valores foram mantidos nos patamares do ano passado, época
em que já tinha havido uma grande oscilação do dólar.
Para o produtor de tuias, Gustavo Bueno, 2020 já foi um ano atípico, com vendas aquecidas em função da pandemia, pois, estando mais em casa, as pessoas se aproximaram das plantas e buscaram por árvores naturais para decorações de fim de ano, as quais permitem o cultivo após as festas. Este ano, o hábito se manteve e as vendas estão 40% maior que em 2020. “Temos tuias de todos os tamanhos, desde 60 cm até 3 metros de altura, e tudo o que colocamos à venda o mercado absorve”, comemora o produtor.
A poinsétia é a famosa “flor do Natal”, conhecida
também como “bico de papagaio”. Tradicional nos arranjos natalinos, essa flor
também não deve faltar no mercado este ano, pois mesmo na pandemia, os
produtores mantiveram o nível de produção e alguns até aumentaram. O produtor
Paulo Masato Fujiwara conta que há cerca de três anos ele não aumenta a
produção, mas tem conseguido escoar tudo o que é produzido, ratificando a
grande demanda pelo produto nesta época.
Já na decoração, os grandes volumes comercializados
são para shopping centers e empreendimentos comerciais, que investem em luzes e
cores para atrair os consumidores e, quem sabe, recuperar, ainda que em parte,
as vendas perdidas na pandemia. Entre os acessórios, há grande diversidade de
opções de objetos e cores. Destaques para fitas, bolas, estrelas, luzes, papéis
para presentes e personagens do Natal. Seguindo a tradição, o vermelho
predomina em combinações com o dourado ou prateado, mas há, também, árvores e
acessórios com tons pasteis, variando com bolas e fitas nas cores branca, azul,
rosa e verde. Para confecção das guirlandas, há os modelos tradicionais,
mas é fácil encontrar também aquelas são confeccionadas com materiais naturais
e flores secas, uma forte tendência desde o ano passado.
O proprietário da Rizzo Embalagens e presidente do Ceaflor, Antonio Carlos Rodrigues, destaca que o aumento nas vendas deste ano também está relacionado ao desejo das pessoas em redecorarem suas casas para se confraternizarem com familiares e a amigos. “Durante a pandemia, muitos buscaram colocar mais vida em casa com flores e plantas. Agora, se aventuram na decoração das árvores, nos arranjos de mesa e nas guirlandas. É a consagração da tendência do “faça você mesmo”, enfatiza.
Imagens: Divulgação
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