Em todo relacionamento há uma aproximação inicial – a atração – e, claro, o casamento que consuma o amor. É assim em nossas relações e é assim também na forma como lidamos com nosso dinheiro. Quando as pessoas vão fazer um investimento, seja em ativos financeiros ou em bens, elas pesquisam, encontram o que melhor atenda a seus objetivos e, depois de muito namoro, finalmente dão o passo seguinte. Atualmente, estamos observando a mesma coisa com um novo tipo de ativo, que atrai mais e mais investidores: as moedas digitais. Elas estão em alta e, ao que tudo indica, certamente proporcionarão um final feliz para todos que entrarem nessa relação.
No Reino Unido, por exemplo, essa já é uma
realidade consolidada. Levantamento do Financial Conduct Authority (FCA) mostra
que o investimento em criptoativos cresceu 21% nos últimos 12 meses na região.
Isso ocorre porque o termo passou a ser mais conhecido entre as pessoas: 78% da
população já ouviram falar sobre criptomoedas (alta de 73%) e apenas 38% deles
consideram essa aplicação uma aposta arriscada (era 47% no ano anterior). São
números vantajosos que certamente já se espalham em todo o mundo. No Brasil, o
cenário tende a ser semelhante em um futuro próximo. Afinal, o país já é o 11º
em uso de tecnologia blockchain, segundo um estudo da
Criptomoeda.org.
Antes de chegarmos a esse cenário de atração, é
necessário retroceder um pouco e entender por que as moedas digitais como um
todo se tornaram tão “bonitas” aos olhos dos investidores atualmente. Elas são
ativos ainda recentes no cenário financeiro. O bitcoin, por
exemplo, foi a primeira moeda do tipo e surgiu em 2008. Ou seja, estamos
falando de algo que não tem nem 15 anos de existência. Evidentemente, os anos
iniciais foram mais de preocupação do que realmente de atração. Não foram
poucos os alertas que surgiram na internet sobre supostos perigos da
desregulação e descentralização, além de até rotular como algo restrito a hackers.
Entretanto, houve bastante pesquisa e o que antes
dava medo passou a ser visto em suas qualidades, como transparência, agilidade
e segurança nas transações – tudo o que o cenário de transformação digital
tanto preza. Era o momento de investidores e moedas digitais se conhecerem e
essa aproximação fez a cotação desses ativos disparar. O bitcoin
saiu de US$ 0,39 (menos de um dólar) em 2010 para cerca de US$ 30 mil uma
década depois. São números que atraem até mesmo os investidores mais conservadores
e tradicionais e colocam esses ativos em evidência no mercado. Quem não quer
ver seu dinheiro se valorizar tanto assim, não é mesmo?
Ainda que seja cedo para falar em casamento, alguns
sinais mostram que a relação entre investidores e moedas digitais não será uma
paixão casual. Primeiro porque o número de pessoas dispostas a aplicar nesse
ativo não para de crescer, mesmo com a oscilação natural que esse mercado
apresenta. Hoje, as principais criptomoedas já são vistas como elementos
importantes em uma carteira de investimento, diversificando as opções e
promovendo ganhos maiores. Além disso, é necessário reconhecer que as blue chips
(justamente as moedas mais reconhecidas no setor) sempre demonstram tendência
de alta – o que as deixarão bastante atraentes por muito tempo.
O cenário é totalmente positivo para as moedas
digitais como ativos financeiros. Contudo, mais importante do que realçar seus
poderes de atração, deve-se salientar sua influência em uma carteira. Quando se
fala em investimentos, é preciso compreender que se trata de algo a longo
prazo, ou seja, é uma iniciativa duradoura que exige dedicação e planejamento
para colher os frutos no futuro. Com as moedas digitais não é diferente. Basta
montar a melhor estratégia, definir os objetivos e viver feliz para sempre.
Cássio Rosas - Diretor de
Contas Enterprise e Estratégia da Wiboo, plataforma com utility token que promove um programa de fidelização entre
varejistas e consumidores por meio de moedas digitais – e-mail: wiboo@nbpress.com
Wiboo Company
Nenhum comentário:
Postar um comentário