Os benefícios da Estimulação Magnética Funcional no tratamento pós-covid
O mundo vem
assistindo, há mais de um ano, um vírus invisível mudar o destino de milhões de
vidas, direta ou indiretamente. A covid-19 já acometeu quase 200 milhões de
pessoas em todo o planeta, sendo que mais de quatro milhões sucumbiram a ela.
Só no Brasil, o número de infectados chega à triste marca de 20 milhões,
enquanto o de mortos já passa dos 500 mil. Além das perdas, muitos que acabaram
contraindo a Covid-19 têm encontrado dificuldades tempos depois de se livrar do
vírus. A chamada "síndrome pós-covid" tem preocupado bastante os
médicos, tendo em vista as sequelas deixadas em muitos pacientes,
principalmente aqueles que necessitaram de cuidados intensivos.
Um estudo realizado em
países da Europa denota que mais de 87% dos pacientes apresentam a persistência
de pelo menos um dos sintomas da doença. A síndrome pós-covid reúne uma série
de manifestações como cansaço e falta de ar, além de dores no peito, cabeça e
nas articulações, perturbação do sono e alteração do olfato e paladar, que
também resultam em perda de peso e massa muscular. No sistema
neuropsiquiátrico, os sintomas de esquecimento, déficit de atenção e de memória
também estão entre as sequelas da covid-19.
A ciência ainda não
mapeou todos esses efeitos, nem determinou o tempo em que estes problemas podem
ocorrer. No entanto, a comunidade científica tem buscado alternativas para que
tais problemas sejam resolvidos ou amenizados em um curto espaço de tempo. E
uma dessas opções é a Estimulação Magnética Funcional - muito utilizada, há
algum tempo, por quem procura um corpo mais definido através de tratamentos
estéticos de fortalecimento e definição muscular, relacionados à incontinência
urinária e também fisioterapia. Trata-se de uma intervenção não invasiva e
indolor, que penetra na pele e nos tecidos adiposos, sem o uso de agulhas,
atingindo os nervos motores que transmitem sinais por meio de alterações
elétricas aos neurônios.
Mas, como uma técnica
utilizada para aprimorar glúteos, abdômen, panturrilhas, braços e pernas pode
ser tão eficaz no tratamento pós-covid?
Para a fisioterapeuta
Mariana Hirano, são muitas as aplicações que a Estimulação Magnética Funcional
pode oferecer a esses pacientes, principalmente os que contraíram a forma mais
grave da doença:
"Pensando
naqueles que foram submetidos à ventilação mecânica por um período longo de
tempo, ou até mesmo pacientes reféns da letargia e prostração provocadas pela
doença, a perda muscular e a atrofia são características comuns, uma vez que o
desuso muscular leva à diminuição da massa e da força, seja ele um músculo
respiratório ou não", destaca a profissional, que é técnica clínica de um
aparelho chamado TESLA Former, que consiste de dois aplicadores e uma cadeira
dedicada para tratamentos do assoalho pélvico, musculatura lombar e CORE.
Ainda, de acordo com a
profissional, encaixar o campo eletromagnético como um método de reabilitação
visa estimular a musculatura para favorecer um melhor retorno venoso:
"O uso da
Estimulação Magnética Funcional facilita o aporte de sangue e oxigênio nos
tecidos e permite uma drenagem linfática da região. Outro benefício do
tratamento é a liberação de opioides endógenos com ação analgésica, nos casos
em que houver dor".
Uma das pioneiras do
uso da estimulação magnética funcional nos músculos foi a Iskra Medical, da
Eslovênia, em 1991, e hoje os tratamentos podem ser encontrados em clínicas
especializadas em todo o Brasil. Além da ajuda na busca por um corpo mais
definido e nos benefícios na recuperação de pacientes que tiveram a covid-19, o
equipamento médico também é indicado no combate a outras alterações no
organismo, como a incontinência urinária, já que ele permite o fortalecimento
do assoalho pélvico do paciente.
Fonte: Mariana Hirano - fisioterapeuta, CREFITO 143439-F.
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