O conceito de estética está cada vez mais associado à saúde. A busca pela beleza e a boa forma, que até bem pouco tempo era considerada uma preocupação vazia, tem se mostrado uma grande aliada da vida saudável.
“Muita gente costuma confundir cuidados com a beleza e bem-estar com futilidade. Mas isso nem sempre procede. Existem casos em que há sim um exagero na busca pela perfeição estética, mas, em boa parte das vezes, o motivo é mais ligado à conquista da autoestima e melhora da saúde do que uma mera vaidade”, aponta o médico Aldo Grisi.
O principal desafio para quem está pensando em fazer algum procedimento é colocar na balança o que se quer e o que se precisa para alcançar uma vida plena e saudável.
“Talvez essa seja a maior dificuldade para quem quer melhorar a aparência. Como saber se a expectativa do que se quer vai gerar um resultado real?”, reflete o profissional. É importante conhecer bem o próprio corpo e avaliar as possibilidades de melhora em cada procedimento.
“Uma manchinha que não incomoda esteticamente pode ser um melanoma, que é um tipo de câncer. Por outro lado, um nariz que foi alvo de bullying durante toda sua infância pode esconder um desvio de septo que atrapalhou não só seus relacionamentos, mas também a sua respiração, sem que você soubesse”, descreve Aldo.
O tratamento de implante hormonal, por vezes chamado de “chip da beleza”, também já foi associado à ideia de futilidade, mas se mostra cada vez mais benéfico para a saúde de homens e mulheres.
“De fato, o chip promove aumento de massa muscular, controle do peso, diminuição de celulite, queima de gordura, mas o uso não pode ser apenas com foco na estética. Deve ser uma aplicação com responsabilidade”, afirma. Em tratamentos ginecológicos, ele é capaz de aliviar sintomas de distúrbios menstruais, por exemplo.
“Podem ser usados para tratar cólicas, TPM, sangramentos intensos e irregulares, miomas uterinos, endometriose. Além disso, com um controle da modulação dos hormônios, proporciona aumento de libido, com melhora do ressecamento vaginal, principalmente em mulheres pós-menopausa”, explica o profissional.
O público masculino também pode se beneficiar do implante hormonal em seu cotidiano, com vantagens que vão muito além da beleza.
“É um tratamento que está sendo adaptado para os homens. A testosterona, principal hormônio masculino, atinge um pico de produção na adolescência e início da fase adulta. Porém, conforme os anos passam, os níveis da substância no corpo começam a cair. Com o envelhecimento, cerca de 20% dos homens desencadeiam o chamado hipogonadismo, ou seja, a parada de produção”, ressalta o médico.
O desequilíbrio de testosterona é capaz de causar ginecomastia, que resulta no aumento de uma ou das duas glândulas mamárias. Também gera anemia, fadiga, distúrbios do sono, alterações no humor, osteoporose e até mesmo diabetes. Para recuperar a dosagem recomendada desse hormônio no organismo, os chips aparecem como uma solução eficaz.
“Durante o sexo, atenua problemas de ejaculação precoce, além de reduzir o risco de câncer de próstata. A saúde mental também sai ganhando com o implante hormonal, pois se preserva a memória e diminui o cortisol, considerado o ‘hormônio do estresse’.”
Vale lembrar que os cuidados com o corpo também passam pela adoção de práticas saudáveis, como uma alimentação equilibrada, consumo frequente de água, boas noites de sono e atividades físicas regulares. “É por isso que o acompanhamento de profissionais de saúde é fundamental. Eles irão ajudar o paciente a encontrar o caminho rumo ao equilíbrio”, acrescenta.
A ausência de cuidados, por outro lado, tende a prejudicar não só a saúde, como também abalar a autoestima e confiança do indivíduo.
“Não podemos nos prender a padrões de beleza na hora de
buscar ajuda profissional. Antes de tudo, a prioridade é termos corpo e mente
saudáveis. Mas a beleza também é importante. A beleza é estar bem consigo mesmo
e o bem estar está ligado à auto aceitação que sentimos quando gostamos do que
vemos no espelho, por exemplo. Uma pessoa que se cuida definitivamente é mais
feliz”, conclui.
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