A estudante Isabella, em um dos pouco momentos que pode abraçar o gatinho Floki;
PIF levou o
bichano em poucos dias
Floki e Bellatrix estão hoje na área dos anjinhos do app PetZillas, para matar a saudade dos tutores; a PIF (peritonite infecciosa felina) se desenvolve entre 5% e 10% dos gatos expostos ao vírus mutante
A história dos gatinhos Floki e
Bellatrix acende um alerta para uma doença perigosa e agressiva, que acomete
felinos de todas as idades e pode levá-los à morte em poucos dias. Trata-se da
PIF (peritonite infecciosa felina), causada por um coronavírus, que provoca
danos no sistema digestivo do pet, além de muito sofrimento.
"Minha filha cursa o primeiro ano de medicina veterinária e, em função da
pandemia, as suas aulas estão sendo online, o que tem feito ela se sentir muito
sozinha, pois estou trabalhando. Ela queria um pet, e optamos por um um gato.
Um animal mais autossuficiente, que se adapta melhor a nossa rotina e,
principalmente, seria uma boa companhia para ela." Então a presenteamos
com o Floki", contou Cristiane Sakamae Ramon, 47, mãe da estudante
Isabella, 18.
Após dois dias com sua nova família, o gatinho apresentou vômito e respiração
ofegante. "Levamos ao veterinário, foi medicado, mas, conforme ia passando
o efeito do remédio, ele voltava a vomitar. Quando retornarmos ao médico, ele
ficou internado por 3 dias.
Ao voltar para casa, apresentou anorexia e respiração ofegante. Foi internado
novamente e diagnosticado com efusão pleural (líquido na área externa do
pulmão). "Diante dos sintomas e dos resultados dos exames, confirmaram a
PIF. Em pouco tempo, ele teve perda significativa da visão e desenvolveu
problemas neurológicos. Infelizmente não resistiu. Ficamos com o Floki apenas 9
dias", lembrou Cris Sakamae.
Mesmo sendo curto o período com o Floki, o tempo foi suficiente para a família
se apegar ao bichano. "Foi muito triste perdemos o Floki dessa maneira.
Essa doença é muito rápida e judiou demais dele. Mesmo tendo poucos registros
com ele, arquivamos nossas lembranças na área dos anjinhos do PetZillas. É um
jeito de matar a saudade", disse Isabella.
"A área dos anjinhos foi criada para possibilitar ao tutor guardar
lembranças de seus bichinhos dentro do aplicativo PetZillas, podendo acessar
sempre que bater aquela saudade. Além disso, colocá-los nessa área é uma forma
de homenagear os pets que um dia trouxeram muita alegria para suas
famílias", explicou Milton Santos Júnior, fundador e CEO do PetZillas, que
está disponível gratuitamente para android e iOS.
Com Bellatrix, uma gatinha adotada com dois meses de vida, aconteceu a mesma
coisa. Ela ainda era filhote quando os primeiros sinais da PIF surgiram.
Gessika, 30, sua tutora, contou que em uma semana perdeu a gata. "Ela
ficou internada por cinco dias, recebeu duas transfusões de sangue, mas não
aguentou", lamentou.
Para Gessika, que também incluiu Bellatrix na área dos anjinhos do PetZillas, a
plataforma possibilita ao tutor ter sempre na palma da mão as boas lembranças
com seu pet. "Eu teria dó de apagar as fotos dela. Seria como se estivesse
excluindo a Bellatrix da minha vida. No app, é muito mais fácil acessar essas
recordações", falou.
Saiba tudo sobre a PIF e como evitar a doença
O que é
A PIF é uma doença causada por uma
mutação do coronavírus felino. A maior parte dos gatos é exposta ao
coronavírus, sem a mutação, e desenvolve apenas uma leve diarreia. Mas em cerca
de 5% a 10% deles, o vírus sofre uma mutação e, então, desenvolvem a PIF.
"Fatores, como estresse, predisposição genética ou um sistema imune
comprometido (como no caso dos gatos positivos para FIV ou FeLV), podem
aumentar as chances do vírus sofrer a mutação", explica a médica
veterinária Tatiana Vianna T. de Souza, especializada em patologia clínica e
medicina preventiva.
Sintomas
Os sintomas da PIF são bem
inespecíficos, ou seja, várias doenças podem provocar esses mesmos sintomas:
febre, perda de apetite, apatia, perda de peso, aumento do abdômen, pele e
mucosas amareladas, entre outros. E existem dois tipos de PIF: a efusiva (ou
úmida) e a não efusiva (ou seca). Na forma efusiva, ocorre o acúmulo de
líquidos nas cavidades corporais (principalmente abdominal). A forma não
efusiva provoca lesões nos órgãos internos.
Transmissão
A principal forma de transmissão do coronavírus
felino é pelas fezes de um gatinho infectado, "mas é importante salientar
que a transmissão é do vírus e não da PIF. Ou seja, o gato pode pegar o vírus e
não desenvolver a PIF, já que depende do vírus sofrer a mutação dentro do
organismo do gato", esclarece a especialista. Raramente, o vírus pode ser
transmitido pela saliva e outros líquidos corporais.
Tratamento
Até pouco tempo atrás não tínhamos
tratamento para PIF. Era realizado apenas um suporte para dar o máximo de
qualidade de vida para o gatinho. Hoje já existe um tratamento com uma molécula
chamada GS-441524, que impede que o vírus se replique. Mas infelizmente esse
tratamento ainda não foi legalizado. Alguns tutores conseguem importar o
fármaco para tratar seus gatinhos, mas é bem oneroso.
Prevenção
Apesar da prevenção da PIF ainda ser um
desafio, é possível adotar algumas medidas para diminuir as chances do seu
gatinho desenvolver essa doença. Uma atitude essencial e muitas vezes ignorada
é não colocar gatos recém-adotados/adquiridos junto a gatos residentes (que já
estavam na casa antes). É necessário que esses gatos novos passem por uma
quarentena, mesmo aparentemente bem de saúde, pois podem estar com alguma
doença silenciosa, inclusive com o vírus da PIF. Outras ações que ajudam na
prevenção da PIF é manter a higienização das caixas de areia, deixar água e
comida longe das caixas de areia, evitar a formação de grandes colônias de
gatos e evitar também que os gatos se estressem. O estresse é um fator
predisponente a várias doenças e muitas vezes passa despercebido pelos tutores.
"Fique atento ao comportamento do seu gatinho e procure sempre orientação veterinária
para mantê-lo saudável", alerta Tatiana.
Como funciona o PetZillas
Com o aplicativo é possível registrar e
controlar vacinas, medicamentos, peso, consultas e exames e outras atividades
referentes aos animais.
Além disso, o app pode compartilhar os dados dos pets com outras pessoas da
família, com amigos, veterinários, creches e com quem mais for preciso, podendo
cancelar o compartilhamento a qualquer momento. "O PetZillas, hoje, já é
utilizado em todo o Brasil. Estamos sempre em desenvolvimento de novos recursos
e buscando novidades e ferramentas que tornem a rotina dos tutores e de seus
pets mais prática e fácil de controlar", afirma Milton Santos Júnior, CEO
do PetZillas.
O PetZillas é gratuito e está disponível para iOS e Android.
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